What is the best digital technology for nursing intervention in monitoring intracranial pressure in the ICU? systematized Review of Literature

 

Qual a melhor tecnologia digital para a intervenção de enfermagem na monitorização da pressão intracraniana em UTI? – Revisão Sistematizada da Literatura

 

Ketlyn Bouzan Lessa do Nascimento 1, Isabel Cristina Fonseca da Cruz2

1 Enfermeira, aluna do Curso de Especialização em Enfermagem em Cuidados Intensivos. Universidade Federal Fluminense (UFF).

2 Doutora, professora. Titular da UFF. isabelcruz@id.uff.br

ABSTRACT

 

Objective: to analyze the technologies that are considered viable alternatives for monitoring ICP in intensive care units (ICU) and the importance of training nurses to use these resources. Methods: descriptive and exploratory study and bibliographical research. Results: in this study, 10 articles were chosen for the analysis of the data obtained, these were selected for meeting the inclusion criteria and for presenting relevance to the proposed theme for the discussion and presentation of the contents obtained where technologies are analyzed in relation to monitoring of ICP in intensive care units (ICU). Conclusion: the study pointed out that monitoring intracranial pressure requires efforts from both the nurse and the team, where the nurse must assess intracranial hypertension, recognizing it through the help of technologies to ensure that the necessary interventions are initiated and that they are in agreement with the patient's situation.

Key words: intracranial pressure (PIC); intensive care unit; health technologies.

 

RESUMO

Objetivo: analisar as tecnologias que são consideradas alternativas viáveis para a monitorização da PIC em unidades de terapia intensiva (UTI) e importância da capacitação dos enfermeiros em usar tais recursos. Métodos: estudo descritivo e exploratório e pesquisa de natureza bibliográfica. Resultados: no presente estudo foram escolhidos 10 artigos para a análise dos dados obtidos, estes foram selecionados por atenderem aos critérios de inclusão e por apresentar relevância ao tema proposto para a realização da discussão e apresentação dos conteúdos obtidos onde são analisadas as tecnologias em relação a monitorização da PIC em unidades de terapia   intensiva (UTI). Conclusão: o estudo pontuou que a monitorização da pressão intracraniana exige esforços tanto do enfermeiro quanto da equipe, onde o enfermeiro deve avaliar a hipertensão intracraniana a reconhecendo por meio do auxílio            das melhores tecnologias para garantir que as intervenções necessárias sejam iniciadas e que estas estejam de acordo com a situação do paciente.

Palavras-chave: pressão intracraniana (PIC); unidade de terapia intensiva; tecnologias em saúde.

INTRODUÇÃO E SITUAÇÃO PROBLEMA

 

O presente artigo traz uma revisão da literatura em relação as tecnologias digitais utilizadas no setor da saúde, mais precisamente nas unidades de terapia intensiva (UTI).

Diante do mundo tecnológico o setor da saúde pode ampliar seu atendimento e o oferecimento de melhores tratamentos para os pacientes, pelo fator da junção ciência e a tecnologia.

As tecnologias utilizadas para o monitoramento da PIC devem estar sempre alinhadas as necessidades dos pacientes, onde a padronização dos cuidados e a capacitação dos enfermeiros são de extrema importância.  Portanto, o artigo traz essas tecnologias como considerado estas alternativas viáveis para a monitorização da PIC em unidades de terapia intensiva.

A monitorização da PIC está mais amplamente estudada e tem sua indicação mais estabelecida nos pacientes com traumatismo cranioencefálico grave. Há uma redução importante da mortalidade, de 50% para 36%, devido à utilização de protocolos de tratamento intensivo, incluindo a monitorização da PIC. (1)

As técnicas de monitoração da PIC evoluíram de invasivo para não invasivo, ambas com suas limitações e vantagens. O método invasivo é caracterizado como um procedimento de inserção de um cateter na região intraventricular, subaracnóidea ou intraparenquimatoso, podendo expor o paciente a riscos de precipitação de hematoma intracraniano, de agravar o edema cerebral, de danos no parênquima, de hemorragia intracerebral e infecção. (2)

Dessa forma, as tecnologias digitais têm vantagens  bem  conhecidas como a detecção de algum problema instalado, contribuição para desfechos mais precisos de diagnóstico, permite intervenção rápida da equipe multidisciplinar, auxilia na prevenção de possíveis eventos adversos ocorrerem, possibilita a realização de procedimentos menos invasivos, proporciona a otimização da assistência, consequentemente oferecendo um atendimento de qualidade ao paciente, além de eficiência na gestão hospitalar e na redução de custos, uma vez que os pacientes estão internados na UTI.

