Care to Vesicle Catheter in Urological Postoperative at Intensive Care Unit - Sistematic Literature Review
Cuidados com o Cateter Vesical no Pós-Operatório Urológico na Unidade de Terapia Intensiva – Revisão sistematizada Literatura
Elem Azevedo de Santana. Enfermeira. Aluna do Curso de Especialização em Unidade de Terapia Intensiva Adulto e Idoso - UFF. elemvidasantana@yahoo.com.br Isabel Cruz. Doutora em Enfermagem. Titular da UFF. isabelcruz@uol.com.br
Abstract: The objective was to identify to the scientific production of nursing, determining the best available evidence for the care of nursing to the client with the vesicle catheter in the postoperative urologic in the unit of intensive therapy. It was a bibliographical publication research in two databases. After the choice of articles, was carried through a table with the data (authors, objective of the research, type of study and instruments, main found and conclusions of the authors), thus to be able to clarify its finishings in relation to the chosen subject. One concluded that the envolvement of the nurses in the research and the scientific production with the purpose to always search answers for the questions is important that involve the care in practical the clinics daily.
Key-words: urinary, care, postoperative, intensive care unit, catheter.
Resumo: O objetivo foi identificar a produção científica de enfermagem, determinando a melhor evidência disponível para o cuidado de enfermagem ao cliente com o cateter vesical no pós-operatório urológico na unidade de terapia intensiva. Foi uma pesquisa bibliográfica de publicações em duas bases de dados de bibliotecas virtuais. Após a escolha dos artigos, foi realizada uma tabela com os dados (autores, objetivo da pesquisa, tipo de estudo e instrumentos, principais achados e conclusões dos autores), para assim poder esclarecer suas finalizações em relação ao tema escolhido. Concluiu-se que é importante o envolvimento dos enfermeiros nas pesquisas e na produção científica com a finalidade de buscar sempre respostas para as questões que envolvem o cuidado na prática clínicas diária.
Palavras-chave: urinário, cuidados, pós-operatório, unidades de terapia intensiva, cateter.
Introdução:
A cirurgia urológica envolve procedimentos realizados nos rins, ureteres, bexiga, uretra e órgãos genitais masculinos. Os problemas a serem tratados podem ser congênitos ou adquiridos1. Os principais tipos de cirurgia urológica abrangem a nefrectomia que é a remoção de um rim, realizada para tratar algumas anormalidades congênitas unilaterais e que são causadoras de obstrução renal ou hidronefrose, tumores e lesões graves1. A ureterostomia cutânea que é o desvio da corrente urinária pela anastomose dos ureteres, a uma alça isolada do íleo, que é exteriorizada na parede abdominal como uma ileostomia, realizada após cistectomia total ou radical e remoção da uretra1. Este tipo de cirurgia faz com que o paciente use o cateter suprapúbico, que deve ser avaliado criteriosamente pelo enfermeiro.
Outro tipo de cirurgia urológica é a cistectomia que é a excisão da bexiga e estruturas adjacentes, podendo ser parcial para retirar uma lesão, ou total, para excisão de tumores malignos. Esta cirurgia envolve geralmente um procedimento adicional de ureterostomia1. Também exige a utilização de um cateter suprapúbico pelo paciente.
E outra a principal cirurgia, e a mais comum é a prostatectomia que é a remoção cirúrgica da glândula e sua cápsula; geralmente para tratamento de carcinoma ou porções anormais da próstata1.
Com os avanços da tecnologia nos dias atuais, essas cirurgias urológicas são feitas por laparoscopia, uma técnica cirúrgica minimamente invasiva, na qual é utilizado apenas pequenas incisões entre 0,5 e 1,0 cm para observar o interior da cavidade abdominal. Para conseguir visualização através do vídeo é preciso inflar a parede abdominal por meio de gases, sendo o mais utilizado o dióxido de carbono1. E depois da cirurgia, um cateter de três vias é colocado na bexiga, e a irrigação contínua deverá estar a uma altura superior a 50 cm. Ocasionalmente, o sangue coagula e obstrui o cateter1. Daí a importância da observação do enfermeiro em verificar qualquer alteração na drenagem desses coágulos, qualquer distúrbio urinário no pós-operatório urológico, principalmente quando é um paciente que está internado na UTI.
