VIDEO
AULA UMA TÉCNICA DE ENSINO: relato de experiência
Isabel
Cruz. Titular/UFF
RESUMO:
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou no começo de 2013 que as doenças
cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo: mais pessoas morrem
anualmente de doenças cardiovasculares do que por qualquer outra causa. E 9,4
milhões de mortes a cada ano, ou 16,5% de todas as mortes podem ser atribuídas
à hipertensão. Isso inclui 51% das mortes por
AVC e 45% das mortes por doença coronariana. A
hipertensão arterial é um importante fator de risco para doenças decorrentes
de aterosclerose e trombose, que se exteriorizam, predominantemente, por
acometimento cardíaco, cerebral, renal e vascular periférico. Objetivos:
O objetivo é relatar a experiência
da construção de uma vídeo aula como técnica pedagógica. Método:
Este estudo consiste em um relato da experiência vivenciada pela aluna da
disciplina Pesquisa e Prática de Ensino III (PPEIII), do Curso de Graduação e
Licenciatura em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa,
Universidade Federal Fluminense, no período de novembro a março de 2013. Resultados:
Para construção da vídeo aula foram utilizados artigos e livros para
fundamentação teórica e uma câmera para os recursos audiovisuais. Conclusão:
Apesar das dificuldades encontradas ao longo da construção da vídeo aula foi
um aprendizado de extrema importância para minha formação como enfermeiro
educador.
Descritores:
Enfermagem; educação em saúde; ensino.
ABSTRACT:
The World Health Organization (WHO) announced in early 2013 that cardiovascular
diseases are the leading cause of death globally: more people die annually from
cardiovascular disease than any other cause. And 9.4 million deaths each year,
or 16.5% of all deaths can be attributed to hypertension. This includes 51% of
stroke deaths and 45% of deaths from disease coronariana. A Hypertension is an
important risk factor for diseases resulting from atherosclerosis and thrombosis,
which are externalized predominantly by cardiac involvement, cerebral, renal,
and peripheral vascular . Objectives: The objective was to report the experience of building a
video lesson as pedagogical technique. Methods:
This study consists of an account of the lived experience of the student
discipline Research and Teaching Practice III (PPEIII) of the Undergraduate
Degree in Nursing and the
Keywords:
Nursing, health education teaching.
RESUMEN:
La Organización Mundial de la Salud (OMS) anunció a principios de 2013 de que
las enfermedades cardiovasculares son la principal causa de muerte en el mundo:
más personas mueren anualmente de enfermedades cardiovasculares que cualquier
otra causa. Y 9,4 millones de muertes cada año, o 16,5% de todas las muertes
pueden ser atribuidas a la hipertensión. Esto incluye el 51% de las muertes por
accidente cerebrovascular y el 45% de las muertes por enfermedad Hipertensión
coronariana.A es un factor de riesgo importante para las enfermedades derivadas
de la aterosclerosis y la trombosis, que se exteriorizan en su mayor parte por
la afección cardíaca, vascular cerebral, renal y periférica . Objetivos:
El objetivo es presentar la experiencia de construir una lección de vídeo como
técnica pedagógica. Métodos: Este
estudio consiste en un relato de la experiencia vivida de la Investigación de
la disciplina del estudiante y Práctica Docente III (PPEIII) de la Licenciatura
en Enfermería y la Escuela de Enfermería Aurora Afonso Costa, Universidade
Federal Fluminense, de noviembre hasta marzo de 2013. Resultados:
Para la construcción de los artículos de vídeo lecciones y los libros fueron
utilizados para teórica y una cámara de recursos audiovisuales. Conclusión:
A pesar de las dificultades encontradas durante la construcción de una clase de
vídeo de aprendizaje fue muy importante para mi formación como enfermera
educadora.
Palabras
clave: Enfermería, la enseñanza de
educación para la salud.
INTRODUÇÃO
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou no começo de 2013 que as doenças
cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo: mais pessoas morrem
anualmente de doenças cardiovasculares do que por qualquer outra causa.
