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CARE NURSES INTENSIVIST IN NUTRITION ENTERAL IN A PATIENT UNDER THE USE OF MECHANICAL VENTILATION IN AN INTENSIVE CARE CENTER  

OS CUIDADOS DO ENFERMEIRO INTENSIVISTA NA NUTRIÇÃO ENTERAL EM PACIENTE SOB A UTILIZAÇÃO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UM CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA  

Hivy FF Monteiro – Enfermeira. Pós-graduanda em Enfermagem em Cuidados Intensivos Adulto e Idoso pela Universidade Federal Fluminense. hivydefatima@gmail.com  

Isabel CF da CruzDoutora em Enfermagem. Titular na Universidade Federal Fluminense. isabelcruz@uol.com.br  

ABSTRACT: Care for critical patients deserve great demand for professional support and attention, especially when it comes to a patient who is mechanically ventilated making use of enteral nutrition. Given the large number of patients in the ICU are in use VM, evidence describing the importance of training for nurses who are able to provide inherent monitoring of ventilatory parameters and alarms, mobilization, removal care secretions, heating and humidification of inhaled gases, as well as the control of the patient's hemodynamic conditions in order to minimize adverse effects. However, this care is redoubled when the patient is on enteral nutrition, where to watch the execution of the procedure, use of equipment, technical handling not to damage tissues and prevent infections. The completion of a procedure based on the best evidence makes care more patient-centered nursing and contributes to a reduction in complications.  

Keywords: Nurse; Enteral Nutrition; Respiration Artificial.

 RESUMO: Os cuidados ao paciente crítico merecem grande demanda de apoio profissional e atenção, principalmente quando se trata de um paciente que está sob ventilação mecânica fazendo uso de nutrição enteral. Tendo em vista o elevado número de pacientes internados no CTI que estão em uso de VM, as evidências descrevem a importância da capacitação dos enfermeiros para que estejam capacitados a prestar cuidados inerentes à monitorização dos parâmetros ventilatórios e dos alarmes, à mobilização, à remoção de secreções, ao aquecimento e à umidificação dos gases inalados, bem como ao controle das condições hemodinâmicas do paciente, visando a minimizar os efeitos adversos. No entanto, este cuidado é redobrado quando este paciente se encontra em nutrição enteral, onde se deve ter cuidado na execução do procedimento, utilização do equipamento, técnica no manuseio para não lesionar tecidos e evitar infecções. A realização de um procedimento com base nas melhores evidências torna o cuidado de enfermagem mais centrado no paciente e contribui para uma redução das complicações.

 Palavras-chave: Enfermeiro; Nutrição Enteral; Respiração Artificial.

 SITUAÇÃO - PROBLEMA  

Os cuidados ao paciente crítico merecem grande demanda de apoio profissional e atenção, pois sendo este um paciente de alta complexidade, deve ser monitorado 24h por dia verificando se houver qualquer alteração. Mais complexo ainda se torna ao paciente que está sob ventilação mecânica fazendo uso de nutrição enteral, assim, enquadramos esta pesquisa, com o interesse único de descrever sobre este fato.

Cerca de 43% e 88% dos pacientes críticos internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) apresentam desnutrição proteico-energética, configurando-se, assim, como um problema frequente e prevalente, principalmente nos pacientes ventilados mecanicamente. Sabe-se que pacientes que permanecem por mais tempo sob ventilação mecânica (VM) apresentam um pior desfecho clínico, maior tempo de permanência hospitalar e alto índice de infecções e de mortalidade. No entanto, um aporte calórico adequado pode promover o desmame da VM em pacientes críticos, reduzindo o tempo de internação hospitalar e a ocorrência de infecções1.

A VM é um dos suportes à vida de grande importância em UTI e constitui um dos recursos mais utilizados nessas unidades, consistindo no emprego de uma máquina que substitui, total ou parcialmente, a atividade ventilatória do paciente, com o objetivo de restabelecer o balanço entre a oferta e a demanda de oxigênio e atenuar a carga de trabalho respiratório de pacientes com insuficiência respiratória2.

