Critical review of the article Brazilian guidelines for arterial hypertension: The reality of nursing in a specialty hospital.
Análise
crítica do artigo Diretrizes
brasileiras de hipertensão arterial: realidade da enfermagem em hospital
especializado
Paola
Moreira, enfermeira e aluna do curso de Especialização em Enfermagem em
Cuidados Intensivos/UFF
Boll, Liliana Fortini Cavalheiro, Irigoyen, Maria Claudia and Goldmeier, Silvia. Diretrizes brasileiras de hipertensão arterial: realidade da enfermagem em hospital especializado. Acta paul. enferm., 2012, vol.25, no.5, p.775-780. ISSN 0103-2100. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ape/v25n5/20.pdf.
RESUMO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é o maior fator de risco para doença coronariana, falência renal e insuficiência cardíaca, afetando um terço da população mundial. Ao longo da vida, a probabilidade de um indivíduo se tornar hipertenso é de 90%. Diante destes dados, é necessário que os profissionais de saúde tenham treinamento e conhecimento atualizado da HAS. Segundo a Portaria nº 227 de 05 de abril de 2002 do Ministério da saúde, a equipe deve ser treinada e capacitada para executar suas tarefas, oferecer assistência especializada e integral aos pacientes portadores de doenças cardiovasculares, dispondo de materiais/equipamentos necessários em perfeito estado de conservação e funcionamento. As Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, revisadas em 2006, afirma que medir corretamente é condição essencial para atingir os objetivos das Diretrizes. Frente a isso, o estudo tem como objetivo, avaliar o desempenho e o conhecimento sobre as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial entre os profissionais de enfermagem de um Hospital Especializado em Cardiologia. Foi realizado um estudo de abordagem quantitativa, transversal, realizado entre março de 2008 e fevereiro de 2009. Aplicou-se um questionário aos profissionais de enfermagem (85 técnicos e 22 auxiliares de enfermagem) durante a verificação da pressão arterial dos pacientes, questões estas relativas às Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Quanto ao preparo do paciente observou-se que não foi questionado se o paciente esvaziou a bexiga antes da aferição. E quanto à técnica realizada (com base no protocolo da V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão), observou-se que não foi selecionado o manguito correto (de acordo com a circunferência do braço do paciente) e não foi anotado qual membro utilizado. Na análise, os funcionários obtiveram 80% dos acertos que está dentro do ponto de corte estabelecido. Conclui-se que as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial não são seguidas em sua plenitude pelos profissionais de enfermagem. A ampla divulgação das diretrizes, a implementação de programas de capacitação e a monitoração da técnica devem ser incentivadas. |
COMENTÁRIOS:
Os resultados foram claramente apresentados. Foi fornecida interpretação/análise. As conclusões estão baseadas nos resultados claramente apresentados. Como limitações do estudo, há o questionário que foi utilizado, o qual não foi claramente identificado e discutido.
É
um estudo com força de evidência II, por ser de corte e não randomizado. A
qualidade da evidência B, por um estudo caso-controle.
É
um estudo aplicável ao paciente adulto/idoso de alta complexidade. Por se
tratar de um hospital especializado em cardiologia, acredito que 80% de acerto não
caracteriza um resultado aceitável. Sugiro que além do treinamento e capacitação
da equipe, haja fiscalização desses profissionais, quanto à aplicação da técnica
de acordo com as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial.
JSNCARE