Ensino clínico:muito além do processo ensino-aprendizagemProfa. Dra. Isabel Cruz |
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Breve descrição do contexto: As relações do binômio professor-aluno acontecem dentro do processo de ensino-aprendizagem. Todavia, as relações da professora-enfermeira com o aluno técnico de enfermagem acontecem no âmbito do processo terapêutico. E neste processo há mais um protagonista: o paciente.
Descrição do problema: Embora seja docente de enfermagem há muitos anos, confesso que passei a observar com mais atenção o ambiente de ensino-aprendizagem profissional a partir do momento que fui designada para o curso de Licenciatura. As teorias de educação, sem exceção, descrevem a educação de um modo geral. Porém, como ensinar a um aluno sobre cuidados de enfermagem e cuidar, com segurança, de um paciente ao mesmo tempo? Como aprender a prestar cuidados de enfermagem com segurança cuidando ainda sem habilidade plena?
Medidas chaves para a mudança (ou melhoria): A curto prazo é necessário identificar os recursos didáticos e as estratégias de ensino que possibilitem o desenvolvimento seguro e éticodo processo ensino-aprendizagem no ambiente clínico. A longo prazo, é preciso pensar uma teoria educacional para o processo de formação dos profissionais de saúde que considere o trinômio indissolúvel professor-aluno-paciente.
Processo de obter dados: A busca para as perguntas formuladas anteriormente será feita de modo livre, sempre considerando o paciente e o aluno técnico de enfermagem como receptores da intervenção “ensino-aprendizagem do aluno técnico e cuidado de enfermagem do paciente”. O resultado que se espera é o aprendizado do aluno técnico e a segurança do paciente, assim como o exercício profissional ético do docente de enfermagem.
Análise e interpretação: No meu entendimento, estudos[1] [2]sobre recursos didáticos para o ensino clínico têm o potencial de melhorar o processo ensino-aprendizagem-tratamento e consequentemente a formação técnica e ética dos profissionais de saúde, assim como a qualidade do cuidado durante o período de desenvolvimento das atividades de ensino.
Estratégias para mudanças: Algumas mudanças já estão ocorrendo em função do avanço das pesquisas nas áreas de humanização e segurança do paciente, mais do que propriamente em decorrência de novas idéias sobre o ensino clínico. Instituições de formação em saúde voltam a investir em laboratórios de técnicas e com o advento da informática clínica, o computador mostrou-se um recurso importante para o ensino de habilidades clínicas, assim como o seu treinamento.
Próximos passos: Meus estudos preliminares reiteraram minha convicção de que o paciente é o conceito central no processo de ensino clínico. O cuidado seguro antecede a aprendizagem da habilidade e é parte constitutiva da formação ética do futuro pprofissional. Por conseguinte, é de responsabilidade do docente de enfermagem e das instituições formadoras a criação de experiências e espaços de ensino-aprendizagem (e cuidado) eficientes para o aluno, seguros para o paciente e ético para todos.
Referências bibliográficas [1] Cruz I. Role playing and nursing clinical teaching - Systematic Literature Review Online Brazilian Journal of Nursing [serial on the Internet]. 2010 May 3; [Cited 2011 January 2]; 9(1):[about ## p.]. Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/2831
[2] Cruz I. Demonstration and nursing clinical teaching - Systematic Literature Review Online Brazilian Journal of Nursing [serial on the Internet]. 2010 May 6; [Cited 2011 January 2]; 9(1):[about ## p.]. Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/2837 |
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BNN - ISSN 1676-4893
Boletim do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre as Atividades de Enfermagem (NEPAE)e do Núcleo de Estudos sobre Saúde e Etnia Negra (NESEN).