CHRONIC PAIN
IN ADULTS CUSTOMERS IN CRITICAL REVIEW - SYSTEMATIC LITERATURE CARE
DOR CRÔNICA EM CLIENTES ADULTOS EM CUIDADOS CRITICOS-REVISÃO
SISTEMATIZADA DA LITERATURA
Silvania Maria Chaves Lourenço. Enfermeira. Aluna do
curso de Especialização em Enfermagem em Cuidados Intensivos/ Universidade
Federal Fluminense (UFF). silvanialoureno@yahoo.com.br.
Isabel Cruz Fonseca da Cruz. Doutora
em Enfermagem. Professora Titular da UFF. isabelcruz@uol.com.br
Abstract: Introduction: Pain is subjective in nature and cause
of great suffering for those who feel, one of the most common reasons for
seeking health care. American Agency for Research and Quality in Public Health
and the American Pain Society describe it as the fifth vital sign. Chronic pain
affects 30-40% of Brazilians. Aim of the study is to check with the use
of strategic PICO and through evidence, to highly complex customer diagnosis
with chronic pain, which is the most effective nursing intervention for their
resolution? Methodology: It was a computerized literature search, from
2009 to 2014 in electronic databases LILACS (Latin American and Caribbean
Literature in Health Sciences), and international literature in Health Sciences
(MEDLINE).Results: The effectiveness of the treatment and the follow-up
assessment and depend on a reliable and valid measurement. Conclusion: Chronic
pain of severe intensity has devastating impact on the individual in relation
to the physical, emotional and social. Depending on the complexity of the
painful sensation, it is fundamentally a multidisciplinary approach with main
objective to evaluate and monitor the painful phenomenon and get your effective
control. Recommendation: Establish a training plan for the nursing staff, aimed
at the implementation, in hospitals, in a systematic way, effective tools to
measure chronic pain, given that it represents the fifth vital sign.
Keywords: Chronic Pain, nursing care, critical care.
Resumo: Introdução: A dor é de natureza
subjetiva e causa de grande sofrimento para quem a sente, sendo um dos motivos
mais comum para busca de cuidados de saúde. Agência Americana de Pesquisa e
Qualidade em Saúde Pública e a Sociedade Americana de Dor a descrevem como o
quinto sinal vital. A dor crônica acomete 30 a 40% dos brasileiros. Objetivo do
estudo é verificar com o uso da estratégica PICO e através de evidências, para
o cliente de alta complexidade com diagnostico Dor crônica, qual a intervenção de
enfermagem mais eficaz para sua resolução? Metodologia: Foi uma pesquisa bibliográfica computadorizada, no período de 2009 a 2014 nas bases de dados eletrônicas LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em
Ciências de Saúde), e literatura internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE). Resultados: A eficácia do tratamento e o seu seguimento dependem de
uma avaliação e mensuração confiável e valida. Conclusão:
A dor crônica de intensidade grave tem impacto devastador no individuo em
relação aos aspectos físicos, emocionais e sociais. Em função da complexidade da sensação dolorosa,
torna-se fundamental uma abordagem multiprofissionais com principal objetivo
avaliar e monitorar o fenômeno doloroso bem como obter o seu controle efetivo.
Recomendações: Estabelecer um plano de capacitação para a equipe de enfermagem,
visando a implementação, no âmbito hospitalar, de forma sistematizada,
instrumentos efetivos de avaliação da dor crônica, tendo em vista que a mesma
representa o quinto sinal vital.
Palavras-chave: Cuidados de enfermagem, dor crônica, cuidados críticos.
Situação problema:
A dor é de natureza subjetiva e causa
de grande sofrimento para quem a sente, sendo um dos motivos mais comum para
busca de cuidados de saúde1. Agência Americana de Pesquisa e
Qualidade em Saúde Pública e a Sociedade Americana de Dor a descrevem como o
quinto sinal vital. A dor crônica acomete
Dor crônica é mais que um sintoma é a doença que
persiste; não desaparece após a cura da lesão ou está relacionada a processos
patológicos crônicos. A literatura aponta um tempo igual ou superior a três
meses da vigência de dor³.
