J Special Nurs Care 2710

CHRONIC PAIN IN ADULTS CUSTOMERS IN CRITICAL REVIEW - SYSTEMATIC LITERATURE CARE

 

DOR CRÔNICA EM CLIENTES ADULTOS EM CUIDADOS CRITICOS-REVISÃO SISTEMATIZADA DA LITERATURA

 

Silvania Maria Chaves LourençoEnfermeira. Aluna do curso de Especialização em Enfermagem em Cuidados Intensivos/ Universidade Federal Fluminense (UFF). silvanialoureno@yahoo.com.br.

Isabel Cruz Fonseca da Cruz. Doutora em Enfermagem. Professora Titular da UFF.  isabelcruz@uol.com.br

 

Abstract: Introduction: Pain is subjective in nature and cause of great suffering for those who feel, one of the most common reasons for seeking health care. American Agency for Research and Quality in Public Health and the American Pain Society describe it as the fifth vital sign. Chronic pain affects 30-40% of Brazilians.  Aim of the study is to check with the use of strategic PICO and through evidence, to highly complex customer diagnosis with chronic pain, which is the most effective nursing intervention for their resolution?  Methodology: It was a computerized literature search, from 2009 to 2014 in electronic databases LILACS (Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences), and international literature in Health Sciences (MEDLINE).Results: The effectiveness of the treatment and the follow-up assessment and depend on a reliable and valid measurement. Conclusion: Chronic pain of severe intensity has devastating impact on the individual in relation to the physical, emotional and social. Depending on the complexity of the painful sensation, it is fundamentally a multidisciplinary approach with main objective to evaluate and monitor the painful phenomenon and get your effective control. Recommendation: Establish a training plan for the nursing staff, aimed at the implementation, in hospitals, in a systematic way, effective tools to measure chronic pain, given that it represents the fifth vital sign.

Keywords: Chronic Pain, nursing care, critical care.

Resumo: Introdução: A dor é de natureza subjetiva e causa de grande sofrimento para quem a sente, sendo um dos motivos mais comum para busca de cuidados de saúde. Agência Americana de Pesquisa e Qualidade em Saúde Pública e a Sociedade Americana de Dor a descrevem como o quinto sinal vital. A dor crônica acomete 30 a 40% dos brasileiros. Objetivo do estudo é verificar com o uso da estratégica PICO e através de evidências, para o cliente de alta complexidade com diagnostico Dor crônica, qual a intervenção de enfermagem mais eficaz para sua resolução? Metodologia: Foi uma pesquisa bibliográfica computadorizada, no período de 2009 a 2014 nas bases de dados eletrônicas LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências de Saúde), e literatura internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE). Resultados: A eficácia do tratamento e o seu seguimento dependem de uma avaliação e mensuração confiável e valida. Conclusão: A dor crônica de intensidade grave tem impacto devastador no individuo em relação aos aspectos físicos, emocionais e sociais. Em função da complexidade da sensação dolorosa, torna-se fundamental uma abordagem multiprofissionais com principal objetivo avaliar e monitorar o fenômeno doloroso bem como obter o seu controle efetivo. Recomendações: Estabelecer um plano de capacitação para a equipe de enfermagem, visando a implementação, no âmbito hospitalar, de forma sistematizada, instrumentos efetivos de avaliação da dor crônica, tendo em vista que a mesma representa o quinto sinal vital.

Palavras-chave:  Cuidados de enfermagem, dor crônica, cuidados críticos.

Situação problema:

A dor é de natureza subjetiva e causa de grande sofrimento para quem a sente, sendo um dos motivos mais comum para busca de cuidados de saúde1. Agência Americana de Pesquisa e Qualidade em Saúde Pública e a Sociedade Americana de Dor a descrevem como o quinto sinal vital. A dor crônica acomete 30 a 40% dos brasileiros2.

