(Des) Atenção à Saúde da População
Negra
Isabel Cruz
Breve descrição do
contexto:
Inicio parabenizando a comissão organizadora da XXIII JAM – Jornada Acadêmica de Medicina pela escolha do “Medicina negligenciada: Os muros invisíveis da atenção médica”.
IMG: cartaz da XXIII JAM -UFMS, 2016.
Isto denota interesse em obter conhecimento sobre as barreiras no trajeto
do SUS para o(a) paciente socialmente vulnerável, igualmente mostra
compromisso com a promoção do acesso à atenção médica baseada em evidência
e isenta de viéses.
Aproveito a oportunidade para agradecer publicamente o convite para palestrar sobre o
tema “Atenção à saúde da população negra", na
prestigiosa Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo
Grande-MS.
IMG:
1º Seminário Nacional de Saúde da População Negra,2004[1]
A saúde da população negra (SPN), conforme
a médica Jurema Werneck[2],
baseia-se em três pilares que, se não forem considerados,
nada se alterará:
1.
Racismo: presente nas relações sociais, nas instituições e
nas políticas públicas;
2.
Disparidades: diferenças na incidência, prevalência,
mortalidade, carga de doenças e outras condições de saúde adversas; e
3.
Cultura afro-brasileira: processos tradicionais de diagnóstico,
alívio e cura que devem ser conhecidos e valorizados.
Assim, diante da abrangência do tema, optei por abordar
especificamente o encontro clínico. Entendo que, salvo melhor juízo, esta é
a essência da formação médica. Em seguida, para apresentar os conteúdos
do tema, usei a estratégia palestra invertida, com os seguintes objetivos:
1.
Descrever os elementos de percepção e comportamento do viés racial implícito
em relação à população negra e o que os ativa;
2. Explicar a autoconsciência como um recurso para identificação das área
de viés em relação à população negra;
3. Relacionar o impacto do viés d@ médico@ na sua tomada de decisão clínica
e as implicações relacionadas ao cuidado d@ paciente, bem como à sua
experiência dentro do Sistema de Saúde; e
3. Identificar estratégias de enfrentamento do viés racial implícito, de
forma individual, e de desconstrução do racismo institucional em relação
à população negra no SUS, de forma coletiva.
Os conteúdos e algumas atividades sobre Saúde da População
Negra foram e continuarão sendo disponibilizados pelo Facebook[2]
por tempo indeterminado porque aprender nunca termina.
Descrição do problema:
No que se refere ao tema Atenção à Saúde
da População Negra, na recém publicada revista Painel de Indicadores do SUS[3],
estão à disposição os dados sobre a (des)atenção que resultam em
disparidades (pilar 2) decorrentes do racismo institucional no SUS (pilar 1)
devido ao desrespeito à cultura afro-brasileira (pilar 3) vivenciada pela
pessoa negra.
As disparidades permanecem embora a Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra – PNSIPN, aprovada no Conselho Nacional de Saúde em 2006, seja o
reconhecimento pelo governo brasileiro da operacionalização do racismo institucional (RI) como um
determinante social da saúde da população negra.
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, em
2010, por meio da aprovação do Estatuto
da Igualdade Racial, tornou-se lei com a finalidade de enfrentamento e
desconstrução da discriminação no SUS.
Todavia, a implementação da PNSIPN no ponto do cuidado acontece
de forma fragmentada e lenta, segundo
relatório de avaliação feito pela Câmara dos Deputados[4].
Uma das conclusões do relatório é que há em
nosso país existe uma profusão de direitos legislados e não efetivados.
Dentre as recomendações apresentadas, destaco:
Promover,
junto ao Conselho Nacional de Saúde, a inclusão do recorte raça/cor nos
indicadores de saúde da população incluídos no Relatório quadrimestral
elaborado pelos gestores de saúde em seu âmbito de atuação, nos termos
da Lei Complementar 141, de 13 de janeiro de 2012.