Dor
aguda: está relacionada a afecções traumáticas, infecciosas
ou inflamatórias; há expectativa de desaparecimento após a cura da lesão.
Dor
crônica: é aquela que persiste após o tempo razoável para a
cura de uma lesão ou que está associada a processos patológicos
crônicos, que
causam dor contínua ou recorrente4.
A dor leva a sintomas como alterações
nos padrões de sono, apetite e libido; irritabilidade; alterações de energia;
diminuição da capacidade de concentração, além de dificuldades em atividades
familiares profissionais e sócias5.
Avaliação sistematizada da dor
crônica em clientes críticos permanece pouco frequente, estratégias de
intervenções para prevenir a dor crônica não pode ser negligenciado na unidade
de terapia intensiva5.
Na prática, o enfermeiro na unidade de
terapia intensiva (UTI) tem responsabilidade na prevenção, avaliação da dor
crônica, intervenção e monitorização dos resultados do tratamento6.
Valorizar na primeira observação das alterações comportamentais e
cognitivas e as possíveis manifestações de dor em repouso, durante os cuidados
e estar atento a outros indicadores7.
Deve de ter competências e
habilidades reavaliar a dor crônica, implementar
estratégias de prevenção da mesma e monitorar a eficácia dessas intervenções8.
O enfermeiro
deve exercer seu papel na prevenção da dor crônica, tem responsabilidade na
avaliação diagnóstica, na intervenção e monitorização dos resultados do
tratamento, na comunicação das informações sobre a dor crônica do cliente9.
A observação do
enfermeiro permite verificar aspectos comportamentais
do doente que
são concretos e observáveis, tais como: A existência de dor e suas
características em termos de localização, intensidade10.
O enfermeiro
registrar a queixa dolorosa do paciente, os registros de enfermagem, meio de
comunicação para a equipe de enfermagem10.
Esta pesquisa busca identificar na produção
científica de enfermagem, através da utilização da estratégia PICO, a melhor
evidência disponível para o cuidado ao paciente de alta complexidade com dor
crônica.
Surge à
pergunta clínica: Para o cliente de alta complexidade com o diagnóstico de dor
crônica, qual a intervenção de enfermagem mais eficaz para sua resolução?
Como o objetivo de avaliar
a produção científica de enfermagem, usando a estratégia PICO para
localizar a melhor evidência disponível para a prevenção da dor crônica em
clientes adultos em unidade de terapia.
A estratégia PICO foi empregada para questão de pesquisa e para
construção da pergunta, auxiliando na busca bibliográfica. O quadro 1
representa a descrição dos componentes da estratégia PICO.
Pergunta Clinica:
Para o cliente de alta complexidade com diagnóstico Dor crônica,
qual a intervenção de enfermagem mais eficaz para sua resolução?
Quadro1: Estratégia PICO.
Acrônimo |
Definição |
Descrição |
P |
Paciente
ou diagnóstico de enfermagem |
Pacientes
adultos internado em UTI com dor crônica. |
I |
Prescrição |
Monitorar
sinais e sintomas da dor crônica. |
C |
Controle
ou comparação |
*Na |
O |
Resultado |
Controlar
ou diminuir a intensidade da dor. |
*Na: Não se aplica.
Metodologia:
Pesquisa
bibliográfica computadorizada, no período de 2009 a 2014, nas bases de dados eletrônicas LILACS (Literatura Latino
Americana e do Caribe em Ciências de Saúde), e literatura internacional em
Ciências da Saúde (MEDLINE). Os termos
empregados para a busca (descritores/Keywords) foram: Dor crônica/ Chronic
Pain, cuidados de enfermagem/Nursing care, e cuidados críticos/critical care.
