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Care to Vascular Access in Hemodialysis – Sistematic Literature Review

 Cuidados com o Acesso Vascular em Hemodiálise – Revisão Sistematizada de Literatura

 

Carollina Resende de Siqueira. Enfermeira. Aluna do Curso de Especialização em Métodos Dialíticos e transplante UFF. K_rollina17@hotmail.com Isabel Cristina Fonseca da Cruz. Doutora em Enfermagem - Universidade Federal Fluminense - UFF. isabelcruz@uol.com.br

 

Abstract:Catheters are used for vital point for the customer while making your hemodialysis arteriovenous fistula matures not cooked. They can be deployed in the subclavian vein, internal jugular and femoral arteries. This article aimed to identify the scientific production of nursing, determining the best evidence available for the care of temporary vascular access in hemodialysis clients. We decided to conduct a literature search, computerized and manual, comprised of publications from 2003 to 2008. The high infection rates can be explained when we observe that customers hemodialysis are at high risk for acquiring infections because the process requires dialysis vascular access for an extended period. It is concluded that washing hands is an attitude of extreme importance, which requires training, dissemination and method of control rooms in hemodialysis.

Keywords: ways vascular access, hemodialisys, nursing.

 

Resumo: Os catéteres servem de ponto vital para o cliente fazer sua hemodiálise enquanto a fístula arteriovenosa confeccionada não amadurece. Eles podem ser implantados nas veias subclávias, jugulares internas e femorais. Esse artigo objetivou identificar a produção científica de enfermagem, determinando a melhor evidência disponível para o cuidado o acesso vascular temporário em clientes na hemodiálise. Optou-se por realizar uma pesquisa bibliográfica, computadorizada e manual, compreendida de publicações do período de 2003 a 2008. As altas taxas de infecção se explicam quando observamos que os clientes que hemodialisam possuem alto risco para adquirir infecções porque o processo dialítico requer acesso vascular por um período prolongado. Conclui-se que a lavagem das mãos é uma atitude de extrema importância, o qual requer treinamento, divulgação e método de controle em salas de hemodiálise.

Palavras-chave: vias de acesso vascular, hemodiálise, enfermagem.  

 

Introdução

 

            Durante o curso de Especialização em Métodos Dialíticos e Transplante, promovido na Universidade Federal Fluminense, observei no campo de estágio procedimentos realizados durante a hemodiálise. Verifiquei a importância do cuidado com o manuseio do catéter para este procedimento, e vi como o catéter é o elemento crítico para o início e a manutenção do tratamento dialítico em um cliente com insuficiência renal.

Especificamente, os catéteres temporários podem ser implantados nas veias subclávias, jugulares internas e femorais, havendo ainda eventuais relatos de acesso translombar e jugular externo. E elas servem de ponto vital para o cliente fazer sua hemodiálise enquanto a fístula arteriovenosa confeccionada não amadurece1.

A anti-sepsia correta no local de inserção do catéter com álcool a 70%, clorexidina ou iodopovidona, lavagem das mãos antes e após os procedimentos, antes e após o contato direto com o cliente, no curativo, a limpeza dos setores e da unidade do cliente, são fatores que dificultam a proliferação de microorganismos e fungos. Principalmente em unidades de hemodiálise, onde os clientes são admitidos com certa freqüência, estando predisponentes a infecções e onde muitos deles já se encontram debilitados imunologicamente ao serem admitidos na unidade por causa dos danos renais1.

            Assim, a situação-problema é constatada quando observo em prática que há uma lacuna de atualização de conhecimentos dos profissionais de enfermagem, sobre as práticas corretas de enfermagem no cuidado geral com acesso vascular temporário em hemodiálise, seja ela as inserções por jugular interna, subclávia ou femoral.

            E o objetivo desse artigo é identificar a produção científica de enfermagem, determinando a melhor evidência disponível para o cuidado o acesso vascular temporário em clientes na hemodiálise.

 

Metodologia

            Nesta etapa do trabalho optei por realizar uma pesquisa bibliográfica, computadorizada e manual, compreendida de publicações do período de 2003 a 2008, utilizando os descritores: vias de acesso vascular, hemodiálise, enfermagem e em inglês: vascular - hemodiálise – cateterismo. Estas foram utilizadas nas seguintes bases de dados: Lilacs e MEDLINE, vinculadas à BVS (Biblioteca Virtual em Saúde).

A pré-seleção consistiu de 155 textos listados, sendo que após leitura de seus títulos, foram selecionados 12 (6 nacionais e 6 estrangeiros) os quais foram para análise, após leitura de seus resumos e aplicação nos critérios de inclusão (revistas de enfermagem, ano de publicação, um dos descritores utilizados, nexo com o tema central do estudo e contribuições para a prática).

