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 Customers on Use of enteral nutrition in the intensive care unit: impact on the development of Patient Record: systematic literature review. 

Clientes em uso da Nutrição Enteral na unidade de terapia Intensiva: impacto na Evolução do Paciente Grave: Revisão sistematizada da Literatura. 

Wilson de Jesus Almeida. Enfermeiro. Aluno do Curso de Especialização em Enfermagem em Terapia Intensiva Adulto/ Idoso. Universidade Federal Fluminense(UFF). wjesusteama@hotmail.com  

Isabel Cruz. Doutora em Enfermagem. Titular da UFF. isabelcruz@uol.com.br

 Abstract: The nutritional therapy has had a big impact on the evolution of the patient critical. This review aims to present and disseminate the conduct of nutritional support in critical patients, as appropriate and practical, so basically an enteral diet should be balanced in proteins, lipids, carbohydrates, electrolytes, vitamins and minerals. Aims to explain the importance of nurses as a member of the Multidisciplinary Team of Nutrition Therapy (EMTN), in the administration of TN in the prevention and early detection to provide data to the treatment of malnutrition, besides its interaction with other members of the multidisciplinary team.

Key-words: Nutrition therapy, malnutrition nursing. 

Resumo: A terapia nutricional tem tido grande impacto na evolução do paciente critico. Esta revisão tem por objetivo apresentar e difundir a condução da terapia nutricional no paciente critico, de forma prática e adequada; portanto basicamente uma dieta enteral deve ser balanceada em proteínas, lipídios, carboidratos, eletrólitos, vitaminas e sais minerais. Tem a finalidade de expor a importância do enfermeiro como membro da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN), na administração da TN na prevenção e detecção precoce para fornecer dados ao tratamento da desnutrição, alem da sua interação com outros membros da equipe multidisciplinar.

Palavras-chave: Terapia Nutricional, Desnutrição, Enfermagem.

Introdução: 

Situação – Problema

Assistência prestada ao paciente da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tem obtido grande impacto na evolução do paciente grave. Desde a introdução de uma técnica coerente de suporte nutricional, via enteral. Reconhece-se que a terapia nutricional, na terapêutica de pacientes hospitalizados requer o desenvolvimento de princípios que determinarão a melhor assistência nutricional, como a escolha de nutrientes específicos e a padronização das formas nutritivas.

Esta terapia tem um marco fundamental para os pacientes críticos, visando prevenir a desnutrição calórica protéica, aumentando a sobrevida do paciente e diminuindo o tempo de internação hospitalar. Entretanto a terapia nutricional deve ser administrada de forma adequada para evitar complicações, pois os pacientes fazendo uso de sondas nasogástrica são suscetíveis a uma variedade de problemas, complicações pulmonares, incluindo deficiência do volume de líquido e irritações relacionadas à sonda. Essas complicações potenciais requerem uma avaliação criteriosa e frequente do enfermeiro.

Vale a pena ressaltar que existem diferentes tipos de nutrição: oral, enteral e parenteral. A via oral é caracterizada pela ingestão dos alimentos. Para que seja possível esse tipo de nutrição, é essencial que o doente mantenha a capacidade de ingestão. Quando não é possível recorrer a nutrição oral, pode-se utilizar a nutrição entérica ou parentérica. Tem se recomendado o uso de nutrição enteral preferencialmente a Nutrição Parenteral Total (NPT), uma vez que o uso da via enteral produz menor incidência de complicações, atenua resposta inflamatória e previne a atrofia intestinal, e consequentemente a translocação de bactéria do lúmem intestinal. A responsabilidade do enfermeiro(a) como membro da equipe multidisciplinar em TN está baseada primordialmente na administração da TN, na prevenção e detecção precoce para fornecer dados ao tratamento da desnutrição, além de sua interação com outros membros da equipe (EMTN). Para proporcionar, sua manutenção e qualidade foram instituídas a criação da EMTN no Brasil, estabelecida por legislação vigente, conforme consta na Portaria 272 do MS e na Resolução nº. 63 do MS Brasil, 2004¹, ², ³.

A criação da EMTN atualmente tem obtido resultados positivos na recuperação de pacientes hospitalizados em UTI através de um conjunto de conhecimentos técnicos e científicos dos profissionais da equipe, médicos, farmacêuticos, enfermeiros e nutricionistas.