Este estudo denota justificativa quando consideramos a importância do melhor atendimento ao cliente no período pós-operatório de cirurgia urológica, principalmente, no que se refere à enfermagem.
Situação-Problema:
A assistência de enfermagem durante o período pós-operatório imediato de cirurgia urológica concentra-se em intervenções destinadas a prevenir ou tratar complicações. Por menor que seja a cirurgia, o risco de complicações sempre estará presente. A prevenção destas, no pós-operatório promove rápida recuperação, poupa tempo, reduz gastos, preocupações, ameniza a dor e aumenta a sobrevida. Pensando nisso, uma das principais complicações que observei durante meu trabalho em uma unidade de terapia intensiva foi a obstrução dos cateteres vesicais uretrais e suprapúbicos por coágulos, que retardava a alta dos pacientes no setor e que talvez contribuísse para infecção urinária e entrada desses pacientes na terapia renal substitutiva (diálise).
Objetivo:
Identificar a produção científica de enfermagem, determinando a melhor evidência disponível para o cuidado de enfermagem ao cliente com o cateter vesical no pós-operatório urológico na unidade de terapia intensiva.
Metodologia:
Foi uma pesquisa bibliográfica de publicações, no computador e na biblioteca de enfermagem da Universidade Federal Fluminense, feita no período de julho a outubro de 2008, utilizando as palavras chave: urinário, cuidados, pós-operatório, unidades de terapia intensiva, cateter (em português) e urinary, care, postoperative, intensive care unit, catheter (em inglês) nas as bases de dados MEDLINE e BDENF. Os artigos do período de 2003 a 2008 foram analisados e selecionados por meio de leitura crítica que norteavam a temática. Dos 32 textos existentes nas bases de dados, foram selecionados 10 que possibilitaram aprofundar sobre o cuidado de enfermagem ao cliente com o cateter vesical no pós-operatório urológico na unidade de terapia intensiva.
Resultados:
Após a escolha dos artigos, segue abaixo uma tabela com os dados (autores, objetivo da pesquisa, tipo de estudo e instrumentos, principais achados e conclusões dos autores), para assim poder esclarecer suas finalizações em relação ao tema escolhido.
Tabela 1 - Publicações localizadas, segundo o tema cateter vesical no pós-operatório urológico na Unidade de Terapia Intensiva, mencionadas nas bases de dados. Niterói, 2008.
Autor(es), data e país |
Objetivo(s) da Pesquisa
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Tamanho da amostra |
Tipo do estudo e instrumentos |
Principais Achados |
Conclusão dos autores |
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Robinson J. Estados Unidos, 20073. |
Entender como se procede no cateterismo vesical feminino. |
2 referências |
Estudo bibliográfico com pesquisa em bases de dados. |
O uso de técnica estéril e a melhor seleção do cateter são importantes para o controle da infecção. |
A atualização, organização e treinamento são importantes para a atualização sobre a colocação dos cateteres vesicais pelas enfermeiras. |
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Sumnall R. Estados Unidos. 2007. 4 |
Estudar sobre os diuréticos. |
35 referências |
Estudo bibliográfico com pesquisa em bases de dados. |
O uso de diuréticos, em casos de RTU, pode ocasionar falência renal de origem mecânica se não forem drenados os coágulos por cateter vesical. |
É importante que o enfermeiro reforce a importância do balanço hídrico.
