Evidence-based nursing practice for care planning in patients with impaired heart function in the ICU - Systematized Literature Review

 

 

Prática de enfermagem baseada em evidência para planejamento de assistência em paciente com função cardíaca prejudicada em UTI - Revisão Sistematizada da Literatura

 

 

Stephanie Jully Santos de Oliveira. Enfermeira. Aluna do Curso de Especialização em Enfermagem em Cuidados Intensivos/ Universidade Federal Fluminense (UFF). stephaniejully70@gmail.com

Profa. Dra. Isabel Cruz. Titular da UFF. isabelcruz@id.uff.br

 

Abstract:

 

Goals: Home care plan for the client and nursing care plan during hospitalization to improve the clinical condition in 7 days. Objectives: To review the interprofessional guidelines based on evidence about impaired cardiac function and to develop a care plan for the client. Background: Impaired heart function among nursing diagnoses is the most prevalent among clients admitted to intensive care units. Search strategies: Integrative literature review by searching the online database, on the VHL and Lilacs portal, in databases from the Scientific Electronic Library Online (SCIELO) and BDENF using the Decs: Heart failure; Nursing diagnosis; Nursing care, critical care using Boolean operators (AND and OR). Inclusion criteria: articles available in full between 2012 to 2019. Exclusion: incomplete articles and outside the time frame. Conclusions: Through the synthesis of the publications, a care plan was developed for patients with the diagnosis in question. Relevance to clinical practice: objectively identify nursing diagnoses and interventions for patients with impaired cardiac function.

 

Key-words: Heart failure, nursing diagnosis; nursing care; critical care

 

Resumo:

 

Metas: Plano de cuidados domiciliares para o cliente e plano de cuidados de enfermagem durante a internação para melhora de quadro clínico em 7 dias. Objetivos: Revisar as diretrizes interprofissionais com base em evidência sobre função cardíaca prejudicada e desenvolver um plano de cuidado para o cliente. Antecedentes:  A função cardíaca prejudicada dentre os diagnósticos de enfermagem é o que apresenta mais prevalência em clientes internados em unidades que demandam cuidados intensivos. Estratégias de busca: Revisão integrativa da literatura por meio da busca em base de dados online, no portal BVS e Lilacs, em bases de dados da Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e BDENF utilizando os Decs: Insuficiência cardíaca; Diagnóstico de enfermagem; Cuidados de enfermagem, cuidados críticos utilizando operadores booleanos (AND e OR). Critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra entre 2012 a 2019. Exclusão: artigos incompletos e fora do recorte temporal. Conclusões: Mediante a síntese das publicações, foi elaborado um plano de cuidado para pacientes com o diagnóstico em questão. Relevância para a prática clínica: identificar, de maneira objetiva os diagnósticos de enfermagem e intervenções para o  paciente com função cardíaca comprometida.

Palavras-chave: Insuficiência cardíaca; Diagnóstico de enfermagem; Cuidados de enfermagem; Cuidados críticos.

 

Introdução

A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma adequada para que as necessidades metabólicas sejam supridas; pode ser causada por alterações de estruturas ou funções cardíacas, sua forma crônica é progressiva e persistente e o paciente pode apresentar sinais e sintomas de insuficiência ventricular esquerda ou direita , já sua forma aguda é caracterizada por alterações rápidas ou graduais de sinais e sintomas (1).

 

O débito cardíaco diminuído dentre os diagnósticos de enfermagem é o que apresenta mais prevalência em pacientes internados em unidades que demandam cuidados intensivos. Se desenvolve por alterações na contratilidade; na frequência cardíaca; na pós-carga ; na pré-carga; alteração no ritmo cardíaco e alteração no volume sistólico (1,2). Dispneia, fadiga e edema são manifestações clínicas comuns (3).

 

A prática baseada em evidência, especificamente os diagnósticos de enfermagem que são voltados para elaborar cuidados específicos que se adequam a uma situação clínica do cliente, o enfermeiro utiliza como ferramenta de embasamento científico  o NANDA-I, NIC e a CIPE® para elaborar o plano de cuidados (4).

