Boletim NEPAE-NESEN enfermagem científica

Resenha sobre a vídeo-aula embriologia do aparelho urogenital: parte 1 / Review on the video lesson embryology of the urogenital tract: part 1/ Revisión de la embriología lección de vídeo del tracto urogenital: parte 1

Alunas: Isabela Barboza da Silva Tavares e Rebeca Magalhães Soares

Resumo

 

Esta resenha faz parte das atividades requeridas na disciplina Pesquisa e Prática de Ensino III, do Curso de Enfermagem e Licenciatura da Universidade federal Fluminense e objetiva apresentar criticamente a construção da avaliação de uma das vídeo-aulas assistidas por nós, alunas da disciplina supracitada. O vídeo intitulado: Embriologia do aparelho urogenital: parte 1 mostra a descrição anátomo-fisiológica do aparelho urogenital do embrião através de modelos didáticos demonstrativos de suas formas que são segurados, aparentemente, pelas mãos de quem ministra o conteúdo. Dizemos aparentemente porque em momento algum aparece o rosto de quem fala. Tentaremos associar, pois, a avaliação desse vídeo por nós escolhido, que se trata de uma apresentação embutida de grande carga teórica de anatomia e fisiologia, com a questão específica da produção de nossa vídeo-aula, que por sua vez tem por objetivo apresentar o passo a passo de técnicas de Enfermagem.

Descritores: Enfermagem; Ensino; Alunos

 

Abstract

 

This review is part of the activities required in the discipline of Education Research and Practice III, the School of Nursing and Bachelor of Fluminense Federal University takes a critical and objective evaluation of the construction of a video-assisted lessons for us, students of the subject above. The video titled: Embryology of the urogenital system: Part 1 shows the anatomical and physiological description of the urogenital system of the embryo through didactic models demonstrating its forms that are insured, apparently at the hands of those administering the content. We say apparently because at no time shows the face of the speaker. We will try to join, therefore the assessment of the video chosen by us, it is a built-in presentation of major theoretical load of anatomy and physiology, with the specific question of our video production class, which in turn aims to present the step by step techniques of Nursing.

Keywords: Nursing, Teaching, Students

 

 

Resumem

 

Esta revisión forma parte de las actividades necesarias en la disciplina de Educación, Investigación y III de la práctica, la Escuela de Enfermería y Licenciatura de la Universidad Federal Fluminense tiene una evaluación crítica y objetiva de la construcción de una experiencia asistida vídeo, para nosotros, los estudiantes del asunto de referencia. El video titulado: Embriología del aparato urogenital: Parte 1 se muestra la descripción anatómica y fisiológica del sistema urogenital del embrión a través de modelos didácticos demostrando sus formas que están asegurados, al parecer a manos de los que administran el contenido. Decimos aparentemente porque en ningún momento muestra la cara del hablante. Vamos a tratar de unirse, por lo tanto la evaluación del video elegido por nosotros, es una integrada en la presentación de la carga de los principales teóricos de la anatomía y la fisiología, la cuestión específica de nuestra clase de producción de vídeo, que a su vez tiene como objetivo presentar la paso a paso las técnicas de Enfermería.

Palabras clave: Enfermería, Magisterio, estudiantes

 

 

Introdução

 

O conhecimento é o resultado das experiências individuais com o mundo, sendo o mesmo, construído pelos aprendizes quando estes resolvem os problemas com que se deparam, além disso, os adultos aprendem melhor, quando são ajudados a aprender e quando aprendem o que eles realmente têm necessidade de aprender para progredir na vida, e que os adultos são os seus próprios melhores professores e melhores recursos para a aprendizagem (1). Ou seja, para a ministração de aulas em nível superior, seja qual for o conteúdo aplicado, há a necessidade de responder a pergunta: “de que me servirá isto em minha prática profissional?”. E nessa direção devem caminhar os passos do planejamento de uma aula. Sendo prejudicial à formação acadêmica do aluno, a ausência dessa facilitação do articular a teoria com a prática. “Não basta garantir que sejam ministrados conteúdos teóricos de forma separada, ficando difícil para o discente estabelecer relação com a prática” (2).