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Fernandes MCBC, Costa VVA, Saraiva RA, 2007 Brasil5 |
Determinar a incidência de retenção urinária pós-operatória e descrever o método utilizado para esvaziamento vesical. |
1.316 prontuários |
Estudo documental com coleta de dados em prontuários |
Cerca de 69% dos pacientes apresentaram micção espontânea após a realização de apenas um cateterismo. |
Sugere-se orientação e vigilância adequada pela equipe de enfermagem, com ênfase no cateterismo vesical asséptico. |
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Rushing J. Estados Unidos, 20066. |
Descrever sobre os cuidados com o cateter suprapúbico. |
3 referências |
Estudo bibliográfico com pesquisa em bases de dados. |
Fazer higiene com material estéril ao redor da urostomia. |
Concluiu se que não se deve fazer tração sob o cateter para que não saia. |
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Fernandes MVL, Hallages NM. 2006 Brasil7 |
Contribuir com uma nova modalidade de avaliação de qualidade de práticas de controle de infecção associada a cateterismo. |
Um indicador de avaliação |
Estudo qualitativo |
o cateterismo vesical e sua permanência são as principais causas de ITU. A avaliação de seu tempo de permanência, cujo prazo máximo nem é citado na literatura. |
A variedade de outras situações clínicas, critérios médicos individuais e protocolos institucionais inviabiliza a realização de uma avaliação da adequação da indicação do cateterismo. |
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Higa R, Lopes MHBM, Reis MJ. 2008 Brasil8 |
Identificar os principais fatores de risco ou associados à incontinência urinária (IU) na mulher. |
38 referências |
Estudo bibliográfico com pesquisa em bases de dados. |
Principais fatores de risco são a idade, trauma do assoalho pélvico, fatores hereditários, raça, menopausa, obesidade, doenças crônicas e outros. |
A enfermeira pode, por meio de anamnese, identificar estes fatores e realizar intervenções para a prevenção e tratamento da incontinência urnária. |
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Silva APM, Santos VLCG. 2005 Brasil9 |
Verificar a prevalência da incontinência urinária em pacientes hospitalizados |
77 pacientes |
Estudo qualitativo com questionário sem-estruturado |
A maioria dos entrevistados com incontinência urinária apresentaram disúria ou infecções urinárias. |
A presença de infecção urinária retarda a alta dos pacientes. |
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Lopes MHBM, Higa R. 2006 Brasil10 |
Identificar as restrições causadas pela incontinência urinária (IU) à vida da mulher. |
164 mulheres |
Estudo qualitativo com questionário sem-estruturado |
Observou-se que a incontinência provoca sentimentos de baixa auto-estima na mulher.
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A enfermeira tem um papel importante junto dessas mulheres na prevenção, no diagnóstico, por meio da queixa clínica, e na orientação do manejo adequado, evitando que condutas inadequadas. |
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Fallis WM, 2005. Estados Unidos11 |
Avaliar alguns estudos eu tratam da mensuração da urina em pacientes das unidades de terapia intensiva. |
33 referências |
Estudo bibliográfico com pesquisa em bases de dados. |
Os efeitos da urina residual na bexiga resultam em infecção urinária. |
Observar as necessidades clínicas e o tempo de permanência dos cateteres vesicais em pacientes críticos pode evitar futuras complicações. |
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Oliveira R, Azevedo N, Cruz ICF, Andrade M, Santo FHE, 2008 Brasil12 |
Identificar na produção científica, a melhor evidência disponível para o cuidado de enfermagem aos riscos de infecção urinária. |
15 referências |
Estudo bibliográfico com pesquisa em bases de dados. |
As evidências apontam uma relação com os diferentes tipos de cateteres, e de patologias associadas; alertando para a periodicidade, controle rigoroso da técnica asséptica. |
Este estudo buscou evidências para garantir uma prática para o cliente sob seus cuidados; é importante identificar condutas que auxiliem no raciocínio e na tomada de decisões. |
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Fonte: UFF – Especialização Enfermagem em Terapia Intensiva do Adulto e Idoso.