A unidade de terapia intensiva ( UTI) é composta por pacientes de alta complexidade, ou seja, que necessitam de  suporte assistencial nas 24  horas, como forma preventiva e até reversiva de piora do quadro clínico, a unidade utiliza-se de diversos equipamentos tecnológicos para o tratamento correto desses pacientes, nos quais exigem monitorização contínua dos sistemas neurológico, cardiovascular, respiratório, digestivo, renal, hepático, entre outros, avaliação dos níveis de sedação utilizando escala de Ramsay ou RASS, nível de consciência por meio da escala de coma de Glasgow, aprofundando na história clínica do paciente e culminando no avanço da identificação de possíveis complicações e intervenções da equipe de enfermagem.

Sabendo disso, é indispensável o uso de tecnologias digitais que deem suporte à uma determinada intervenção de enfermagem (CIPE®) prescrita para a resolução de diagnósticos de enfermagem ou médicos podem ter impactos na prática da (o) enfermeira (o), portanto, não existe a melhor, mas sim várias tecnologias que são eficientes.

Percebe-se que, diante da vasta demanda de informações e recursos tecnológicos disponíveis na saúde, surge a necessidade de profissionais cada vez mais qualificados e intelectivos que possam garantir a segurança do paciente e que possuam uma melhor tomada de decisão. (3) (4) Pelo fato de que a PIC varia dependendo dos diferentes tipos de hipertensão intracraniana. (5)

O objetivo principal desta revisão é sintetizar sistematicamente as melhores evidências sobre as tecnologias de saúde digital para a intervenção de enfermagem na monitorização da pressão intracraniana (Código CIPE ®: 10046355).

Para investigar a sensibilidade das pressões intracranianas previstas e o fluxo associado entre compartimentos em relação a diferentes regimes de parâmetros, consideramos um conjunto de modelos variações. (6)

As técnicas invasivas, embora precisas e altamente sensíveis, requerem configurações neurocirúrgicas estritas e causam efeitos colaterais que devem ser controlados, como hemorragia, infecção e lesões cerebrais. Portanto, é necessário explorar métodos de monitoramento não invasivos. (7) O avanço tecnológico é contínuo, devendo este ser aprimorado aos que já eram utilizados, e tais recursos tecnológicos ajudam a reverter distúrbios que colocam em risco à vida do paciente. (8)

Apesar dos avanços técnicos nesta área, o método subaracnóideo mostrou-se uma alternativa bastante viável para a monitorização da PIC em pacientes com traumatismo craniencefálico grave. (9)

A medida da pressão intracraniana (PIC) deve estar dentro dos parâmetros ideias de volume sanguíneo suportados pelo crânio. (10) Os cuidados com pacientes neurológicos a cada dia são mais explorados e exigem um grande conhecimento por parte dos profissionais que cuidam deles.

Assim, o enfermeiro da UTI deve estar apto a reconhecer esses sinais e sintomas e atuar de forma rápida e efetiva na recuperação e/ ou prevenção de possíveis achados, abordando uma assistência sistemática, prioritária, humanizada e de qualidade ao paciente.

Questão prática: Com base em evidência, qual a melhor tecnologia digital para a intervenção de enfermagem na monitorização da pressão intracraniana do paciente de alta complexidade sob cuidados intensivos?

 

Quadro 1 - Estratégia de PICO. Niterói, 2021.

Acrônimo

Definição

Componente da questão prática

P

Paciente

Paciente de alta complexidade & adulto/idoso com o diagnóstico de risco de perfusão cerebral ineficaz.

 

I

Prescrição/Protocolo

Promover conforto, monitorização rigorosa dos sinais vitais, avaliar nível de consciência e níveis de sedação, manter cabeceira elevada a 30°, atentar-se aos valores

da PIC e realizar ECG diariamente.

C

Controle ou comparação

Não se aplica.

