Evidence-based nursing practice on pain control in a Systematized Literature Review.
Prática de enfermagem baseada em evidências sobre o controle da dor em UTI- Revisão Sistematizada da Literatura.
Elizangela Pereira Branco. Enfermeira. Aluna do Curso de Especialização em Enfermagem em Cuidados Intensivos/ Adulto-idoso/Universidade Federal Fluminense (UFF). elizpbranco@gmail.com
Profa. Dra. Isabel Cruz. Titular da UFF. isabelcruz@id.uff.br
Abstract: Pain is considered the fifth vital sign, its control should be a priority in intensive care units, as patients undergo various painful procedures. This study aims to review evidence-based nursing guidelines that will assist intensive care nurses in identifying nursing care diagnoses and prescriptions for achieving pain control outcomes within 7 days. : Based on the evidence, how to optimize nurse care so that the highly complex patient can achieve pain control results within 7 days of hospitalization? Method: integrative literature review in the databases bvs, Google Scholar and CAPES the limits were studies with ten years of publication with elderly adult patients. Results: The nurse has the responsibility for the assessment of the patient with pain and its process for control, through diagnostic evaluation, treatment monitoring intervention evaluating the effectiveness of interventions. Studies show the importance of implementing instruments to evaluate and classify However, there are many nursing professionals who still have insufficient knowledge about identification, quantification and treatment.
Keywords: Chronic pain, acute pain, intensive care unit, nursing.
Resumo: A dor é considerada o quinto sinal vital, o seu controle deve ser prioritário no atendimento nas unidades de terapia intensiva, visto que os pacientes são submetidos a diversos procedimentos dolorosos. Este estudo tem como objetivo revisar as diretrizes de enfermagem com bases em evidências que ajudarão ao enfermeiro intensivista na identificação de diagnósticos e prescrições de cuidados de enfermagem para o alcance de resultado no controle da dor, no tempo de 7 dias.Tendo como questão da pesquisa: Com bases nas evidências, como otimizar o cuidado da enfermeira para que o paciente de alta complexidade alcance o resultado no controle da dor em, no máximo 7 dias de internação? Método : revisão integrativa da literatura nas bases de dados bvs, Google Acadêmico e CAPES os limites foram estudos com dez anos de publicação com pacientes adulto idoso. Resultados: O enfermeiro tem a responsabilidade na avaliação do paciente com dor e no seu processo para o controle, através da avaliação diagnóstica, na intervenção monitorização do tratamento avaliando a eficácias das intervenções.Os estudos mostram a importância de implementações de instrumentos para avaliar e classificar a dor, porém existem muitos profissionais de enfermagem que ainda apresentam conhecimento insuficiente sobre a identificação, quantificação e tratamento.
Palavras chaves: Dor crônica, dor aguda, unidade de terapia intensiva, enfermagem.
Introdução
A dor é um fator de stresse para os pacientes internados das unidades de terapia intensiva, contribuindo para quadros de desorientação e agitação, causando alteração no padrão do sono e exaustão. Sendo de extrema importância para qualidade da assistência prestada, e o manejo da dor e o uso de ferramentas adequadas para avaliação das necessidades dos pacientes.1
A gravidade e os procedimentos invasivos necessários ao tratamento do paciente em unidade de terapia intensiva está relacionado a presença de dor, elevando a morbimortalidade e influencia diretamente na qualidade de vidas dessas pessoas. Nas unidades de terapia intensiva, a avaliação da dor e os registros são importantes para monitorar os pacientes e tomar as decisões necessárias ao tratamento. A adequada analgesia melhora as taxas de morbimortalidade, tornando o manejo da dor uma prioridade para esses pacientes.1
Os pacientes internados nas unidades de terapia intensiva são submetidos a procedimentos dolorosos e o uso dos fármacos analgésicos tem objetivo de oferecer cuidado prioritário. A dor quando não atenuada pode resultar no desequilíbrio dos parâmetros dos sinais vitais, como pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, intensificando o risco de Hiperventilação, hipercapnia, aumento persistente na carga de trabalho cardíaco e redução da perfusão sanguínea aumentando o tempo de permanência nas unidades de terapia intensiva.2
