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REVIEW ARTICLES

 

Exposure to noise in intensive care: systematic literature review for a clinical protocol

 

Exposição à ruídos em terapia intensiva: revisão sistematizada da literatura para um protocolo clínico

 

Roza Beatriz Menditi Almeida Sá1, Isabel Cristina Fonseca da Cruz1

1Universidade Federal Fluminense

 


ABSTRACT
The aim of this study was to investigate the scientific research that analyze the exposure to noise in intensive care: systematic review of the literature for a clinical protocol. It is a bibliographical research, a systematic review of the literature, where 25 were selected database items Lilacs, SciELO and PubMed from 2010 to 2015. Being 18 articles in Portuguese, Spanish 5 and 2 in English. After refinement of scientific papers found, was selected 20 articles, inclusion criteria they should be in full, in Portuguese, Spanish and English. These were selected through content analysis through systematic reading and synthesis. It was found that there are several environmental factors affecting patients in Intesiva Care Unit. They all interact with each other and can have significant effects on the health, well-being and the evolution of critically ill patients, but the issue of noise deserves special attention because it directly influences the quality of life and patient safety . It was concluded that much of the noise generated in the ICU seems to stem directly from the behavior, for example, speak. Loud voices are generally higher than the phone or alarms. To minimize disruption of the noise, it seems logical the need to implement a clinical protocol to raise awareness of the problem followed by measures to limit noise and control the speech, for example. In patients who are weak and in critical condition noise reduction can help to reassure them giving comfort. Improve ICU environment, it is important and involves a dedication and attention of the multidisciplinary team, and requires specific measures to reduce noise as well as the education of critical care personnel.
Keywords: Noise; Noise Exposure; Intensive Care Units.


RESUMO
O objetivo deste estudo foi investigar as pesquisas científicas que analisam a exposição à ruídos em terapia intensiva: revisão sistematizada da literatura para um protocolo clínico. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de revisão sistematizada da literatura, onde foram selecionados 25 artigos da base de dados Lilacs, Scielo e PubMed entre 2010 a 2015. Sendo 18 artigos em português, 5 em espanhol e 2 em inglês. Após refinamento dos trabalhos científicos encontrados, selecionou-se 20 artigos, como critérios de inclusão os mesmos deveriam estar na íntegra, em português, espanhol e inglês. Estes foram selecionados por meio de análise de conteúdo através de leitura sistemática e síntese. Verificou-se que existem vários fatores ambientais que afetam os pacientes nas Unidade de Terapia Intesiva. Todos eles interagem uns com os outros e podem ter efeitos significativos sobre a saúde, o bem-estar e a evolução dos pacientes criticamente enfermos, mas a questão dos ruídos merece especial atenção, pois ela influencia diretamente a qualidade de vida e a segurança dos pacientes. Concluiu-se que uma grande parte do ruído gerado na UTI parece resultar diretamente do comportamento, por exemplo,  falar. Vozes altas são geralmente mais altas do que o telefone ou alarmes. Para minimizar a interrupção do ruído, parece lógico a necessidade de implementar um protocolo clínico para aumentar a conscientização do problema seguido de medidas destinadas a limitar o ruído, e controlar a fala, por exemplo. Em doentes que estão fracos e em estado crítico a redução de ruídos pode ajudar a tranquilizá-los dando conforto. Melhorar o ambiente da UTI, é importante e envolve uma dedicação e atenção da equipe multidisciplinar, e exige medidas pontuais para redução dos ruídos, bem como a educação do pessoal de cuidados intensivos.
Palavras-chaves: Ruídos; Exposição a Ruídos; Unidades de Terapia Intensiva.


 

INTRODUÇÃO

Com o avanço tecnológico, as Unidades de Tratamento Intensivo, vem evoluindo e com ela o uso de equipamentos modernos e uma melhor monitorização e avaliação do paciente crítico é evidente. No entanto, os transtornos provocados pelos ruídos desses equipamentos vêm causando discussões pertinentes, isso porque comparado aos efeitos sobre a saúde dos pacientes, gera motivo de análise.

O controle da exposição ao ruído ambiente no hospital está se tornando um problema sério, particularmente em áreas onde é necessário tranquilidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os níveis de ruído no ambiente hospitalar não ultrapasse 35 decibéis (dB) durante a noite e 40 (dB) durante o dia (19,20,21,22,23,24,25). No entanto, a Conferência Americana da Indústria Governamental Higienista (ACGIH) estipulam que níveis de ruído no local de trabalho não deve ultrapassar 85 dB23,24.Parte-se do pressuposto que as  Unidades de Tratamento Intensivo parece ser a área central dentro do hospital quando os estudos sobre o nível de ruído são realizadas. Equipe de enfermagem na UTI tendem a atribuir os níveis de ruído a instrumentação mecânica; tais como, ventiladores, seringas e monitores cardíacos. No entanto, o nível de ruído médio (52 dB) também pode ser o resultado de conversação entre funcionários (22,23,24). Do mesmo modo, um outro estudo revelou que o nível médio de ruído de 50 dB, foi o resultado da conversa do paciente com os profissionais de saúde(23,24).

Esses ruídos possuem influência na saúde do paciente. Sendo assim, este estudo vai abordar qual a melhor evidência científica concernente aos danos fisiopatológicos ao paciente crítico decorrente da constante exposição a ruídos. Ao analisar artigos entre os períodos de 2010 a 2015, observou-se a importância de realizar estudos científicos referentes à temática em Unidade de Terapia Intensiva, devido a grande relevância para a segurança do paciente em questão e o papel desempenhado pela enfermagem humanizada.  A partir da melhor evidência científica, identificar as fontes causadoras de ruídos excessivos e elaborar um plano de cuidados de enfermagem que visam reduzir os agravos à saúde e o tempo de recuperação desses pacientes, além de contribuir para melhoria das práticas da enfermagem assistencialista.