O

Resultados

Regulação do fluxo sanguíneo cerebral, prevenção de

possíveis complicações, proporcionando conforto para o paciente.

 

 

T

Percurso crítico

Máximo de 07 dias de internação em UTI.

Fonte: Nascimento & Cruz, 2021.

 

 

METODOLOGIA

Trata- se de uma revisão sistematizada da literatura, por meio de busca realizada na base online computadorizada de artigos, tese, monografias previamente publicadas que sejam relacionados ao tema proposto.

A revisão é um método que proporciona a síntese de conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática. Nesse contexto, optou-se por usar e captar as opiniões, visões de mundo e vivências na UTI e da efetividade dessas tecnologias.

Foram utilizados como critérios de inclusão dados de artigos em um período de 2009 a 2020, contidos nas bases eletrônicas da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Pub Med, Scientific Electronic Libary Online (Scielo), Medline, Lilacs e Bdenf, a busca foi realizada no mês de junho de 2021, e durante a pesquisa foi perceptível a escassez de material que aborde este assunto, portanto, sendo necessário utilizar de material um do ano 2001 e outro de 2009 para complementar a pesquisa.

Para a busca bibliográfica das evidências foi utilizada uma combinação dos componentes da estratégia PICO. Sendo (P) Paciente - Paciente de alta complexidade & adulto/ idoso com o diagnóstico de risco de perfusão cerebral ineficaz. AND (I) Prescrição/ Protocolo- Promover conforto, monitorização rigorosa dos sinais vitais, avaliar nível de consciência e níveis de sedação, manter cabeceira elevada a 30°, atentar- se aos valores da PIC e realizar ECG diariamente. AND (C) Controle ou Comparação - Não se aplica, AND (O) Resultados - Regulação do fluxo sanguíneo cerebral, prevenção de possíveis complicações, proporcionado conforto para o paciente. AND (T) Percurso Crítico: 07 dias, Máximo: 07 dias de internação em UTI.

 

RESULTADOS

 

As bases de dados que forneceram os melhores resultados e maiores quantidades de estudos foram Scielo e Pub Med, visto que foram selecionados artigos do Brasil, Noruega, Reino Unido, Suécia, para a realização deste estudo.

Dos 529 trabalhos obtidos após filtragem, dez artigos foram escolhidos e avaliados detalhadamente para inclusão nesta revisão e mostraram a importância do uso das tecnologias e também a avaliação hemodinâmica e metabólica do encéfalo nas lesões cerebrais engloba ações para o planejamento de redução de lesões secundárias, além da avaliação clínica para melhor monitoramento neurológico e identificação o edema cerebral.

Embora a mortalidade possa ser reduzida por hemicraniectomia precoce em pacientes selecionados, a terapia destinada a baixar a PIC, reverter o edema cerebral e manter a perfusão cerebral continua torna - se um componente chave no manejo destes pacientes. Logo torna-se necessário que o enfermeiro de UTI seja proficiente para realizar uma avaliação criteriosa dos pacientes, afim de oferecer melhores tratamentos por meio das técnicas corretas.

Como forma de adequar a pesquisa foram pesquisados os seguintes descritores para compor seu desenvolvimento: pressão intracraniana, monitorização, tecnologias em saúde, cuidados de enfermagem, unidades de terapia intensiva, neurologia no critério de exclusão e inclusão foi decido por usar os que mais se adequavam ao tema, onde foram selecionados 4 artigos da plataforma SciELO, 5 artigos da Pub Med e 1 artigos publicados na BVS.

Ao pesquisar os descritores das plataformas citadas na metodologia do presente artigo, os mesmos foram classificados com nível de evidência da seguinte forma:

Quadro 2: Publicações localizadas nas bases virtuais. Niterói, 2021

 

Autores, Ano e País.

Objetivo da Pesquisa

População

/amostra

Tipo de Estudo

Principais recomendações

Nível de evidencia

 

Unnerbäck, Mårten 2018,

Suécia.

Analisar o Monitoramento da PIC, com sua terapia concomitante, que parece diminuir a mortalidade.

13 pacientes internados na UTI foram incluídos no estudo, sendo monitorados pela PIC em tempo real com um cateter intraventricular e também foram examinados com ressonância magnética de contraste de fase

cine.

Caso controle.