Implantar
e exigir o preenchimento do quesito raça/cor em todos os documentos da base
de dados relativa a agravos e ações do Sistema Único de Saúde,
eliminando a opção “ignorada”.
Aprimorar
mecanismos para monitoramento constante, avaliação de desempenho e impacto
das ações realizadas na esfera da saúde com divulgação ampla e periódica,
contemplando a dimensão étnico-racial.
Expandir
ações sobre determinantes sociais da saúde em conjunto com outros setores
ou Pastas, observando o Cadastro Único de Programas Sociais.
Ainda assim, julgo que uma das razões da dificuldade de implementar a PNSIPN está no fato de o RI ser, na realidade, um efeito. Este efeito só pode ser facilmente identificado nos dados epidemiológicos quando análise é feita com os dados desagregados por raça-cor. Por exemplo, a iniquidade presente na taxa de mortalidade materna entre mulheres de alta escolaridade:
A causa do RI, isto é, o viés racial implícito, a sua origem, está no ponto do cuidado de
saúde.
IMG: Ofensa (“Na hora de fazer não
gritou) & prática baseada no atraso (manobra de Kristeller)
Para cada taxa de iniquidade étnico-racial há um “caso clínico”
cuja relação profissional-cliente aconteceu (queremos crer) sob a influência
do viés racial implícito (VRI).
O viés racial implícito tem influencia significativa nas relações
entre profissional de saúde – cliente negro(a) e, principalmente, nos
resultados negativos decorrentes desta interação
danosa. Então:
- Como controlar o viés racial implícito do(a) médico(a) em relação
ao(à) paciente negro(a)?
Quais as evidências
sobre controle do viés racial implícito no encontro clínico?
A prática baseada em evidência (PBE) é um referencial para a
PNSIPN. Portanto, no PubMed, utilizando o termo implicit bias e os filtros “5 anos”, “artigo completo grátis”
e “revisão”, foram encontrados 14 artigos[3].
Destes, foram selecionados 2 por tratarem especificamente do viés implícito
quanto ao pertencimento étnico-racial.
Análise e interpretação:
Em artigo publicado em 2012, Shavers et al[5]
ao levantar evidências sobre a discriminação nas instituições de
saúde identificou que os estudos mais freqüentes tratavam sobre a percepção
do(a) paciente de tratamento discriminatório. Nenhum estudo longitudinal foi
encontrado. Os(as) autores(as) notaram que os instrumentos de pesquisa usados
eram insuficientes para examinar o impacto sobre as disparidades étnico-raciais
na saúde da discriminação interpessoal ou do racismo institucional no âmbito
das unidades. Shavers et al recomendam investir em melhores instrumentos de
medida, bem como em metodologias inovadoras para a identificação e
rastreamento da discriminação étnico-racial nas instituições de saúde.
No outro artigo selecionado, publicado em 2013, Chapman et al[6]
abordam diretamente a relação médico(a)-paciente , tendo em vista que as
pesquisas sugerem que o viés implícito pode contribuir para as disparidades
no cuidado de saúde em razão da modelagem no comportamento do(a) médico(a)
resultando em diferenças no encontro clínico conforme raça, etnicidade, gênero
ou outras características do(a) paciente. Em sua revisão, os(as) autores(as)
encontraram evidências que demonstram a influência do viés implícito na
tomada de decisão clínica.
Medidas chaves para a
mudança (ou melhoria):
Chapman et al sugerem que é necessário abordar o viés implícito
por meio da estratégia “hábito da mente”[4]
ou autoconsciência por entenderem que este é o referencial mais útil para o
controle do viés.
A imagem a seguir resume alguns hábitos da mente a serem
desenvolvidos pelo(a) profissional de saúde, na perspectiva da PNSIPN.
Segundo Chapman et al, hábito da mente ou autoconsciência é uma
área de estudo que possui fortes evidências que facilitam a mudança
comportamental voluntária.