Para a busca bibliográfica das evidências foi utilizada uma
combinação dos componentes da estratégia PICO: (P) AND Paciente
idoso internado em UTI com dor crônica (Unidade de
terapia intensiva) (I) AND Monitorar sinais e sintomas da dor crônica. (C) AND (O) Controlar ou diminuir a intensidade
da dor.
Foram utilizados booleanos (AND e OR) e combinação dos componentes
da estratégica PICO na pesquisa. A analise restringiu-se as pesquisas
cientificas publicas nos últimos cinco anos (2009 a 2014) e escritos os idiomas
inglês, português e espanhol. As publicações encontradas foram analisadas
baseadas na força de evidência e dez publicações foram utilizadas para realizar
a revisão bibliográfica.
Síntese das evidências
científicas:
Quadro 2 – Para classificação
da força de evidência foi utilizado como referência à escala de referência
Joana Brittes.
Autor (es),Data & País |
Objetivo da pesquisa |
Força da evidência |
Tipo do estudo & instrumento |
Principais achados |
Conclusão do autor (es) |
|||
Pinheiro ULA, Roso CC, Zamberlan C, Bem DM,
Cherobini, Perrando SM12014, Brasil. |
Analisar a produção científica acerca da
avaliação e manejo da dor crônica em pacientes internados. |
Nível I. |
Revisão Sistematizada da Literatura. |
A deficiência no conhecimento sobre Dor crônica, por parte dos enfermeiros, torna
se uma das barreiras para sua avaliação e alívio, retardando a recuperação do paciente, pois o alívio da dor
é primordial para uma boa qualidade de vida. |
Conhecimento técnico científico, condições
para que a equipe de enfermagem identifique corretamente as queixas dos pacientes e, assim, crie subsídios para minimizá-las. |
|||
Bottega HF, Fontana TR22010,
Brasil. |
Descrever as impressões dos enfermeiros sobre
o uso de uma escala visual analógica de avaliação da dor em adultos. |
Nível I. |
Revisão Sistematizada da Literatura. |
Á importância avaliação da intensidade da dor, o que
possibilita um atendimento integral e individualizado para o paciente com dor crônica. |
Pode-se inferir que a avaliação da dor
crônica facilita o cuidado atento às necessidades do cliente. |
|||
Sallum SCA,
Garcia MD, Sanches M32012, Brasil. |
Identificar as
repercussões orgânicas, emocionais e psíquicas prevalentes em pacientes com
dor aguda e dor crônica. |
Nível I. |
Revisão Sistematizada da Literatura. |
Indivíduos com diferentes antecedentes sócio-culturais e doenças, seja
por escalas uni ou multidimensionais, fato que nos direciona a incentivar o
seu uso nas Instituições de saúde, com vistas a melhores práticas. |
Apontar sobre a
subjetividade ou vivência do fenômeno álgico, contra indicando padronizações
ou uma generalização de condutas, seja em casos de dores crônicas. |
|||
Fortunato SGJ, Furtado
SM, Hirabae
AFL, Oliveira AJ4 2013,Brasil. |
Realizar revisão bibliográfica de
produções científicas existentes sobre as escalas de dor e discutir o uso das
escalas de dor encontradas na revisão bibliográfica, no
período de 2008 a 2012, em pacientes de terapia intensiva. |
Nível I. |
Revisão Sistematizada da Literatura. |
Para que o
cuidado seja integral e individualizado é preciso que tanto a escolha da escala
quanto as avaliações e as intervenções sejam registradas. |
As escalas de dor devem ser
consideradas pela equipe de enfermagem como valiosos instrumentos para o
manejo correto da dor dos pacientes, principalmente daqueles
internados em UTIs. |
|||
Lewis VT, Zanotti J, Dammeyer AJ,
Merkel S5 2010, Colombia. |
Avaliar a
confiabilidade ea validade do Face, Legs, Activity,
Cry, consolabilidade (FLACC) Escala Comportamental em avaliação da dor
em adultos críticos e crianças incapazes de dor auto-relato. |
Nível I. |
Revisão Sistematizada da Literatura. |
FLACC Behavioral Escala tem
excelente psicométrica propriedades,
incluindo confiabilidade, validade de
critério e construto validade, na
avaliação da dor nestes clientes. (68,5%) |
Pacientes graves, muitas vezes não podem se
auto-denunciar o seu nível de dor por causa de mudanças na cognição ou estado
fisiológico.