Os resultados sugerem que a parte pulsátil do sistema intracraniano a curva de pressão, especialmente quando transformada em curva volume, se correlaciona com a parte pulsátil do FSC.

3B

De Carvalho, Lilian Regina.

2017,

Brasil.

 

Desenvolver uma tecnologia digital educacional sobre um

método novo para monitorar a pressão intracraniana para enfermeiros, médicos e fisioterapeutas.

 

Uso de uma tecnologia digital educacional que é composta por 36 telas e locução na língua português, que tem por objetivo ensinar os enfermeiros e outros

profissionais a monitorar a PIC.

 

Estudo descritivo do tipo pesquisa

metodológica aplicada de produção tecnologia.

 

O planejamento de atividades apoiadas por computador mostrou-se

adequado para o alcance do objetivo proposto podendo ser utilizado para o desenvolvimento de recursos tecnológicos digitais.

 

 

 

2A

Lawley, Justin S.

2016, USA.

Observar como a gravidade interfere na pressão do cérebro.

 

Estudos por meio de exames e análise do comportamento de astronautas.

Estudo transversal.

Foi descoberto recentemente que astronautas têm problemas de visão, com uma apresentação que se assemelha a síndromes de

pressão intracraniana elevada (PIC).

1B

CARDIM, Daniel [et.al] 2016, Reino Unido.

Monitoramento não invasivo da pressão intracraniana, Ultrassonografia Doppler transcraniana, Pressão intracraniana

Os estudos publicados apresentam diferentes opiniões sobre a PIC.

Revisão da literatura.

O Doppler transcraniano (TCD) é uma técnica que visa principalmente avaliar a dinâmica cerebrovascular através da velocidade do fluxo sanguíneo cerebral.

5D

CARDIM, Daniel [et.al] 2016, Reino Unido.

Fazer uma avaliação de um conjunto de métodos em uma coorte de pacientes com alterações na PIC de origem puramente

vasogênica.

Análise de um banco de dados de 446 pacientes adultos com TCE [idade mediana de pacientes: 30 anos.

Estudo descritivo e transversal.

A PIC varia dependendo dos diferentes tipos de hipertensão intracraniana.

3B

Vinje, Vegard, 2020

Noruega.

Usar um modelo de compartimento para estimar a pressão no espaço subaracnóideo e nos espaços paravascular, onde diferentes variações do modelo foram testadas para avaliar a sensibilidade dos parâmetros selecionados.

Os testes de infusão em humanos fornecem percepções cruciais e características básicas para modelos de LCR dinâmica, incluindo faixas de pressão validadas.

Estudo transversal.

O aumento da PIC é um fator importante que deve ser considerado ao determinar as vias das substâncias injetadas no espaço subaracnóideo. Os resultados sugerem que a resistência glifática é muito alta para permitir o fluxo impulsionado pela pressão pelas pulsações arteriais e, ao mesmo tempo, muito pequena para permitir uma rota de

drenagem direta do PVS para os vasos linfáticos cervicais.

3A

Li-min Chen, 2019

China.

Identificar se as medidas ultrassonográficas do diâmetro da bainha do nervo óptico poderiam avaliar de forma dinâmica e sensível a pressão intracraniana em tempo real (PIC).

Pacientes de 18 a 80 anos que foram pacientes do departamento de neurologia, todos necessitavam de punções lombares (LPs)

para fins de diagnóstico entre agosto de 2016 e janeiro de 2017.

Estudo qualitativo descritivo.

Qualquer aumento da PIC no espaço subaracnóideo é transferido para o fluido do nervo óptico que o circunda e vários estudos confirmaram que a medição ultrassônica muda com a PIC.

1B

De Almeida, Carolina Marques,

2019,

Brasil.

Tem por objetivo identificar, nas publicações nacionais e internacionais, as principais intervenções de Enfermagem direcionadas a pacientes com hipertensão intracraniana.

Análise da literatura sobre monitoramento da PIC de 2013 até 2018.

Revisão integrativa da literatura.

A hipertensão intracraniana é um evento de grande repercussão clínica, cujas complicações podem ser minimizadas e controladas mediante intervenções de Enfermagem específicas que abrangem controles de parâmetros neurofisiológicos, hemodinâmicos, bem como prevenção de aumento da pressão intracraniana atrelado

à realização de procedimentos pela equipe de Enfermagem.