Tendo em vista o elevado número de pacientes internados na UTI que estão em uso de VM, é de suma importância que os enfermeiros estejam capacitados a prestar cuidados inerentes à monitorização dos parâmetros ventilatórios e dos alarmes, à mobilização, à remoção de secreções, ao aquecimento e à umidificação dos gases inalados, bem como ao controle das condições hemodinâmicas do paciente, visando a minimizar os efeitos adversos.

Para tanto, cabe à enfermagem monitorar sinais e sintomas de hipóxia, tais como: alterações de comportamento, letargia, cefaleia, agitação, perda de concentração, taquicardia, taquipnéia, aumento súbito da pressão arterial, arritmias, cianose e sinais de alteração do padrão respiratório, comunicar à equipe médica as alterações observadas e administrar a terapia prescrita.

Estudos relatam que 50 a 90% das necessidades energéticas prescritas são efetivamente administradas aos pacientes. Essa discrepância pode ser decorrente de fatores previsíveis na UTI, como suspensões periódicas das dietas para procedimentos diagnósticos e terapêuticos e para cuidados com as vias aéreas, e disfunções do trato digestório, que dificultam a adequada administração da nutrição enteral1.

A necessidade de usar o suporte nutricional impõe-se quando a máquina biológica humana perde a capacidade de se ressuprir de forma adequada, e ocorre quando há falta de substratos metabólicos com consequente diminuição das funções biológicas.

Suporte Nutricional tem como definição o conjunto de procedimentos terapêuticos para a manutenção ou recuperação do estado nutricional podendo ser através de uma Nutrição Oral Especializada (NOE), Nutrição Enteral (NE) ou Nutrição Parenteral (NP). A avaliação nutricional consiste em conhecer a dieta e os problemas que possam existir antes, durante e depois da dieta, realização de exames físicos e solicitações de exames laboratoriais3.

As Diretrizes Brasileiras em Terapia Nutricional (DITEN), Sociedade Européia de Nutrição Enteral e Parenteral (ESPEN) e Sociedade Americana de Nutrição Enteral e Parenteral (ASPEN) recomendam, no que diz respeito ao início da Nutrição Enteral (NE) que se o tubo digestivo estiver viável e o paciente hemodinamicamente estável, a NE deve ser iniciada dentro de 24 a 48h. Em se tratando de pacientes críticos instáveis hemodinamicamte, a recomendação é não haver recebimento de aporte de NE ou NP, até que a perfusão esteja restabelecida4.

Neste sentido, a enfermagem, exclusivamente, possui um papel ponderante no controle da Nutrição Enteral (NE), desde a manutenção e controle da via escolhida, o volume administrado e até as mais variadas reações que o paciente possa apresentar durante esta terapêutica.

            De acordo com os problemas apontados, faz-se necessário uma intervenção eficaz por parte do enfermeiro, baseada em conhecimentos técnico-científicos, que possibilitem a adequação de cuidados referentes à nutrição enteral evitando assim, riscos à saúde do paciente.

Além de ter a estratégia PICO como questão norteadora para a realização deste artigo, a busca de evidências disponíveis acerca da temática, sob método de revisão sistemática, tem por finalidade oferecer um atendimento de melhor qualidade para o paciente, o que promoverá sua saúde com mais rapidez e eficiência.  

JUSTIFICATIVA

            É de suma importância que o enfermeiro saiba quais são os cuidados de enfermagem que podem ser realizados ao paciente crítico sob ventilação mecânica durante a necessidade de nutrição enteral, bem como os riscos e reações adversas que um cuidado incompleto ou mal oferecido pode acarretar à saúde deste cliente.

            O enfermeiro tem a responsabilidade primária nos cuidados com sondas, administração de medicamentos e na assistência ventilatória.  Os conhecimentos desses profissionais sobre as técnicas empregadas, nesse processo, influenciam diretamente os resultados do tratamento5.  

QUESTÃO CLÍNICA           

            No cliente de alta complexidade, qual cuidado (ou protocolo) de enfermagem quanto à nutrição enteral é recomendado para o paciente crítico sob ventilação?  