Dor crônica é mais que um sintoma é a doença que persiste; não desaparece após a cura da lesão ou está relacionada a processos patológicos crônicos. A literatura aponta um tempo igual ou superior a três meses da vigência de dor³.

Dor aguda: está relacionada a afecções traumáticas, infecciosas ou inflamatórias; há expectativa de desaparecimento após a cura da lesão.

Dor crônica: é aquela que persiste após o tempo razoável para a cura de uma lesão ou que está associada a processos patológicos

crônicos, que causam dor contínua ou recorrente4.

A dor leva a sintomas como alterações nos padrões de sono, apetite e libido; irritabilidade; alterações de energia; diminuição da capacidade de concentração, além de dificuldades em atividades familiares profissionais e sócias5.

Avaliação sistematizada da dor crônica em clientes críticos permanece pouco frequente, estratégias de intervenções para prevenir a dor crônica não pode ser negligenciado na unidade de terapia intensiva5.

Na prática, o enfermeiro na unidade de terapia intensiva (UTI) tem responsabilidade na prevenção, avaliação da dor crônica, intervenção e monitorização dos resultados do tratamento6.

Valorizar na primeira observação das alterações comportamentais e cognitivas e as possíveis manifestações de dor em repouso, durante os cuidados e estar atento a outros indicadores7.

Deve de ter competências e habilidades reavaliar a dor crônica, implementar estratégias de prevenção da mesma e monitorar a eficácia dessas intervenções8.

O enfermeiro deve exercer seu papel na prevenção da dor crônica, tem responsabilidade na avaliação diagnóstica, na intervenção e monitorização dos resultados do tratamento, na comunicação das informações sobre a dor crônica do cliente9.

A observação do enfermeiro permite verificar aspectos comportamentais

do doente que são concretos e observáveis, tais como: A existência de dor e suas características em termos de localização, intensidade10.

O enfermeiro registrar a queixa dolorosa do paciente, os registros de enfermagem, meio de comunicação para a equipe de enfermagem10. 

Esta pesquisa busca identificar na produção científica de enfermagem, através da utilização da estratégia PICO, a melhor evidência disponível para o cuidado ao paciente de alta complexidade com dor crônica.

Surge à pergunta clínica: Para o cliente de alta complexidade com o diagnóstico de dor crônica, qual a intervenção de enfermagem mais eficaz para sua resolução? 

Como o objetivo de avaliar a produção científica de enfermagem, usando a estratégia PICO para localizar a melhor evidência disponível para a prevenção da dor crônica em clientes adultos em unidade de terapia.

A estratégia PICO foi empregada para questão de pesquisa e para construção da pergunta, auxiliando na busca bibliográfica. O quadro 1 representa a descrição dos componentes da estratégia PICO. 

Pergunta Clinica:

Para o cliente de alta complexidade com diagnóstico Dor crônica, qual a intervenção de enfermagem mais eficaz para sua resolução? 

Quadro1: Estratégia PICO.  

Acrônimo

Definição

Descrição

P

Paciente ou diagnóstico de enfermagem

Pacientes adultos internado em UTI com dor crônica.

I

Prescrição

Monitorar sinais e sintomas da dor crônica.

C

Controle ou comparação

*Na

O

Resultado

Controlar ou diminuir a intensidade da dor.

*Na: Não se aplica. 

Metodologia:

Pesquisa bibliográfica computadorizada, no período de 2009 a 2014, nas bases de dados eletrônicas LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências de Saúde), e literatura internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE). Os termos empregados para a busca (descritores/Keywords) foram: Dor crônica/ Chronic Pain, cuidados de enfermagem/Nursing care, e cuidados críticos/critical care.

Para a busca bibliográfica das evidências foi utilizada uma combinação dos componentes da estratégia PICO: (P) AND Paciente idoso internado em UTI com dor crônica (Unidade de terapia intensiva) (I) AND Monitorar sinais e sintomas da dor crônica. (C) AND (O) Controlar ou diminuir a intensidade da dor.