 

OBJETIVO

O objetivo deste estudo foi investigar as pesquisas científicas que analisam a exposição à ruídos em terapia intensiva com a realização de uma revisão sistematizada da literatura para a proposição de um protocolo clínico.

 

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de revisão sistematizada da literatura, onde foram selecionados 25 artigos da base de dados Lilacs, Scielo e PubMed entre 2010 a 2015. Sendo 18 artigos em português, 5 em espanhol e 2 em inglês. Após refinamento dos trabalhos científicos encontrados, selecionou-se 20 artigos, como critérios de inclusão os mesmos deveriam estar na íntegra, em português, espanhol e inglês. Estes foram selecionados por meio de análise de conteúdo através de leitura sistemática e síntese.

 

SÍNTESE DAS EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
A exposição ao ruído pode ser irritante, ocupa um lugar destacado entre as causas de estressores em UTI. A falta de controle sobre o ruído pode contribuir para o estresse induzido por ruído (1,2,3,4,5).  A exposição ao ruído pode provocar uma resposta do sistema nervoso simpático, aumentando, assim, o trabalho cardíaco e também pode ter efeitos adversos sobre a função dos músculos respiratórios (8,11,12). O ruído excessivo pode aumentar as necessidades de sedação em pacientes criticamente doentes, pode prejudicar a comunicação, e pode contribuir para a perda de audição. A perda auditiva é um fator de risco adicional para o desenvolvimento do delirium(4,13,18,20).

As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) têm equipamentos biomédicos complexos para o monitoramento contínuo dos pacientes que têm condições físicas graves, para apoiar as suas funções vitais. Este equipamento é usado por profissionais de saúde para dar tratamento especializado (3,5,6,7,8,9,11,12) Em alguns estudos anteriores, os pesquisadores mostraram que os níveis de ruído em UTI variou de 59-83 dB que ultrapassou o nível recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que pode estimular os sistemas cardiovasculares e endócrino e perturbar o sono como resultado do estresse induzida por ruído (10,13,14,15,18).  É importante notar que a exposição a níveis de ruído excessivos na UTI é um fator que contribui para o desenvolvimento da doença conhecida como "delírio nas UTIs" caracterizada por delírios, alucinações, desorientação, privação do sono e paranoia (5,6,17,19,20).

Quanto aos efeitos sobre a equipe de cuidados intensivos, estudos têm mostrado que a exposição prolongada a níveis de ruído excessivos tem um efeito deletério sobre o desempenho de tarefas cognitivas e comportamentais (7,21,22,24). No entanto, a fonte de poluição sonora nas UTIs é uma causa multifatorial por causa do cuidado e proximidade e do conjunto de instrumentação médico anexado aos pacientes para monitorar seu progresso durante a sua permanência em UTI. Estudos sugerem que a maioria dos ruído em suas UTIs foi são oriundos de alarmes (23,24,25).

RESULTADOS

 

Os resultados nos achados da literatura se encontram na tabela 1:

Tabela 1: Resultados

Autor(es), Data e País

Objetivo da Pesquisa

Força da evidência

Tipo de Estudo e Instrumentos

Principais Achados

Conclusões do Autor

  1.  1-Barbosa Taís Pagliuco, Oliveira Graziella Artuzi Arantes de, Lopes Mariana Neves de Araujo, Poletti Nádia Antonia Aparecida, Beccaria Lúcia Marinilza. Práticas assistenciais para segurança do paciente em unidade de terapia intensiva. Acta paul. enferm.  [Internet]. 2014  June [cited  2015  Sep  06] ;  27( 3 ): 243-248. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002014000300243&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201400041.

 

 Verificar as boas práticas assistenciais de enfermagem para segurança do paciente em unidade de terapia intensiva.

3B

Descritivo e qualitativo

Em conjunto, as boas práticas estão sendo realizadas com índice acima de 90%, com exceção da mudança de decúbito, restrições de membros limpas e circuito do ventilador.

 As boas práticas assistenciais de enfermagem para a segurança do paciente foram realizadas, com diversidade conforme o turno de trabalho.

  1.   2- Bridi Adriana Carla, Silva Roberto Carlos Lyra da, Farias Carolina Correa Pinto de, Franco Andrezza Serpa, Santos Viviane de Lima Quintas dos. Tempo estímulo-resposta da equipe de saúde aos alarmes de monitorização na terapia intensiva: implicações para a segurança do paciente grave. Rev. bras. ter. intensiva  [Internet]. 2014  Mar [cited  2015  Sep  06] ;  26( 1 ): 28-35. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2014000100028&lng=en.  http://dx.doi.org/10.5935/0103-507X.20140005.

 

Definir as características e mensurar o tempo estímulo-resposta da equipe de saúde aos alarmes de monitorização na terapia intensiva.

1B

Observacional, descritiva

Em relação à habilitação dos alarmes dessas variáveis, o alarme de arritmia estava habilitado em somente 10 (20,40%) dos pacientes no serviço diurno e o alarme da respiração em 4 pacientes (44,44%) no serviço noturno.

A programação e configuração de variáveis fisiológicas monitorizadas e parâmetros de alarmes na unidade foram inadequadas, houve retardo no tempo resposta e falta de resposta aos alarmes, sugerindo que alarmes relevantes podem ter sido ignorados pela equipe, comprometendo assim a segurança dos pacientes.