OBJETIVO  

            Identificar as melhores evidências disponíveis nas produções científicas de enfermagem sobre o cuidado oferecido pelo enfermeiro na nutrição enteral ao paciente crítico que necessita da ventilação mecânica.           

De acordo com o exposto e mediante a realização deste estudo, buscaram-se evidências científicas na literatura sobre os cuidados de enfermagem na nutrição enteral ao paciente crítico que faz uso de ventilação mecânica. 

PICO  

Quadro 1: Estratégia PICO (Desmembramento)

Acrônimo

Definição

Descrição

P

Paciente ou diagnóstico de enfermagem

Cliente de alta complexidade sob ventilação mecânica.

 

I

 

Prescrição

Administrar dieta através do suporte nutricional enteral.

C

Controle ou comparação

NA*

 

O

 

Resultado

Manter o peso e o estado nutricional.

*   NA – Não se aplica.

            No cliente de alta complexidade, qual cuidado (ou protocolo) de enfermagem quanto à nutrição enteral é recomendado para o paciente crítico sob ventilação?  

METODOLOGIA  

            Pesquisa bibliográfica computadorizada compreendida no período de 2008 a 2013, nas bases de dados eletrônicos: MEDLINE (Literature Analysis and Retrieval System Online), LILACS (Literature Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e SCIELO (Scientific Eletronic Library Online).

            Foram utilizados em todas as bases de dados os seguintes termos de busca controlados, extraídos do Mesh (Medical Subject Headings): Nurse. Enteral nutrition. Respiration artificial. Intensive Care Unit. Nursing Intensive Care. Nursing Care. Weight Gain. Energy requirement. Therapy nutricional, e do Decs (Descritores em Ciência da Saúde): Enfermeiro. Nutrição Enteral. Respiração Artificial. Unidade de Terapia Intensiva. Cuidados intensivos. Cuidados de enfermagem. Ganho de Peso. Necessidade energética. Terapia nutricional.

            Para combinação dos descritores foram utilizados os componentes da estratégia PICO: (P) AND (I) AND (C) AND (O). Os descritores foram cruzados aos pares, utilizando-se o operador booleano AND. Para localizar o maior número de artigos, realizou-se cruzamento do primeiro descritor com o segundo e do primeiro com o terceiro.

Algumas combinações utilizadas na busca foram: nurse AND enteral nutrition; nurse AND respiration artificial; nurse AND intensive Care Unit; enteral nutrition AND respiration artificial; enteral nutrition AND intensive care unit; respiration artificial AND intensive care unit; enfermeiro AND nutrição enteral; enfermeiro AND respiração artificial; enfermeiro AND unidade de tratamento intensivo; nutrição enteral AND respiração artificial; nutrição enteral AND unidade de tratamento intensivo; respiração artificial AND unidade de tratamento intensivo.

            A pré-seleção dos artigos foi realizada a partir da leitura interpretativa do “abstract” de cada artigo encontrado nas buscas. Os artigos pré-selecionados foram lidos e analisados, sendo separados aqueles que apresentavam evidências pertinentes ao tema.

            Dentre os artigos encontrados, foram incluídos aqueles que atenderam aos seguintes critérios de seleção: artigos sobre seres humanos, escritos em língua portuguesa e inglesa, que estivessem disponíveis eletronicamente no formato de texto completo; publicação em periódicos de Enfermagem onde se deveria obter no mínimo de 06 (seis) artigos estrangeiros e 04 (quatro) nacionais.

            Após a leitura interpretativa, foram incluídos na amostra final dez artigos que mais se enquadravam ao tema abordado pelo PICO. Foram excluídos da pesquisa os estudos que não preencheram os critérios de inclusão, previamente determinados, bem como os artigos de populações não humanas.

            Os resultados estão apresentados no quadro de forma que as unidades de interesse para o estudo pudessem ser agrupadas e melhor visualizadas em: autor (es); data e país; objetivo; força de evidência; tipo de estudo e instrumento; principais achados e conclusões do autor (es).  