O controle e o alivio da dor deve ser considerado prioridade no atendimento ao paciente, apesar do impacto desfavorável da dor, o sofrimento que causa e das suas repercussões , os cuidados ao paciente com dor continuam a ser um desafio, sendo a dificuldade de identificação de dor está relacionada a condição do paciente que muitas vezes encontram -se em estado crítico impossibilitando a comunicação por uso de ventiladores e outras restrições impostas pelo método terapêutico, sendo o conhecimento dos enfermeiros sobre a dor constitui um dos principais fatores para a promoção de conforto e alívio da dor, visto que esses profissionais passam a maior parte do tempo juntos aos pacientes.3
Os pacientes enfrentam diversos momentos dolorosos quando internados nas unidades de terapia intensiva e mensurar a dor pode ser muito difícil devido à gravidade da doença, a diminuição do nível de consciência, uso de sedativos e a necessidade de ventilação mecânica. A avaliação da dor pode ser realizada através do relato do paciente ou através de sinais aos estímulos dolorosos, como expressão facial e alterações dos sinais vitais.4
A sintomatologia da dor é um dos principais constituintes para a procura de cuidados de saúde, sendo muitas das vezes mal avaliada e não tratada, podendo levar ao aumento da frequência cardíaca e respiratória, aumento do trabalho cardíaco e diminuição da perfusão sanguínea.5
A dor crônica está relacionada a processos patológicos crônicos e sua duração é superior a três meses da vigência da dor, podendo acarretar alterações no padrão do sono, na vida sexual, baixa autoestima, pensamentos negativos e alterações nas relações familiares, do trabalho e laser. Na avaliação da dor deve se destacar componentes psíquicos, socioculturais, estado emocional alteração da personalidade, relações familiares, de trabalho, lazer, crenças e adesão ao tratamento farmacológico e outras terapias não farmacológicas.6
A dor aguda começa com uma lesão ou injúria envolvendo também os processos inflamatórios e infecciosos, sendo decorrentes muitas das vezes de trauma, grande queimado entre outros fatores. A avaliação dor é realizadas por meio de escalas, destacando a escala numérica (0 a 10), a escala analógica visual, a escala dos descritores verbais e o diagrama corporal.6
A avaliação e o registro da dor deve ser realizada sistematicamente contribuindo para a escolha do método mais eficaz para cessar os fenômenos dolorosos. Esses instrumentos padronizados são importantes para registros de dados sobre a dor e a analgesia. A mensuração deve vir acompanhada de perguntas como início da queixa, localização, qualidade, frequência, intensidade e duração. 7
O controle e a monitorização da dor e o alívio da ansiedade sofrida durante a internação na unidade de terapia intensiva deve manter destaque na estratégia terapêutica, sendo que os pacientes internados nessas unidades necessitam de procedimentos de sondagem vesical e gástrica, intubações traqueal, instalação de cateter arterial para medição de pressão arterial invasiva, coleta de exames seriados e assim como os equipamentos conectados continuamente, oxímetro de pulso e eletrodos para monitorização cardíaca que são necessários para monitorização das funções vitais, trazendo desconforto e medo ao paciente.8
Um dos avanços relacionados a avaliação nos últimos anos foi a padronização da dor como quinto sinal vital da comissão de Acreditação de Organizações de Saúde, que considera a dor uma prioridade na avaliação, intervenção e reavaliação de pacientes hospitalizados em atendimento integral, que incluem localização, intensidade com bases em escalas comportamentais e parâmetros fisiológicos. 9
Sendo assim esse estudo justifica -se pela escassez de informação sobe a prática com base em evidências científicas e suas diretrizes para o alcance do resultado de enfermagem no controle da dor para o paciente de alta complexidade sob cuidados intensivos em, no máximo 7 dias de internação.
Tendo como questão da pesquisa: Com bases nas evidências, como otimizar o cuidado da enfermeira para que o paciente de alta complexidade alcance o resultado no controle da dor em, no máximo 7 dias de internação?
