Cares of nursing with the Fístula Arteriovenous in submitted patients hemodialysis – Sistematic Literature Review
Cuidados de enfermagem com a Fístula Arteriovenosa em pacientes submetidos à hemodiálise – Revisão Sistematizada da Literatura
Denise Bortolini Lima. Enfermeira. Aluna do Curso de Especialização em Enfermagem em Métodos Dialíticos e Transplantes/Universidade Federal Fluminense (UFF). bortolinilima@yahoo.com.br Isabel Cruz. Doutora em Enfermagem. Titular da UFF. isabelcruz@uol.com.br
Abstract: The objective of this literature revision is to identify through the scientific production the cares of nursing with fistula arteriovenous in submitted patients hemodialysis, enters the years of 2003 the 2008, analyzing its applicability to the practical one, therefore the success of the accomplishment of hemodialysis depends on a good venous access, and this, in turn, depends on the formation and good qualification of the nursing professional to carry through its work, providing to the patient an improvement in the quality of life.
Key-words: cares of nursing, fistula arteriovenous, hemodialysis, quality of life.
Resumo: O objetivo desta revisão bibliográfica é identificar através da produção científica os cuidados de enfermagem com a fístula arteriovenosa em pacientes submetidos à hemodiálise, entre os anos de 2003 a 2008, analisando sua aplicabilidade à prática, pois o sucesso da realização da hemodiálise depende de um bom acesso venoso, e este, por sua vez, depende da formação e boa capacitação do profissional de enfermagem para realizar o seu trabalho, proporcionando ao paciente uma melhoria na qualidade de vida.
Palavras-chave: cuidados de enfermagem, fístula arteriovenosa, hemodiálise, qualidade de vida.
Introdução:
A hemodiálise é o processo de filtragem e depuração de substâncias indesejáveis do sangue como a creatinina e a uréia. É realizada em pacientes portadores de insuficiência renal crônica (IRC) ou aguda (IRA), já que nesses casos o organismo não consegue eliminar tais substâncias devido à falência dos mecanismos excretores renais. Além disso, é o método dialítico mais comumente utilizado 1.
A popularização da hemodiálise se deveu a avanços tecnológicos que incluem o aprimoramento de máquinas e a fabricação de dialisadores mais eficientes e seguros, e também, ao desenvolvimento de técnicas cirúrgicas de confecção de acessos vasculares permanentes. Hoje, mais de um milhão de pessoas no mundo têm sua vida mantida na ausência de um órgão vital, graças à terapia renal substitutiva 1.
A fístula arteriovenosa (FAV) é considerada o melhor tipo de acesso vascular para o tratamento em hemodiálise, por apresentar reduzidas taxas de complicações, ser segura e ter uma relativa durabilidade, com índice de sobrevida entre 65 e 75% em 3 anos. Portanto, tendo em vista os parâmetros da Naticional Kidney Fundation – Dialysis Outcomes Quality Initiative (NFK–DOQI) para a caracterização do acesso venoso (AV) ideal, tem-se a FAV realmente, como a melhor opção para acesso em hemodiálise. Já que alguns autores citam a NFK–DOQI, que diz: a AV ideal é aquele que proporciona um bom fluxo sangüíneo, apresenta um tempo de utilização adequado, com baixo índice de complicações 2.
O acesso vascular tem importância crítica na manutenção do paciente com insuficiência renal terminal em tratamento por hemodiálise. Assim, esforços devem ser feitos no sentido de um bom planejamento, um a estratégia para criação racional e manutenção do acesso vascular, permitindo o bom funcionamento e a ampliação da sua vida útil 3.
Esses pacientes que dependem de tecnologia avançada para sobreviver, apresentam limitações no seu cotidiano e vivenciam inúmeras perdas e mudanças biopsicossociais que interferem na sua qualidade de vida tais como: a perda do emprego, alterações na imagem corporal, restrições dietéticas e hídricas 5.
Este estudo justifica-se devido à enfermagem em nefrologia ser uma área em processo de construção recente e também contribuirá para os profissionais de enfermagem reflexão sobre sua prática, visando à melhoria da assistência aos portadores de FAV de forma humanizada e qualidade.
O objetivo desta revisão bibliográfica é identificar a produção científica de enfermagem relacionada aos cuidados de enfermagem com a fístula arteriovenosa em pacientes submetidos à hemodiálise, analisando sua aplicabilidade à prática.