DISCUSSÃO  

Neste estudo foram identificados os cuidados de enfermagem na nutrição enteral do paciente em uso de ventilação mecânica, explicitando os cuidados que devem ser tomados com este fator em um centro de terapia intensiva.

Este cuidado é redobrado quando este paciente se encontra em nutrição enteral, pelo fato de que se deve ter cuidado na execução do procedimento, utilização do equipamento, técnica no manuseio para não lesionar tecidos e evitar infecções.

Couto, Moreira e Hoher1 (2012) realizaram um estudo buscando identificar a melhor evidencia para o cuidado de enfermagem ao paciente critico submetido à ventilação mecânica e nutrição enteral. Os autores afirmam que os pacientes que permanecem por mais tempo sob VM apresentam um pior desfecho clínico, maior tempo de permanência hospitalar e de mortalidade. No entanto, um aporte calórico adequado pode promover o desmame da VM em pacientes críticos, reduzindo o tempo de internação hospitalar e a ocorrência de infecções.

Oliveira7 (2010) apresentou resultados que indicam que os riscos de perda de proteína corporal e reservas calóricas podem ser reduzidos através da intervenção da equipe de enfermagem, evitando a disfunção múltipla dos órgãos e sistemas. A terapia nutricional enteral (TNE) deve ser iniciada o mais precocemente possível, dentro de 48 à 72h da admissão, visto que atenua a resposta inflamatória de fase aguda mediada por toxinas, preserva a integridade da mucosa intestinal e diminui do risco de translocação bacteriana.

Schijindel13 descreve que os estudos que visam melhorar o suporte nutricional por meio da implementação baseadas em evidência não conseguiram demonstrar significativos efeitos positivos sobre a sobrevivência do paciente, pois as metas nutricionais como proposta para os marcadores substitutos para a nutrição ideal não eram alcançadas. A falta de resultados de relevância clínica da terapia nutricional em estudos anteriores pode, portanto, ser explicada por não atingir o fornecimento adequado de energia e proteína.

Silva14 relata que o índice de pacientes sob ventilação mecânica nas Unidades de TratamentoIntensivos é considerável, no entanto, não existe um método preciso para avaliação da função gastrointestinal. Em geral, a nutrição enteral (NE) é o método recomendado, mas uma grande preocupação com a NE é a discrepância entre o que lhe foi prescrito e a quantidade de nutrientes administrados, ressaltando que este não atua como um marcador de sinal de disfunção gastrointestinal.

O enfermeiro do CTI tem um importante papel na visualização destes valores, bem como na prescrição e na administração, não deixando de apresentar-se ao paciente como um profissional com segurança na atividade ao qual está realizando.

Assim sendo, Dornelles8 (2012) afirma que, cabe ao profissional de enfermagem prevenir as complicações associadas à ventilação mecânica correlacionada à nutrição enteral, garantindo a sincronização da respiração do paciente com ventilador, mantendo o bom funcionamento do ventilador mecânico e ofertando suporte energético e calórico adequados ao bom estado do paciente para que resulte em uma recuperação mais rápida e no desmame da VM sem quaisquer riscos ao cliente.

Os métodos utilizados para a reabilitação do paciente sob VM em NE devem ser praticados em todas as unidades de saúde, de forma intensificada, visto que o quadro clínico do paciente que é vulnerável por se encontrar em um CTI e precisando de aporte respiratório.

A compreensão dessa realidade é de suma importância para o profissional de enfermagem, tanto na mensuração da qualidade dos cuidados prestados quanto nos custos deste procedimento para a instituição.

De acordo com os dados evidenciados observa-se a necessidade de uma intervenção de qualidade e eficácia da equipe de enfermagem, pois o paciente encontra-se hospitalizado em um centro de terapia intensiva estando vulnerável a infecções devidas aos dispositivos nele instalados.