O objetivo do presente estudo foi revisar as diretrizes de enfermagem com bases em evidências que ajudarão ao enfermeiro intensivista na identificação de diagnósticos e prescrições de cuidados de enfermagem para o alcance de resultado no controle da dor, no tempo de 7 dias.
Quadro 1- Estratégia PICO, Niterói,2019.
Acrômio |
Descrição |
Componentes de questões práticas |
P |
Paciente de alta complexidade& adulto/idoso com diagnóstico de enfermagem: controle da dor. |
Pacientes internados em unidades de terapia intensiva com dor. |
I |
Prescrições/protocolos de enfermagem. |
Administrar analgésicos. Reduzir a ansiedade. Posicionar o paciente no leito. Monitorar os sinais vitais. Promover o envolvimento familiar. Oferecer apoio espiritual. Realizar controle da dor.
|
C |
Controle ou comparação ou integração com o tratamento do médio, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, assistente social e etc. |
Não se aplica |
O |
Resultado de enfermagem (NOC) Controle da dor |
Informará se as causas e os fatores contribuintes da dor foram cessados. Observar se o regime medicamentoso prescrito está eficaz.
|
T |
Máximo 7 dias de internação em UTI ou Unidade de Alta Complexidade |
Percurso crítico: 7 dias |
Metodologia
Foi realizado uma revisão integrativa da literatura, através de bases de dados online no período de 2011 a 2019 e entre abril e novembro. A pesquisa realizada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Google Acadêmico e CAPES, os descritores foram separados em momentos distinto pois são inúmeros fatores que contribuem para o controle da dor no paciente de terapia intensiva, palavras descritoras foram: Dor crônica, dor aguda, unidade de terapia intensiva, enfermagem os limites foram pacientes adulto/idoso, humanos, com tempo de publicação inferior a dez anos, foram excluídos os artigos que se referiam a crianças.
Foram utilizados os operadores boolenanos AND e OR e foram realizadas combinações entre o (P) e (I), (O) e (P).
Análise e classificação dos níveis de evidências científicas dos estudos.
Quadro 2- Síntese das Evidências Científicas nas bases de dados BVS, Google Acadêmico, CAPES, Niterói, 2019.
Autor(es), Data & País |
Objetivo da pesquisa |
População/amostra |
Tipo de estudo |
Principal (is) recomendação (ões) |
Nível de evidência |
Oliveira,SL; Macedo, PM; Silva,MAS; Oliveira,FPA; Santos,SV.2019.Brasil |
Descrever e caracteriza a dor e o uso de analgesia no serviço de urgência e cuidados intensivos. |
67 pacientes críticos impossibilitados e verbalizar a percepção de dor, os quais estavam internados na área vermelha do pronto socorro ou nas unidades e terapia intensiva de um hospital público de referência em Vitória da conquista na Bahia. |
Estudo transversal com abordagem quantitativa. |
A adoção de escalas de avaliação da dor no paciente crítico, como a Behavioral Pain Scale, assim como o uso de protocolos de analgesias melho rando a qualidade da assistência prestada e a recuperaçãos dos pacientes. |
1B |
Mesquita, BKK; Marques,FGP; Santos,SRC; Soares,MMF;Mota,SLM;Sampaio, LRL; Freitas,GJ;Andrare,CRI. 2019. Brasil |
Analisar o aprazamentos dos fármacos analgésicos realizados pelo enfermeiro em um centro de terapia intensiva. |
404 prescrições de pacientes críticos internados em uma unidade e terapia intensiva. |
Estudo quantitativo,descritivo,transversal, ultilizando prontuários de pacientes críticos. |
O uso de fármaos analgésicos em pacientes internados em terapia intesiva é um cuidado prioritário. A importância do aprazamento feito pela enfermagem direcionado ao manejo da dor na unidade de terapia intensiva.