Embora considerem a autoconsciência sobre o viés implícito uma
condição indispensável à mudança, Chapman et al relatam que as evidências
apontam a individuação como uma estratégia eficaz para o controle do viés
implícito.
A individuação acontece por meio de um recurso clássico na prática clínica: a entrevista.
IMG:
entrevista/exame físico (anamnese) como recurso para o estabelecimento de
rapport (vínculo, empatia)
A entrevista e o exame clínico, anamnese, reassumem um significado
fundamental para o controle do viés implícito por permitir que o(a) médico(a)
escutar ativamente e possa de forma consciente, objetiva, focalizar uma
informação específica sobre o(a) paciente que supera no processo de tomada
de decisão clínica o estereótipo negativo (raça, gênero, etc).
Chapman et al encontraram evidências de que o impacto do viés
racial implícito pode ser diminuído com a estratégia Tomada de Perspectiva
do Outro.
Segundo Rebeiro et al[7] a Tomada de Perspectiva do Outro é uma estratégia de resolução de conflitos ou de desafios cognitivos-sociais, tais como estereótipo racial negativo, por exemplo. As autoras consideram que esta estratégia quando implementada propicia a desconstrução do egocentrismo compreendido como a indiferenciação de perspectivas ou confusão do ponto de vista próprio com o de outras pessoas, ou da ação das coisas e das pessoas com a própria atividade.
Com
base na atenção à saúde da população negra, a Tomada de Perspectiva do
Outro leva o(a) médico(a) a tomar consciência das próprias ações situando
a própria perspectiva num conjunto de outros possíveis pontos de vista do(a)
paciente,família ou comunidade, no qual não há mais o predomínio ou privilégio
da própria perspectiva, mas a aceitação de que ela figura como uma dentre
as demais.
Ainda quanto à revisão de literatura realizada por Chapman et al,
há evidência de que o aumento no número de médicos(as) negros(as) pode ser
uma estratégia que, somada às estratégias cognitivo-comportamentais, pode
contribuir para a redução das disparidades étnico-raciais na saúde
devido ao impacto do viés racial implícito.
No Brasil, a política de acesso às universidades por meio das
cotas raciais pode ser um recurso que futuramente exerça algum impacto na
redução das iniquidades étnico-raciais no SUS.
Contudo, neste país, como a ideologia do racismo se desenvolveu de
forma distinta dos EUA e África do Sul é possível termos dados bem
diferentes destes países, como, por exemplo, o preconceito racial enfrentado
pelo(a) médico(a) negro(a)[8]
[9]
[10].
IMG: Dra. Carolina Bernardes
IMG: Dra. Thatiane Silva
Vídeo: Dra.Inaiá
:
. Estratégias para mudanças:
“A atenção à saúde da população negra melhora a vida de todos(as) e fortalece o SUS.”
A implementação da PNSIPN no SUS estabelece o cuidado centrado na
pessoa (CCP), colaborativo, interpessoal, baseado em evidência, como um
referencial de gestão da rede de assistência à saúde (básica e
especializada).
Com o avanço de pesquisas que ajudem na formulação de
indicadores de saúde influenciados pela PNSIPN poderemos não só avaliar
objetivamente se as ações de desconstrução do RI e do VRI estão sendo
implementadas e, quando implementadas, se são eficazes para a solução do
problema. Igualmente teremos indicadores que também ajudarão a qualificar a
relação profissional de saúde/paciente.