  1.   3- Oliveira Roberta Meneses, Leitão Ilse Maria Tigre de Arruda, Silva Lucilane Maria Sales da, Figueiredo Sarah Vieira, Sampaio Renata Lopes, Gondim Marcela Monteiro. Estratégias para promover segurança do paciente: da identificação dos riscos às práticas baseadas em evidências. Esc. Anna Nery  [Internet]. 2014  Mar [cited  2015  Sep  06] ;  18( 1 ): 122-129. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452014000100122&lng=en.  http://dx.doi.org/10.5935/1414-8145.20140018.

 

 O objetivo deste estudo foi identificar e analisar estratégias para promover a segurança do paciente na perspectiva de enfermeiros assistenciais

3B

Descritivo, qualitativo

Os participantes identificaram riscos físicos/químicos, clínicos, assistenciais e institucionais, além de barreiras e oportunidades que implicam na (in) segurança do paciente. Por outro lado, referiram práticas embasadas em metas internacionais divulgadas pela Organização Mundial de Saúde.

 

 Sugere-se a inclusão e a participação ativa destes profissionais em uma gestão compartilhada para a implantação da cultura de segurança.

  1.  4-  Capucho Helaine Carneiro, Cassiani Silvia Helena De Bortoli. Necessidade de implantar programa nacional de seguranca do paciente no Brasil. Rev. Saúde Pública  [Internet]. 2013  Aug [cited  2015  Sep  06] ;  47( 4 ): 791-798. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102013000400791&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/S0034-8910.2013047004402
  2.  
  3. .

 

O  objetivo do estudo foi suscitar reflexão acerca da necessidade de se criar um sistema nacional de notificações sobre incidentes como base para um programa de segurança do paciente. Incidentes em saúde acarretam danos aos pacientes e oneram o sistema de saúde

2A

Revisão de literatura

Embora tenha lançado recentemente um programa de avaliação da qualidade nas instituições de saúde, o Ministério da Saúde, Brasil, ainda não possui um programa que avalie sistematicamente os resultados negativos da assistência.

Discute-se a necessidade de se implementar programa brasileiro de segurança do paciente, a fim de promover a cultura pela segurança do paciente e da qualidade em saúde no Sistema Único de Saúde.

  1. 5- Peixoto Priscila Vendramini, Araújo Marco Antônio Nabuco de, Kakehashi Tereza Yoshiko, Pinheiro Eliana Moreira. Nível de pressão sonora em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Rev. esc. enferm. USP  [Internet]. 2011  Dec [cited  2015  Nov  08] ;  45( 6 ): 1309-1314. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342011000600005&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342011000600005.

 

Os objetivos deste estudo foram verificar o nível de pressão sonora (NPS) de duas salas de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e identificar as suas fontes. É uma pesquisa quantitativa, descritiva, conduzida em duas salas de UTIN de hospital universitário de São Paulo - SP, Brasil. Registros de NPS foram realizados por três dosímetros, totalizando 261 horas de mensuração. 

3B

Quantitativo, transversal

Os resultados revelam que os NPS das salas da UTIN estão distantes dos recomendados pelos órgãos regulamentadores

Foi desenvolvido um protocolo e implementado um programa educativo, visando à redução dos níveis de pressão sonora.

  1.   Barra Daniela Couto Carvalho, Dal Sasso Grace Teresinha Marcon, Baccin Camila Rosália Antunes. Sistemas de alerta em um processo de enfermagem informatizado para Unidades de Terapia Intensiva. Rev. esc. enferm. USP  [Internet]. 2014  Feb [cited  2015  Nov  08] ;  48( 1 ): 125-132. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342014000100125&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420140000100016.

 

Analisar os sistemas de alerta

2A

Revisão de literatura

Os sistema de alerta são um recurso informatizado contínuo de situações essenciais que promove a segurança do paciente e permite construir um modo de estimular o raciocínio clínico e apoiar a tomada de decisão clínica do enfermeiro em Terapia Intensiva.

Acredita-se que algumas mudanças técnicas podem melhorar a segurança para do paciente, entre elas a implementação de sistemas de prontuários eletrônicos estruturados a partir de terminologias e sistemas de classificação mundiais e a sensibilização dos profissionais da saúde para a segurança e a qualidade do cuidado.

7-   Novaretti Marcia Cristina Zago, Santos Edzangela de Vasconcelos, Quitério Ligia Maria, Daud-Gallotti Renata Mahfuz. Sobrecarga de trabalho da Enfermagem e incidentes e eventos adversos em pacientes internados em UTI. Rev. bras. enferm.  [Internet]. 2014  Oct [cited  2015  Nov  08] ;  67( 5 ): 692-699. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672014000500692&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2014670504.

 

Avaliar a Sobrecarga de trabalho da Enfermagem e incidentes e eventos adversos em pacientes internados em UTI

3B

Transversal/quantitativo

É importante evitar a sobrecarga

É fundamental que os gerentes de enfermagem atuem no processo de gestão de pessoas no âmbito hospitalar, evitando a sobrecarga de trabalho e proporcionando, consequentemente, aumento da segurança do paciente.

8-  Fernandes da Cruz Silva Leticia, Machado Regimar Carla, Fernandes da Cruz Silva Vania Maria, Salazar Posso Maria Belén. Estresse do paciente em UTI: visão de pacientes e equipe de enfermagem. Enferm. glob.  [revista en la Internet]. 2013  Oct [citado  2015  Nov  09] ;  12(32): 88-103. Disponible en: http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1695-61412013000400006&lng=es

 Identificar fatores que atuam como estressores em pacientes internados em duas Unidades de Cuidados Intensivos, levantar os mecanismos utilizados pela equipe de enfermagem para amenizar os fatores desencadeantes de estresse ao paciente e comparar as respostas dos pacientes e da equipe de enfermagem segundo as variáveis do grau do estresse. 