Foram utilizados booleanos (AND e OR) e combinação dos componentes da estratégica PICO na pesquisa. A analise restringiu-se as pesquisas cientificas publicas nos últimos cinco anos (2009 a 2014) e escritos os idiomas inglês, português e espanhol. As publicações encontradas foram analisadas baseadas na força de evidência e dez publicações foram utilizadas para realizar a revisão bibliográfica.

 Síntese das evidências científicas:

Quadro 2 – Para classificação da força de evidência foi utilizado como referência à escala de referência Joana Brittes.

Autor (es),Data & País

Objetivo da pesquisa

Força da evidência

Tipo do estudo & instrumento

Principais achados

Conclusão do autor (es)

Pinheiro ULA, Roso CC, Zamberlan C, Bem DM, Cherobini, Perrando SM12014, Brasil.

Analisar a produção científica acerca da avaliação e manejo da dor crônica em pacientes

internados.

Nível I.

Revisão Sistematizada da Literatura.

A deficiência no conhecimento sobre

Dor crônica, por parte dos enfermeiros, torna se uma das barreiras para sua avaliação e alívio, retardando a

recuperação do paciente, pois o alívio da dor é primordial para uma boa qualidade de vida.

Conhecimento técnico científico, condições para que a equipe de enfermagem identifique

corretamente as queixas dos

pacientes e, assim, crie subsídios para

minimizá-las.

Bottega HF, Fontana TR22010, Brasil.

Descrever as impressões dos enfermeiros sobre o uso de uma escala visual analógica de avaliação da dor em adultos.

Nível I.

Revisão Sistematizada da Literatura.

Á importância

avaliação da intensidade da dor, o que possibilita um atendimento integral e individualizado

para o paciente com dor crônica.

Pode-se inferir que a avaliação da dor crônica facilita o cuidado atento às necessidades do cliente.

Sallum SCA, Garcia MD, Sanches M32012, Brasil.

Identificar as repercussões orgânicas, emocionais e psíquicas prevalentes em pacientes com dor aguda e dor crônica.

Nível I.

Revisão Sistematizada da Literatura.

Indivíduos com diferentes antecedentes sócio-culturais e doenças, seja por escalas uni ou multidimensionais, fato que nos direciona a incentivar o seu uso nas Instituições de saúde, com vistas a melhores práticas. 

 

Apontar sobre a subjetividade ou vivência do fenômeno álgico, contra indicando padronizações ou uma generalização de condutas, seja em casos de dores crônicas.

 Fortunato SGJ, Furtado SM, Hirabae  AFL, Oliveira  AJ4

2013,Brasil.

Realizar revisão bibliográfica de produções científicas existentes sobre as escalas de dor e discutir o uso das escalas de dor encontradas na revisão bibliográfica, no período de 2008 a 2012, em pacientes de terapia intensiva.

Nível I.

Revisão Sistematizada da Literatura.

Para que o cuidado seja integral e individualizado é preciso que tanto a escolha da escala quanto as avaliações e as intervenções sejam registradas.

As escalas de dor devem ser consideradas pela equipe de enfermagem como valiosos instrumentos para o manejo correto da dor dos pacientes, principalmente daqueles internados em UTIs.

Lewis VT, Zanotti J, Dammeyer AJ, Merkel S5

2010, Colombia.

Avaliar a confiabilidade ea validade do Face,

Legs, Activity, Cry, consolabilidade (FLACC) Escala Comportamental em

avaliação da dor em adultos críticos e crianças incapazes de

dor auto-relato.

Nível I.

Revisão Sistematizada da Literatura.

FLACC Behavioral

Escala tem excelente psicométrica

propriedades, incluindo confiabilidade,

validade de critério e construto

validade, na avaliação da dor nestes

clientes.