Metodologia:
Pesquisa bibliográfica computadorizada e manual, no período de 2003 a 2008, utilizando as palavras-chave/Key words (cuidados de enfermagem, fístula arteriovenosa, hemodiálise, qualidade de vida/cares of nursing, fistula arteriovenous, hemodialysis, quality of life), nas seguintes bases de dados (LILACS, BDENF e SCIELO). Dos 15 textos identificados, foram selecionados 6 nacionais e 4 internacionais para análise devido às implicações para uma melhor prática.
Resultados:
Tabela 1 – Publicações localizadas, segundo o tema “Cuidados de enfermagem com a Fístula Arteriovenosa em pacientes submetidos à hemodiálise”, mencionado nas bases de dados, Niterói, 2008.
Autor (es), Data& País |
Objetivo da pesquisa
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Tamanho da amostra
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Tipo do estudo & instrumentos
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Principais achados
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Conclusões do Autor (es) |
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Schira M4 2004 EUA
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Desafiar as enfermeiras a pensarem sobre a idéia do poder nos cuidados de nefrologia. |
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Revisão bibliográfica. |
O poder é a habilidade de influenciar outra pessoa. O enfermeiro fornece muito mais do que força braçal ao sistema de saúde. |
O poder dos cuidados é oriundo do conhecimento holístico e da assistência especializada prestada pela enfermeira.
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Furtado AM, Lima FET2 2006 Brasil |
Identificar os cuidados com a fístula arteriovenosa executados pelos pacientes com insuficiência renal crônica que realizam hemodiálise.
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Foram 21 pacientes, selecionados aleatoriamente que realizavam tratamento de hemodiálise na referida instituição, que estiveram presentes nos dias estipulados para a realização da pesquisa e que aceitaram participar do estudo proposto.
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A entrevista semi-estruturada, utilizando-se um roteiro contendo dados de identificação, dados clínicos referentes à patologia e tratamento, e questionamentos quanto os cuidados sobre a FAV desenvolvidos pelos pacientes. Todas as informações obtidas foram relatadas pelos pacientes.
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O estudo revelou que nove pessoas realizavam tratamento há mais de três anos, valendo ressaltar que dentre estas, quatro realizaram uma única fístula, sendo que uma encontra-se funcionante há nove anos, ultrapassando o tempo médio de vida da FAV, revelando com este fato a imprevisibilidade da duração do acesso venoso. |
Detectou-se que todos os pacientes entrevistados são conhecedores da necessidade de desenvolver ações de autocuidado para com sua fístula, visando mantê-la funcionante por um tempo prolongado.
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Martins RI, Cesarino CB5 2005 Brasil
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Avaliar a qualidade de vida de pessoas em tratamento de hemodiálise (HD) e identificar as atividades cotidianas que podem comprometer sua qualidade de vida.
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125 pessoas com IRC em tratamento de HD.
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Estudo descritivo, do tipo Transversal e com abordagem quantitativa.
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Os resultados evidenciaram prejuízo na qualidade de vida, demonstrando menores escores nos domínios dos aspectos físicos, emocionais e vitalidade.
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Verificou-se correlação negativa entre tempo de HD e componente físico. Identificou-se que as atividades corporais e recreativas mostraram maiores percentuais de comprometimento, tanto na amostra global quanto na estratificada por sexo.
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Fava SMCL, Oliveira AA, Vitor EM, Damasceno DD, Libânio SIC6 2006 Brasil
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Analisar as complicações que ocorrem durante as sessões de hemodiálise e assistência de enfermagem prestada a pessoas portadoras de Insuficiência Renal Crônica (IRC).
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125 prontuários de portadores de IRC.
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Pesquisa documental transversal pelo método descritivo |
Complicações mais comuns: hipertensão e hipotensão arterial. Quanto à assistência de enfermagem durante o processo desse tratamento, constatou-se que eram priorizadas a monitoração dos sinais vitais, administração de medicamentos e orientações quanto ao peso corporal.
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A assistência de enfermagem prioriza o monitoramento dos SD, administração de medicações e orientação quanto ao peso. A assistência prestada através de aporte emocional, avaliação do nível de consciência e sensibilidade dolorosa são freqüentes, porém, não são registrados nos prontuários. |
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Pacheco GS, Santos I7 2005 Brasil
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Propor a orientação do autocuidado ao cliente na fase pré-diálise, visando sua independência quanto ao atendimento e à compreensão de suas necessidades de bem-estar.