Os pacientes internados em UTI frequentemente apresentam depleção nutricional tornando fundamental a monitorização da administração enteral prescrita4.

Objetivo

       Prevenção da desnutrição do paciente crítico através da alimentação enteral e o método preferido da sustentação nutritiva, visto que, há um número significativo destes clientes com a alimentação prejudicada. O enfermeiro deve sempre observar os sinais e sintomas das complicações que possam decorrer da nutrição enteral nos pacientes críticos, para essa  melhor observação é necessário ter o seu conhecimento técnico e cientifico atualizado. Pois, todavia mesmo sabendo que o uso  da sonda nasoenteral para entrega da nutrição fornece melhor modalidade  da alternativa de sustentação,sua utilização não é sem risco, aparecendo entre todas as complicações dos tubos de alimentação enteral, a aspiração pulmonar que vem  representando,  uma das edições mais freqüentes e a mais problemática.

       Diante do exposto o objetivo deste trabalho é identificar a produção científica de enfermagem o conhecimento dos profissionais de enfermagem, determinando a melhor evidência disponível para o cuidado do cliente em uso de nutrição enteral. 

Metodologia: 

       Pesquisa bibliográfica computadorizada, no período de 20/09/2008 a 05/11/2008, utilizando as palavras-chave/ key-words Terapia Nutricional, Desnutrição, Enfermagem, nas seguintes bases de dados: Lilacs, Medline e Scielo. Dos 48 textos identificados, foram selecionados 10 para análise devido às implicações para uma melhor prática. 

Resultados: 

Tabela 1- Publicações localizadas, segundo o tema: Clientes em uso da Nutrição Enteral na unidade de terapia Intensiva: impacto na Evolução do Paciente Grave, mencionadas nas bases de dados, Niterói, 2008.

Autor (es), Data e País

Objetivo da pesquisa

Tamanho da Amostra

Tipo do estudo e Instrumento

Principais achados

Conclusões do(s) autor (es)

Rocha DN, Brasil, 20031.

Avaliar a adequação da Terapia Nutricional Enteral (TNE) na UTI adulto e identificar as causas de interrupção da administração enteral prescrita.

33 pacientes com idade entre 18 e 85 anos, 58% do sexo masculino.

Estudo observacional prospectivo.

O volume diário prescrito, estabelecido a partir das necessidades previa atingir 26,1 +/-  3,7 Kcal/ Kg e 1,04g de proteínas por Kg de peso corporal +/- 0,1g/ Kg. O volume administrado atingiu 19,5 +/- 5,6 Kcal/Kg e 0,8 g de proteínas Kg +/- 0,2 g/Kg correspondendo a adequação de 74%

 

 

 

 

 

 

 

 

Conclui que a continua sistematização de rotina e treinamento da equipe contribuiu significamente em atingir os objetivos da terapia nutricional.

 

 

 

 

63% em áreas diferentes da Terapia Nutricional, 11,1% realizaram capacitação strictu sensu em Terapia

 

Nutricional. 66,7% atuam em hospitais, sendo que 59,2% atuam direta ou indiretamente com Terapia

Nutricional, enfermeiros assistenciais 44,0%. 85,2% aplicam a legislação na prática.

Merighi MAB, Soler ZASG, Brasil, 20033.

Pompeu D A, Nicolussi AC, Galvão CM, Sawada NO, 2007, Brasil4.

Evitar a obstrução de sondas nasoenterais.

Analisar as evidencias disponíveis na literatura sobre as intervenções de enfermagem eficazes para a prevenção e o controle de náuseas e do vomito  no cliente período pós-operatório.

Revisão da literatura extraída de 11 artigos.

Revisão de literatura, sendo extraído de 12 artigos.

Revisão de literatura.

Revisão de literatura.

O treinamento da equipe de enfermagem foi decisivo para a redução da obstrução da sonda nasoenteral.

As situações de enfermagem para minimizar náuseas e vômitos pode auxiliar no controle destes ao cliente em uso de SNG no período

Nutricional. 66,7% atuam em hospitais, sendo que 59,2% atuam direta ou indiretamente com Terapia

Nutricional, enfermeiros assistenciais 44,0%. 85,2% aplicam a legislação na prática.

O papel do enfermeiro na EMTN deve ser investigativo e amplo não se limitando somente ao cumprimento de atividades já preconizadas.

As evidencias que foram obtidas demonstram que as intervenções alternativas para a prevenção e o controle da náusea e do vomito no pós - operatório que pode melhorar a complicação do paciente.