(68,5%)

 

Pacientes graves, muitas vezes não podem se auto-denunciar o seu nível de dor por causa de mudanças na cognição ou estado fisiológico.

 

 

 

Rose L, Smith O, Gélinas G, Haslam L, Dale C, Luk E,et al62012,Canada.

Comparar a proporção

de enfermeiros que utilizam ferramentas de auto-relato pacientes com a proporção usando a avaliação da dor comportamental

ferramentas para pacientes capazes e incapazes de se comunicar.

Nível I.

Revisão Sistematizada da Literatura.

Poucos enfermeiros (n = 235; 29%) tinham conhecimento das

diretrizes da sociedade para a avaliação da dor e gestão.

Enfermeiros não usar conhecimento das diretrizes de gestão da dor.

 

Vranic TJ, Canzian S,  Innis J,Mudryj PAM, Farlan MWA , Baker JA72010,Colombia.

Para avaliar o efeito da aplicação de uma nova dor instrumento de avaliação em uma unidade de trauma / neurocirurgia cuidados intensivos.

Nível I.

Revisão Sistematizada da Literatura.

A maioria do pessoal (78%) classificou a ferramenta tão fácil de usar. implemen

tação da ferramenta aumentou equipe confiança na avaliação

dor no não-verbal, os pacientes sedados (57% vs 81% antes depois

aplicação, P = 0,02) e aumentou o número de dor

avaliações documentados pela equipe de enfermagem para noncommunicative

pacientes por dia na unidade de terapia intensiva.

Implementação da Escala de não-verbal Pain in

um ambiente de cuidados intensivos melhorou ratings de sua dor dos pacientes

experiência, melhorar a documentação por enfermeiros, e aumentou

a confiança dos enfermeiros na avaliação da dor em pacientes não-verbais.

Rose L, Haslam L, Dale C, Knechtel L, McGillion M82013, Colombia.

Determinar o efeito da implementação

o CPOT7 em duas UTIs de um filiado universidade-

hospital que prestam serviços a uma população mista os pacientes, incluindo trauma e cardiotorácico

pacientes de cirurgia.

Nível I.

Revisão Sistematizada da Literatura.

Implementação do CPOT aumentou a frequência

de avaliação da dor e muito provavelmente influenciadas

administração de analgésicos opióides

UTIs. Cerca de 40% de dor

episódios não foram abordados com a administração de

analgesia.

Implementação da frequência aumentou ferramenta

de avaliação da dor e apareceu para influenciar administração

de analgésicos em ambas as unidades.

Stites M92013, Colombia.

Detectar de forma confiável, a avaliação da dor em indivíduos incapazes de neuromuscular espontânea

movimentos ou em pacientes com condições simultâneas, tais como dor crônica.

Nível I.

Revisão Sistematizada da Literatura.

Dos Clientes internados UTI com 28% de 87% dos Clientes apresenta dor crônica. As taxas de dor não controlada em pacientes críticos

permanecem inaceitavelmente elevados.

A avaliação sistemática da

dor deve ser feito rotineiramente, e auto-relatório do

paciente deve ser a principal base para a avaliação da dor sempre que possível. A avaliação de rotina de dor com

um instrumento de avaliação da dor observacional pode diminuir

Comprimento de internação em UTI.

Rahu AM, Grap JM, Cohn FJ, Sessler NC, Munro LC,  Lyon ED102013, Colombia.

Descrever o comportamento facial durante endotraqueal

aspiração, determinar os comportamentos faciais que caracterizam o

resposta à dor, e descrever o efeito de fatores do paciente em

comportamento facial durante a resposta à dor.

 Nível I.

Revisão Sistematizada da Literatura.

A soma da intensidade das ações 5 correlacionados com

escores totais médios na escala comportamental (r = 0,72; P <0,001)

e com o componente de expressão facial dessa escala (r = 0,61;

P <0,001) durante a aspiração. Fatores do paciente não teve associação

com escores de intensidade de dor.

