Hypothermia – Systematic Literature Review
Hipotermia – Revisão Sistematizada da Literatura
Valquíria Mendonça Bastos. Enfermeira. Aluna do Curso de Especialização em
Enfermagem em Cuidados Intensivos / Universidade Federal Fluminense (UFF).valquiriarj@gmail.com
Profª. Drª. Isabel Cruz. Titular da UFF. isabelcruz@uol.com.br
Abstract: The control of hypothermia in surgical patients in the
intensive therapy phase is a common nursing procedure, since the drop in
temperature in these patients has an incidence of about 60% of cases1.
This disturb occurs as a result of disorganization in thermoregulation, caused
by anesthesia, the type of surgery dimension and the surgical environment2.
Objective: To identify the scientific
production related to nursing and the best evidence of effectiveness of proposed
procedures for patients of hypothermia treatment in surgical perioperative phase.
Method: Literature review conducted
by electronic search in databases and virtual libraries in the months of
December 2014 and January 2015. Of the collected papers were selected 10 that
were included in the study group. These articles presented results were suitable
topic of study and fit into the system of evidence-based practice. Results:
The evidence showed that there were several procedures that can be successfully
used in the reversal of surgical perioperative hypothermia. Conclusion:
The analyzed studies showed that nurses have the knowledge necessary to perform
their role in preserving the normal body temperature of patients in the
perioperative surgical stage, but that the creation and disclosure of other
research on the subject are welcome, so that can expanded be the exchange of
information on new processes that will facilitate increasingly prevention,
maintenance and control of body temperature of patients at this juncture.
Key-words: Surgery. Intensive therapy. Hypothermia.
Nursing Proceedings.
Resumo: O controle da hipotermia de pacientes na fase
perioperatória cirúrgica é um procedimento comum de enfermagem, uma vez que a
queda da temperatura nesses pacientes tem uma incidência em torno de 60% dos
casos1. Este distúrbio ocorre em resultado da desorganização na
termorregulação, causada pela anestesia, pelo tipo da dimensão da cirurgia e
pelo ambiente cirúrgico2. Objetivo:
Identificar nas produções científicas
relacionadas à enfermagem, as melhores evidências de eficácia de
procedimentos propostos para tratamento de hipotermia de pacientes em fase de
terapia intensiva. Método: Revisão
bibliográfica realizada mediante busca eletrônica em bases e bibliotecas
virtuais, nos meses de dezembro de 2014 e janeiro de 2015. Dos artigos científicos
coletados foram selecionados 10 que passaram a compor a amostra analisada. Esses
artigos apresentavam resultados que se adequavam à temática do estudo e se
enquadravam no sistema da prática baseada em evidências. Resultados:
As evidências demonstraram haver diversos procedimentos que podem ser
empregados com sucesso na reversão do quadro de hipotermia na fase de terapia
intensiva. Conclusão: Os estudos analisados mostraram que os(as)
enfermeiros(as) dispõem dos conhecimentos necessários ao desempenho de seu
papel na preservação da temperatura corporal normal dos pacientes em terapia
intensiva, mas que a realização e a divulgação de outras pesquisas sobre o
tema são bem-vindas para que possa haver o intercâmbio de informações sobre
novos processos que venham facilitar cada vez mais a prevenção, manutenção e
controle da temperatura corporal dos pacientes nessa conjuntura.
Palavras-chave: Cirurgia. Terapia intensiva. Hipotermia.
Procedimentos de enfermagem.
Introdução
Hipotermia
é uma complicação que os pacientes cirúrgicos muitas vezes enfrentam dentro
do ambiente perioperatório. A exposição à hipotermia pode ter um impacto
significativo nas taxas de morbi-mortalidade cirúrgicas, levando a resultados
indesejados dessas intervenções. Estes resultados negativos incluem desde o
aumento do tempo de internação até o óbito, com uma gama de sequelas variáveis
entre estas duas pontas do espectro. Embora a hipotermia seja uma complicação
que surge durante o período perioperatório, existem intervenções disponíveis
para reduzir marcadamente sua ocorrência. A literatura é clara sobre a incidência,
riscos e resultados da hipotermia perioperatória imprevista, mas ela permanece
como uma complicação consistente porém evitável para os pacientes submetidos
à cirurgia3.