5D

 

Filho, Venâncio Pereira Dantas 2001,

Brasil.

Analisar o método subaracnóideo para a monitorização contínua da PIC foi considerado aplicável, seguro, simples, de baixo custo e útil para a orientação do tratamento, a PIC foi considerada útil e prática.

Foram analisados prospectivamente 206 pacientes com traumatismo craniencefálico (TCE) grave (8 pontos ou menos na Escala de Coma de Glasgow), internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital das

Clínicas da Universidade Estadual de

Campinas

Estudo transversal

Os pacientes avaliados com traumatismo craniencefálico (TCE) grave (8 pontos ou menos na Escala de Coma de Glasgow). Todos os pacientes foram submetidos à monitorização contínua da pressão intracraniana (PIC) pelo método subaracnóideo (11 com parafuso metálico

e 195 com cateter plástico).

3B

 

De Alcântara Talita Ferreira Dourado Laurindo [et.al]

 

2009,

 

Brasil

É de realizar uma atualização sobre os diferentes métodos de monitorização neurológica intensiva e estabelecer relações com o trabalho do enfermeiro.

A revisão da literatura explora os descritores: “monitorização”, “neurologia”, “unidade de terapia intensiva” e “assistência de enfermagem”.

Revisão da literatura

O impacto do suprimento e renovação de equipamentos eletroeletrônicos de

suporte vital ao paciente na unidade de terapia intensiva é um fato concreto, o que deve fazer com que a equipe de enfermagem se adapte

ao ritmo da nova tecnologia a serviço da saúde do paciente.

5D

Fonte: Nascimento & Cruz, 2021

 

À vista disto, foi utilizada a tabela disponível no Ministério da Saúde para a elaboração do quadro acima baseado nos critérios do Nível de Evidência Científica de cada conteúdo dos artigos selecionados para a discussão do projeto com a finalidade de evidenciar a confiabilidade das informações utilizadas nas quais possibilitam determinação e recomendação realizando aplicação da metodologia predisposta anteriormente. (11)

 

DISCUSSÃO

 

Pode-se perceber através de estudos, que a monitorização da pressão intracraniana em UTI, é uma avaliação bem como um acompanhamento dos dados que são fornecidos pelas tecnologias por meio das técnicas para avaliar o quadro do paciente que está sendo monitorado, sendo de suma importância a capacitação dos enfermeiros diante de novas tecnologias para que o tratamento do paciente seja eficiente.

A monitorização neurológica é uma avaliação e acompanhamento de dados fornecidos por aparelhagem técnica das alterações do sistema nervoso.

Diante de diferentes métodos de monitorização neurológica intensiva deve estabelecer relações com o trabalho do enfermeiro.

O impacto do suprimento e renovação de equipamentos eletroeletrônicos de suporte vital ao paciente na unidade de terapia intensiva é um fato concreto, o que deve fazer com que a equipe de enfermagem se adapte ao ritmo da nova tecnologia a serviço da saúde do paciente. (10)

Assim, fazem-se necessárias a busca contínua por conhecimento e a atualização profissional e, para isso, a tecnologia digital educacional (TDE) pode ser um recurso facilitador para os profissionais da saúde, por possibilitar flexibilidade de horário e ritmo de aprendizagem. (2)  A TDE refere-se ao recurso disponível via computador, que serve como um apoio ao processo de aprendizagem e, como exemplo, pode-se citar a simulação, softwares educacionais, aula virtual, vídeos, ambientes virtuais de aprendizagem, entre outros.  (2)

Profissionais da área da saúde, devem se adequar, como já foi dito ao longo do artigo, para que ele saiba usar de novas tecnologias, para que tal recurso seja um facilitador no processo tanto de sua aprendizagem quanto no cuidado com o paciente.