2B

Exploratório, qualitativo

Os fatores mais estressantes para os pacientes foram relacionados a ficar olhando para o teto, a não ter privacidade, não saber em qual dia está, e escutar os gemidos de outros pacientes. Os colaboradores de enfermagem relataram realizar importantes ações de humanização no seu trabalho. Quando comparadas as variáveis do estresse do paciente pela visão da equipe de enfermagem, houve diferença significativa nas variáveis qualitativas do estresse. 

A internação em UTI foi considerada como não estressante a pouco estressante para o paciente. O profissional de enfermagem tem a capacidade de projetar-se e sensibilizar-se a ponto de saber quanto determinado fator é estressante para o paciente.Os profissionais estão fazendo seu trabalho de maneira eficiente, cuidadosa e com respeito às normas de humanização, mas este fato nem sempre é eficaz para sanar os problemas levantados de todos os pacientes.

9- Rosa Beatriz Ângelo, Rodrigues Roberta Cunha Matheus, Gallani Maria Cecília Bueno Jayme, Spana Thais Moreira, Pereira Carolina Gonçalves da Silva. Estressores em Unidade de Terapia Intensiva: versão brasileira do The Environmental Stressor Questionnaire. Rev. esc. enferm. USP  [Internet]. 2010  Sep [cited  2015  Nov  08] ;  44( 3 ): 627-635. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342010000300011&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342010000300011.

 

Este estudo teve como objetivo realizar a adaptação cultural do The Environmental Stressor Questionnaire - (ESQ) para a língua portuguesa do Brasil e verificar sua confiabilidade e validade. Foram empregadas as etapas metodológicas recomendadas pela literatura para adaptação cultural.

3B

Quantitativo, descritivo

A  confiabilidade foi avaliada quanto à consistência interna e estabilidade (teste e reteste); a validade convergente foi verificada por meio da correlação entre o ESQ e questão genérica sobre estresse em UTI. A confiabilidade foi satisfatória com Alfa de Crombach=0,94 e Coeficiente de Correlação Intraclasse=0,861 (IC95% 0,723; 0,933). 

Constatou-se correlação entre o escore total do ESQ e a questão genérica sobre estresse (r=0,70), confirmando a validade convergente. A versão brasileira do ESQ mostrou-se uma ferramenta confiável e válida para avaliação de estressores em UTI.

10-  Cardoso Maria Vera Lúcia Moreira Leitão, Chaves Edna Maria Camelo, Bezerra Maria Gorette Andrade. Ruídos e barulhos na unidade neonatal. Rev. bras. enferm.  [Internet]. 2010  Aug [cited  2015  Nov  08] ;  63( 4 ): 561-566. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672010000400010&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672010000400010

Objetivou-se identificar os fatores causadores de ruídos e mensurar os ruídos em decibéis na unidade neonatal. 

3B

Descritivo, qualitativo

Os dados foram coletados mediante observação não participante, tendo registrado a medição dos ruídos em nível de pressão sonora, usando-se um decibelímetro. Os resultados apontaram o turno da manhã com níveis altos de ruídos e barulhos, principalmente, devido a conversas entre pessoas; jato d' água da pia para lavagem das mãos, com valor máximo de 80,4dB

Concluí-se que o valor médio dos decibéis foi superior ao recomendado pela ABNT.

11-   Peixoto Priscila Vendramini, Balbino Flávia Simphronio, Chimirri Veridiana, Pinheiro Eliana Moreira, Kakehashi Tereza Yoshiko. Ruído no interior das incubadoras em unidade de terapia intensiva neonatal. Acta paul. enferm.  [Internet]. 2011  [cited  2015  Sep  12] ;  24( 3 ): 359-364. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002011000300009&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002011000300009

Identificar níveis de pressão sonora (NPS) no interior das incubadoras e as fontes geradoras de ruído nesse microambiente de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um hospital universitário

3B

Quantitativa e descritiva

Constataram-se elevados NPS no interior das incubadoras. Maiores Leq médios foram 79,7 dBA na sala A e 74,3 dBA na B. As principais fontes de ruído foram: barulho da água do ventilador, permanência das portinholas abertas da incubadora, durante os cuidados prestados, alarmes dos equipamentos e conversa entre profissionais próxima à incubadora.

Os resultados evidenciaram que os NPS no interior das incubadoras estão distantes do recomendado pelos órgãos regulamentadores. Com base nesses resultados, foram desenvolvidos um protocolo e programa educativo

12-  Nogueira Maria de Fátima Hasek, Di Piero Karina Chamma, Ramos Eloane Gonçalves, Souza Márcio Nogueira de, Dutra Maria Virgínia P.. Mensuração de ruído sonoro em unidades neonatais e incubadoras com recém-nascidos: revisão sistemática de literatura. Rev. Latino-Am. Enfermagem  [Internet]. 2011  Feb [cited  2015  Sep  12] ;  19( 1 ): 212-221. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692011000100028&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692011000100028.

 

Revisão de literatura sobre
Mensuração de ruído sonoro em unidades neonatais e incubadoras com recém-nascidos

2A

Revisão sistemática

 Os indicadores de qualidade foram 50% melhores para os estudos que mediram somente no ambiente da unidade ao associar as estratégias de mensuração à área física. Os resultados revelaram grande variabilidade metodológica, o que dificulta a comparabilidade e, algumas vezes, representa alta probabilidade de viés.

O rigor necessário para garantir a validade interna e externa foi observado em poucos estudos.