|
|||
Rose L,
Smith O, Gélinas G, Haslam L, Dale C, Luk E,et al62012,Canada. |
Comparar a
proporção de enfermeiros
que utilizam ferramentas de auto-relato pacientes com a proporção usando a
avaliação da dor comportamental ferramentas para
pacientes capazes e incapazes de se comunicar. |
Nível I. |
Revisão Sistematizada da Literatura. |
Poucos
enfermeiros (n = 235; 29%) tinham conhecimento das diretrizes da
sociedade para a avaliação da dor e gestão. |
Enfermeiros não usar conhecimento das diretrizes de gestão da
dor. |
|||
Vranic TJ, Canzian S, Innis J,Mudryj PAM, Farlan MWA , Baker JA72010,Colombia. |
Para avaliar o efeito da aplicação de uma nova dor instrumento de avaliação
em uma unidade de trauma / neurocirurgia cuidados intensivos.
|
Nível I. |
Revisão Sistematizada da Literatura. |
A maioria do
pessoal (78%) classificou a ferramenta tão fácil de usar. implemen tação da
ferramenta aumentou equipe confiança na avaliação dor no
não-verbal, os pacientes sedados (57% vs 81% antes depois aplicação, P =
0,02) e aumentou o número de dor avaliações
documentados pela equipe de enfermagem para noncommunicative pacientes por
dia na unidade de terapia intensiva. |
Implementação da
Escala de não-verbal Pain in um ambiente de
cuidados intensivos melhorou ratings de sua dor dos pacientes experiência,
melhorar a documentação por enfermeiros, e aumentou a confiança dos
enfermeiros na avaliação da dor em pacientes não-verbais. |
|||
Rose L, Haslam L, Dale C, Knechtel L,
McGillion M82013, Colombia. |
Determinar o efeito da
implementação o CPOT7 em duas UTIs de um
filiado universidade- hospital que prestam serviços a
uma população mista os pacientes, incluindo trauma e cardiotorácico pacientes de cirurgia. |
Nível I. |
Revisão Sistematizada da Literatura. |
Implementação do CPOT aumentou a
frequência de avaliação da dor e muito
provavelmente influenciadas administração de analgésicos
opióides UTIs. Cerca de 40% de dor episódios não foram abordados com
a administração de analgesia. |
Implementação da frequência
aumentou ferramenta de avaliação da dor e apareceu
para influenciar administração de analgésicos em ambas as
unidades. |
|||
Stites M92013, Colombia. |
Detectar de forma confiável, a
avaliação da dor em indivíduos incapazes de neuromuscular espontânea movimentos
ou em pacientes com condições simultâneas, tais como dor crônica. |
Nível I. |
Revisão Sistematizada da Literatura. |
Dos
Clientes internados UTI com 28% de 87% dos Clientes apresenta dor crônica. As
taxas de dor não controlada em pacientes críticos permanecem
inaceitavelmente elevados. |
A avaliação sistemática da dor deve ser feito
rotineiramente, e auto-relatório do paciente deve ser a principal
base para a avaliação da dor sempre que possível. A avaliação de rotina de
dor com um
instrumento de avaliação da dor observacional pode diminuir Comprimento
de internação em UTI. |
|||
Rahu AM, Grap JM, Cohn FJ, Sessler NC, Munro
LC, Lyon ED102013,
Colombia. |
Descrever o comportamento facial durante endotraqueal aspiração, determinar os comportamentos faciais que caracterizam o resposta à dor, e descrever o efeito de fatores do paciente em comportamento facial durante a resposta à dor. |
Nível I. |
Revisão Sistematizada da Literatura. |
A soma da intensidade das ações 5 correlacionados com escores totais médios na escala comportamental (r = 0,72; P
<0,001) e com o componente de expressão facial dessa escala (r = 0,61; P <0,001) durante a aspiração. Fatores do paciente não teve
associação com escores de intensidade de dor. |
Alternativa válida para os ratings de auto-relato em pacientes
críticos noncommunicative. a FACS escores de intensidade de dor poderia ser usado para medir a dor e padronizar a avaliação da dor. |
|||
Discussão:
A dor é de natureza
subjetiva e causa de grande sofrimento para quem a sente, sendo um dos motivos
mais comum para busca de cuidados de saúde1.