 

Situação problema: escassez de informação sobre a prática com base evidências científicas e suas diretrizes para a resolução do diagnóstico de enfermagem da função cardíaca prejudicada/ distúrbio da função cardíaca para o paciente de alta complexidade sob cuidados intensivos em, no máximo, 7 dias de internação. O objetivo desse estudo é revisar as diretrizes de enfermagem com base em evidência que ajudarão o enfermeiro intensivista na identificação e tratamento de função cardíaca prejudicada/ distúrbio da função cardíaca, no tempo de 7 dias.

 

Questão Prática

Para elaboração da questão norteadora utilizou-se a estratégia PICOT, elementos descritos no tabela 1 .

Tabela 1: elementos da estratégia PICOT.

Acrônimo

Descrição

Componente da questão prática

P (paciente)

Paciente de alta complexidade adulto/idoso com o diagnóstico de função cardíaca prejudicada.

Paciente internado em UTI com diagnóstico de função cardíaca prejudicada.

I (intervenção)

Intervenção terapêutica específica de enfermagem.

Cuidados cardíacos.

C (controle ou comparação)

Não se aplica

Não se aplica

O (resultado ou desfecho)

Melhora do quadro clínico e planejamento de alta.

Melhora do quadro clínico e planejamento de alta.

T (tempo)

7 dias

7 dias, pós alta e diminuição das reinternações.

Fonte: Stephanie Jully Santos de Oliveira e Isabel Cruz, 2020.

 

Metodologia

Revisão integrativa da literatura por meio da busca em base de dados online, computadorizada e/ou manual, no período de 2012 a 2019. A coleta do material para a pesquisa foi realizada no período de março a agosto de 2020.

 

Desenvolveu-se a coleta de dados, em formato eletrônico, nas bases:  PubMed, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Base de dados de Enfermagem (BDENF) a partir dos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): Insuficiência cardíaca; Diagnóstico de enfermagem; Cuidados de enfermagem, cuidados críticos. Utilizou-se também obras secundárias que abordam o tema em questão: Cipe e Nanda. Os descritores foram verificados na listagem de Decs e Mesh.

 

Após a seleção do material, foi feita uma análise crítica e reflexiva dos 10 artigos selecionados com base em evidências sobre o tratamento da(o) enfermeira(o) para o problema clínico (função cardíaca comprometida/ distúrbio da função cardíaca): inclusão da terapêutica da(o) enfermeira(o) com base em evidência para a experiência positiva do(a) paciente o alcance do resultado de melhora do processo cardíaco comprometido no paciente internado na UTI em 7 dias de internação.

 

Resultados

A tabela 2 mostra a análise e classificação do nível de evidência científica dos estudos:

 

Tabela 2: Publicações localizadas nas bases de dados PubMed, LILACS, Scielo e BDENF, 2012-2019, segundo a classificação Oxford, 2009.

Autor(es), Data e País

Objetivo da pesquisa

População/ amostra

Tipo do estudo

Principal(is) recomendação(ões)

Nível de evidência

Adriana M. M. Sousa;

Alice B. S. Lima;

Lívia M. Pascoal;

Emília S. C. Rouberte;

Isaura L. T. P. Rolim; 2019; Brasil. (8)

Analisar o uso das intervenções propostas pela Classificação das Intervenções de Enfermagem indicadas para o Diagnóstico de Enfermagem débito cardíaco diminuído em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica.

11 enfermeiros da UTIP.

Estudo descritivo e exploratório

O estudo possibilitou identificar que a utilização da NIC na UTIP é adequada.

2 B

Bruna L. R. Padua; Glaucia C. A. Vieira;

Juliana M. V. Pereira;

Lyvia S. Figueiredo;

Paula V. P. Flores;

Ana C. D. Cavalvanti; 2019; Brasil. (3)

O objetivo deste estudo foi identificar o diagnóstico de enfermagem intolerância à atividade da NANDA- Internacional em pacientes com insuficiência cardíaca crônica.

56 pacientes em uma clínica especializada por análise de prontuários.

Transversal

enfermeiros podem identificar precocemente os fatores que prejudicam a capacidade funcional com o intuito de melhorar/otimizar a adesão ao tratamento farmacológicos e não farmacológico.