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Não aplicável. |
Revisão documental. |
O referencial para educá-lo/cuidar em enfermagem é a teoria de Orem, pressupondo que o cliente necessita da competência do enfermeiro para educar e orientar o autocuidado quando esta competência para cuidá-lo de si é menor que a demanda terapêutica.
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A orientação do autocuidado ao cliente em fase pré-diálise, através da apropriação da teoria de Orem, é indispensável para a sua adesão ao tratamento conservador.
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Higa K, Kost TM, Soares DM, Morais MC, Polins BRG8 2008 Brasil
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Analisar a qualidade de vida de pacientes com insuficiência renal crônica, em tratamento de hemodiálise.
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Foram analisados 20 sujeitos escolhidos aleatoria- mente.
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Pesquisa quantitativa.
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O enfrentamento da doença é influenciado pelas Percepções da qualidade de vida de cada indivíduo: as positivas estão mais relacionadas a estratégias racionais, como traçar uma meta ou conhecer mais sobre a doença, enquanto as negativas relacionam-se a estratégias evitativas, como negação da doença, agindo como se ela não existisse.
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A maioria dos sujeitos encara o tratamento como uma modalidade dolorosa, sofrida, angustiante, com limitações físicas, sociais e nutricionais, dificultando, muitas vezes, a interação paciente - sociedade-familia. Consideram-se vulneráveis à morte, diariamente, sendo os riscos numerosos, desde a periodicidade da condução aos centros de hemodiálise até o decorrer das sessões.
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Koepe GBO, Araújo STC9 2008 Brasil |
Identificar as percepções sensoriais dos clientes frente a fistula artério-venosa (FAV) e descrevê-las a partir dos sentidos sócios comunicantes do corpo. |
Aplicação de técnicas criativas durante sessão de hemodiálise com cinco pacientes. |
Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, na qual a representatividade da pesquisa não se baseia no critério numérico. |
A fragilidade está relacionado ao fato de haver certo desequilíbrio na vida desses clientes, ou seja, eles não vivem normalmente como os outros, já que precisam se adaptar com algo estranho em seu corpo (FAV), precisam comparecer a um hospital três vezes por semana, entre outras situações desagradáveis provenientes do tratamento. |
Isso também faz com que nos tornemos capazes de ajudar estas pessoas a enfrentarem melhor todo o processo, contribuindo para uma assistência de enfermagem de qualidade. |
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Ball LK 10 2005 EUA
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Descreve o processo de avaliação da ausculta, palpação, e
inspeção para uma fistula AV.
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Não aplicáve.l |
Pesquisa experimental. |
Citação baseada em evidências, demonstra melhores práticas para utilizar a técnica de canulação individualmente. |
Estamos fazendo tudo que nós podemos para melhorar a qualidade do cuidado aos nossos pacientes. Olhe sua prática do canulação ver se há uma oportunidade de fornecer o melhor cuidado a seus pacientes.
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Jablonski A11 2007 EUA
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Documentar o nível de alívio dos sintomas que os pacientes em fase de doença renal tratado através da hemodiálise.
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Foram 130 pacientes. |
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A qualidade de vida e os sintomas não são efetiva e satisfatoriamente aliviados nos pacientes. |
Acesso dos pacientes a todos os métodos para aliviar o sofrimento físico, psicológico, e espiritual associado com a doença, em acordo com as recomendações do RWJF ESRD Workgroup, que defende a incorporação de cuidados paliativos nas rotinas da prática de nefrologia, que oferece esperança aos pacientes na manutenção da qualidade de vida.
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Thomas N12 2004 EUA
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Descrever os principais desafios enfrentados por profissionais que trabalham em centros de diálise e transplante, promovendo avanços no cuidado ao paciente renal, através de pesquisas e desenvolvimento profissional. |
5.000 profissionais de centros de diálise. |
Estudo descritivo com abordagem qualitativa. |
Os principais desafios a serem enfrentados pelos profissionais de enfermagem que atuam junto ao paciente renal são, primeiramente o aumento contínuo dos pacientes que necessitam de diálise e do aumento de pacientes dependentes com co-morbidades.
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É de extrema importância o acesso fácil e contínuo à atualização profissional dos profissionais que atuam junto aos pacientes renais.