Discussão:
Avaliação crítica dos artigos selecionados e implicações para a prática de enfermagem para o cliente de alta complexidade: os dez artigos selecionados e listados na tabela acima foram divididos por itens (assuntos) por trazerem dados importantes para o cuidado com o paciente em uso do cateter vesical no pós-operatório urológico na Unidade de Terapia Intensiva. São eles: cuidados com os cateteres; o uso de diuréticos e mensuração da urina em UTI; a incontinência e/ou retenção urinária e a infecção urinária.
O pós-operatório é um período durante o qual se observa e se assiste a recuperação de pacientes em pós-anestésico e após o estresse cirúrgico. Os objetivos da equipe multidisciplinar, principalmente do enfermeiro e sua equipe, durante este período são: a manutenção do equilíbrio dos sistemas orgânicos, alívio da dor e do desconforto, prevenção de complicações pós-operatórias, plano adequado de alta e orientações2.
Após a avaliação, pelo enfermeiro, dos controles gerais, dos antecedentes clínicos, da fisiopatologia da doença, das intercorrências intra-operatórias e anestésicos, e de um exame físico completo, é possível elaborar um plano de cuidados individualizado2.
Cuidados com os cateteres:
Os cuidados com os cateteres abrangeram as localizações suprapúbicas e uretéricas. Quanto ao cuidado com o cateter suprapúbico, uma publicação norte-americana trouxe dados como o cuidado com a pele periostoma, o uso da técnica estéril na hora da troca do curativo e o observação se o cateter não está obstruído por coágulos e que, caso esteja, avisar à toda equipe. Fazer higiene com material estéril ao redor da urostomia e avaliar a característica da urina como a claridade, cor e odor, além de não fazer tração sob o cateter para que o mesmo não saia6 também são fundamentais.
Outra publicação também descreveu o uso de técnica estéril e a melhor seleção do cateter como importantes para o controle da infecção no cateterismo vesical feminino. A atualização, organização e treinamento também se destacaram importantes para a atualização sobre a colocação dos cateteres vesicais pelas enfermeiras3.
Ainda sobre os cuidados com a cateterização, outro estudo mostrou que as evidências levaram a uma relação com os diferentes tipos de cateteres, com as diferentes patologias alertando para a periodicidade, controle rigoroso da técnica asséptica, do tempo e material utilizado; ressaltam a importância da lavagem freqüente e correta das mãos; reforçando estratégias universais preconizadas para a prevenção; sugere a cateterização somente quando extremamente necessária, e utilização de um sistema fechado para a coleta da urina por ser melhor e mais adequado, pois reduz comprovadamente o índice de infecção ascendente12.
O uso de diuréticos e mensuração da urina em UTI:
Nesse tópico, um dado importante a ser considerado é que o uso de diuréticos, em casos de RTU, pode ocasionar falência renal de origem mecânica se não forem drenados os coágulos por cateter vesical. É importante que o enfermeiro reforce a importância do balanço hídrico, especialmente em pacientes com falência renal e após ressecção de tumor urinário4.
Sobre a avaliação de alguns estudos que tratam da mensuração da urina em pacientes das unidades de terapia intensiva, foi descoberto que os efeitos da urina residual na bexiga resultam em infecção urinária, sendo essencial a mensuração exata da urina em pacientes críticos. E ainda, a mensuração errônea da urina pode provocar problemas renais resultando em terapia diurética, o que contribui para falência renal e infecção urinária. Observar as necessidades clínicas e o tempo de permanência dos cateteres vesicais em pacientes críticos pode evitar futuras complicações11.
Perante isso, um paciente no pós-operatório urológico, em uso de diurético, exige uma minuciosa observação da drenagem vesical, mesmo que ainda não se elimine urina, o ideal é que possamos mensurar criteriosamente a saída de líquidos e descreve-los, por exemplo, saída de soro (SOLUÇÃO) fisiológica, ou água destilada com muito ou pouco coágulos de cor avermelhada, ou rosácea, e assim, estamos atentos se há ausência de eliminação vesical.