Alternativa válida para os ratings de auto-relato em pacientes críticos noncommunicative. a FACS

escores de intensidade de dor poderia ser usado para medir a dor

e padronizar a avaliação da dor.










 

Discussão:

 

A dor é de natureza subjetiva e causa de grande sofrimento para quem a sente, sendo um dos motivos mais comum para busca de cuidados de saúde1.

A dor é um fenômeno multidimensional, e, caracterizá-la como tal significa observar e avaliar a experiência nas suas várias dimensões, quais sejam: neurofisiológica, pois envolve mecanismos de ativação dos receptores periféricos; psicossocial, considerando a influência emocional positiva e negativa sobre o indivíduo; cognitivo cultural1.

Diagnóstico de dor crônica é definido como “experiência sensorial e emocional desagradável que surge de lesão tissular real ou potencial ou descrita em termo de tal lesão (Associação Internacional para o estudo da Dor).

Avaliação da dor é amplo e envolve a obtenção de informações relacionadas à data de início, à localização, à intensidade, à duração e à periodicidade dos episódios dolorosos, às qualidades sensoriais e afetivas do paciente, aos fatores que iniciam, aumentam ou diminuem a sua intensidade. Sendo assim, o alívio da dor é um pré-requisito para que o paciente obtenha uma ótima recuperação e qualidade de vida3.

A mensuração com escalas a fim de mensurar a dor do indivíduo para que uma intervenção seja feita. No entanto, é preciso saber escolher a escala que melhor se enquadra ao paciente em questão4.

A escala de mensuração da dor é importante no sentido de averiguar a intensidade da dor e até que ponto influencia nas atividades diárias, bem como a eficácia do tratamento e a extensão do problema. O uso da escala torna visível, mensurável, um sinal que muitas vezes é apenas percebido e registrado de forma incompleta5.

Ao aplicar a escala da dor, vários questionamentos surgem, partindo daí, uma assistência de enfermagem mais adequada, dentro do que esta dor representa e como se apresenta ao paciente que a sente. É importante avaliar e considerar o limiar de dor fisiológico para cada indivíduo variável em diferentes ocasiões e influenciado por fatores culturais e psicológicos. É de grande importância essa mensuração da dor, pois é através dela que o paciente pode descrever ou ser avaliado quanto à exatidão de sua dor5.

 Atentar às queixas subjetivas dos pacientes, de modo a intervir no curso do sintoma, possibilitando conforto e bem-estar. Sendo assim, na medida em que se mensura a dor como um sinal vital tem-se parâmetros para estabelecer um bom plano de cuidados, considerando que o cuidado terapêutico deve estar condicionado à intensidade da dor. Para a detecção da queixa álgica, sistematizar a avaliação e registrar os dados é fundamental. Dor não identificada e descrita não é tratada6.

A partir disso, a eficácia do tratamento e a sua continuidade dependem de uma avaliação e mensuração da dor confiável e válida, o que pressupõe tomada de decisões a partir de um

paciente, o que é fundamental no curso da atividade gerencial e cuidadora do enfermeiro. A tomada de decisões embasada no saber científico e na ética confere credibilidade, eficiência e eficácia no trabalho do enfermeiro7.

Resposta Baseada em Evidencia Científica:

Avaliar a dor crônica para se empreender, adequadamente, o tratamento ou conduta terapêutica. A eficácia do tratamento e o seu seguimento dependem de uma avaliação e mensuração confiável e válida. Desempenhar medidas para seu alívio, proporcionando conforto e bem estar ao cliente, podem ser considerados como dispositivos capazes de promover a saúde durante a internação hospitalar.

 Aliviar a dor crônica fazem parte do cuidado, fundamental é compreender seu significado e ampliar o campo de saberes acerca da importância de sua mensuração. Na avaliação da dor não se deve negligenciar a descrição do paciente sobre o padrão, a intensidade e a natureza da mesma, considerando que, por ser subjetiva, somente o indivíduo pode descrevê-la da forma como é sentida.

