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REVEW ARTICLES

Nursing care in the prevention of septic shock - revision of systematic literature


Cuidados de enfermagem na prevenção do choque séptico – revisão de literatura sistemática


Ayla Bulsoni Alvarenga1, Isabel Cristina Fonseca da Cruz1

1Universidade Federal Fluminense

ABSTRACT

Objective: Purpose of the nursing care study for the prevention of septic shock. Method: Integrative reading review by means of the search on online data base, computerized and/or manual, 10 scientific articles in between the epic 2010 to 2017 in the data base LILACS, Rev Bras Clin Med e SCIELO. The publications of articles came the diagnostic of nursing and systematization of nursing care in inpatients on ICU with diagnostic of sepsis, septic shock and sepsis severe. Results: Control of morbidity and mortality in septic patients. And very important as soon as possible the diagnostic of identification and treatment of sepsis can reduce the associated mortality of septic shock and sepsis severe. Conclusion: The sepsis is a disease of high mortality and treatment is expensive because of the costs. The diagnostic the light of a standardized nursing language assists in the organization of nursing actions management and assistances with quality and security.

Keywords: Nursing, septic shock, nursing care.

RESUMO

Objetivo do estudo os cuidados de enfermagem para a prevenção do choque séptico. Método: Revisão integrativa da literatura por meio da busca em base de dados online, computadorizada e/ou manual, 10 artigos científicos publicados entre os anos 2010 a 2017 nas bases de dados LILACS, Rev Bras Clin Med e SCIELO. As publicações dos artigos trouxeram o diagnóstico de enfermagem e sistematização da assistência de enfermagem em pacientes internados na UTI com diagnóstico de sepse,choque séptico e sepse grave. Resultados: Controle de morbidade e mortalidade em pacientes sépticos. E de extrema importância o quanto mais rápido possível a indentificação do diagnóstico precoce e tratamento da sepse podem reduzir a mortalidade associada à sepse grave e choque séptico(3). Conclusão: A sepse é uma doença de alta mortalidade, cujo tratamento envolve alto custo. O diagnóstico à luz de uma linguagem padronizada de enfermagem auxilia na organização das ações de enfermagem gerenciais e assistenciais com qualidade e segurança.

Palavras-Chave: Enfermagem, cuidados de enfermagem, choque Séptico.


INTRODUÇÃO

Os profissionais de enfermagem que atuam em CTI convivem diariamente com pacientes com diagnóstico de sepse, sepse grave e choque séptico. Pelo fato de esses profissionais permanecerem à beira do leito, eles devem estar aptos a identificar os sinais e sintomas da sepse ou choque séptico e planejar uma assistência de enfermagem, de acordo com as necessidades de cuidado para o paciente.

No Brasil, a mortalidade de choque séptico varia entre 52,2% a 65,3%. Segundo o levantamento o custo do tratamento do Choque Séptico e sepse na UTI é Alto(2).

É necessário que o cuidado do enfermeiro seja dotado não só de habilidades técnicas, mas também do conhecimento científico, apoiado em teorias de enfermagem, as quais devem nortear os diagnósticos e as intervenções de enfermagem, com vistas à promoção de uma assistência específica e que atenda às reais necessidades dos pacientes.

Em 2003 foi instituída a Campanha Sobrevivendo a Sepse (Sepsis Surviving Campaign), reunindo as melhores evidências disponíveis, sendo revisada em 2008, com objetivo de reduzir a mortalidade da Sepse e choque séptico(14).

É de extrema importância o quanto mais rápido possível a identificação do diagnóstico precoce e tratamento do choque sepse podem reduzir a mortalidade associada à choque séptico(3).

Desta forma, a questão prática do estudo é para o cliente de alta complexidade com o diagnóstico de choque séptico, quais são os cuidados de enfermagem para a prevenção do choque séptico? Tendo como objeto de estudo os cuidados de enfermagem para a prevenção do choque séptico.

Devido inúmeras inovações na área de saúde, a enfermagem precisa estar atualizada em princípios científico, a fim de selecionar as intervenções mais adequadas para as situações específicas do cuidado ao paciente. Diante do estudo, que a Prática Baseada em Evidência (PBE) propõe que o problema clínico que surge na prática assistencial, seja organizado utilizando-se a estratégia PICO, que representa um acrônimo para Paciente, Intervenção, Comparação e “Outcomes” (desfecho).

Quadro 01 - Estratégia PICO.

Quadro 01

METODOLOGIA

Revisão integrativa da literatura por meio da busca em base de dados online, computadorizada e/ou manual, no período de 2011 a 2017.  A pesquisa se delimita no período de 15 de maio a 01 de dezembro de 2017. Foram utilizadas as seguintes bases: Scientific Eletronic Library Online (Scielo), e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os termos de busca (descritores/ Keywords): Enfermagem, Diagnóstico, cuidados de enfermagem, choque séptico e Sepse.