Este estudo apresentou algumas formas de cuidados de enfermagem voltados à nutrição enteral em paciente com VM. Entre os principais cuidados a ser considerados pela equipe de enfermagem, evidenciou-se que, quanto mais precocemente for realizado a NE, mais rápido o paciente evoluirá, diminuindo assim, seu tempo de internação e obtendo a alta hospitalar.

Percebeu-se a necessidade de periódicos científicos que evidenciam, na íntegra, a importância do cuidado do enfermeiro na nutrição enteral em pacientes críticos sob ventilação mecânica.

 

Autor(es), Data

& País

Objetivo da

pesquisa

Força da evidência

Tipo do estudo

& instrumentos

Principais achados

Conclusões do

autor(es)

Schijindel RJMS,2009 Amsterdã na Holanda.

Em uma base hipotética, marcadores substitutos para a nutrição ideal no que diz respeito à energia e fornecimento de proteína propuseram a ser o fornecimento de energia, medido por calorimetria indireta, e prestação de 1,2 a 1,5 g de proteína por kg de peso pré-admissão para gravemente doente pacientes.

Tipo IV

Este foi um estudo de coorte observacional prospectivo 

Duzentos e quarenta e três pacientes seqüenciais preencheram os critérios de inclusão. Destes, 184 pacientes foram alimentados exclusivamente com a nutrição enteral, quatro pacientes foram alimentados exclusivamente com a nutrição parenteral e 55 pacientes receberam nutrição enteral e parenteral durante o período de ventilação mecânica.

Pacientes do sexo feminino atingindo os dois gols de energia e proteína têm melhores resultados do que aqueles atingindo apenas a meta de energia. No presente estudo os homens não se beneficiaram com a nutrição ideal.

Rodrigues YCSJ, Studart RMB, Andrade IRC  2012 dez  Brasil

 

Avaliar o conhecimento dos enfermeiros sobre ventilação mecânica nas unidades de terapia intensiva (UTIs) de um hospital de referência em Fortaleza.

 

Tipo IV

Estudo transversal, quantitativo

 

A participação do enfermeiro é mínima na definição de parâmetros, extubação, desmame e aspiração.

 

Ao avaliar o conhecimento dos enfermeiros referente à ventilação mecânica nas unidades de terapia intensiva foi constatado que há distanciamento desse profissional em relação a esse suporte

Azevedo SO, Escudeiro CL 2007   Brasil

 

Descrever o planejamento da assitencia ao cliente em suporte nutricional realizado pelo enfermeiro.

 

Tipo IV

abordagem qualitativa do tipo exploratório

 

O estudo contribuira para o ensino ,a assitencia e a pesquisa que poderá ser utilizado como fonte de literatura pelo conteúdo de ações voltadas para o cuidado planejamento da assistência ao cliente hospitalizado em suporte nutricional.

 

Apontam para a necessidade de novas praticas e condutas técnicas para um cuidar considerando a cultura,a individualidade e integralidade do cliente hospitalizado.

 

Pasinato VF, Berbigier MC, Rubin BA  2013 Brasil

 

Avaliar a adequação do manejo nutricional do paciente séptico a diretrizes de nutrição enteral para pacientes críticos.

 

Tipo IV

Estudo de coorte prospectivo

 

Cerca de 50% atingiu as metas calóricas e proteicas no 3o dia de internação na unidade de terapia intensiva.

 

Embora expressivo o número de pacientes sépticos que iniciaram a nutrição enteral precocemente, metas calóricas e proteicas no 3o dia da internação foram atingidas apenas pela metade destes, percentual que diminui no 7o dia.

 

Mota MLS  2010  Brasil

 

avaliar o conhecimento do enfermeiro de unidade de terapia intensiva sobre as recomendações para a correta administração de medicamentos, por sondas nasogástrica e nasoenteral

 

Tipo IV

Estudo exploratório-descritivo, com abordagem quantitativa

 

Dos enfermeiros, 36,7% relataram não dar atenção às formas farmacêuticas disponibilizadas pelo setor de farmácia na hora da utilização por sonda.

 

A diferença entre a teoria referente à administração de medicamentos por sonda e o conhecimento dos enfermeiros é preocupante, devido ao fato de a trituração de comprimidos de liberação modificada destruir essa propriedade.