A pressão intracraniana (PIC) é um monitoramento importante modalidade no manejo clínico de diversos neurológicos doenças com risco intrínseco de potencialmente letal hipertensão intracraniana. (4) Cuidar de pacientes com alterações neurológicas é um grande desafio para toda a equipe de enfermagem. É necessário executar os cuidados específicos e contínuos em UTI, estes que exigem atenção máxima da equipe de saúde e manipulação mínima, a fim de evitar possíveis lesões deletérias ou agravar aqueles existente. (8)

As alterações da PIC dependem de vários fatores como: a expansão do volume intracraniano, a distribuição do volume dos componentes, o edema, a elasticidade dos componentes e a presença de lesões. O monitoramento da PIC é essencial para a avaliação e tratamento de doenças neurológicas. (2)  Contudo, é através dela que se obtêm dados confiáveis e necessários para a intervenção. (10)

Os Pacientes no ambiente de tratamento neurointensivo muitas vezes têm pressão intracraniana medida em tempo real, usando um dispositivo implantável. Uma vez que é quantificada, e arterial a pressão arterial é medida diretamente de um cateter arterial, é possível calcular a pressão de perfusão cerebral. (1) O uso das tecnologias ajuda de forma dinâmica e com sensibilidade a avaliação da pressão intracraniana em tempo real (PIC). (1)

 

Métodos de quantificação dos níveis da pressão intracraniana (PIC) e de controle da HIC têm sido propostos, mas a sua implementação ainda permanece um desafio para grande parte dos hospitais brasileiros e de outros países em desenvolvimento. Custos, praticabilidade, confiabilidade e riscos de complicações são aspectos importantes, muitas vezes limitantes, para a escolha do método de monitorização da PIC. (9) (3)

Onde, o método subaracnóideo para a monitorização contínua da PIC mostrou-se aplicável, sendo considerado seguro, simples e de baixo custo. O registro dos níveis de PIC de horário pelo pessoal de enfermagem mostrou-se uma metodologia prática e útil para a condução do tratamento dos pacientes. (9)

A padronização de um método de monitorização contínua da PIC deve ser uma preocupação premente em qualquer UTI, principalmente em hospitais públicos, responsáveis pelo tratamento da maioria dos pacientes com TCE em nosso país. O método subaracnóideo, especialmente com cateter plástico, além de satisfazer as necessidades específicas de segurança, praticabilidade e confiabilidade, contempla também os grandes desafios da falta de recursos financeiros na área de assistência à saúde em nosso meio. Este método deve, portanto, ser sempre considerado como uma alternativa viável para a monitorização da PIC em unidades de terapia intensiva. (9)

Para desfecho desta discussão, o enfermeiro da UTI deve estar qualificado, apto e atento para usar os métodos de monitorização da PIC, que sejam eficientes e auxiliadores efetivos para o tratamento do paciente.

 

CONCLUSÃO

 

Os artigos revisados apontam para a importância do monitoramento da PIC, bem como da necessidade do uso das técnicas mais modernas para realizar tal aferição, estas que devem estar sempre alinhadas as necessidades dos pacientes, onde a padronização dos cuidados e a capacitação dos enfermeiros são de extrema importância.

Os pacientes que não respondem ao tratamento necessitam de outras intervenções para controle da PIC, como visto ao longo da análise dos artigos. A monitorização da PIC é indicada para os pacientes, que apresentam Glasgow inferior a nove, com tomografia de crânio anormal (hematomas, contusões, edemas ou compressão das cisternas) e aos pacientes que apresentam Glasgow inferior a nove, com tomografia de crânio normal.

Os resultados apresentados nos levam a refletir sobre as condutas profissionais de enfermagem, que precisam se atualizar em relação das melhores técnicas a serem usadas nos pacientes, em especial em situações que se tem o monitoramento da PIC. Onde, é necessária a capacitação e ação dos enfermeiros em conhecer as tecnologias voltadas principalmente para o monitoramento da PIC, para oferecer um melhor tratamento aos pacientes.

A contribuição deste estudo tange a regulação do fluxo sanguíneo cerebral, prevenção de possíveis complicações, proporcionando conforto para o paciente, bem como o estabelecimento de diretrizes sobre o uso de determinada tecnologia digital para a prática de enfermagem intensivista interprofissional, baseada em evidência com foco na experiência positiva dos pacientes em cuidados intensivos  possa contribuir para o enriquecimento da área de saúde, em especial da enfermagem, afim de que a ação de promoção da saúde seja vista como uma prática essencial para os profissionais da área, propiciando subsídios para a prática educativa na extensão.

 

REFERÊNCIAS

 

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