            A análise consistiu de criteriosa leitura e releitura desses artigos, a fim de se extrair informações importantes para uma melhor prática de cuidados com o acesso vascular dos clientes em hemodiálise. Após foi feita uma tabela com a disposição dos principais achados das pesquisas selecionadas.

 

Resultados

 

Tabela1: Publicações localizadas segundo o tema cuidados com o acesso vascular em clientes em hemodiálise, mencionadas nas bases de dados Lilacs e Pubmed. Niterói, 2008.

Autor, data e país

Objetivo da pesquisa

Tama-nho da amostra

Tipo de estudo e instrumen-tos

Principais achados

Conclusão dos autores

Alexandro E, Spencer T, Davidson P 1. 2008. Austrália.

Estudar a epidemiologia da infecção dos cateteres venosos centrais.

12 mil clientes com catéteres venososcentrais

Estudo epidemiológico, quantitativo com acesso em dados oficiais do departamento de infecção hospitalar da Austrália.

34% dos clientes com acessos venosos centrais estavam com bacteremia de origem nos catetéres.

O departamento de infecção hospitalar australiano irá intensificar os protocolos de lavagem das mãos e da assepsia com clorexidina.

 

 

 

 

 

 

Rodrigues MCS 2. 2005. Brasil.

Revisar a literatura sobre a

IRC e a atuação do

enfermeiro.

23 referências

Revisão de literatura com pesquisa em bases de dados.

Estabelecer normas e rotinas juntamente com a Comissão de

Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) relativas a medidas de

assistência e vigilância sanitária na Unidade de Diálise é essencial.  

Conclui-se que o

enfermeiro tem papel fundamental no gerenciamento da unidade de diálise e no cuidado.

 

 

 

 

 

 

 

 

Barbosa DA, Gunji CK, Bittencourt ANC, Belasco AGS, Vattimo SDF, Vianna LAC 3.

2006

Brasil.

Identificar a co-morbidade e causas de mortalidade dos clientes em início de diálise.

 

102 clientes

Estudo epidemiológico descritivo, com

delineamento de coorte controlado.

 

A hipertensão e as infecções foram as principais causas

de co-morbidade.

 

A maioria dos clientes que

chegaram ao Serviço estava em urgência dialítica, o sítio de infecção mais freqüente foi a corrente sangüínea relacionado ao uso do cateter venoso central.

 
 
 
 
 
 
 
 

DinwiddieLC 4.

2004

Estados Unidos.

Discutir a respeito das vantagens e desvantagens na utilização de cateter e fístula em clientes submetidos à diálise.

31 referências.

Revisão de literatura com pesquisa em bases de dados.

A disfunção do cateter pode trazer sérios problemas para o cliente em termos de morbidade, mortalidade e qualidade de vida, e a cada dia o objetivo dos profissionais é diminuir o número de cateteres

Os profissionais de saúde podem lidar com os problemas causados pelo cateter.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Boyd A, Dunne A, Townsend K, Pai AB 5.

2006

Inglaterra.

Avaliar os efeitos da variação da concentração de heparina.

22 clientes

Estudo qualitativo com observação participante.

Não houve diferença significativa entre os parâmetros de coagulação da linha da artéria comparados com o da punção.

Os valores de padrão internacional podem ser obtidos com acurácia e com menos custo através da linha as artéria após um minuto de iniciação da diálise.

 

 

 

 

Cirell MA,

Figueiredo RM,

Zem-Mascarenhas SH 6.

2007

Brasil.

Avaliar o conhecimento e a adesão às Precauções Padrão no procedimento de acesso vascular.

 

239 procedimentos

Estudo prospectivo e quantitativo dos acessos.

 

Identificou-se que 84,4% das punções

foram realizadas sem luvas.

Os profissionais expõem a

si próprios e os clientes a riscos de infecção desnecessários.

 

 

 

 

 

 

 

DinwiddieLC 7.

2004

Estados Unidos.

Discutir acerca do melhor produto para realizar a limpeza na saída do catéter de diálise.

24 referências.

Revisão de literatura com pesquisa em bases de dados.

O produto mais indicado é o Povidine-iodine 10% utilizado antes de realizar a conecção.

Existem diversos estudos relacionados a infecção sistêmica devido ao uso de cateter e a prática inadequada de sua  desinfecção.

 

 

 

 

 

Mesiano ERAB,

Merchán-Hamann E 8.

2007

Brasil.

Enfocar a incidência de infecção de corrente sanguínea ao de desses catéteres.

630 clientes

Estudo epidemiológico analítico,

tipo coorte prospectiva.