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Fonte: UFF – Especialização Enfermagem em Métodos Dialíticos e Transplantes
Avaliação crítica dos artigos selecionados e implicações para a prática de enfermagem para o cliente de alta complexidade
O cuidado é um fenômeno social e seu poder vem do reconhecimento da sociedade em relação aos cuidados como um serviço essencial. Os programas de cuidados aos pacientes em diálise não poderiam funcionar sem enfermeiras. Apesar da entrega e da importância das enfermeiras no cuidado ao paciente, estas parecem incapazes de reconhecer o poder que possuem 4.
O poder dos cuidados é oriundo do conhecimento holístico e da assistência especializada prestada pela enfermeira. Toda enfermeira tem o poder mudar vidas e deveria fazê-lo diariamente 4.
Ao pensar em cuidados com a fístula arteriovenosa, detecta-se uma amplitude de ações a serem desenvolvidas. Ações, estas, de responsabilidade não só do paciente, mas de toda a equipe de saúde que a ele presta assistência.
O planejamento dessas ações deve incluir três etapas primordiais: as orientações ao paciente no período pré-operatório de confecção da FAV, as orientações de autocuidado do paciente no manejo do seu novo acesso e a equipe de enfermagem deve manter uma adequada técnica de punção da fístula.
O autocuidado é primordial na manutenção do acesso, principalmente, no estágio de pós-confecção cirúrgica. Os cuidados pós-operatórios são simples e incluem, principalmente, a elevação do membro nos primeiros dias; a realização periódica de curativos pela enfermeira, evitando oclusões circunferências e apertadas; verificar diariamente o fluxo sangüíneo da fístula, a fim de monitorizar uma adequada evolução da mesma, e realizar exercícios de compressão manual para acelerar a maturação e melhorar a performance do acesso 2.
O tratamento da insuficiência renal crônica (IRC) é realizado através da terapia renal substitutiva, por meio da diálise peritoneal, hemodiálise e transplante renal. Entretanto, apesar dos avanços tecnológicos e maior conhecimento destas terapias, os pacientes ainda podem apresentar complicações durante e após o tratamento 6.
O texto ressalta que, devido às intercorrências e complicações, os pacientes em tratamento dialítico podem apresentar uma taxa de mortalidade 3,5 vezes maior do que na população geral. Desta forma, cabe ao enfermeiro realizar as funções administrativas, assistenciais, educativas e de pesquisa. Dentre as funções assistenciais destaca-se: orientar pacientes renais e seus familiares quanto ao autocuidado e tratamento dialítico; assistir o paciente em tratamento dialítico mediante elaboração do processo de enfermagem; prevenir, identificar e tratar complicações intradialíticas em conjunto com a equipe médica; estabelecer normas e rotinas para prevenção e controle de infecções hospitalares na unidade de diálise, entre outras inúmeras funções 6.
O modelo de enfermagem baseado na teoria do autocuidado de Orem valoriza a responsabilidade do indivíduo com a saúde, enquanto reconhece que prevenção e educação para a saúde como aspectos importantes nas intervenções de enfermagem 7.
A doença renal e as complicações decorrentes do tratamento afetam as habilidades funcionais do paciente, limitando suas atividades diárias, sendo que, freqüentemente, as alterações não são captadas nas avaliações clínicas e biológicas convencionais.
Compreender como as limitações interferem no cotidiano dos pacientes tem sido o objetivo das avaliações da qualidade de vida relacionadas à saúde. O paciente com IRC, em programa de hemodiálise, é conduzido a conviver diariamente com uma doença incurável que o obriga a uma forma de tratamento dolorosa, de longa duração e que provoca, juntamente com a evolução da doença e suas complicações, ainda maiores limitações e alterações de grande impacto, que repercutem tanto na sua própria qualidade de vida quanto na do grupo familiar 8.
Para que o sangue possa ser retirado, limpo e devolvido ao corpo é necessário que seja estabelecido um acesso à circulação do paciente. A FAV é um acesso permanente, criado por meios cirúrgicos ao se unir uma artéria em uma veia. As agulhas são inseridas dentro do vaso a fim se obter o fluxo sangüíneo adequado para passar através do dialisador 9.
O setor de hemodiálise é muito enriquecedor no que diz respeito à interação enfermagem-paciente. Nesta especialidade de cuidar, o cliente comparece ao setor três vezes por semana, permanecendo em média por um período diário de quatro horas. Isto resulta em interação integral, cuja relação de proximidade leva, muitas vezes, a um conhecimento amplo sobre a pessoa, o contexto familiar e o processo da doença 9.