Considere a avaliação da prática clínica de uma instituição
com base em indicadores[11]
como:
Domínio |
Indicador |
Apoio emocional, empatia e respeito |
% de pacientes pretos(as) e pardos(as) (versus pacientes brancos[as]) que informaram que o(a) médico(a) sempre os(as) tratou com respeito e dignidade |
Informação em linguagem simples e apoio ao autocuidado |
% de pacientes pretos(as) e pardos(as) (versus pacientes brancos[as]) com prescrição nova de medicamentos que avaliam ter recebido informação suficiente do(a) médico sobre seu propósito |
Envolvimento na tomada de decisão e respeito pelas preferências |
% de pacientes pretos(as) e pardos(as) (versus pacientes brancos[as]) com prescrição nova de medicamentos que avaliam terem sido envolvidos tanto quanto queriam nas decisões sobre quais medicamentos seriam melhor para eles/elas, incluindo os medicamentos de matriz africana |
Todavia, mesmo tendo um propósito não controverso, há quem se
oponha à implementação da PNSIPN no ponto do cuidado por motivos como não
estar convencido(a) de que a desconstrução do racismo institucional é necessária
porque se acredita, por exemplo, que
todos(as) são tratados(as) igualmente. Pode existir também aqueles(as) que
percebem a PNSIPN como uma ameaça à sua prática profissional, como por
exemplo, o estabelecimento de “rapport” como parâmetro de competência clínica
e indicador de qualidade do cuidado de saúde.
Entretanto, a escolha do tema da XXIII Jornada Acadêmica de
Medicina, da UFMT, revela que muito mais pessoas podem apoiar a implementação
da PNSIPN no ponto do cuidado porque se sentem diretamente beneficiadas pelo
Cuidado Centrado na Pessoa em sua diversidade étnico-cultural, por exemplo.
Iniciativas como esta Jornada mostram que muitas pessoas querem também ser
parte de um processo significativo de mudança, tal como a redução da
iniquidade racial nas taxas de saúde no SUS. Igualmente, muitas pessoas vêm
que há relação entre sua prática profissional compassiva e as metas da
PNSIPN como,por exemplo, quando estabelecem com o(a) paciente uma relação
baseada no respeito e colaboração mútuos. Outras ainda notam que a PNSIPN é
um recurso valioso para a prevenção e combate da estafa do(a) profissional de
saúde ao promover uma cultura institucional de inclusão e bem-estar.
. Próximos passos:
A atenção à saúde da população negra acontece com a
desconstrução do racismo institucional no SUS. Por sua vez, a atenção à saúde
da pessoa negra acontece por meio do encontro clínico isento de viés racial
implícito.
Neste sentido, em termos de formação e educação permanente de médicos(as)
faz-se necessário aumentar as oportunidades de treinamento clínico na
perspectiva da PNSIPN e considerando as diversas populações negras:
quilombolas, comunidades tradicionais, entre outras.
Igualmente é necessário que as universidades mantenham e ampliem
as ações afirmativas para estudantes negros(as), tanto na graduação quanto
na pós-graduação.
Opções chave
Isto posto, como controlar o
viés racial implícito do(a) médico(a) em relação ao(à) paciente negro(a)?
Em síntese, as estratégias apontadas pela revisão da literatura,
no plano individual, são:
·
Autoconsciência crítica para
controle do viés racial implícito (hábitos da mente)
·
Anamnese na perspectiva da PNSIPN
(individuação)
·
Compaixão (tomada de perspectiva do
outro)
Para finalizar, acrescento duas outras estratégias.
·
Medicina Baseada em Evidência (MBE)
como referencial de prática e
·
Educação Permanente
Quanto à Medicina Baseada em Evidência, este é um referencial
que recomenda para o(a) profissional a observação das preferências e dos
valores do(a) paciente na determinação do tratamento, bem como para o alcance
de melhores resultados.
Em termos de educação permanente, recomendo a realização do
curso online autoinstrucional sobre Saúde da População Negra – UNA-SUS
enquanto uma alternativa acessível para o auto-desenvolvimento de competência
clínica na perspectiva da PNSIPN.
Vídeo: demonstrativo do Curso Saúde da População Negra -UNA-SUS
(http://www.unasus.gov.br/sites/default/files/pictures/curso-spn-unasus-usabilidade-720p.mp4)
Se o que pensamos modela nossas ações, seremos melhores
profissionais quanto mais nossos pensamentos estiverem baseados em conhecimento
científico e não em crenças ou falácias de qualquer natureza, principalmente
aquelas que nos fazem oprimir ou excluir seres humanos (extensiva aos animais
considerados irracionais).