|
1B |
Rodrigues, MS. 2019. Brasil. |
Analisar artigos científicos no cenário mundial acerca das intervenções de enfermagem no processo de preparo e administração de medicamentos por via venosa , riscos inerentes a prática profissional e ações integradas a prescrição médica |
|
Revisão da literatura
|
Necessidade de aprimoramento dos instrumentos utilizados para mensurar a dor aguda. |
2A |
Silva, DTA; Monteiro,LT; Santos,CL; Cavalcanti,OE. 2019. Brasil |
Elucidar intervenções de enfermagem frente ao paciente com dor crônica, bem como as principais escalas utilizadas para mensuração da dor e reconhecer a importancia da aplicabilidade dos métodos, explorando as novas tecnologias de tratamento de dor. |
|
Revisão de literatura do tipo integrativa, com abordagem descritiva. |
O enfermeiro tem papel fundamental frente a avaliação mensuração e intervenção ao paciente com quadro álgico crônico. Existe a necessidade de mais estudos, conhecimento e empoderamento das ações do enfermeiro quanto a temática. |
2A |
Meier,CA; Siqueira,DF; Pretto,RC; Colet,FC; Gomes, SJ; Dezordi, MCC; Stumm,FME.2017. Brasil. |
Avaliar a dor dos pacientes no pós operatório imediato durante a admissão , uma hora a pós a admissão e na alta da unidade em termos de intensidade, aspectos sensoriais e afetivos. |
336 pacientes de uma unidade pós anestésica de um hospital geral no noroeste do Rio Grande do Sul, Brasil. |
Estudo analítico e transversal. |
Na prática clínica da enfermagem o estudo pode ajudar a equipe a implementar ações de avaliação e manejo a dor e, consequentemente proporcionar um atendimento mais qualificado ao paciente. |
1B |
Souza,SCR; Garcia,MD; Sanches,BM; Gallo,AMA; Martins,BPC; Siqueira,PCLI. 2013. Brasil.
|
Descrever o conhecimento da equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva de um hospital privado da cidade de São Paulo em relação ao uso de uma avaliação comportamental da dor aplicada na prática a pacientes com barreira de comunicação. |
Funcionários da equipe de enfermagem, com tempo de trabalho superior a seis meses. |
Estudo Transversal prospectivo. |
A aplicação de um questionário para dor orienta quanto ao conhecimento da equipe de enfermagem sobre o manejo da dor no paciente de terapia intensiva |
1B |
Martins,RA; Soares,RJ;Vieira,LCV; Marcon,SS; Barreto,SM. 2015. Brasil. |
Conhecer os fatores que influenciam a percepção da dor aguda e as consequências dessa experiência em pacientes vítimas de trauma. |
Vinte nove pacientes que relataram dor após trauma físico. |
Estudo descritivo de abordagem qualitativa. |
Os fatores interferentes na sensação dolorosa e suas consequências devem ser considerado pelos profissionais de saúde para a adequada avaliação e manejo da dor decorrente ao trauma. |
1B |
Freitas,ON; Pereira, GPM. 2013. Brasil. |
Identificar e analisar apercepção dos enfermeiros que atuam em uma UTI de um hospital universitário sobre cuidados paliativos e manejo da dor e caracterizar a amostra. |
Oito enfermeiros que atual a unidade de terapia intensiva de um hospital no município de Campinas, estado de São Paulo. |
Estudo Quanti-qualitativo. |
A dificuldades dos enfermeiros em relação ao cuidados paliativos e manejo da dor nos remete a importância da abordagem deste tema desde a graduação e de educação permanente. |
1C |
Sallun,MA; Garcia,MD; Sanches, M. 2012. Brasil. |
Identificar as repercussões orgânicas, emocionais e psíquicas em pacientes com dor crônica e aguda . Pontuar os principais instrumentos para avaliação da dor aguda e crônica utilizada na prática clínica. |
|
Revisão narrativa da literatura. |
A avaliação da dor aguda esta relacionada intensidade, alterações neurovegetativas e medidas relacionadas ao tratamento medicamentoso. Na dor crônica indica a utilização de instrumentos multidimensionais que permitem a avaliação mais abrangente da dor.