1 C

Juliana M. V. Pereira; Paula V. P. Flores; Lyvia da Silva Figueiredo; Cristina S. Arruda; Keila M. Cassiano; Gláucia Cristina Andrade Vieira; Thais R. B. Guerra; Vanessa A. Silva; Ana C. D. Cavalcanti; 2016; Brasil. (12)

Identificar os diagnósticos de enfermagem fadiga, intolerância à atividade e débito cardíaco diminuído em pacientes com insuficiência cardíaca hospitalizados e verificar a associação entre as características definidoras e os diagnósticos de enfermagem.

72 pacientes acompanhados por três semanas de internação

Estudo longitudinal e prospectivo.

O débito cardíaco diminuído esteve associado às características definidoras: dispnéia, edema, distensão venosa jugular e fração de ejeção reduzida nas três semanas de avaliação.

2 B

Laryssa W. P. Gonçalves; Daniele A. Pompeo; 2016; Brasil.

(13)

Identificar, por meio do modelo de raciocínio clínico Outcome Present State Test (OPT), os diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem.

1 paciente idosa, internada em unidade médico-cirúrgica por insuficiência cardíaca descompensada

Estudo de caso.

Os resultados e as intervenções escolhidos foram relacionados aos estados cardíacos e respiratórios, sobrecarga hídrica, ansiedade, fadiga, perfusão tissular periférica, conhecimento e autocontrole da insuficiência cardíaca, sinais vitais e melhora do sono.

1 B

Mailson M. Sousa; Angela A. Araújo; Maria E. M. Freire;Jacira S. Oliveira; Simone H. S. Oliveira; 2016; Brasil.

(10)

 Identificar os diagnósticos e intervenções de enfermagem à pessoa com insuficiência cardíaca descompensada

1 paciente admitido na instituição, com quadro insuficiência cardíaca descompensada

Estudo descritivo, observacional e transversal do tipo relato de caso clínico.

 Diagnósticos de enfermagem foram desenvolvidos a partir dos sinais e sintomas clínicos durante a admissão do paciente com insuficiência cardíaca descompensada. Os termos identificados mais comuns à doença foram: dispneia, edema, fadiga, débito cardíaco diminuído e arritmia

1 B

Silvia S. S. Passos ; Juliana O. Silva; Valdenice S. Santana; Vanessa M. N. Santos; Alvaro Pereira ; Luciano M. Santos; 2015; Brasil. (11)

Descrever como a enfermeira se apropria do acolhimento no cuidado à família na unidade de tratamento intensivo (UTI)

6 enfermeiras assistenciais da UTI

Estudo qualitativo e descritivo.

A enfermeira compreende a família como unidade do cuidado, mas por não sentir-se preparada, o acolhimento se restringe a aplicar o histórico e anamnese na admissão e atualizar informações sobre o estado clínico dos pacientes durante as visitas.

2 B

Luciana R. F. Mata, Cristiane C. Souza, Tânia C. M. Chianca; Emília C. Carvalho; 2012; Brasil. (4)

 fazer uma análise sobre o uso de diferentes sistemas de classificação e o atendimento aos padrões estabelecidos pela ISO 18.104:2003, a partir da aplicação desses sistemas em uma situação clínica fictícia (ilustrativa).

Análise sobre o uso de diferentes sistemas de classificação e o atendimento aos padrões estabelecidos pela ISO 18.104:2003 a partir de uma situação clínica fictícia

Estudo de análise.

Para a construção de diagnósticos de enfermagem,utilizando a NANDA-I e a CIPE®.

2 C

Omar P.  A. Neto; Thales A. M. Soares; Alberto L. R. Júnior; Cristiane M. Cunha; Leila A. K. Pedrosa; Ana D. S. Lima; 2017; Brasil. (6)

Revisar na literatura os principais Diagnósticos de Enfermagem (DE) em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida

Avaliação de  33 artigos.

Revisão integrativa da literatura

Identificação dos diagnósticos de Enfermagem em pacientes com IC.