Couto CFL, Moreira JSM, Hoher JÁ    2012 dez Brasil

 

avaliar a adequação energética dos pacientes politraumatizados em suporte ventilatório internados na unidade de terapia intensiva de um hospital público de Porto Alegre (RS

Tipo IV

Estudo de coorte prospectivo

 

Os tempos medianos de internação hospitalar, permanência na unidade de terapia intensiva e ventilação mecânica foram de 29, 14 e 6 dias, respectivamente.

 

Os pacientes incluídos neste estudo não receberam com precisão o aporte energético prescrito .

 

Oliveira SM  2010 Brasil

 

Avaliar a prevalência de complicações gastrointestinais e a adequa-ção calórico-protéica de pacientes críticos em uso de terapia de nutrição enteral.

 

Tipo IV

Estudo retrospectivo

 

a dieta ofertada foi adequada e todos os pacientes apresentaram algum tipo de complicação

 

Apesar da elevada prevalência de compliaçoes gastro intestinais ,não foi observada uma inadequação na oferta caloica.

 

Dornelles C  2012  Brasil

 

Conhecer as experiências vividas por pacientes que fizeram uso de ventilação mecânica invasiva em Unidades de Terapia Intensiva de dois hospitais do extremo sul do Brasil.

 

Tipo IV

pesquisa qualitativa

 

Os resultados apontam que as dificuldades relatadas relacionaram-se especialmente com a presença da via aéreaartificial.

As experiências dos pacientes críticos com a ventilação mecânica podem contribuir para uma melhor avaliação de suas necessidades.

 

Rodrigues YCSJ, Studart RMB, Andrade IRC  2012 dez  Brasil

 

Avaliar o conhecimento dos enfermeiros sobre ventilação mecânica nas unidades de terapia intensiva (UTIs) de um hospital de referência em Fortaleza. 

 

Tipo IV

estudo transversal, quantitativo

 

A participação do enfermeiro é mínima na definição de parâmetros, extubação, desmame e aspiração.

 

Ao avaliar o conhecimento dos enfermeiros referente à ventilação mecânica nas unidades de terapia intensiva foi constatado que há distanciamento desse profissional em relação a esse suporte.

Loss SH . 2013  Brasil

 

Avaliar a incidência, os custos, e mortalidade associadas à doença crítica crônica (CCI), e identificar preditores clínicos de CCI em uma unidade de terapia intensiva geral.

 

Tipo IV

Este foi um estudo de coorte observacional prospectivo

 

Comprimento total de permanência hospitalar, custos e mortalidade foi significativamente maior entre os pacientes com ICC.

 

 

CCI afeta uma população distinta em unidades de terapia intensiva, com maior mortalidade, custos e hospitalização prolongada.Fatores identificáveis ​​no momento da admissão ou durante a primeira semana na unidade de terapia intensiva pode ser usado para prever o CCI.

RESPOSTA À PERGUNTA CLÍNICA BASEADA EM EVIDÊNCIA CIENTÍFICA   

            De acordo com o citado no decorrer do trabalho, há um grande percentual de pacientes internados em um Centro de Terapia Intensiva que apresentam disfunções energéticas, e este índice é ainda maior nos pacientes sob ventilação mecânica, por estarem mais vulneráveis. Este fator é um motivo importante para que o paciente faça uso da nutrição enteral.

Os pacientes em no estado citado apresentam um risco elevado de desenvolver infecção devido aos aparelhos utilizados para manter seu estado vital, uma vez que seu quadro clínico é crítico e necessita de monitorização contínua por parte da equipe de enfermagem.

A realização deste estudo permitiu a identificação de evidências ao qual o enfermeiro deve-se atentar para um melhor cuidado prestado pela equipe de enfermagem ou pela equipe que vai observar e verificar os monitoramentos do ventilador mecânico e da nutrição enteral, para que as práticas assistenciais sejam mais eficazes e seguras para o paciente.