A
hipotermia é definida como a temperatura corporal interna abaixo de 360º
Celcius. Durante a primeira hora de cirurgia, a temperatura interna do corpo
pode cair de 0,5 a 1,5º. Uma perda de um grau ou mais pode levar a resultados
cirúrgicos indesejáveis3.
Até
40% dos pacientes cirúrgicos não são monitorados para hipotermia dentro do
ambiente perioperatório. Também ocorre que pacientes que recebem anestesia
espinhal ou epidural não dispõem da sensação de frio. De qualquer forma,
estes pacientes estão entre aqueles que são monitorados de forma não
frequente para hipotermia, e, como tais, seu estado de temperatura é
desconhecido. As estimativas sugerem que somente 26% dos pacientes cirúrgicos
em risco identificáveis de hipotermia realmente recebem uma intervenção para
evitar sua ocorrência. Uma percentagem significativa (30-40%) de pacientes são
hipotérmicos ao chegarem à unidade de anestesia e uma estimativa de 14 milhões
de pacientes cirúrgicos, nos Estados Unidos, anualmente, se torna hipotérmica.
Uma temperatura corporal interna inferior a 35S ao chegarem à unidade de
cuidados anestésicos coloca o paciente em um risco de mortalidade de quatro
vezes mais que os pacientes normotérmicos. A despeito da chegada à unidade de
anestesia no estado de normotermia, os pacientes podem desenvolver hipotermia,
perdendo até 1,50 em uma hora3.
Os
problemas adicionais associados à hipotermia incluem: aumento da hemorragia,
metabolismo prejudicado, desenvolvimento de TVP – Trombose venal profunda, mau
funcionamento do sistema imunológico, desconforto e dor do paciente e risco de
mortalidade aumentado. Os tremores pós-operatórios aumentam a taxa
metabólica e a demanda de oxigênio até de 100% a 500%, colocando os pacientes
com doença cardíaca subjacente em risco. Uma temperatura corporal de 1,50
abaixo do normal triplica a incidência de taquicardia ventricular e os eventos
cardíacos mórbidos3.
Metodologia
Para
a realização deste trabalho, foi utilizada a abordagem de estudo de pesquisa
bibliográfica computadorizada compreendida no período de 2009 a 2014,
utilizando os portais: BIREME e CAPES com as seguintes bases: MEDLINE (Literature
Analysis and Retrieval System Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde) e EMBASE.
Os
seguintes termos de busca controlados foram empregados: a) extraídos do Mesh (Surgery;
Intensive therapy; Hypothermia; Nursing Proceedings) e do Decs (Cirurgia;
Terapia Intensiva; Hipotermia; Procedimentos de enfermagem).
Foram
empregados operadores booleanos (AND e OR) e a combinação dos componentes da
estratégia PICO: (P) AND (I) AND (C) AND (O). Para facilitar a localização do
maior número possível, os descritores citados acima foram cruzados entre si.
Os
critérios para inclusão dos artigos pré-selecionados foram os seguintes:
publicação a partir do ano de 2007, artigos publicados em periódicos online,
idioma em português ou inglês.
A
partir dos artigos coletados, foi feita uma leitura interpretativa, sendo excluídos
aqueles que não abordavam diretamente a temática em foco, ou seja, hipotermia
em terapia intensiva. Assim, obteve-se um número de 10 (dez) artigos, sendo
destes 6 (seis) em inglês e 4 (quatro) em português, que passaram a constituir
a bibliografia básica do trabalho.
Pergunta Clínica:
Quais
as intervenções de enfermagem mais eficazes para manter a normotermia de
pacientes durante a de terapia intensiva?