 

 

 

 

, evitando-se assim a saída da sonda.

 

Miyadahira AMK  2005, Brasil57.

Apresentar e difundir a condução da terapia nutricional no paciente critico de forma pratica e adequada.

Revisão de literatura extraída de 14 artigos.

Revisão de literatura.

A terapêutica nutricional, no paciente criticamente enfermo, pode resultar numa melhor evolução da doença de base com maior sobrevida e melhor ônus hospitalar.

O tratamento do paciente grave deve incluir a terapia nutricional específica, uma vez que são pacientes com alto risco de complicações.

Santos EML, Pereira MN, Brasil, 20036.

Melhorar a resposta imune e atenuar a resposta inflamatória com o intuito de aliviar a sobrevida do paciente diminuindo complicações e reduzindo a permanência de pacientes na UTI, também a internação hospitalar.

Revisão de literatura 76 artigos.

Revisão de literatura.

A terapia nutricional utilizando formulações específica ou suplementos está sendo nos últimos anos de rápida evolução na terapêutica de pacientes críticos.

Dietas enriquecidas com arginina RNA, ácido graxo, Omega 3 e aglutamina para pacientes que sofreram alguma intervenção cirúrgica, obtiveram como resultado melhor evolução clinica com menor incidência de complicações infecciosas .

Persenius MW, Larsson BW, Halllord ML,2006, EUA7.

Examinar 2 parâmetros:

1) as percepções das enfermeiras da responsabilidade, do conhecimento e do conhecimento e documentação focalizando na nutrição enteral;

2) e a prática a respeito da alimentação enteral na UTI.

Enfermeiros de 3 UTI.

Entrevista por questionário.

Os enfermeiros realizam o cuidado da nutrição evitando possíveis complicações, porém a respeito da avaliação nutritiva, as enfermeiras não realizam dos registros da nutrição, tendo como fonte as consultas aos colegas de equipe.

Conclui que o cuidado da nutrição enteral dentro do centro de terapia intensiva estudado tem sua forma no planejamento, na execução e na prevenção das complicações.

Marshall AP, West SH, 2006 EUA8.

Analisar as possíveis praticas do cuidado associada a nutrição enteral verificando  se a entrega da alimentação enteral pode contribuir na desnutrição.

Revisão de literatura extraída de 57 artigos.

Revisão de literatura.

A prática das enfermeiras da unidade de terapia intensiva variadas, incluindo alguma práticas que poderiam contribuir na alimentação prejudicado do cliente critico.

O descobrimento do estudo mostra que as práticas de nutrição associadas com a entrega de alimentações enteral podem contribuir para a deficiência da alimentação no cliente em estado critico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Williams TA, Leslie GD, Austrália, 20049.

Realizar uma busca detalhada sobre o tema: a assistência no cuidado dos tubos de alimentação enteral em doentes adultos em estado crítico.

Revisão de literatura com 118 artigos.

Revisão de literatura.

Conseguir compreender as questões relacionadas a assistência que a nutrição enteral traz ao cliente em estado critico.

Pouca evidencia da qualidade elevada para suportar as recomendações da pratica que deixam o espaço significativo para uma pesquisa mais adicional por enfermeiras na gerencia dos pacientes com os tubos enteral.

Jones G, Inglaterra, 200310.

Demonstrar que pacientes não conseguem engolir cápsulas poderiam ser beneficiados por uma enzima pancreática líquida (LPE) .

Revisão de Literatura.

LPES foram preparados e misturados com diferentes dietas produzidas comercialmente disponíveis fórmula para alimentação enteral

Uma condição freqüente fisiopatológicos em um número relevante desses pacientes e insuficiência pancreática exócrina. Pacientes não conseguem engolir cápsulas poderiam ser beneficiados por uma enzima pancreática líquida (LPE) preparação..

O uso de LPES parece ser uma boa opção terapêutica em pacientes com insuficiência pancreática. As empresas farmacêuticas devem ser mais incentivados a desenvolver e distribuir líquido preparações enzimáticas.

  Fonte: UFF – Especialização em Terapia Intensiva com ênfase no cliente adulto e idoso.

 Discussão 

Avaliação crítica dos artigos selecionados e implicações para a prática de enfermagem para o cliente de alta complexidade: 

       Sabe-se que a alimentação é primordial para a sobrevivência do ser humano, entretanto é alto o índice de desnutrição calórica protéica em pacientes hospitalizados.