A dor é um fenômeno
multidimensional, e, caracterizá-la como tal significa observar e avaliar a
experiência nas suas várias dimensões, quais sejam: neurofisiológica, pois
envolve mecanismos de ativação dos receptores periféricos; psicossocial,
considerando a influência emocional positiva e negativa sobre o indivíduo; cognitivo
cultural1.
Diagnóstico de dor
crônica é definido como “experiência sensorial e emocional desagradável que
surge de lesão tissular real ou potencial ou descrita em termo de tal lesão
(Associação Internacional para o estudo da Dor).
Avaliação da dor é
amplo e envolve a obtenção de informações relacionadas à data de início, à
localização, à intensidade, à duração e à periodicidade dos episódios
dolorosos, às qualidades sensoriais e afetivas do paciente, aos fatores que
iniciam, aumentam ou diminuem a sua intensidade. Sendo assim, o alívio da dor é
um pré-requisito para que o paciente obtenha uma ótima recuperação e qualidade
de vida3.
A mensuração com
escalas a fim de mensurar a dor do indivíduo para que uma intervenção seja
feita. No entanto, é preciso saber escolher a escala que melhor se enquadra ao
paciente em questão4.
A escala de mensuração
da dor é importante no sentido de averiguar a intensidade da dor e até que
ponto influencia nas atividades diárias, bem como a eficácia do tratamento e a
extensão do problema. O uso da escala torna visível, mensurável, um sinal que
muitas vezes é apenas percebido e registrado de forma incompleta5.
Ao aplicar a escala da
dor, vários questionamentos surgem, partindo daí, uma assistência de enfermagem
mais adequada, dentro do que esta dor representa e como se apresenta ao
paciente que a sente. É importante avaliar e considerar o limiar de dor
fisiológico para cada indivíduo variável em diferentes ocasiões e influenciado
por fatores culturais e psicológicos. É de grande importância essa mensuração
da dor, pois é através dela que o paciente pode descrever ou ser avaliado
quanto à exatidão de sua dor5.
Atentar às queixas subjetivas dos pacientes,
de modo a intervir no curso do sintoma, possibilitando conforto e bem-estar.
Sendo assim, na medida em que se mensura a dor como um sinal vital tem-se
parâmetros para estabelecer um bom plano de cuidados, considerando que o
cuidado terapêutico deve estar condicionado à intensidade da dor. Para a
detecção da queixa álgica, sistematizar a avaliação e registrar os dados é
fundamental. Dor não identificada e descrita não é tratada6.
A partir disso, a
eficácia do tratamento e a sua continuidade dependem de uma avaliação e
mensuração da dor confiável e válida, o que pressupõe tomada de decisões a
partir de um
paciente, o que é
fundamental no curso da atividade gerencial e cuidadora do enfermeiro. A tomada
de decisões embasada no saber científico e na ética confere credibilidade,
eficiência e eficácia no trabalho do enfermeiro7.
Resposta Baseada em Evidencia Científica:
Avaliar a dor crônica
para se empreender, adequadamente, o tratamento ou conduta terapêutica. A
eficácia do tratamento e o seu seguimento dependem de uma avaliação e
mensuração confiável e válida. Desempenhar medidas para seu alívio,
proporcionando conforto e bem estar ao cliente, podem ser considerados como
dispositivos capazes de promover a saúde durante a internação hospitalar.