Quadro 1: Estratégia PICO
ACRÔNIMO |
DEFINIÇÃO |
DESCRIÇÃO |
P |
Paciente ou diagnóstico de Enfermagem |
Grupos de pacientes em etapa perioperatória cirúrgica
com hipotermia. |
I |
Prescrição |
Intervenção diagnóstica, preventiva ou terapêutica. |
C |
Controle ou comparação |
Definida como uma intervenção padrão, a
intervenção mais utilizada ou nenhuma intervenção4. Os
grupos controles poderiam ser de pacientes não submetidos ao tratamento
de hipotermia cirúrgica. |
O |
Resultado |
Proporção de pacientes que tiveram quadro de
hipotermia revertido. |
Metodologia
Síntese
das evidências científicas
Para
classificação da força de evidência foi empregada como referência a escala,
conforme estabelecido pelo Journal of
American Medical Association.4
Quadro 2: Publicações localizadas nas bases de dados virtuais
Rio de Janeiro, 2015.
Autor(es), Data e País |
Objetivo da pesquisa |
Força da evidência |
Tipo de estudos e instrumentos |
Principais achados |
Conclusões do(s) autor(es) |
Tramon-tini CC, Graziano KU, 2007. Brasil1 |
Avaliar a eficácia de duas intervenções de enfermagem diferentes com
relação ao controle da perda do calor corporal.
|
Nível 1 – Grau A |
Estudo prospectivo longitudinal, aplicado, comparativo, experimental. |
A incidência de hipotermia e de perda do calor corporal não foi
significati-vamente diferente entre os grupos. |
Os resultados mostram a necessidade de métodos de aquecimento corporal
extras associados para manter a normo-termia. |
Paulikas CA, USA, 20085 |
Levar as enfermeiras perioperató-rias a entender melhor como manter a
normotermia, as causas da hipotermia e os resultados adversos para os
pacientes, advindos da hipotermia. |
Nível 3 – Grau C |
Revisão bibliográfica. |
A hipotermia é uma das complicações mais comuns experimenta-das
pelos pacientes cirúrgicos. |
As enfermeiras periopera-tórias estão muito familiarizadas com as
consequên-cias da hipotermia periopera-tória não planejada e devem
tomar cuidado para evitar esta complicação cirúrgica. |
Capello RG, Alves ALS, Cézar Jr A, Carvalho R. Brasil, 2009.6 |
Levantar as principais complicações que acometem o paciente na SRPA e
identificar as ações do enfermeiro frente a tais complicações. |
Nível 3 – Grau C |
Revisão de literatura. |
A complicação mais frequente foi a hipotermia, seguida de náuseas,
dor e vômitos, além de sudorese e hipóxia, entre outros sinais,
sintomas e complicações. |
Possibilitou conhecer as complicações mais inciden-tes e as intervenções
de enferma-gem a elas relacionadas, considerando-se que tal conheci-mento
é primordial para presta-ção da assistência com quali-dade ao cliente
cirúrgico. |
Poveda VB, Galvão CM. Brasil, 2009.7 |
Analisar os fatores relacionados às alterações de temperatura
corporal do paciente submetido à cirurgia eletiva no período
intra-operatório. |
Nível 1 – Grau A |
Foi elaborado um instrumento e submetido à validação aparente e de
conteúdo, utilizado para a coleta de dados de 70 pacientes. |
Na regressão linear multivariada, as variáveis tipo de anestesia,
duração da anestesia, índice de massa corporal e a temperatura da sala
de operação estavam diretamente relacionadas à temperatura corporal média
dos sujeitos investigados. |
Compete ao enfermeiro o planeja-mento e implementa-ção de intervenções
efetivas que contribuam para minimizar custos e reduzir as complicações
associadas à hipotermia. |
Volpe A USA, 2011.3 |
Estudar a melhoria da qualidade pela redução da incidência de
hipotermia perioperatória imprevista. |
Nível 3 – Grau C |
Revisão de literatura. |
A prevenção da HPO é simples, efetiva e facilmente administrável
dentro do período perioperató-rio. |
As estraté-gias incluem aquecimento pré-opera-tório, manutenção da
normo-termia durante o período intraopera-tório e monitoração
continuada e intervenção no período pós-operatório. |
Zimmer-man AD, USA, 2011.8 |
Examinar as complicações secundárias potenciais da hipotermia
induzida e destacar o papel da enfermeira na administração dos cuidados
ao paciente. |
Nível 3 – Grau C |
Revisão de literatura. |
Há falta de protocolos para o paciente para hipotermia induzida. |
Promover a integração da pesquisa no desenvolvi-mento de protocolos
baseados em evidência para hipo-termia induzida. |
Guimarães JB, Barbosa NM, Batista MA, Passos XS. Brasil, 2012.9 |