A revisão integrativa inclui a análise de pesquisas relevantes que dão suporte para a tomada de decisão e a melhoria da prática clínica,4 possibilitando sempre a síntese do estado do conhecimento de um determinado assunto, além de apontar lacunas do conhecimento que precisam ser preenchidas com a realização de novos estudos(5).

Foram utilizados os critérios de inclusão: artigos científicos publicados no período de 2011 a 2017 desde que escritos nos idiomas português e inglês em periódicos de Enfermagem e realizados por enfermeiros tendo como foco primordial artigos que abordassem informações sobre o tema Prevenção do choque.

Após o levantamento da bibliográfia, foi realizado a leitura dos artigos escolhidos para o conhecimento e informações da temática. Foram organizados quanto ao ano de publicação, autores, objetivo da pesquisa, nível de evidência, tipo de estudo, principais achados.

RESULTADOS

Foram selecionados os artigos do ano de 2011 a 2017. Ao todo foram encontrados 123 artigos, foi descartado 113 artigos, foram utilizados 10 artigos dos 123, sendo utilizado artigos 7 SCIELO, 2 NA LILACS e 1 Rev Bras Clin Med.  Os 10 artigos selecionados foram lidos na íntegra, analisados e sintetizados neste estudo. O resumo dos artigos foi descrito no quadro abaixo:

Quadro 2: pesquisa dos artigos.

Quadro 02

Quadro 03: Resumo dos artigos.

Quadro 03

DISCUSSÃO

O Enfermeiro, sempre presente na beira do leite pode e deve discutir com a equipe de enfermagem as intervenções e as condutas a serem realizadas para a melhor recuperação do cliente. A equipe multiprofissional unida e focada no mesmo objetivo, ajuda a reduzir os altos índices de morbidade e de mortalidade de Sepse, e Choque séptico.

O prognóstico do choque séptico estão relacionados ao diagnóstico precoce e tratamento, bem como na abordagem sistemática visando a otimização clínica do paciente, o manuseio inicial do paciente deve ser iniciado ainda na sala de emergência. A Campanha Sobrevivendo a Sepse está baseada na adesão aos pacotes: a) de ressuscitação (6 horas iniciais de atendimento) que inclui o diagnóstico correto, coleta do lactato sérico, hemoculturas, antibiótico em uma hora e metas de ressuscitação com EGDT; b) de 24 horas incluindo o uso de corticosteroides e proteína C(1).

Para o paciente no CTI, dada a sua situação instável e a necessidade de cuidados de enfermagem mais complexos, a assistência de enfermagem sistematizada é necessária, pois facilitará o domínio apurado da técnica, conciliando-o com o cuidado humanizado e holístico. Quanto maior o número de necessidades afetadas do cliente, maior é a necessidade de planejar a assistência, uma vez que a sistematização das ações visa à organização, eficiência e validade da assistência prestada(6-7).

Nas Intervenções de enfermagem no choque séptico também é papel do enfermeiro realizar procedimentos não invasivos como a técnica correta de assepsia e higiene das mãos. Realizar troca de curativo em inserção de cateteres, drenos e incisão cirúrgica a cada 24 horas, e sempre observando sinais flogístico(11).

No caso de choque séptico, o enfermeiro deve sempre estar atento em avaliar os riscos, os sinais e sintomas, e considerar o alto índice de mortalidade associado a choque séptico(9).

O Diagnóstico de Enfermagem é dividido em Análise e síntese que são processos fundamentais que o enfermeiro deve realizar para interpretar e analisar com acurácia os dados do paciente, visando sempre o diagnóstico de enfermagem e a realização das intervenções(11).

De acordo com a classificação da NANDA, a definição para o diagnóstico de enfermagem risco de Choque, vulnerabilidade a fluxo sanguíneo inadequado para os tecidos do corpo que pode levar à disfunção celular com risco à vida, que pode comprometer a saúde do cliente(8).

Conhecer e estabelecer o diagnóstico de Enfermagem utilizando um sistema classificatório é um saber que ele deve ser aprendido dentro de uma linguagem científica e reforçado pelo uso na prática do Processo de Enfermagem, a partir que a enfermagem tem o conhecimento das intervenções de enfermagem é possível planejar o cuidado, dimensionar uma equipe, e realizar uma boa avaliação do paciente(10).

De acordo com Nanda os fatores de risco de choque é a Hipotensão, Hipovolemia, Hipoxemia, Hipoxia, Infecção, Sepse e Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS)(8).