 

Métodos

 

Este trabalho trata-se de uma resenha onde a partir de uma avaliação de um vídeo instrucional do site http://videoaulas.uff.br/conteudo/embriologia-aparelho-urogenital-parte-1, apontando os pontos positivos e negativos e a experiência adquirida para a formulação de uma nova videoaula.

 

Resultados e Discussão

 

A avaliação foi realizada com base em dezessete temas que orientaram a analise crítica.

O primeiro tópico do roteiro utilizado para avaliação crítica do vídeo assistido, diz respeito à questão da acurácia. E quanto à isso, pode-se afirmar que é de suma importância, que haja objetividade na aula com explanação do conteúdo sem fugir do tema. Nesse sentido o vídeo assistido mostra atender positivamente ao esperado.

O segundo tópico do roteiro nos remete ao discutido anteriormente, e pode ser avaliado juntamente com o sexto e sétimo tópicos. O segundo fala quanto a aplicabilidade do conteúdo teórico passado, o sexto sobre a implementação pelo aprendiz e o sétimo sobre a reflexão pelo aprendiz. Repetindo a informação, por ter um caráter descritivo pouco prático, os elementos anatômicos em embriologia não são associados facilmente à prática profissional, e esse esforço certamente não foi realizado no planejamento da vídeoaula, pois não há o menor incentivo à reflexão, ou demonstração prática da importância do conteúdo explicado no decorrer da explanação da aula.

O terceiro tópico traz a questão de ser “livre de viés”. Essa idéia seria analisada melhor se o vídeo escolhido versasse sobre um tema mais subjetivo, por exemplo, sobre questões políticas, históricas ou antropológicas. O vídeo analisado não apresenta qualquer comprometimento preconceituoso ou tendencioso à defesa de opiniões particulares de terceiros.

O quarto tópico que apresenta a questão da definição dos objetivos da aprendizagem, não foi um parâmetro gerador de um feedback positivo, visto que não há se quer uma introdução quanto ao conteúdo a ser apresentado.

O quinto tópico traz a questão da apresentação do conteúdo, e sobre esse aspecto, pode-se dizer que o conteúdo é mostrado de forma detalhada e através do uso visual do que se fala. Uma das maiores dificuldades de dar uma aula, principalmente no que tange a apresentação de matérias tão abstratas como as da área biológica, e mais especificamente a embriologia, onde falamos de partes e órgãos do corpo humano de uma maneira em que não estamos acostumados a presenciar em nosso dia a dia (na sua gênese), consiste em fazer o aluno enxergar o que você educador está tentando passar. Utilizando minha experiência (Isabela) quanto a ser aluna da disciplina em questão (a Embriologia) lembro- me de quantas vezes, por mais esforço que eu tentasse empregar para visualizar os tais “túbulos” que nasciam de “ramificações” e se transformavam em “órgãos”, eram sempre frustradas as minhas tentativas. Por isso achamos tão importante o uso da imagem, ou, como no caso do recurso utilizado na vídeoaula, um modelo em 3 dimensões, como um protótipo, para facilitar o aprendizado do aluno, através da visualização daquilo que se fala.

Como o sexto e sétimo tópicos foram discutidos acima juntamente com o segundo tópico, partiremos então para a análise do oitavo tópico, que versa sobre o alcance dos objetivos, onde podemos retomar a discussão sobre a ausência da apresentação dos mesmos na introdução da aula. Sendo assim, fica complicado traçar uma linha onde se tenha o alcance desses objetivos, que nesse caso, nem se quer foram apresentados.

O nono tópico que diz respeito à interação com o aprendiz, me fez atentar para um detalhe importantíssimo; no vídeo em questão, nem ao menos a face de quem fala aparece. Apenas as mãos segurando o protótipo e apontado para as estruturas que vão sendo detalhadamente explicadas. Como pode haver dessa forma uma interação com aprendiz? Além disso, os recursos pedagógicos do lançar perguntas aos alunos, ou se referir a eles de alguma maneira, poderiam ser utilizados para melhor aproveitamento da aula.