Retenção urinária:
Outro tópico analisado foi sobre a retenção urinária que, ao se determinar a incidência de retenção urinária pós-operatória em pacientes que estavam em uso de analgesia com opióides, cerca de 69% apresentaram micção espontânea após a realização de apenas um cateterismo5. A incidência de retenção urinária é mais freqüente em homens e naqueles submetidos à analgesia peridural contínua e, sendo assim, a orientação e vigilância adequada pela equipe de enfermagem, com ênfase no cateterismo vesical intermitente asséptico, na ocorrência de retenção urinária para prevenção de complicações do trato urinário são importantes5.
Diante desses dados, com os avanços da tecnologia na ressecção de tumores urinários, a técnica está minimamente invasiva, mas não independe a visão holística do cuidador direto: o enfermeiro. Freqüentemente, após o procedimento o pós-operatório do cliente é na unidade de alta complexidade, principalmente as primeiras 24 horas, sendo uma das dificuldades do enfermeiro manter a irrigação deve ser contínua e sem a presença de coágulos.
Por todas as razões citadas anteriormente o enfermeiro deve ficar atento para o paciente não apresente bexigoma e evolua para outros sintomas e até mesmo a piora do estado do cliente, que jamais deverá passar despercebida. Uma abordagem rápida do enfermeiro auxilia na prevenção de lesões traumáticas e norteia a reabilitação funcional do paciente para a alta.
Incontinência urinária:
Na literatura, a incontinência urinária foi identificada mais em mulheres, principalmente naquelas que fizeram cirurgia urológica.
Os principais fatores de risco associados à incontinência urinária na mulher são idade, trauma do assoalho pélvico, fatores hereditários, raça, menopausa, obesidade, doenças crônicas, uso de alguns simpaticomiméticos e parasimpaticolíticos, constipação, tabagismo, consumo de cafeína e exercícios intensos na região abdominal8.
A enfermeira pode, por meio de anamnese, identificar estes fatores e realizar intervenções para a prevenção e tratamento da IU, contribuindo para melhorar a qualidade de vida da mulher incontinente8.
Uma identificação, além dos fatores de risco, são os sinais e sintomas como vistos em uma pesquisa com 77 pacientes hospitalizados com incontinência urinária em que em sua maioria apresentaram disúria ou infecções urinárias9.
Infecção urinária:
Observou-se que a infecção urinária provoca sentimentos de baixa auto-estima10 sendo que a enfermeira tem um papel importante na prevenção, no diagnóstico, por meio da queixa clínica, e na orientação do manejo adequado, evitando que condutas inadequadas, como a restrição prolongada de líquidos e a micção não freqüente, sejam tomadas, o que pode causar complicações e danos à saúde 10.
A família deve ser orientada para saber identificar quando o paciente está com infecção urinária após a alta, para evitar complicações futuras no local da cirurgia.
Outro ponto é que o cateterismo vesical e sua permanência são as principais causas de infecção do trato urinário7. Assim, algumas situações clínicas que são relatadas na literatura para a indicação do cateterismo, como a retenção urinária aguda ou crônica; controle do fluxo urinário em cirurgia de grande porte; drenagem pós-operatória; paralisia ou lesão medular; irrigação terapêutica da bexiga; obstrução do trato urinário; drenagem em pacientes com bexiga neurogênica; cirurgias urológicas ou outras cirurgias em estruturas contíguas; medidas acuradas de débito urinário em pacientes críticos devem ser melhor avaliadas7.
E também, a avaliação do tempo de permanência, cujo prazo máximo nem é citado na literatura, deveriam ser determinados por protocolos, sendo uma possibilidade as instituições possuírem protocolos de indicação e permanência de cateterismo adaptados às suas realidades de assistência7. Por outro lado, a variedade de outras situações clínicas, critérios médicos individuais e protocolos institucionais inviabilizam a realização de uma avaliação da adequação da indicação do cateterismo apenas com base na literatura7.