Estima-se
que 17,3 milhões de pessoas morreram de doenças cardiovasculares em 2008,
representando 30% de todas as mortes globais. Destas mortes, um 7,3 milhões
estimados foram devido à doença cardíaca coronária e 6,2 milhões foram por
acidente vascular cerebral.1
Países
de baixa e média renda são desproporcionalmente afetados: mais de 80% das
mortes cardiovasculares ocorrem em países de baixa e média renda e ocorrem
quase igualmente em homens e mulheres.1
E
9,4 milhões de mortes a cada ano, ou 16,5% de todas as mortes podem ser atribuídas
à hipertensão. Isso inclui 51% das mortes por AVC e 45% das mortes por doença
coronariana.1
A
hipertensão arterial é um importante fator de risco para doenças decorrentes
de aterosclerose e trombose, que se exteriorizam, predominantemente, por
acometimento cardíaco, cerebral, renal e vascular periférico. Essa
multiplicidade de consequências coloca a hipertensão arterial na origem das
doenças cardiovasculares e, portanto, caracteriza-a como uma das causas de
maior redução da qualidade e expectativa de vida dos indivíduos2.
A
hipertensão é, por vezes, chamada de “o assassino silencioso”, porque as
pessoas que a apresentam mostram-se, com frequência, sem sintomas. A hipertensão
pode ser vista como um sinal, assim como a febre, pois possui muitas causas3.
Pessoas
que possuem uma história familiar de hipertensão correm risco significativo.
Entre os fatores de risco estão: obesidade, tabagismo, consumo intenso de álcool,
ingestão de muito sódio (sal), sedentarismo e exposição contínua ao
estresse. A incidência de hipertensão é maior em clientes diabéticos, idosos
e afro-americanos4.
A
prevalência estimada de hipertensão no Brasil atualmente é de 35% da população
acima de 40 anos. Isso representa em números absolutos um total de 17 milhões
de portadores da doença, segundo estimativa de 2004 do Instituto Brasileiro de
Geografia Estatística (IBGE). Cerca de 75% dessas pessoas recorrem ao Sistema
Único de Saúde (SUS) para receber atendimento na Atenção Básica. Para
atender os portadores de hipertensão, o Ministério da Saúde possui o Programa
Nacional de Atenção a Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. O programa
compreende um conjunto de ações de promoção de saúde, prevenção, diagnóstico
e tratamento dos agravos da hipertensão. O objetivo é reduzir o número de
internações, a procura por pronto-atendimento, os gastos com tratamentos de
complicações, aposentadorias precoces e mortalidade cardiovascular, com a
consequente melhoria da qualidade de vida dos portadores5.
Contudo,
após o diagnóstico de hipertensão os pacientes precisam ser educados quanto:
os valores da pressão arterial, diminuição da ingesta de sódio (sal), a prática
de atividades físicas, cessação ou diminuição do tabagismo e etilismo, e práticas
de lazer para diminuir o estresse.
No
Curso de Graduação e Licenciatura em Enfermagem da Universidade Federal
Fluminense há a disciplina de Pesquisa e Prática de Ensino III, e possui a opção
de Educação em Saúde Online. Esta disciplina propõe a utilização de
tecnologias de informação como técnica para educação em saúde de adultos e
idosos.
A
Educação em Saúde Online é uma atividade à distância, e esta é
fundamental para a aprendizagem atual, para atender a situações muito
diferenciadas de uma sociedade cada vez mais complexa. É aquela que
ajuda o aluno a aprender igual ao presencial. Não se mede isso pelo número de
alunos envolvidos, mas pela seriedade e coerência do projeto pedagógico, pela
qualidade dos gestores, educadores mediadores e, também, pelo envolvimento do
aluno6.
METODOLOGIA
Durante
este período foi desenvolvidas diversas atividade no site de Educação em Saúde
online e alguns encontros presenciais. Ao final do período como método
avaliativo foi desenvolvido uma vídeo aula sobre Hipertensão Arterial Sistêmica
(HAS) e seus problemas assintomáticos, para educação em saúde de adultos e
idosos portadores de HAS.
RESULTADOS
E DISCUSSÃO
No
início do período houve um encontro na faculdade para apresentar o cronograma
da disciplina e como funcionava o programa de Educação em Saúde Online e a
proposta da avaliação através da vídeo aula. Atividade foi realizada em duas
etapas:
Planejamento
Nesta
fase foram separados os materiais que seriam empregados para a execução da vídeo
aula. Foram pesquisados artigos e livros, o texto que seria explanado no vídeo
e pesquisado na internet quais imagens eu gostaria de transmitir.