13- Duarte Silvana Triló, Matos Maiara, Tozo Tatiane Cristina, Toso Luis Carlos, Tomiasi Aline Aparecida, Duarte Péricles Almeida Delfino. Praticando o silêncio: intervenção educativa para a redução do ruído em Unidade de Terapia Intensiva. Rev. bras. enferm.  [Internet]. 2012  Abr [citado  2015  Set  12] ;  65( 2 ): 285-290. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672012000200013&lng=pt.  http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672012000200013.

O objetivo deste estudo foi avaliar se os níveis de pressão sonora dentro da UTI são diminuídos após intervenção educativa com a equipe multiprofissional

1B

Observacional, descritivo.

 As principais fontes de ruídos dentro da UTI foram da própria equipe. Os níveis de ruído encontrados estiveram acima do recomendado.

O estudo mostrou que, com uma intervenção educacional junto à equipe da UTI e sua conscientização sobre os mecanismos e efeitos, é possível haver redução dos níveis de ruído e consequente eestressee do ambienteO estudo mostrou que, com uma intervenção educacional junto à equipe da UTI e sua conscientização sobre os mecanismos e efeitos, é possível haver redução dos níveis de ruído e consequente eestressee do ambiente

14-  Gonçalves Leilane Andrade, Andolhe Rafaela, Oliveira Elaine Machado de, Barbosa Ricardo Luís, Faro Ana Cristina Mancussi e, Gallotti Renata Mahfuz Daud et al . Alocação da equipe de enfermagem e ocorrência de eventos adversos/incidentes em unidade de terapia intensiva. Rev. esc. enferm. USP  [Internet]. 2012  Out [citado  2015  Set  12] ;  46( spe ): 71-77. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342012000700011&lng=pt.  http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342012000700011

Verificar a adequação entre a alocação da equipe de enfermagem e as horas de cuidado requeridas pelos pacientes, bem como identificar a relação entre essa alocação com eventos adversos/incidentes (EA/I). 

1B

Observacional e descritiva

Houve diferença na frequência de EA/I nas alocações adequadas e inadequadas da equipe de enfermagem da UTI 4º andar e UTI 6º andar, p = 0,0004 e p = 0,000, respectivamente

 

 Concluiu-se que, quanto maior a diferença entre as horas disponíveis e requeridas de cuidado nas alocações de enfermagem, menor a frequência de EA/I.

15-   Bridi Adriana Carla, Silva Roberto Carlos Lyra da, Farias Carolina Correa Pinto de, Franco Andrezza Serpa, Santos Viviane de Lima Quintas dos. Tempo estímulo-resposta da equipe de saúde aos alarmes de monitorização na terapia intensiva: implicações para a segurança do paciente grave. Rev. bras. ter. intensiva  [Internet]. 2014  Mar [cited  2015  Nov  08] ;  26( 1 ): 28-35. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2014000100028&lng=en.  http://dx.doi.org/10.5935/0103-507X.20140005.

 

Definir as características e mensurar o tempo estímulo-resposta da equipe de saúde aos alarmes de monitorização na terapia intensiva.

1B

Qualitativa, observacional.

Em relação à habilitação dos alarmes dessas variáveis, o alarme de arritmia estava habilitado em somente 10 (20,40%) dos pacientes no serviço diurno e o alarme da respiração em 4 pacientes (44,44%) no serviço noturno.

A programação e configuração de variáveis fisiológicas monitorizadas e parâmetros de alarmes na unidade foram inadequadas, houve retardo no tempo resposta e falta de resposta aos alarmes, sugerindo que alarmes relevantes podem ter sido ignorados pela equipe, comprometendo assim a segurança dos pacientes.

16- Costa Gisele de Lacerda, Lacerda Adriana Bender Moreira de, Marques Jair. Ruído no contexto hospitalar: impacto na saúde dos profissionais de enfermagem. Rev. CEFAC  [Internet]. 2013  June [cited  2015  Nov  06] ;  15( 3 ): 642-652. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462013000300017&lng=en.  Epub Mar 26, 2013.  http://dx.doi.org/10.1590/S1516-18462013005000012  

Analisar os níveis de ruído no ambiente hospitalar e o seu impacto na saúde dos profissionais de enfermagem. 

3B

Transversal/ quantitativo

A queixa auditiva mais citada foi o zumbido (14,49%), e a extra-auditiva foi a irritação (45,63%), seguida de alteração do sono e dor de cabeça (44,20%) e baixa concentração (34,78%).

 

 Conclui-se que os níveis de pressão sonora mensurados foram acima do recomendado e decorrem de fontes diversa

17-  Bridi Adriana Carla, Louro Thiago Quinellato, Silva Roberto Carlos Lyra da. Alarmes clínicos em terapia intensiva: implicações da fadiga de alarmes para a segurança do paciente. Rev. Latino-Am. Enfermagem  [Internet]. 2014  Dec [cited  2015  Nov  06] ;  22( 6 ): 1034-1040. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692014000601034&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/0104-1169.3488.2513.

 

Identificar o número de alarmes dos equipamentos eletromédicos numa unidade coronariana, caracterizar o tipo e analisar as implicações para a segurança do paciente na perspectiva da fadiga de alarmes.

1B

Obsrevacional, descritivo

Registrou-se o total de 426 sinais de alarmes, sendo 227 disparados por monitores multiparamétricos e 199 alarmes disparados por outros equipamentos (bombas infusoras, hemodiálise, ventiladores mecânicos e balão intra-aórtico), nas 40h, numa média total de 10,6 alarmes/hora.