A realização de um procedimento com base nas melhores evidências torna o cuidado mais centrado no paciente e contribui para uma redução das complicações.

Em suma, o enfermeiro deve avaliar criticamente junto com sua equipe a necessidade de instalação da SNE analisando o custo-benefício e se o procedimento pode oferecer riscos ao paciente. Logo, a prática baseada em evidências é uma forma de respaldar o profissional de saúde em suas atividades e manter um nível de conhecimento atualizado a respeito do assunto pesquisado.           

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  

1.        Couto CFL, Moreira JSM, Hoher JA. Terapia nutricional enteral em politraumatizados sob ventilação mecânica e oferta energética. Rev. Nutr. 2012 dez; 25(6): 695-705. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732012000600002&script=sci_arttext

2.        Rodrigues YCSJ, Studart RMB, Andrade IRC, et al. Ventilação mecânica: evidências para o cuidado de enfermagem. Esc. Anna Nery (impr.). 2012 dez; 16(4): 789-95. Disponível em: http://www.readcube.com/articles/10.1590/S1414-81452012000400021?locale=en

3.        Azevedo SO, Escudeiro CL. Enfermagem em suporte nutricional: pesquisa qualitativa [dissertação]. Niterói: Universidade Federal Fluminense; 2007.

4.        Pasinato VF, Berbigier MC, Rubin BA, et al. Terapia nutricional enteral em pacientes sépticos na unidade de terapia intensiva: adequação às diretrizes nutricionais para pacientes críticos. Rev. Bras. Ter. Intensiva. 2013 mar; 25(1): 17-24. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbti/v25n1/05.pdf

5.        Mota MLS, et al. Avaliação do conhecimento do enfermeiro de unidade de terapia intensiva sobre administração de medicamentos por sonda nasogástrica e nasoenteral. Rev. Latino Am. Enfermagem. 2010; 18(5): 8 telas. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v18n5/pt_08.pdf

6.        Couto CFL, Moreira JSM, Hoher JA. Terapia nutricional enteral em politraumatizados sob ventilação mecânica e oferta energética. Rev. Nutr. 2012 dez; 25(6): 695-705. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732012000600002&script=sci_arttext

7.        Oliveira SM, et al. Complicações gastrointestinais e adequação calórico-protéica de pacientes em uso de nutrição enteral em uma unidade de terapia intensiva. Rev. Bras. Ter. Intensiva. 2010; 22(3): 270-3. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbti/v22n3/09.pdf

8.        Dornelles C, et al. Experiências de doentes críticos com a ventilação mecânica invasiva. Rev. Esc. Anna Nery. 2012; 16(4): 796-801. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452012000400022

9.        Rodrigues YCSJ, Studart RMB, Andrade IRC, et al. Ventilação mecânica: evidências para o cuidado de enfermagem. Esc. Anna Nery (impr.). 2012 dez; 16(4): 789-95. Disponível em: http://www.readcube.com/articles/10.1590/S1414-81452012000400021?locale=en

10.    Kipnis E, et al. Monitoring in the Intensive Care. Critical Care Research and Practice. 2012; 473507: 20 pages.

11.    Loss SH, et al. Prediction of chronic critical illness in a general intensive care unit. Rev. Assoc. Med. Bras. 2013; 59(3): 241-247. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23680275

12.    Weijs PJM, et al. Optimal Protein and Energy Nutrition Decreases Mortality in Mechanically Ventilated, Critically III Patients: A prospective observational cohort study. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. 2012; 33(60). Disponível em: http://pen.sagepub.com/content/36/1/60.short

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14.    Silva MA, et al. Enteral nutrition discontinuation and outcomes in general critically ill patients. Clinics. 2013; 68(2): 173-177. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/clin/v68n2/09.pdf

15.    Kitson AL, et al. The prevention and reduction of weight loss in an acute tertiary care settings: protocol for a pragmatic stepped wedge randomized cluster trial (the prowl project). BMC Health Services Research. 2013; 13(299): 9 pages. Disponível em: http://www.biomedcentral.com/content/pdf/1472-6963-13-299.pdf





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