Investigar a dor cônica tem a finalidade de prestar um cuidado mais expressivo e atento às necessidades do paciente, acredita-se que a aplicação de uma escala pode melhorar o processo decisório do enfermeiro quanto às medidas de alívio da mesma, acrescentando dados ao que o enfermeiro já está habituado a realizar.

Escalas de avaliação podem ajudar na eficácia das intervenções, além de respeitar a subjetividade do paciente, pois só ele é capaz de descrever e avaliar com exatidão sua dor; as escalas permitem esta “validação” pelo paciente, o sujeito que vivencia a dor é o expert sobre o padrão, localização, intensidade e natureza da dor, assim como o grau de alívio obtido pela terapia.

Os profissionais de saúde deve, frequentemente, atualizar seus conhecimentos pela educação permanente em saúde, como uma estratégia para responder a esta necessidade, um dispositivo para melhor prestação do cuidado pode ser a sua sistematização. Assim, mais ampla e cientificamente consegue-se abordar este sintoma, o que auxilia, efetivamente, na terapêutica. Melhorias na qualidade da avaliação da dor exigem melhorias de comunicação, em especial do uso de tecnologias de informação, de educação, de discussões e mudanças organizacionais e multidisciplinares.

 Conclusão:

A dor crônica de intensidade grave tem impacto devastador no individuo em relação aos aspectos físicos, emocionais e sociais. Em função. Em função da complexidade da sensação dolorosa, torna-se fundamental uma abordagem multiprofissionais com principal objetivo avaliar e monitorar o fenômeno doloroso bem como obter o seu controle efetivo.

Para tanto, utiliza se de estratégicas de controle envolvendo instrumentos como escala de que isoladamente ou combinadas, tem como meta a eliminação ou alivio da condição dolorosa.

Em relação ao uso de escalas para avaliação da dor crônica, destacam – se a escala numérica (0 a 10), a escala analógica visual, a escala de descritores verbais (sem dor/ dor leve/ dor moderada/ dor intensa e dor insuportável) e o diagrama corporal . Como todo instrumento de avaliação, as escalas citadas acima apresentam limitações e prioriza a avaliação da intensidade dolorosa (unidimensional), o que na prática hospitalar é o aspecto mais aferido e que muitas vezes irá determinar o tratamento analgésico.

O enfermeiro deve exercer seu papel no controle da dor, tem responsabilidade na avaliação diagnóstica, na intervenção e monitorização dos resultados do tratamento, na comunicação das informações sobre a dor do paciente, como membro da equipe de saúde.

Talvez o ponto crucial para melhorar o manejo da dor entre enfermeiros seja incentivando cada vez mais o conhecimento teórico e prático, mostrando a importância de uma avaliação desprovidas de preconceitos e tabus, utilizando métodos precisos e apropriados para avaliação.

A revisão sistematizada da literatura foi de suma importância Para a área de saúde, utilize se para perfeiçoar as formas de se controlar a dor crônica em clientes adultos em cuidados intensivos.

Favorecer a sociedade um novo referencial que serve para novas pesquisas.Espera se que o mesmo contribua para o crescimento da enfermagem e favoreça a melhoria da assistência de saúde em adultos em cuidados intensivos.

A literatura nacional apresenta relevante produção no tema. No entanto, recomendam-se novos estudos.