 

 Os resultados encontrados reforçam a importância da configuração de variáveis fisiológicas, do volume e dos parâmetros de alarmes dos monitores multiparamétricos à rotina das unidades de terapia intensiva. Os alarmes dos equipamentos destinados a proteger os pacientes têm conduzido ao aumento do ruído na unidade, à fadiga de alarmes, a distrações e interrupções no fluxo de trabalho e à falsa sensação de segurança.

18-  Lobão William Mendes, Menezes Igor Gomes. Construção e validação de conteúdo da escala de predisposição à ocorrência de eventos adversos. Rev. Latino-Am. Enfermagem  [Internet]. 2012  Aug [cited  2015  Nov  08] ;  20( 4 ): 796-803. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692012000400021&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692012000400021

Apresentar os resultados da construção e validação de conteúdo da Escala de Predisposição à Ocorrência de Eventos Adversos (EPEA)

3B

Descritiva, qualitativa

A partir dos resultados dessas análises, a EPEA ficou finalmente composta por 64 itens, agrupados em duas dimensões: estrutura (18 itens) e processo (46 itens). 

 

 A EPEA é a primeira medida nacional construída para avaliar as atitudes dos enfermeiros frente aos fatores que podem predispor à ocorrência dos eventos adversos em UTI.

19-  Stafford, A; Haverland, A, Bridges, E. Noise in the ICU.
AJN.  May 2014. Vol. 114, No. 5

 

Verify the noise in ICU.

2A

Revisão de literatura

Is necessary trainning to reduce the noise in ICU.

To create a therapeutic environment, continued ef­forts are needed to decrease background noise and to modify behavior and factors that cause peak noise events.

20-  Saldaña, Diana Marcela Achury, Reyes, Alejandro Delgado y Berrio, Marisol Ruiz. El ruido y las actividades de enfermería: factores perturbadores del sueño. Investig. Enferm. Imagen Desarr. ISSN 0124-2059 15 (1) : 51-63, enero-junio de 2013

Avaliar los factores
perturbadores del sueño1

2A

Revisão de literatura

En las unidades de cuidado intensivo ningún profesional puede desconocer el medio
agresivo a que se expone el paciente crítico y las necesidades insatisfechas, como el
sueño; por tal motivo, el profesional de enfermería debe reconocer el sueño como una
necesidad prioritaria en el cuidado del paciente crítico que debe ser satisfecha

Es
fundamental que en la práctica diaria se incorpore la valoración integral del patrón
del sueño y la identificación de los factores ambientales más frecuentes como el ruido
y las actividades de enfermería, de manera que puedan minimizarse por medio de
intervenciones dirigidas a proporcionar un cuidado integral que permita promover el
sueño en el paciente crítico como un componente necesario en la recuperación física
y emocional.

21-  Pinheiro EM, Guinsburg R, Nabuco MAA, Kakehashi TY.
Ruido en la Unidad de Terapia Intensiva Neonatal y en el interior de la incubadora. Rev. Latino-Am. Enfermagem sep.-oct. 2011;19(5):⎔ pantallas

Se tuvo por objetivo identificar el nivel de presión sonora (NPS) de la Unidad de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) y del interior de la incubadora de un hospital escuela de una universidad pública

3B

Quanttitativo e transversal

A
pesar de que existen algunos factores específicos relacionados al NPS en el interior de la incubadora, los perfiles acústicos de la UTIN y de la incubadora son como un sistema, es decir: la elevación/reducción del NPS de la UTIN generalmente tiende a elevar/reducir el NPS en el interior de la incubadora

 

 Se concluye que muy importante la monitorización simultánea del NPS de la UTIN y del interior de la incubadora.

22-  Oliveira FMCSN, Paiva MB, Nascimento MAL, Rezende VM, Silva AS, Silva CRL. Noise levels in a pediatric intensive care unit: an
observational and correlational study. Online braz j nurs [Internet]. 2013 Sept [cited year mouth day] 12 (2): 431-41. Available
from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/4043

Medir el nivel de ruido en la unidad del cliente en terapia intensiva pediatrica y discutir sus
consecuencias sobre las acciones profesionales.

1B

Observacional e descritivo

Se identifico una media de 62,64dBA, con desvio patron de 6.893dBA y pico de 82,5dBA, en el
periodo diurno. La regresion linear identifico que 44% de la variabilidad del ruido se explica por las co-variables

Existe la necesidad imperiosa de repensar este ambiente y de establecer estrategias
educacionales para reducir los ruidos, volviendo este mas seguro y saludable

23-  Teixeira, Alessandra, Fialho, Flávia Andrade, Vargas, Iêda Maria Ávila, Martins, Kátia Cristina de Souza, Machado, Roberto Vale Machado6, Maria Efigênia Correia.
Evaluación del ruido en la unidad de cuidados intensivos neonatal. Rev Cuid 2011; 2(2): 114-18

En este contexto, el
ruido ambiental emerge como un objeto de estudio de
esta investigación tiene como objetivo identificar los
niveles de ruido a que están expuestos los recién nacidos
ingresados en una unidad específica de cuidados intensivos
neonatales y discutirlos a la luz de las normas vigentes

2A

Revisão de literatura

Comenzamos
la presentación de los resultados que describen el campo
de estudio, los resultados de la investigación discutidos
a la luz de las normas vigentes en el país

 

 La institución por área de estudio es un
centro de referencia para cuidados intensivos neonatales
de la micro-región de Barbacena recibe pacientes de varios
lugares. De acuerdo con la Resolución del Directorio N º 7
(RDC 07) se clasifica como un nivel de unidad de cuidados
intensivos II(10).