CONCLUSÃO

A proposta do presente estudo mostra, que o quanto mais rápido possível a identicação precose dos sinais e sintomas, com intervenções rápidas dentro de 48 horas iniciar, diminui a mortalidade de pacientes sépticos.

O enfermeiro deve implementar planos e estratégias práticas baseadas em evidências, assim proporcionando benefícios ao paciente crítico, garantindo um ambiente tranquilo e de confiante, tanto para os pacientes, familiares e a equipe de enfermagem(13).

O diagnóstico à luz de uma linguagem padronizada de enfermagem auxilia na organização das ações de enfermagem gerenciais e assistenciais com qualidade e segurança.

O conhecimento dos fatores de risco para morte em pacientes graves com choque séptico pode ajudar a identificar os pacientes que necessitam maior vigilância possível e irão utilizar mais recursos para aumentar as chances de sua recuperação(12).

Estudos mostram que uma assistência de enfermagem sistematizada, beneficia a saúde como um todo. O Choque séptico vem crescendo dentro da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e a custos hospitalares elevados.

É de extrema importância que a equipe multiprofissional esteja preparada para atuar com conhecimento e prática de enfermagem, a fim de direcionar a terapia e buscar melhorar o prognóstico do paciente(11).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. Boechat L. A., Boechat O. N. Sepse: diagnóstico e tratamento. Disponível em http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2010/v8n5/010.pdf.

  2. Garcia TR, Nóbrega MML. Diagnósticos de enfermagem prevalentes no paciente internado com sepse no centro de terapia intensiva. Processo de enfermagem: da teoria à prática assistencial e de pesquisa. Esc Anna Nery. 2009;13:816-8. Disponível em http://www.revenf.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141485362014000400014

  3. Pereira A J, Fernandes Jr CJ, Sousa AG, Akamine N, Santos GP, Cypriano AS, et al. Rastreamento sistemático é a base do diagnóstico precoce da sepse grave e choque séptico. Improving performance and outcome (mortality) after implementation of a change-bundle approach for management of septic patients. Einstein. 2008;6(4):395-401. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&nrm=iso&lng=pt&tlng=pt&pid=S0103-507X2015000200096#aff03.

  4. in home care. Home Healthc Nurse 2003 Dec; 21(12):804-11. Polit DF, Beck CT. Using research in evidence-based.

  5. nursing practice. In: Polit DF, Beck CT, editors. Essentials of nursing research. Methods, appraisaland utilization. Philadelphia (USA): Lippincott Williams & Wilkins; 2006. p.457-94

  6. Bittar DB, Pereira LV, Lemos RCA. Diagnósticos de enfermagem prevalentes no paciente internado com sepse no centro de terapia intensiva. Sistematização da assistência de enfermagem ao paciente crítico: proposta de instrumento de coleta de dados. Texto Contexto Enferm. 2006;15:617-28.

  7. Silva TG, Madureira VSF, Trentini M. Diagnósticos de enfermagem prevalentes no paciente internado com sepse no centro de terapia intensiva. Processo de ensino-aprendizagem para implementação do diagnóstico de enfermagem em unidade de terapia intensiva. Cogitare Enferm. 2007;12(3):279-286.

  8. North American Nursing Diagnosis Association. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação: 2015-2017. Porto Alegre: Artmed; 2015.

  9. Lekander BJ, Cerra FB. The syndrome of multiple organ failure. Crit care nurs clin north Am. 1990 Junh;2.

  10. Takahashi AA, Barros ALBL, Michel JLM, Souza MF. Diagnósticos e resultados de enfermagem relacionados aos termos do sistema circulatório . Acta Paul Enferm. 2008; 21(1):32-8. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n5/pt_0080-6234-reeusp-47-05-1068.pdf.

  11. Viana, PPAR. Enfermagem em Terapia Intensiva – Práticas e Vivências. Choque. Cap.37. P 433.

  12. Yoshihara C. J., Yoshihara C. J., Okamoto Y. T., Cardoso Q. T. L., et al. Análise descritiva dos pacientes com sepse grave ou choque séptico e fatores de risco para mortalidade. Disponível em http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-678674.

  13. Viana, PPAR. Enfermagem em Terapia Intensiva – Práticas e Vivências.Uso da sistematização da Assistência de Enfermagem. Cap.2. P 30.

  14. Dellinger RP, Carlet JM, Masur H, et al. Surviving Sepsis Cam. paign guidelines for management of severe sepsis and septic shock. Crit Care Med 2004;32(3):858-73. Boechat L. A., Boechat O. N. Sepse: diagnóstico e tratamento. Disponível em http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2010/v8n5/010.pdf.





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