Os pacientes deveriam ter acesso ao conhecimento de todos os métodos dialíticos disponíveis para aliviar o sofrimento físico, psicológico e espiritual associados com a doença, em acordo com as recomendações do RWJF ESRD Workgroup, que defende a incorporação de cuidados paliativos nas rotinas da prática de nefrologia, oferecendo esperança aos pacientes na manutenção da qualidade de vida 11.
O ponto de partida do texto é a Associação Européia de Diálise e Transplante/Associação Européia de Cuidado Renal (EDTN/ERCA), com profissionais europeus e de outras partes do mundo, voltados à pesquisa de produtos e serviços, além de iniciativas educacionais, segundo a necessidade de seus sócios 12.
Conclui que os principais desafios a serem enfrentados pelos profissionais de enfermagem que atuam junto ao paciente renal são primeiramente o aumento contínuo dos pacientes que necessitam de diálise e do aumento de pacientes dependentes com comorbidades. Ressaltam também a importância de acesso fácil e contínuo à atualização profissional, propiciados pela instituição 12.
Conclusão:
A atuação permanente da equipe de enfermagem fornece ao cliente uma melhor qualidade de vida e sobrevida, permitindo que possa viver com mais dignidade, aceitando suas limitações de uma forma positiva, tentando absorvê-las no seu dia a dia.
Devemos lembrar que a boa sobrevida e manutenção da fístula não dependem somente do cliente, mas sim, de todos os profissionais envolvidos diretamente no cuidado, pois não devemos deixar esta responsabilidade somente nas mãos dos clientes, a equipe deve estar atenta à técnica utilizada no tratamento, pois como pode haver falhas no autocuidado, pode também haver falhas na técnica empregada.
Os profissionais de hemodiálise devem buscar atualização constante de seus conhecimentos, pois estarão aprimorando os cuidados prestados, orientar os clientes sempre no início e no término da diálise, verificando condições domiciliares para o autocuidado desta fístula, estar apto para intervir e evitar outras complicações e promovendo as mudanças de comportamentos necessárias para beneficiar a saúde dos pacientes.
Referências bibliográficas:
1. Pascotto BP, Cruz I. Educação em saúde ao cliente com déficit de conhecimento relacionado à hemodiálise – prática de enfermagem baseada em evidências. Journal of Specialized Nursing Care 2008; 1 (1).
2. Furtado AM, Lima FET. Autocuidado de pacientes portadores de insuficiência renal crônica com fístula arteriovenosa Rev Gaúcha Enferm 2006 dez; 27 (4).
3. Daurgidas JT, Blake PG, Ing TS. Manual de diálise. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Medsi; 2003.
4. Schira M. Reflections on "about power in nursing". Nephrol Nurs J 2004 Sept/Oct; 31 (5): 583-4.
5. Martins MRI, Cesarino CB. Qualidade de vida de pessoas com doença renal crônica em tratamento hemodialítico. Rev Latino-am Enfermagem 2005 set/out; 13(5): 670-6.
6. Fava SMCL, Oliveira AA, Vitor EM, Damasceno DD, Libânio SIC. Complicações mais freqüentes relacionadas aos pacientes em tratamento dialítico. Rev Min Enf abr/jun 2006; 10(2): 145-50.
7. Pacheco GS, Santos I. Cuidar de cliente em tratamento conservador para doença renal crônica: apropriação da teoria de Orem. Rev Enferm UERJ 2005; 13: 257-62.
8. Higa K, Kost MT, Soares DM, Morais MC, Polins BRG. Qualidade de vida de pacientes portadores de insuficiência renal crônica em tratamento de hemodiálise. Acta Paul Enferm 2008; 21(Número Especial): 203-6.
9. Koepe GBO, Araújo STC. A percepção do cliente em hemodiálise frente à fístula artério venosa em seu corpo. Acta Paul. Enferm 2008; 21: nº spe.
10. Ball LK. Improving Arteriovenous Fistula Cannulation Skills. Nephrology Nursing Journal 2005; nov/dec ;(6): 611-17.
11. Jablonski A. Level of symptom relief and the need for palliative care in the hemodialysis population. J Hosp Palliat Nurs 2007 Jan/Feb; 9(1): 50-8.
12. Thomas N. Renal nursing research, evidence-based practice and education - A European perspective. Nurs T Research 2004; 9: 334-45.
JSNCARE