       Devido aos mesmos não se alimentar suficientemente para atingir sua necessidade calórica e protéica devido aos mais variados fatores adversos, tais como: náuseas, vômitos, ansiedade, doença de base, depressão, inapetência e cirurgia. Em decorrência disso, o estado geral e a resposta aos tratamentos ficam comprometidos, além das complicações terem um índice muito mais elevado comparados aos doentes nutridos. Neste caso a EMTN intervem no tratamento do cliente prescrevendo a nutrição enteral o mais precocemente possível evitando assim o agravo do estado de saúde do paciente crítico na unidade de tratamento intensivo. Também tem grande relevância para o sucesso da NE o registro de enfermagem, a observação dos problemas de enfermagem para a execução da prescrição com intervenções objetivas o que resulta no atendimento da necessidade do paciente em uso da dieta enteral durante a internação hospitalar.

       Vale ressaltar que a terapia enteral como temos visto ao longo desta revisão de artigos tem tido muito sucesso na nutrição ao paciente crítico. Mas para que essa terapia continue ocorrendo com um baixo percentual de complicações evitando futuras intercorrências para a melhor qualidade do cuidado a anotação de enfermagem é de extrema importância visto que através desta o assistir ao paciente grave fica mais fundamentado acarretando em melhores diagnóstico do paciente diminuindo assim o número de dias de internação e o ônus hospitalar 5, 6,7

Conclusão: 

       Conclui que o cuidado da nutrição enteral dentro do centro de terapia intensiva estudado tem sua forma no planejamento, na execução e na prevenção das complicações8.

       O tratamento do paciente grave em UTI deve incluir a terapia nutricional balanceada, uma vez que esses pacientes apresentam depleção nutricional. A atuação da enfermagem para paciente em uso de nutrição enteral mostra a necessidade de cuidados especializados na administração desta terapia para que possa atender as necessidades de cada doente, com menor risco, prevenindo complicações e garantindo um atendimento de qualidade 9, 10, 11.

       Percebe-se que o enfermeiro diante de um paciente em uso de nutrição enteral mostra a necessidade de cuidados especializados que deve ser investigativo e amplo não se limitando somente ao cumprimento de atividades já preconizadas em nosso meio, tornando as ações de enfermagem mais efetivas e instituídas de maneira precoce. 

Referências Bibliográficas: 

1- Santos DMV, Seribelle MIPF. Enfermeiros especialistas em Terapia Nutricional no Brasil: Onde e como Atuam. Rev Bras Enferm 2006,  Nov/Dez; 59(6): 757-61. 

2- Pompeu DA, Nicolussi AC, Galvão CM, Savada NO, Acta Paul Enferm 2007; 20(2): 191-8. 

3- Marshall AP, WEST SH. Enteral in the criticaly ill: Are nursing pratices contributing to hypocaloric feeding? Itensive Crit Care Nurs2006; 22:95-105 

4- Persenius MW, Larsson BW, Hall-Lord ML. Enteral nutricion in intensive care Nurses perceptions and bedside observations. Intensive Crit Care nurs 2006; 22:82-94 

5- Williams TA, Leslie GD. A review of the nursing  care of enteral feeding tubes in critically ill adults: part I. Intensive Crit Care Nurs 2004; 20:330-43

6- Rocha DN. Recursos para assistência de enfermagem em gastroenterologia. Rev Bras Enferm 2003 jul-set; 33 (3): 310-7. 

7- Santos EML, Pereira MN. Problemática cirúrgica: considerações de enfermagem. Ver Brás Enferm 2003 abr-jun; 56(4): 45-54. 

8- Merighi MAB, Soler ZASG. Considerações sobre a sondagem gástrica. Ver Ex Enferm USP 2003 abr-jun; 56(2): 28-32. 

9- Miyadahira AMK. Princípios da assistência de enfermagem na nutrição enteral. Ver Paul Enferm 2005 abr-jun; 58(2): 95-102 

10- Jones G. Model of nursing infaccident and emergency. Accident Emerg Nurs 2003 Jan; 1(1): 41-8.  

11- Teixeira ACC, Caruzo L, Soreano FG. Terapia Nutricional Enteral em Unidade de Terapia Intensiva: Infusão versus Necessidade. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 2006, Out/Dez, 18:4:331-337.





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