 3 A

Juliana M. V. Pereira; Ana C. D. Cavalcanti; Marcos V. O. Lopes; Valéria G. Silva; Rosana O. Souza; Ludmila C. Gonçalves; 2015, Brasil. (7)

Verificar acurácia na determinação dos diagnósticos de enfermagem fadiga, intolerância à atividade e débito cardíaco diminuído em paciente com IC hospitalizados.

6 enfermeiras

Estudo descritivo

A busca pelo aperfeiçoamento da acurácia diagnóstica reafirma a necessidade de treinamento contínuo e específico para a melhora da capacidade diagnosticadora do enfermeiro.

2 B

Thais G. Pedrão; Evelise H. F. R. Brunori; Eloiza S. Santos; Amanda Bezerra, Sérgio H. Simonetti; 2018; Brasil (2)

Caracterizar o perfil clínico e sociodemográfico e identificar os principais diagnósticos e intervenções de Enfermagem

23 pacientes cardíacos

Estudo quantitativo, transversal, retrospectivo e descritivo

Evidenciaram-se uma assistência pouco focada em aspectos espirituais e psicológicos e a falta de evidências, na literatura, que fortaleçam alguns diagnósticos e intervenções de Enfermagem

1 B

Classificado segundo a referência (5)

Fonte: Oxford Centre for Evidence, 2009.

 

Os pacientes com IC, necessitam de cuidados especializados, a identificação dos diagnósticos de enfermagem em pacientes com essa comorbidade norteia realização de cuidados preventivos, em conseguinte há diminuição de internação hospitalar (6). Quando o enfermeiro utiliza estes diagnósticos, a mensuração é mais visível, sendo decorrentes do processo interpessoal que consiste na comunicação real com o paciente e a equipe interdisciplinar (7).

 

As principais atividades desenvolvidas em terapia intensiva para pacientes com insuficiência cardíaca segundo NIC são: Monitoração hemodinâmica invasiva; regulação hemodinâmica; monitorização de sinais vitais; monitorização hídrica; administração de medicamentos; controle hidroeletrolítico; monitoração; administração de hemoderivados e controle da dor (8).

 

Os exames e procedimentos diagnósticos de laboratório são : Hiponatremia; Creatinina aumentada; Ureia aumentada; Disfunção hepática; Anemia; Hiperuricemia BNP/NT-proBNP aumentados; Citocinas aumentada; Catecolaminas aumentadas (1).

 

As medicações mais utilizadas para terapias farmacológicas na insuficiência cardíaca são: inibidor da enzima conversora da angiotensina (IECA); bloqueadores; betabloqueadores; digoxina; hidralazina e nitrato em negros, ferro intravenoso; antagonistas dos mineralocorticoides; ivabradina (FC > 70 bpm); sacubitril + valsartan (1). Dentre os tratamentos não farmacológicos para reabilitação cardiovascular estão inclusos: programas multidisciplinares de cuidados, restrição de sódio, restrição hídrica, dieta e perda de peso na insuficiência cardíaca, interromper o tabagismo, o uso de drogas ilícitas e uso de bebidas alcoólicas, vacinação para influenza e pneumococo, pois estudos recentes sugerem que há uma diminuição nas internações por doenças cardiovasculares em pacientes vacinados (1,8).

 

O enfermeiro deve iniciar o planejamento de alta incluindo outras pessoas significativas, promovendo comunicação familiar eficaz; avaliando e desenvolvendo o plano de cuidados, podendo prover material instrucional como folder ou panfleto informativo contendo as devidas orientações; há esta e outras formas de prover intervenções ao paciente como demonstrado na tabela 3.

 

Tabela 3: Descrição dos cuidados indelegáveis e delegáveis para o técnico de enfermagem, diagnóstico e intervenção segundo CIPE (9). Niterói, 2020.

DIAGNÓSTICO

INTERVENÇÃO

AÇÕES DE ENFERMAGEM

ENFERMEIRO

TÉCNICO DE ENFERMAGEM

 

 

 

 

 

Disposição (ou Prontidão) para Alta

Planejar Alta

 

 

-Elaborar plano de cuidados como material instrucional e entregá-lo ao paciente para o paciente não abandonar o tratamento;

-Orientar sobre verificação de pressão arterial;

-Encaminhar para Nutricionista;

-Gerenciar Regime de Exercício Físico;

-Ensinar sobre o autocuidado.