Aliviar a dor crônica fazem parte do cuidado,
fundamental é compreender seu significado e ampliar o campo de saberes acerca
da importância de sua mensuração. Na avaliação da dor não se deve negligenciar
a descrição do paciente sobre o padrão, a intensidade e a natureza da mesma,
considerando que, por ser subjetiva, somente o indivíduo pode descrevê-la da
forma como é sentida.
Investigar a dor cônica
tem a finalidade de prestar um cuidado mais expressivo e atento às necessidades
do paciente, acredita-se que a aplicação de uma escala pode melhorar o processo
decisório do enfermeiro quanto às medidas de alívio da mesma, acrescentando
dados ao que o enfermeiro já está habituado a realizar.
Escalas de avaliação
podem ajudar na eficácia das intervenções, além de respeitar a subjetividade do
paciente, pois só ele é capaz de descrever e avaliar com exatidão sua dor; as
escalas permitem esta “validação” pelo paciente, o sujeito que vivencia a dor é
o expert sobre o padrão, localização, intensidade e natureza da dor, assim como
o grau de alívio obtido pela terapia.
Os profissionais de
saúde deve, frequentemente, atualizar seus conhecimentos pela educação
permanente em saúde, como uma estratégia para responder a esta necessidade, um
dispositivo para melhor prestação do cuidado pode ser a sua sistematização.
Assim, mais ampla e cientificamente consegue-se abordar este sintoma, o que
auxilia, efetivamente, na terapêutica. Melhorias na qualidade da avaliação da
dor exigem melhorias de comunicação, em especial do uso de tecnologias de
informação, de educação, de discussões e mudanças organizacionais e multidisciplinares.
Conclusão:
A dor crônica de
intensidade grave tem impacto devastador no individuo em relação aos aspectos
físicos, emocionais e sociais. Em função. Em função da complexidade da sensação dolorosa, torna-se
fundamental uma abordagem multiprofissionais com principal objetivo avaliar e
monitorar o fenômeno doloroso bem como obter o seu controle efetivo.
Para tanto, utiliza se
de estratégicas de controle envolvendo instrumentos como escala de que
isoladamente ou combinadas, tem como meta a eliminação ou alivio da condição
dolorosa.
Em relação ao uso de escalas para avaliação da dor crônica, destacam –
se a escala numérica (0 a 10), a escala analógica visual, a escala de
descritores verbais (sem dor/ dor leve/ dor moderada/ dor intensa e dor
insuportável) e o diagrama corporal . Como todo
instrumento de avaliação, as escalas citadas acima apresentam limitações e
prioriza a avaliação da intensidade dolorosa (unidimensional), o que na prática
hospitalar é o aspecto mais aferido e que muitas vezes irá determinar o
tratamento analgésico.
O enfermeiro deve
exercer seu papel no controle da dor, tem responsabilidade na avaliação
diagnóstica, na intervenção e monitorização dos resultados do tratamento, na
comunicação das informações sobre a dor do paciente, como membro da equipe de
saúde.
Talvez o ponto crucial
para melhorar o manejo da dor entre enfermeiros seja incentivando cada vez mais
o conhecimento teórico e prático, mostrando a importância de uma avaliação
desprovidas de preconceitos e tabus, utilizando métodos precisos e apropriados
para avaliação.
A revisão sistematizada
da literatura foi de suma importância Para a área de saúde, utilize se para
perfeiçoar as formas de se controlar a dor crônica em clientes adultos em
cuidados intensivos.
Favorecer a sociedade
um novo referencial que serve para novas pesquisas.Espera se que o mesmo
contribua para o crescimento da enfermagem e favoreça a melhoria da assistência
de saúde em adultos em cuidados intensivos.
A
literatura nacional apresenta relevante produção no tema. No entanto,
recomendam-se novos estudos.
Referências
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