24-  Perez, Francisca Guillén, Barquero, Marta Bernal, Díaz, Silvia García Díaz, María Josefa García, Nogueira , Carmen Rosario Illán, Martínez,  María del Camino Álvarez, RabadanManuel Martínez, Díaz, Luisa María Pina. Calidad del sueño de los pacientes
ingresados en UCI: relación con
estresores ambientalesEnfermería Docente 2013; 100: 34-39

Avaliar la Calidad del sueño de los pacientes ingresados en UCI

 

2A

Revisão de literatura

La calid del sueño tiene relación con el ruídos

Es necesario guías de actuación para diminuir los ruídos.

25- Fortes-Garrido et al. The characterization of noise levels in a neonatal
intensive care unit and the implications for noise
managementJournal of Environmental Health Science & Engineering 2014, 12:104
http://www.ijehse.com/content/12/1/104

The effects of noise are particularly harmful for the newborns, and therefore this study assesses and
characterizes noise levels in a neonatal intensive care unit (NICU) in a medium-size hospital in the city of Huelva
with the aim of optimizing the management and quality of care for newborns.

2A

Revisão de literatura

The maximum noise levels measured for critical (C-in), C(out) and intermediate (I) were: 88.8 dBA, 97.2 dBA
and 92.4 dBA, respectively, while for the equivalent noise levels for the total measuring period (15 d) were 57.0 dBA,
63.7 dBA, and 59.7 dBA, respectively. The Fourier frequency analysis has demonstrated several typical periods
related to both work activities and family visit, which were: 7 days, 24 h, 12 h, and 3 h.

The statistical analysis revealed a clear correlation between the noise level, the kind of care room, and
the time of the day. The results show that the values recommended by international bodies and agencies (AAP,
WHO) are surpassed by a large margin, thus making it crucial that certain norms are followed in order to reduce
the noise level in the NICU, by means of physical alterations to the layout, and raising awareness of health care
personnel and visitors in order to encourage noise prevention in the daily care work and conversation. And finally, has
been demonstrated that by applying the t-Student test the mean noise values in both wards are significantly different,
which leads us to state that the noise level for the critical wards are higher than in the intermediate care ward

Fonte: Autora (2015)

 

DISCUSSÃO

Há uma grande variedade de fatores ambientais que afetam os pacientes nas Unidade de Terapia Intesiva. Todos eles interagem uns com os outros e podem ter efeitos significativos sobre a saúde, o bem-estar e a evolução dos pacientes criticamente enfermos (1,5,6,7,11,12,15,25). Um monte de tempo, esforço e dinheiro é investido nos avanços tecnológicos e farmacológicos da medicina intensiva, mas ressalta-se aqui que a questão dos ruídos merece especial atenção, pois ela influencia diretamente a qualidade de vida e a segurança dos pacientes (1,2,5,8,11,12,13,18). Entre os fatores que causam ruídos nas Unidades de Terapia Intensiva são:

CATEGORIA 1 Acionamento de luzes: Reconhece-se que o ciclo vigília-sono humano está intimamente ligada ao meio ambiente e, juntamente com sugestões e sons sociais, o ciclo claro-escuro é provavelmente o mais poderoso fator de vinculação. Ciclos de sono-vigília podem ser prolongados se esses fatores são alterados e, em algumas UTIs, os pacientes não são expostos a qualquer luz natural. Os pacientes podem então tornar-se incapazes de distinguir a noite do dia e isso pode contribuir para a desorientação. A  intensidade da luz em UTI geralmente reflete um ritmo circadiano, porém o acionar das luzes que são ativadas durante a noite pode gerar ruídos e ser muito perturbadores para o sono dos pacientes (23).

CATEGORIA  2 Sons e alarmes: Vozes altas são geralmente mais alto do que o telefone ou alarmes. Para minimizar a interrupção de ruído, parece lógico para implementar um programa de modificação de comportamento para aumentar a conscientização do problema seguido de medidas destinadas a limitar o ruído, por exemplo, de falar (2,11, 15,17).

CATEGORIA 3 Equipamento: O ruído de alarmes e equipamentos está sempre presente na UTI. Reduzir o volume de alarmes, telefones e interfones deverá contribuir para diminuir a poluição sonora (11,17). Talvez alguns dos equipamentos poderiam ter um sistema de luz intermitente ou vibrar em vez de tocar. Volumes de alarme podem ser reduzidos, especialmente à noite. Pode até ser possível fornecer pessoal com dispositivos vibratórios individuais que poderiam substituir alguns dos alarmes e pode até substituir o sistema de chamada de enfermeira. Portas rangentes e carrinhos podem ser lubrificados isso poderia ajudar a reduzir os níveis de pressão sonora, como poderia ser adotado o uso de lixeiras com almofadadas, tampas de fechamento automáticos lentos (2,11,15,17).


CONCLUSÃO

Uma grande parte do ruído gerado na UTI parece resultar diretamente do comportamento, por exemplo,  falar. Vozes altas são geralmente mais altas do que o telefone ou alarmes. Para minimizar a interrupção do ruído, parece lógico a necessidade de implementar um protocolo clínico para aumentar a conscientização do problema seguido de medidas destinadas a limitar o ruído, e controlar a fala, por exemplo.

Quando os pacientes estão sedados e ventilados, ou parecem estar dormindo, é muito fácil esquecer que eles ainda podem ser capazes de ouvir o que está acontecendo ao seu redor. Além do controle da fala algumas estratégias podem ser adotadas para controlar o ruído como a adoção de janelas com vidros duplos, pisos, paredes e tetos construídos de materiais com recursos de som de alta absorção, portas para reduzir a transmissão de som, tetos defletores para ajudar a reduzir o eco.