|
1C |
Silva, SCC; Vasconcelos, BMJ; Nóbrega, LMM. 2012. Brasil. |
Investigar o conhecimento e a prática dos enfermeiros intensivistas sobre a avaliação da dor em pacientes críticos, identificando as principais intervenções implementadas.= |
Dez enfermeiros |
Descritiva de corte qualitativo. |
A dor é uma resposta aos procedimentos invasivos e a avaliação deve ser realizada através da face de dor e angústia, através da escalas e administração de medicamentos. |
1C |
Magalhães,PAP; Mota,AF; Saleh,RMC; Secco, DML; Fusco, GRS; Gouvêa,LA. 2011. Brasil. |
Caracterizar a percepção e as dificuldades da equipe de enfermagem frente à identificação, quantificação e manuseio da dor dos pacientes vítimas de trauma e trina-la para sua avaliação e adequado treinamento. |
51 profissionais de enfermagem que atuam em unidade de terapia intensiva destinadas à pacientes vítima de trauma. |
Estudo prospectivo e quantitativo. |
O treinamento e a atualização dos profissionais de enfermagem, leva os mesmos a atuar de forma mais adequada e eficiente no controle da dor. |
1B |
Silva, AB; Ribeiro,AF.2011. Brasil. |
Refletir sobre a participação da equipe de enfermagem na assistência à dor do paciente queimado. |
|
Descritivo com abordagem qualitativa. |
A equipe de enfermagem é um elemento fundamental no processo do controle da dor relacionada queimadura, porém a necessidade investimento técnico científico e de sensibilização de toda equipe. |
1B |
Barbosa,PT; Beccaria, ML; Pereira, MAR. 2011. Brasil. |
Verificar a experiência dos pacientes submetidos a grandes cirurgias que realizaram pós operatório em unidade de terapia intensiva |
167 pacientes internados na unidade de terapia intensiva, no pós-operatório e que tiveram alta para uma enfermaria |
Estudo observacional, de campo com abordagem quantitativa, descritiva. |
A equipe de enfermagem necessita de treinamento contínuo no sentido de abordar e valorizar as queixas álgicas dos pacientes, |
1B |
As escalas de mensuração de dor devem ser implementadas na assistência para nortear quanto a implementações de cuidados e ajudar na administração prescrição medicamentosa.
A escala Behavirol Pain Scale(BPS) pode ser de elevada precisão e fácil aplicabilidade em pacientes graves com incapacidade de relatar a dor, sendo uma escala observacional que se baseia em parâmetros fisiológicos e expressões corporais do individuo.11
Tabela 3 - Versão Brasileira de Behavirol Pain Scale (BPS)
Itens |
Descrição |
Pontuação |
Expressão facial
|
Relaxada Parcialmente contraída Completamente contraída(olhos fechados) Contorção facial |
1 2 3
4 |
Movimentação dos membros superiores |
Sem movimento Movimento parcial Movimentação completa com flexão dos dedos Permanentemente contraídos |
1 2 3
4 |
Conforto com o ventilador mecânico |
Tolerante Tosse, mas tolerante a ventilação mecânica a maior parte do tempo Brigando com o ventilador Sem controle da ventilação |
1 2
3 4 |
A escala numérica quantifica o quadro álgico expresso em números, sendo graduada até 11 pontos (0 a 10), em que o zero representa nenhuma dor e o ponto dez a pior dor. Limitada a três categorias numéricas dor leve (1-4), dor moderada (5-6), e dor severa (7-10). Quantificando a nível de dor em números.7
A escala verbal de avaliação da dor é quantificada por meio de frases mencionadas durante o diálogo com os pacientes, através da observação do estado álgico do paciente.7
O questionário de MC GILL fala da importância da comunicação através de um questionário avaliativo do fenômeno doloroso, assim como as dimensões sensoriais -discriminativas, afetivas -emocionais, além da intensidade a dor.7
A Escala Visual Analógica (EVA), consiste em uma escala que auxilia na aferição da dor através de desenhos de rostos com expressões faciais, representando desde a ausência de dor a pior dor sentida.10
Percebe que apesar da existência de escalas, ainda existe dificuldades em avaliar a severidade da dor em pacientes críticos, como diferenciar- lá de medo e ansiedade para promover o alívio e o conforto adequado.8