Conclusão
No caso do uso de diuréticos, pode haver falência renal de origem mecânica se não forem drenados os coágulos por cateter vesical, sendo importante que o enfermeiro reforce a importância do balanço hídrico, especialmente em pacientes com falência renal e após ressecção de tumor urinário.
Na literatura, a incontinência urinária foi identificada mais em mulheres, principalmente naquelas que fizeram cirurgia urológica. Quanto à retenção urinária ao se determinar a incidência de retenção urinária pós-operatória em pacientes que estavam em uso de analgesia com opióides, cerca de 69% apresentaram micção espontânea após a realização de apenas um cateterismo.
O que foi descrito pode ajudar no cuidado ao paciente no pós-operatório urológico em UT porque, Identificando a produção científica de enfermagem e determinando a melhor evidência disponível para o cuidado de enfermagem ao cliente com o cateter vesical no pós-operatório urológico na unidade de terapia intensiva, observamos os dados contidos nos itens, como os cuidados com os cateteres; o uso de diuréticos e mensuração da urina em UTI; a incontinência ou retenção urinária e a infecção urinária, são relevantes.
Maior observação ao paciente com irrigação vesical, assegurar técnica asséptica e mensurar corretamente a drenagem de líquidos desses pacientes são fundamentais para fazer com que o paciente saia de alta da UTI em pouco tempo.
Então, é importante o envolvimento dos enfermeiros nas pesquisas e na produção científica com a finalidade de buscar sempre respostas para as questões que envolvem o cuidado na prática clínicas diária.
Referências Bibliográficas:
1- Narayan P. Urologia Geral 1994;13ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan: 2-302.
2- Smeltzer, S.C.; Bare, B.G.; Tratamento de pacientes com distúrbios reprodutivosfemininos.Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica 2002; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 9 ed. 3:1187-91.
3- Robinson J. Female urethral catheterization. Nurs Stand 2007; 22 (8): 48-56.
4- Sumnall R. Fluid management and diuretic therapy in acute renal failure British Association of Critical Care Nurses, Nursing in Critical Care 2007 • Vol 12 No 1 27-34.
5- Fernandes MCBC, Costa VVA, Saraiva RA. Postoperative urinary retention: evolution of patient using opioids analgesic Rev. Latino Am Enferm 2007 abr; 15(2): 318-22.
6- Rushing J. Caring for your patient’s suprapubic catheter. Nurs 2006; 36 (7):32.
7- Fernandes MVL, Hallages NM. Construção e validação de indicadores de práticas de constrole e prevenção de infecção do trato urinário associado ao cateter. Acta Paul de Enferm 2006 jun; 19(2): 174-89.
8- Higa R, Lopes MHBM, Reis MJ. Fatores de risco para incontinência urinaria na mulher. Rev. Esc Enferm USP 2008 mar; 42(1): 187-92.
9- Silva APM, Santos VLCG. Prevalencia da incontinência urinaria em adultos e idosos hospitalizados. Rev. Esc Enferm USP 2005 mar; 39(1): 36-45.
10- Lopes MHBM, Higa R. Restrições causadas pela incontinência urinaria a vida da mulher. Rev. Esc Enferm USP 2006 mar; 40(1): 34-41.
11- Fallis WM. Indwelling Foley Catheters Is the Current Design a Source of Erroneous Measurement of Urine Output? Crit Car Nurs 2005; 25 (2):44-51.
12- Oliveira R, Azevedo N, Cruz ICF, Andrade M, Santo FHE. Infecção do trato urinário: pesquisando evidências para o cuidado de enfermagem. Online Braz J Nurs [online] 2008 3(7): Available at: www.uff.br/objnursing/index.php/nursing/article/view/j.1676-4285.2008.1825/438 Acesso em: 21 mar 2009.
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