Biblio e webgrafia
PNSIPN: COMUNICAÇÃO EFETIVA E TERAPÊUTICA
https://prezi.com/m3edgbugqvfq/pnsipn-comunicacao-efetiva-e-terapeutica/
apresentação deste texto: http://prezi.com/r5i9ccyzkd4c/?utm_campaign=share&utm_medium=copy
Referências
[1] Doutorado/USP (1993).Titular/UFF (1994).Coordenadora do Núcleo de Estudos sobre Saúde e Etnia Negra – NESEN
[2] URL da palestra invertida: https://web.facebook.com/events/1196838673683927/?active_tab=posts
[3] Detalhes da busca bibliográfica: (implicit[All Fields] AND ("bias (epidemiology)"[MeSH Terms] OR ("bias"[All Fields] AND "(epidemiology)"[All Fields]) OR "bias (epidemiology)"[All Fields] OR "bias"[All Fields])) AND (Review[ptyp] AND "loattrfree full text"[sb] AND "2011/07/02"[PDat] : "2016/06/29"[PDat])
[1] 1º Seminário Nacional de Saúde da População Negra. Interface (Botucatu) [Internet]. 2005 Feb [cited 2016 July 04] ; 9( 16 ): 179-180. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832005000100017&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832005000100017.
[2]
Revista Raça – Saúde da população negra no Brasil.Disponível em http://racabrasil.uol.com.br/especiais/saude-da-populacao-negra-no-brasil/2593/
[3]
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e
Participativa. Departamento de Articulação Interfederativa. Temático Saúde
da População Negra / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica
e Participativa, Departamento de Articulação Interfederativa. - Brasília
: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em http://u.saude.gov.br/images/pdf/2016/maio/13/painel10-130516.pdf
[4]
Câmara dos Deputados - Subcomissão Especial Destinada a Avaliar as Políticas
de Assistência Social e Saúde da População Negra – Relatório,
outubro, 2015. Disponível em http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=6A08F4056FF3CC433DA2761510868E98.proposicoesWeb2?codteor=1398635&filename=REL+2/2015+CSSF
[5]
Shavers VL, Fagan P, Jones
D, et al. The State of Research on Racial/Ethnic
Discrimination in The Receipt of Health Care. American
Journal of Public Health. 2012;102(5):953-966. doi:10.2105/AJPH.2012.300773.
[6]
Chapman EN, Kaatz A, Carnes M. Physicians and Implicit Bias: How Doctors
May Unwittingly Perpetuate Health Care Disparities. Journal
of General Internal Medicine. 2013;28(11):1504-1510. doi:10.1007/s11606-013-2441-1.
[7]Rebeiro,
Gisele Bueno de Farias ET al. Negociando a perspectiva do outro no jogo de
regras rummikub. X CONPE, Maringá – PR. 2011 Disponívelem http://www.abrapee.psc.br/xconpe/trabalhos/1/141.pdf
[8]
Nolen, S. Race in Brazil. 2015. Disponível em http://www.theglobeandmail.com/news/world/brazils-colour-bind/article25779474/
[9]
O Globo. Médica denuncia colega por racismo. 2015. Disponível em http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2015/06/medica-denuncia-colega-por-suposto-racismo-na-santa-casa-de-barretos.html
[10]
Tribuna Paraná Online. Médica negra com “dreads” diz ter sido vítima
de racismo. 2015. Disponível em http://www.parana-online.com.br/editoria/pais/news/867496/?noticia=MEDICA+NEGRA+COM+DREADS+DIZ+TER+SIDO+VITIMA+DE+RACISMO
[11]
International Alliance of Patients’ Organizations (IAPO)- Patient-Centred
Healthcare Indicators Review. United Kingdon, 2012. Disponível em http://iapo.org.uk/sites/default/files/files/IAPO%20Patient-Centred%20Healthcare%20Indicators%20Review.pdf
JSNCARE