Existe várias atividades de enfermagem que podem ser usadas para auxiliar no alívio da dor, promover repouso e relaxamento; estabelecer relação com o paciente que sente a dor; ensinar ao paciente a resposta da dor; utilizar auxilio de outro profissional; fornecer outros impulsos sensoriais, explicar que a fonte de estímulos doloroso foi removida ou diminuída e auxiliar na experiência da dor, técnicas de relaxamento; técnicas comportamentais, massagem, mudança de decúbito, posicionamento correto no leito, sendo essa medidas aplicadas tanto na dor aguda como na crônica.8
Observa -se que a terapia de distração, o toque terapêutico, fisioterapia, massagem, relaxamento, acupuntura são métodos disponíveis para alívio da dor.12
A humanização na unidade de terapia intensiva estabelece um ambiente com respeito e valorização do ser humano que adoece, associando a atuação dos profissionais de saúde aos fatores estressantes, controlando a dor e ansiedade, proporcionando ao paciente um maior conforto, apoio psicológico e emocional. 10
O uso de opióides leva a uma percepção de alívio da dor, podendo alterar o nível de consciência sem intenção, já a sedação reduz o nível de consciência com a finalidade de reduzir a dor nos procedimentos diagnósticos e terapêuticos necessários ao tratamento. 1
A enfermagem tem um papel fundamental na ordem do aprazamento das medicações para o controle da dor sendo a dipirona considerado um potente analgésico indicado para dores leves e moderadas e o tramadol é indicado para o tratamento para dores moderadas a intensas.2
Cuidar de um paciente com dor abrange os aspectos culturais, afetivos, emocionais, educacionais, psicológicos, religiosos e cognitvos, sendo a postura do profissional baseada no respeito s esses aspectos favorece uma relação terapêutica satisfatória entre o profissional e o paciente culminando com a prestação de uma assistência de qualidade.13
Conclusões.
O enfermeiro tem a responsabilidade na avaliação do paciente com dor e no seu processo para o controle, através da avaliação diagnóstica, na intervenção monitorização do tratamento avaliando a eficácias das intervenções.
A equipe de enfermagem é indispensável no gerenciamento do controle da dor, pois permanece em contato com o paciente de terapia intensiva em tempo integral, avaliando qualquer alteração fisiológicas que possam ser apresentadas.
Os estudos mostram a importância de implementações de instrumentos para avaliar e classificar a dor, porém existem muitos profissionais de enfermagem que ainda apresentam conhecimento insuficiente sobre a identificação, quantificação e tratamento, observa se que o tema dor seja mais abordado nas universidades e nos cursos de pós graduação, pois é considerado um sinal vital.
Acredita que essa pesquisa foi de grande relevância, pois demonstram as intervenções de enfermagem no controle da dor no paciente de terapia intensiva, assim como revisa algumas escalas usadas para avaliação e norteamento do tratamento, porem novas pesquisas precisam ser realizadas.
Referências
1. Souza SCR, Garcia MD, Sanches BM, Gallo AMA, Martins BPC, Siqueira PCLI.Conheciemto da equipe de enfermagem sobre avaliação comportamental da dor em pacientes em terapia intensiva.Rev. Gaúcha Enferm.|Periódico na internet|.2013 Set [acesso em 2019 out 10]; 34 (3):[ aproximadamente 5p. ]. Disponível em:< http//www.scielo.br/scielo.php?frbrVersion=3&script=sci_=-artexx&pid=S1983-14472013000300007&Ing=em&ting=eng >
2. Mesquita BKK, Marques FGP, Santos SRC, Soares MMF, Mota SLM, Sampaio LRL, et al Análise dos aprazamentos de fármacos analgésicos em terapia intensiva . Rev enferm. .An UFPE [Períodico na internet].2019 fev[acesso em 2019 nov 5];13(2): [aproximadamente 6p]. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/236460/31339
3. Magalhães PAP, Mota AF, Saleh RMC, Secco DML, Fusco GRS, Gouvêa LA. Percepção dos profissionais de enfermagem frente à identificação, quantificação e tratamento da dor em pacientes de uma unidade de terapia intensiva de trauma. Rer dor. [ periódico na internet]. 2011 set [acesso em 2019 set 9];12(3): [aproximadamente3p].Disponívelem:http://www.sciello.br/scielo.php?script=sci_artexx&pid=S1806-00132011000300005&Ing=en.