Verificar o conhecimento dos enfermeiros da UTI de um hospital de Goiânia
sobre condutas de enfermagem a serem tomadas no manejo do potencial doador
de órgãos, no que se refere à prevenção, manutenção e controle da
temperatura. |
Nível 1 – Grau A |
Pesquisa quantitativa, do tipo exploratório e descritivo, com
participação de 20 enfermeiros atuantes em UTI. |
Constatou-se que os enfermeiros participantes conhecem diversas estra-tégias
no manejo da queda de temperatura que acomete o paciente em morte encefálica. |
Verificou-se que o enfermeiro conhece a importância da manu-tenção
da temperatura corporal para o potencial doador de órgãos e a
necessidade de prevenir complicações que inviabili-zem a doação. |
Erb JL, Hravnak M, Ritten-berger
JC, USA, 2012.10 |
Revisar a patofisiologia do dano cerebral anóxico e discutir a eficácia
da hipotermia terapêutica para evitar sua ocorrência após ataque cardíaco. |
Nível 3 – Grau C |
Revisão de literatura. |
Durante as três fases da hipotermia terapêutica, os pacientes devem
ser avaliados quanto a complicações do tratamento e aos sinais de eventos adversos
associados ao ataque cardíaco. |
Tremores, pneumonia, sangramento, hipoglicemia, sepse, edema pulmonar e
translocação bacteriana são algumas das compli-cações mais comuns da
hipotermia terapêutica, ao passo que convulsões e arritmia cardíaca podem ocorrer em
qualquer paciente em seguida ao ataque cardíaco, a despeito da
hipotermia ser induzida. |
Mattia ALD et al. Brasil,
2013.11 |
Verificar a eficácia da intervenção de infusão venosa aquecida, na
prevenção da hipotermia em pacientes no período intraoperató-rio. |
Nível 1 – Grau A |
Estudo experimental, comparativo, de campo, prospectivo e quantitativo,
em hospital público federal, com amostra de 60 pacientes adultos. |
A temperatura da sala de operação na entrada da sala de operação e
a temperatura do paciente na entrada da sala de operação foram
estatistica-mente significativas para influenciar a ocorrência de
hipotermia. |
O planeja-mento e implementa-ção das inter-venções de enfermagem,
realizadas pelo enfer-meiro, são essenciais para prevenção da
hipotermia e manutenção da normo-termia perioperató-ria. |
Pu Y, Cen G, Sun J, Gong
J, Zhang Y, Zhang M, et al. Shanghai, China, 2014.12 |
Investigar a viabilidade e a eficácia de aquecimento cutâneo
intraoperató-rio com um sistema de aquecimento subcorporal durante
cirurgia gastro-intestinal laparoscópica. |
Nível 1 – Grau A |
110 pacientes submetidos a cirurgia laparoscópica por câncer
gastrointesti-nal foram randomizados no grupo controle laparoscópico e no
grupo de intervenção laparoscópica. Os fatores de risco clínico que
podem causar hipotermia intraoperató-ria durante a cirurgia laparoscópica
foram analisados pela análise de correlação. |
Hipotermia intraoperató-ria foi observada em 29 pacientes (52,7%) no
grupo controle e 3 (5,5%) no grupo de intervenção. |
O aqueci-mento cutâneo com um sistema de aqueci-mento subcorporal é
um método viável e efetivo de evitar a hipotermia intraoperató-ria
durante a cirurgia gastrointes-tinal láparos-cópica. |
Discussão dos resultados sobre as evidências científicas
O
preaquecimento é a aplicação de calor ao corpo do paciente antes dele entrar
no recinto operatório e constitui a melhor defesa contra o desenvolvimento de
hipotermia perioperatória. A utilização do preaquecimento aumenta o teor de
calor dentro do compartimento periférico e diminui a redistribuição do calor
do centro para a periferia. Os benefícios podem ser sentidos desde 30 minutos
ou mais de preaquecimento proporcionando a manutenção da normotermia por até
três horas. Sem o preaquecimento, a temperatura interna do paciente dentro da
sala de operação diminui rapidamente após a indução da anestesia, a
despeito do aquecimento ativo. Uma vez que a fase de redistribuição comece a
aumentar e manter a temperatura interna se torna difícil devido ao tempo
exigido para reaquecer o paciente. Este fato é significativo para procedimentos
cirúrgicos de curta duração. O preaquecimento também representa um método
de aquecer os pacientes que podem ser difíceis de aquecer dentro da sala de
operações. Por exemplo, durante cirurgias grandes, de cavidade aberta, ou em
procedimentos durante os quais há a exposição de grande área corporal.