Quartos individuais ajudam a diminuir os níveis de ruído na maioria dos casos, embora eles também podem inibir a dispersão do som, e pode ajudar no controle de infecção. Há preocupações de alguns clínicos a respeito de um tal desenvolvimento por causa de questões relativas a segurança dos doentes e a prestação de uma visão geral de todos os pacientes da estação / área de comunicação das enfermeiras.

Sensibilidade ao barulho é muito subjetivo. Alguns pacientes podem encontrar o ruído de fundo como reconfortante, outros não. Tem sido sugerido que os quartos individuais podem ser úteis em doentes que já tenham um quadro clínico estabilizado a partir de sua doença grave e que está em processo de restabelecimento do ritmo circadiano normal. Parece haver pouca dúvida de que os níveis de luz que refletem um ritmo circadiano são benéficas e que a redução da intensidade de luz durante a noite irá ajudar a promover o sono. No entanto, a iluminação fluorescente montada no teto diretamente sobre o espaço de cama é considerada inaceitável, pois os pacientes não podem evitar o brilho.

Em doentes que estão fracos e em estado crítico a redução de ruídos pode ajudar a tranquilizá-los dando conforto. Melhorar o ambiente da UTI, é importante e envolve uma dedicação e atenção da equipe multidisciplinar, e exige medidas pontuais para redução dos ruídos, bem como a educação do pessoal de cuidados intensivos.

 

REFERÊNCIAS

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3. Oliveira Roberta Meneses, Leitão Ilse Maria Tigre de Arruda, Silva Lucilane Maria Sales da, Figueiredo Sarah Vieira, Sampaio Renata Lopes, Gondim Marcela Monteiro. Estratégias para promover segurança do paciente: da identificação dos riscos às práticas baseadas em evidências. Esc. Anna Nery  [ Internet ]. 2014  Mar [ cited  2015  Sep  06 ] ;  18( 1 ): 122-129. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452014000100122&lng=en.  http://dx.doi.org/10.5935/1414-8145.20140018.

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13. Duarte Silvana Triló, Matos Maiara, Tozo Tatiane Cristina, Toso Luis Carlos, Tomiasi Aline Aparecida, Duarte Péricles Almeida Delfino. Praticando o silêncio: intervenção educativa para a redução do ruído em Unidade de Terapia Intensiva. Rev. bras. enferm.  [ Internet ]. 2012  Abr [ citado  2015  Set  12 ] ;  65( 2 ): 285-290. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672012000200013&lng=pt.  http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672012000200013.

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15. Bridi Adriana Carla, Silva Roberto Carlos Lyra da, Farias Carolina Correa Pinto de, Franco Andrezza Serpa, Santos Viviane de Lima Quintas dos. Tempo estímulo-resposta da equipe de saúde aos alarmes de monitorização na terapia intensiva: implicações para a segurança do paciente grave. Rev. bras. ter. intensiva  [ Internet ]. 2014  Mar [ cited  2015  Nov  08 ] ;  26( 1 ): 28-35. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2014000100028&lng=en.  http://dx.doi.org/10.5935/0103-507X.20140005.

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17. Bridi Adriana Carla, Louro Thiago Quinellato, Silva Roberto Carlos Lyra da. Alarmes clínicos em terapia intensiva: implicações da fadiga de alarmes para a segurança do paciente. Rev. Latino-Am. Enfermagem  [ Internet ]. 2014  Dec [ cited  2015  Nov  06 ] ;  22( 6 ): 1034-1040. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692014000601034&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/0104-1169.3488.2513.

18. Lobão William Mendes, Menezes Igor Gomes. Construção e validação de conteúdo da escala de predisposição à ocorrência de eventos adversos. Rev. Latino-Am. Enfermagem  [ Internet ]. 2012  Aug [ cited  2015  Nov  08 ] ;  20( 4 ): 796-803. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692012000400021&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692012000400021

19. Stafford, A; Haverland, A, Bridges, E. Noise in the ICU. AJN.  May 2014. Vol. 114, No. 5

20. Saldaña, Diana Marcela Achury, Reyes, Alejandro Delgado y Berrio, Marisol Ruiz. El ruido y las actividades de enfermería: factores perturbadores del sueño. Investig. Enferm. Imagen Desarr. ISSN 0124-2059 15 (1) : 51-63, enero-junio de 2013

21. Pinheiro EM, Guinsburg R, Nabuco MAA, Kakehashi TY. Ruido en la Unidad de Terapia Intensiva Neonatal y en el interior de la incubadora. Rev. Latino-Am. Enfermagem sep.-oct. 2011;19(5):⎔ pantallas

22. Oliveira FMCSN, Paiva MB, Nascimento MAL, Rezende VM, Silva AS, Silva CRL. Noise levels in a pediatric intensive care unit: an
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23. Teixeira, Alessandra, Fialho, Flávia Andrade, Vargas, Iêda Maria Ávila, Martins, Kátia Cristina de Souza, Machado, Roberto Vale Machado6, Maria Efigênia Correia.Evaluación del ruido en la unidad de cuidados intensivos neonatal. Rev Cuid 2011; 2(2): 114-18.

24. Perez, Francisca Guillén, Barquero, Marta Bernal, Díaz, Silvia García Díaz, María Josefa García, Nogueira , Carmen Rosario Illán, Martínez,  María del Camino Álvarez, RabadanManuel Martínez, Díaz, Luisa María Pina. Calidad del sueño de los pacientes  ingresados en UCI: relación con estresores ambientales. Enfermería Docente. 2013; 100: 34-39

25. Fortes-Garrido et al. The characterization of noise levels in a neonatal intensive care unit and the implications for noise management. Journal of Environmental Health Science & Engineering 2014, 12:104 http://www.ijehse.com/content/12/1/104

 

 

 

 





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