Após
o levantamento do material didático, foi realizada uma leitura e selecionado
quais os pontos seriam abordados pela vídeo aula, objetivando uma mensagem
clara e de fácil entendimento para o público alvo.
Foi
confeccionado um roteiro e utilizado como recurso audiovisual uma câmera fotográfica
digital. Logo após passou para fase de construção.
Construção
Nesta
fase as atividades realizadas na fase de planejamento foram colocadas em prática.
Para
gravação do vídeo e o áudio foi preciso procurar um local adequado, que
tivesse a iluminação correta e não possuísse interferência de ruídos
externos. Foi muito complicado localizar um lugar assim, pois moro numa rua
principal que apresenta muito ruído.
Após
escolhido o cenário foram gravadas as cenas, utilizado o programa Format
Factory para transformar o áudio em MP3 editadas no programa Movie Maker. As
imagens que acompanharam o áudio foram selecionadas para facilitar a compreensão
do público alvo.
Para
realização dessa atividade tive muita dificuldade, pois não possuo muito
conhecimento nos recursos audiovisuais. Precisei de ajuda de amigos
para editar o vídeo.
Enfim,
a vídeo aula ficou com seis minutos e 30 segundos. Eu apresentei aos meus
familiares, pessoas leigas no assunto e perguntei a eles se a mensagem estava
clara me responderam que eles conseguiram entender o vídeo, seu principal
assunto e o seu objetivo.
Entendi
que esse recurso é muito eficaz pois contribui para compreensão de leigos
acerca da saúde de uma forma mais lúdica e que talvez possa substituir ou
complementar as palestras maçantes.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Ao
perceber que como requisito parcial para a aprovação da disciplina Pesquisa e
Prática de Ensino III eu precisaria fazer uma vídeo aula e sabia que isso
seria desafio criar um vídeo sobre Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e
seus problemas assintomáticos, para educação em saúde de adultos e idosos
portadores de HAS.
E
não me surpreendeu o fato de apresentar dificuldade para realização desta
tarefa. Porém percebi que com força de vontade e determinação é possível
à utilização desta tecnologia para a educação em saúde.
A
educação a distância está se transformando, de uma modalidade complementar
ou especial para situações específicas. Num mundo conectado em redes, onde
aumenta à mobilidade, a educação a distância hoje passou de uma modalidade
complementar a ser eixo norteador das mudanças profundas da educação como um
todo6.
Enfim,
apesar das dificuldades encontradas ao longo da construção da vídeo aula foi
um aprendizado de extrema importância para minha formação como enfermeiro
educador.
REFERÊNCIAS
1.
WHO
| Cardiovascular
diseases (CVDs)
- World
Health Organization,
2013. Disponível em: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs317/en/index.html>.
Acessado em: 10 de março de 2013.
2.
Passos VMA, Assis TD, Barreto SM. Hipertensão arterial no Brasil: estimativa de
prevalência a partir de estudos de base populacional. Epidemiologia e Serviços
de Saúde, 2006; 15(1):35-45. Disponível em:<http://www.elsa.org.br/downloads/Artigos%20em%20PDF/hipertensao_arterial_estimativas_de_prevalencia_Valeria_Azeredo.pdf>.Acessado
em: 2 de março de 2013.
3.
Smeltzer SC, Bare BG. Brunner & Suddarth - Tratado
de Enfermagem Médico Cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009, v.2,
862-865p.
4.
Potter PA, Perry AG. Fundamentos de
Enfermagem. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, 536-538p.
5.
Brasil, Ministério da Saúde. Portal da
Saúde. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=23616>.
Acessado em: 13 de março de 2013.
6.
Moran JM. Aperfeiçoando os modelos de EAD existentes na formação de
professores. Educação, Porto Alegre, 2009, v.32, n.3, 286-290p. Disponível
em: < http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/5775>.Acessado
em: 02 de Março de 2013.
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BNN - ISSN 1676-4893
Boletim do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre as Atividades de Enfermagem (NEPAE)e do Núcleo de Estudos sobre Saúde e Etnia Negra (NESEN).