Referências Bibliográficas:

1- Pinheiro ULA, Roso CC, Zamberlan C, Bem DM, Cherobini, Perrando SM.Avaliação e manejo da dor aguda: revisão integrativa. J Nurs Health. 2014;4(1):77-89.Disponivel em: http://www.periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/enfermagem/article/viewFile/3395/351

2-Bottega HF, Fontana TR. A DOR COMO QUINTO SINAL VITAL: UTILIZAÇÃO DA ESCALA DE AVALIAÇÃO POR ENFERMEIROS DE UM HOSPITAL GERAL. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2010 Abr-Jun; 19(2): 283-90. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v19n2/09

3- Sallum SCA, Garcia MD, Sanches M.Dor aguda e crônica: Revisão narrativa da literatura. Acta paul. enferm. vol.25 no.spe1 São Paulo  2012.Disponivel em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-21002012000800023&script=sci_arttext&tlng=pt

4-Fortunato SGJ, Furtado SM, Hirabae  AFL, Oliveira  AJ.ESCALAS DE DOR NO PACIENTE CRÍTICO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Serviço de Enfermagem. Hospital Universitário Pedro Ernesto. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Disponivel em: http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=426

5- Lewis VT, Zanotti J, Dammeyer AJ, Merkel S.RELIABILITY AND VALIDITY OF THE FACE, LEGS, ACTIVITY,CRY, CONSOLABILITY BEHAVIORAL TOOL IN ASSESSING ACUTE PAIN IN CRITICALLY ILL PATIENTS.AJCC AMERICAN JOURNAL OF CRITICAL CARE, January 2010, Volume 19, No. 1 5.Disponivel em:http://ajcc.aacnjournals.org/content/19/1/55.full.pdf+html?sid=7c8d0e4c-53a2-440d-ad86-09afef20b185

6-  Rose L, Smith O, Gélinas G, Haslam L, Dale C, Luk E, et al. CARE NURSES’PAIN ASSESSMENT AND MANAGEMENT PRACTICES:A SURVEY IN CANADA.AJCC AMERICAN JOURNAL OF CRITICAL CARE, July 2012, Volume 21, No. 4.Disponivel em:http://ajcc.aacnjournals.org/content/21/4/251.full.pdf+html?sid=db571d74-2913-4dcf-b8e6-2a6a66711e38

7- Vranic TJ, Canzian S,  Innis J,Mudryj PAM, Farlan MWA , Baker JA.PATIENT SATISFACTION AND DOCUMENTATION OF PAIN ASSESSMENTS AND MANAGEMENT AFTER IMPLEMENTING THE ADULT NONVERBAL PAIN SCALE. AJCC AMERICAN JOURNAL OF CRITICAL CARE, July 2010, Volume 19, No. 4 Disponivel em:

http://ajcc.aacnjournals.org/content/19/4/345.full.pdf+html?sid=37a2555c-5836-4391-97ce-b95f3482ebf3

8-Rose L, Haslam L, Dale C, Knechtel L, McGillion M. BEHAVIORAL PAIN ASSESSMENT TOOL FOR CRITICALLY ILL  ADULTS UNABLE TO  SELF-REPORT PAIN. AJCC AMERICAN JOURNAL OF CRITICAL CARE, May 2013, Volume 22, No 3. Toronto, Ontario. Disponivel em: http://ajcc.aacnjournals.org/content/22/3/246.full.pdf+html?sid=30284e2f-da09-43c4-a36f-64ec573b502c 

9- Stites M. Observational Pain Scales in Critically Ill Adults. CriticalCareNurse Vol 33, No. 3, JUNE 2013.Disponivel em: http://ccn.aacnjournals.org/content/33/3/68.full.pdf+html?sid=32628426-f1eb-4966-8f9d-7d65a616cb5c

10-  Rahu AM, Grap JM, Cohn FJ, Sessler NC, Munro LC,  Lyon ED.FACIAL EXPRESSION AS AN INDICATOR OF PAIN IN  CRITICALLY ILL INTUBATED ADULTS DURING  ENDOTRACHEAL SUCTIONING.Background.AJCC AMERICAN JOURNAL OF CRITICAL CARE, September 2013, Volume 22, No. 5.Disponivel em:http://ajcc.aacnjournals.org/content/22/5/412.full.pdf+html?sid=f4a54bb8-7cd5-4538-90d1-0f1a6735e021

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 





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