4. Freitas ON, Pereira GVM. Percepção dos enfermeiros sobre cuidados paliativos e o manejo a dor na UTI. Mundo saúde (Impr).[periódico na internet].2013 out[ acesso em 2019 nov ];37(4):[aproximadamente 4 p]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br.
5. Rodrigues MS. Riscos Potencias no Processo de Preparo e Administração de Medicamentos por Via Intravenosa: Revisão Literária de Ações Integradas Para Alívio da Dor e Educação em Saúde. Rev. Pesqui.[periódico na internet].2019 out-dez[acesso em 2019 nov 20];11(5): [aproximadamente 4p]. Disponível em: http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/viewFile/6818/pdf_1
6. Sallun CMA, Garcia MD, Sanvhes M. Dor aguda e crônica: revisão narrativa da literatura. Acta Paulista de Enfermagem.[periódico na internet]. 2012 [acesso em 2019 set 15];25(150-154): [aproximadamente 4p]. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=307026828023.
7. Silva DTA, Monteiro LT, Santos CL, Cavalcanti OE. Avaliação e intervenção de enfermagem frente ao paciente com dor crônica.[periódico na internet]. 2019[ acesso em 2019 nov 28]. Disponível em: https://dspace.uniceplac.edu.br/handle/123456789/65
8. Silva SCC, Vasconcelos BMJ, Nóbrega LMM. Dor em pacientes críticos sob a ótica de enfermeiros intensivistas: Avaliação e Intervenções.Rev Rene. [periódico na internet]. 2011 jul/set[acesso em 2019 nov 6];12(3) :[aproximadamente 8p]. disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=324027976013
9. Meier CA, Siqueira DF, Pretto RC, Colet FC, Gomes SJ, Dezordi MCC, et al. Análise da intensidade, aspectos sensoriais e afetivos da dor de pacientes no pós operatório imediato.Rev. Gaucha Enferm.[periódico na internet]. 2017[acesso em 2019 agosto 10]; 38(2): [ aproximadamente 4p ]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?frbrVersion=3&script=sci_arttex&pid=S1983-14472017000200420&Ing=en&ting=en.
10. Barbosa PT, Beccaria ML, Pereira MAR. Avaliação da experiência de dor pós operatória em pacientes de uma unidade de terapia intensiva. Rev. Bras.ter.intensiva.[periódico na internet]. 2011 out/dez [acesso em 2019 set 14]; 23(4): [aproximadamente6p]. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0103-507x&Ing=en&nrm=iso.
11. Oliveira SL, Macedo PM, Silva MAS, Oliveira FPA, Santos SV. Avaliação da dor em pacientes críticos por meio da escala comportamental de dor.BrJP [periódico na internet]. 2019 [acesso em 2019 nov 3]; 2(2):[aproximadamente 8p]. Disponível em: < http://scielo.br/scielo.php?script=sci_arttex&pid=S259531922019000200112&Ing=em&nrm=isso&tlng=pt >.
12. Silva AB, Ribeiro AF. Participação da equipe de enfermagem na assistência à dor do paciente queimado. Ver. dor .[periódico na internet].2011out/dez [ acesso em 2019 out 9];12(4): [aproximadamente 8p]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-00132011000400011&Ing=en.
13.Martins RA, Soares RJ, Vieira LCV, Marcon SS, Barreto SM. A dor aguda na perspectiva de pacientes vítimas de trauma leve atendidos em unidade emergencial. Ver. Gaucha Enferm.[periódico na internet]2015 abril/jun [ acesse em 2019 nov 10];36(2):[ aproximadamente 4p]. Disponível em: 8http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&nrm=iso&Ing=pt&ting=pt&pid=S1983-14472015000200014.
JSNCARE