3
Verificou-se
a necessidade de pesquisar sobre o desenvolvimento de protocolos baseados em
evidência para hipotermia induzida.8
Entre
as complicações mais comuns encontradas devido à hipotermia, foram citados
tremores (convulsões), pneumonia, sangramento, hipoglicemia, sepse, edema
pulmonar e translocação bacteriana.3
Tradicionalmente,
blanquetas de algodão têm sido utilizadas para proporcionar conforto térmico
e evitar a hipotermia dentro do ambiente perioperatório, mas isto tem provado
ser inefetivo e ineficiente. O calor contido nas blanquetas se dissipa dentro de
dez minutos, o que resulta na necessidade de constante substituição e
preaquecimento inefetivo do paciente. Um método mais eficiente e efetivo é
usar o aquecimento por ar forçado.3
Resposta baseada em evidência científica
As
intervenções de enfermagem mais eficazes para manter a normotermia de
pacientes durante a fase de terapia intensiva são preaquecimento, manutenção
da normotermia e monitoração continuada e nova intervenção, se necessária,
no período de acompanhamento.
Conclusão
A
pesquisa realizada na literatura atual concernente ao tema demonstrou que, dado
a gravidade das consequências da não manutenção da normotermia dos
pacientes, principalmente na fase de terapia intensiva, deveria ser dada maior
atenção ao assunto, que se refletiria em uma quantidade maior de trabalho
publicados, principalmente no Brasil, onde os problemas que os profissionais de
enfermagem já são tantos, tais como falta de locais adequados, de material,
equipamentos, medicamentos e de pessoal, não se pode adicionar ainda a falta de
conhecimento por ausência de estudos sobre os temas mais relevantes.
No
entanto, o material coletado mostrou ser consistente e servir como uma base sólida
para que se pudesse aperfeiçoar os conhecimentos adquiridos durante o curso e o
estágio, sobre a temperatura do paciente e a importância de que ela seja
mantida em todas as fases de sua internação, com maior peso obviamente nas
fases mais críticas.
É
de conhecimento geral entre os(as) enfermeiros(as) a necessidade de que sejam
utilizados métodos extras de aquecimento corporal associados, para manter a
normotermia dos pacientes, durante a fase de terapia intensiva.
Importante
ressaltar a iniciativa própria do pessoal de enfermagem que, em tempos de
crise, tem usado sua imaginação para criar novos artifícios para manter a
normotermia dos pacientes, surgindo então o aquecimento subcorporal e o
aquecimento pré-operatório, como novas estratégias para atingir o objetivo
desejado, ou seja, manter a normotermia dos pacientes.
Outros
estudos devem ser incentivados, como forma de divulgar o conhecimento,
transmitindo as experiências dos enfermeiros a outros profissionais que se
defrontam com os mesmos problemas em seu dia-a-dia de trabalho, com as soluções
encontradas para resolver as situações difíceis com que se defrontam.
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