 

 

Obter Dados sobre Disposição (ou Prontidão) para Alta

Aconselhar o Paciente

Aconselhar sobre Tabagismo

Aconselhar sobre Uso de Álcool

Orientar sobre Ingestão de Líquidos

 

 

 

 

Volume de líquidos

Gerenciar Hidratação

 

-Avaliar prega cutânea diariamente;

-Encorajar ingestão de líquidos;

-Monitorar a quantidade de líquidos ingeridos;

-Monitorar coloração da urina;

-Monitorar orientação do paciente;

-Monitorar sinais de desidratação.

 

 

 

Medir (ou Verificar) Débito de Líquidos

Monitorar Equilíbrio de Líquidos (ou Balanço Hídrico)

Medir (ou Verificar) Ingestão de Líquidos

Mobilidade na Cama, Prejudicada

Auxiliar na Mobilidade na Cama

-Mudança de decúbito de 2/2 horas.

 

 

 

 

Capacidade para Monitorar a Doença, Prejudicada

 

Exame Físico

-Realizar ausculta cardiopulmonar;

-Realizar exame físico completo e anamnese do cliente.

 

 

 

Gerenciar Doença

 

-Coletar histórico do paciente.

 

 

 

 

Dor aguda

 

 

 

 

 

 

Dor crônica

 

 

 

Gerenciar Dor

 

 

-Avaliar escala de EVA;

-Avaliar a eficácia da medicação, após sua administração;

-Avaliar a eficácia das medidas de controle da dor;

-Ensinar medidas não farmacológicas para controle da dor;

 -Estimular a verbalização da dor;

 -Explicar a causa da dor, se possível;

-Monitorar a satisfação do paciente com o controle da dor;

-Favorecer o repouso e o sono adequados para facilitar o alívio da dor.;

-Registrar características da dor;

-Administrar medicações conforme prescrição.

 

 

 

 

 

Administrar Medicação

 

 

Risco de integridade da pele prejudicada

 

 

Manter Integridade da Pele

-Identificar fatores de risco para -integridade da pele;

-Inspecionar áreas de risco para úlceras por pressão;

-Monitorar o aparecimento de lesões nos pés.

 

 

 

 

 

Pressão sanguínea controlada

 

 

 

 

 

Pressão sanguínea elevada

 

 

 

 

 

Pressão sanguínea diminuída

Medir (ou Verificar) Frequência Cardíaca

 

 

 

-Pressão sanguínea controlada;

 

-Monitorar pressão arterial;

 

-Controlar infusões venosas;

 

-Controlar o balanço hídrico;

 

-Monitorar a pressão arterial;

 

-Monitorar queixas de tonturas;

 

-Monitorar sinais vitais de 1/1 hora;

 

-Administrar medicações conforme prescrição;

 

-Administrar medicação vasodilatadora e vasoconstritora, conforme apropriado;

 

-Verificar a prescrição ou solicitação de medicação antes de administrar o medicamento.

 

 

Medir (ou Verificar) Pressão Arterial

Medir (ou Verificar) Pulso Radial

Monitorar Condição Cardíaca

Monitorar Débito de Líquidos

Monitorar Dispositivo Mecânico de Suporte Cardíaco

Monitorar Equilíbrio de Líquidos (ou Balanço Hídrico)

Administrar Medicação

Monitorar Sinais Vitais

Pressão sanguínea controlada

 

Pressão sanguínea elevada

 

Pressão sanguínea diminuída

 

Obter Dados sobre Condição Cardíaca, Usando Dispositivo de Monitoração

-Avaliar condições cardiológicas do paciente;

-Exame físico;

-Realizar ausculta cardíaca;

-Realizar ausculta pulmonar;

-Monitorar o estado cardiovascular;

-Atentar para sinais de resistência vascular sistêmica (sinais de choque descompensado).

 

 

Gerenciar Regime de Reabilitação Cardíaca

Sono e repouso prejudicados

Risco de Sono, Prejudicado

-Identificar o motivo da perturbação do sono.