Quanto ao décimo tópico, intitulado integração ao ambiente de aprendizagem, o vídeo é totalmente claro na idéia de passar um conteúdo aos alunos, desde o ambiente físico onde foi filmado à maneira como pode ser percebido pelos expectadores. Porém a educação é um processo, e a idéia de aprendizado, hoje, vai além da “transferência bancária do conhecimento” (3), se fazendo necessário um melhor uso de técnicas didáticas para a construção de um saber que partindo da idéia de ser construído e não simplesmente passado, fosse capaz de garantir a valorização do conteúdo pelo aluno, e a aplicação prática de fato em sua formação profissional. Embora Paulo Freire seja um autor antigo, suas idéias são muito atuais, e é impossível falar em construção de conhecimento e em processo educativo sem citá-lo.

Para discorrermos a cerca do décimo primeiro tópico, por se tratar de aspectos gerais do vídeo, retomaremos tudo o que até aqui já foi analisado. É um vídeo claro quanto à apresentação do conteúdo, e nele se detém sem dificuldades. Traz consigo uma boa maneira de se visualizar o que é dito, porém, quando a didática é analisada através da questão da interação com os alunos, seu conceito se reduz, visto fazer uso de uma linguagem puramente biomédica, e que não traz uma idéia da aplicabilidade do conteúdo teórico apresentado.

O décimo segundo tópico que diz respeito ao foco no conteúdo, é atendido positivamente, visto não haver qualquer desvio do assunto tratado no decorrer da apresentação.

Os seguintes tópicos: décimo terceiro (qualidade visual), décimo quarto (qualidade do áudio) e décimo quinto (relação áudio-visual), se mostram também como satisfatórios no que tange a análise do vídeo em questão. Não há distorções em ambos os aspectos e a dicção de quem faz a narração, o que, diga-se de passagem, é um fator essencial na montagem de uma vídeoaula, também contribui para a compreensão do que é passado.

A questão da informação introdutória fornecida que traz o décimo sexto tópico, é atingida no tema apresentado em uma frase de abertura do vídeo, mas como já discutido anteriormente, não há a apresentação dos objetivos da aula, o que torna a introdução da aula deficiente.

O décimo sétimo tópico que traz a idéia da síntese e explicitação do conhecimento, não há uma satisfação plena com relação ao vídeo, uma vez, que embora haja o detalhamento do que é explicado, não é feito uma retomada das informações à medida em que elas são lançadas, além disso, as mesmas não apresentam-se interligadas e nem sua utilidade é explicada.

 

 

Conclusão

 

A análise do vídeo e a posterior construção da resenha através do uso das leituras também recomendadas no site da disciplina nos permitiu obter uma visão mais crítica no que diz respeito ao planejamento da produção de nossa vídeoaula, além de contribuir para o enriquecimento de nossa experiência acadêmica, não apenas como futuras bachareladas em Enfermagem, mas também como Licenciadas.

 

Referencias bibliográficas

 

1 Leite, J.B. Diniz; Porsse, M.C.S. Competição baseada em competências e aprendizagem organizacional: em busca da vantagem competitiva. Rev. adm. contemp. 2003, 7(spe): 121-141 Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552003000500007&lang=pt . Acesso em 04/10/10.

 

2 Casate, J. C. Corrêa, A. K. Vivências de alunos de enfermagem em estágio hospitalar: subsídios para refletir sobre a humanização em saúde. Rev Esc Enferm USP. 2006;40(3):321-8. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v40n3/v40n3a01.pdf. Acesso em 02 de setembro de 2010.

 

3 FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 25ª Edição. Petrópolis-RJ, Paz e Terra. Coleção Saberes. 2002.

 

 

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BNN - ISSN 1676-4893 

Boletim do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre as Atividades de Enfermagem (NEPAE)e do Núcleo de Estudos sobre Saúde e Etnia Negra (NESEN).