 

 

 

 

Estado de consciência alterado

Falta de Autoconsciência (ou Autocognição)

-Manter grades do leito elevadas; -Monitorar alterações cerebrais e neurológicas;

-Monitorar os batimentos;

-Monitorar o débito urinário;

-Monitorar o nível de consciência;

-Monitorar proteinúria;

-Monitorar os sinais vitais.

 

 

Falta de Consciência (ou Cognição) de Sintomas

Fonte: Baseado nas Diretrizes Brasileiras de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda e na CIPE- Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem, 2020.

 

Programas assistenciais com intervenções baseadas em evidências tem tido maior adesão e apresentado diminuição nas taxas de readmissão e permanência no âmbito hospitalar, a internação por este diagnóstico resulta em maiores custos para o sistema de saúde (1). Mediante aos diagnósticos de CIPE e NANDA, foi desenvolvido este plano de cuidado para os pacientes diagnosticados com débito cardíaco diminuído.

 

Discussão

A maior dificuldade para desenvolvimento das atividades críticas voltadas para o paciente com o quadro clínico de função cardíaca diminuída é manter um registro preciso da ingesta e eliminação pelo balanço hídrico monitorando o equilíbrio hídrico, o estado respiratório quanto a sintomas de insuficiência cardíaca (10) . Mediante o exposto, observa-se que este controle é crucial para a melhora do paciente em até 7 dias.

 

Na unidade de Terapia intensiva se concentra a maior parte dos recursos tecnológicos, a dinâmica deste setor envolve habilidades e conhecimentos específicos e especializados.  O enfermeiro necessita de conhecimentos e habilidades específicas para desenvolver a competência clínica, favorecendo a qualidade de sua assistência prestada (10,11).

 

A IC apresenta uma fase de descompensação que é marcada por internação hospitalar frequente, apresentando os sinais de edema, dispneia e a fadiga; o tempo de tratamento de acometimento por esta patologia é de 24 meses (12).

 

É notório que a prática clínica, tem sido rotineira, de forma a não enfatizar o pensamento reflexivo e criativo do enfermeiro. O processo de enfermagem é uma ferramenta a ser utilizada para um cuidado sistematizado, sendo atribuição essencial do enfermeiro, podendo este utiliza-lo como norteador do cuidado diário prestado ao paciente (13).

 

O estudo verificou a necessidade de treinamento para os enfermeiros de modo que haja treinamento sobre o processo de enfermagem e suas fases, com ênfase nos diagnósticos e intervenções, mediante a discussão de casos clínicos e avaliação da acurácia diagnostica dos enfermeiros (9).

 

 

Conclusão

Concluímos na confecção deste artigo, baseado em evidências de revisão literária que a equipe de enfermagem tem que estar centrada em suas competências , mantendo o controle hídrico, com o paciente sempre monitorizado, para obter o controle da pressão arterial, da dor aguda ou crônica , a mobilidade, o estado de consciência e um plano de alta completo realizado pelo enfermeiro de forma individual, holística,  integral e continua,  para uma recuperação mais rápida e há uma diminuição no número de reinternações.

 

Esta pesquisa visa contribuir para a prática clínica baseada em evidência prestada a pacientes com função cardíaca prejudicada, e para elaboração do plano de alta. Cuidados de maior complexidade ao paciente crítico são atos privativos do enfermeiro, para um diagnóstico de enfermagem centrado na resolutividade do problema é importante uma definição do perfil hemodinâmico na admissão hospitalar e uma detalhada anamnese e exame físico por parte do enfermeiro. Com a pesquisa direcionada para terapêutica baseada em evidência, nota-se que um paciente com uma prescrição de enfermagem focada em suas necessidades específicas, terá um bom prognóstico quanto as suas comorbidades.

 

Dado o exposto, conclui-se que esta pesquisa é significativa para a prática clínica assistencial e para o desenvolvimento de um plano de cuidados para pacientes com o diagnóstico de função cardíaca prejudicada. O enfermeiro precisa buscar reconhecimento profissional, mas isso só será garantido com uma assistência impecável, baseada em fatos, em evidências e na literatura.

 

Referências

 

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