 

Observou-se condutas diversificadas com relação à inserção dos cateteres e o uso de antiséptico.

 

Sugere-se a formação de um grupo de cateter, para padronizar rotinas relacionadas ao uso dos catéteres no intuito de reduzir o período de internação e os custos hospitalares.

 

 

 

 

Breiterman-White R 9.

2006

Estados Unidos.

Listar fatores na assistência de clientes com doenças renais por condições inflamatórias e infecciosas.

62 referências

Revisão de literatura com pesquisa em bases de dados.

Infecções agudas ou crônicas podem causar anemia exacerbada, levando à diminuição na resposta à terapia com Eritropoetina.

Os enfermeiros podem ser fundamentais em minimizar as condições infecciosas e inflamatórias na diálise.

 

 

 

 

 

 

Vido, MB. Fernandes, RAQ 10.

2007

Brasil

Apresentar uma reflexão sobre a importância da construção e análise de conceito, com ênfase no conceito  de qualidade de vida.

8 referências

Revisão de literatura com pesquisa em bases de dados.

A melhor qualidade de vida evitando riscos de infecção no local de acesso vascular quando os clientes estão em casa.

 

Conhecer a qualidade de vida das pessoas facilitaria a mudança com relação ao seu autocuidado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fava SMCL,

Oliveira AA,

Vitor EM, Damasceno DD, Libânio SIC 11.

2006

Brasil

Analisar as complicações que ocorrem durante as sessões de hemodiálise.

125 prontuários

Estudo retrospectivo em prontuários.

Eram priorizadas a monitoração dos sinais vitais, administração de medicamentos e orientações quanto ao peso corporal.

Não há registro nos prontuários das ações de enfermagem.

Paula DHG, Cruz I 12.

2004

Brasil

Identificar a produção científica de enfermagem sobre o risco de infecção em catéter venoso na diálise.

11 artigos

Revisão de literatura com pesquisa em bases de dados.

As intervenções de enfermagem para estes clientes concentram-se em minimizar a introdução de microorganismos e em aumentar a resistência à infecção.

O enfermeiro é responsável pela prevenção e pelo controle de infecções relacionadas ao cateter venoso central.

Fonte: UFF – Especialização em Enfermagem Métodos Dialíticos e Transplante.

 

 

Discussão

 

Avaliação crítica dos artigos selecionados e implicações para a prática de enfermagem para o cliente de alta complexidade

 

Ao estudarem a epidemiologia da infecção dos catéteres venosos centrais em 12 mil clientes australianos, pesquisadores constatarram que 34% estavam com bacteremia de origem nos catetéres1.

Essas altas taxas se explicam quando observamos que os clientes que hemodialisam possuem alto risco para adquirir infecções porque o processo dialítico requer acesso vascular por um período prolongado. Havendo chances de se contrair através do contato entre a equipe de enfermagem principalmente, e o paciente; pelo dispositivo intravenoso; equipamentos e materiais; superfícies e pelas mãos. Estes pacientes, imunodeprimidos pela sua condição, se tornam mais suscetíveis após as repetidas internações e por intervenções cirúrgicas que possam vir a necessitar.

As altas taxas de infecção hospitalar levam a importância de se estabelecer normas e rotinas juntamente com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) relativas a medidas de assistência e vigilância sanitária na Unidade de Diálise como: controle de infecção no acesso vascular. O enfermeiro tem papel fundamental no gerenciamento da unidade de diálise e no cuidado, através de uma assistência sistematizada e personalizada às necessidades e expectativas dos pacientes2.

Outro índice mostrado foi em pesquisa no ano de 2006 destacou a hipertensão e as infecções como as principais causas de co-morbidade (58,8%). O sítio mais freqüente de infecção foi a corrente sanguínea em 30 (50%). A maioria dos clientes que chegaram ao Serviço estava em urgência dialítica, o sítio de infecção mais freqüente foi a corrente sanguínea relacionado ao uso do cateter venoso central, o sexo masculino, a raça branca, a uremia e as morbidades hipertensão arterial e infecção, foram as que mais contribuíram para o aumento do risco de mortalidade3.

Ou seja, as normas e rotinas deverão ser estabelecidas, para que se incentive o uso de técnicas assépticas e alertando para necessidade de limpeza dos equipamentos com solução adequada, limpeza do ambiente e principalmente das mãos.

A disfunção do catéter pode trazer sérios problemas para o cliente em termos de morbidade, mortalidade e qualidade de vida, e a cada dia o objetivo dos profissionais é diminuir o número de catéteres. Por isso a fístula apresenta melhores resultados4. Porque os dispositivos de acesso vascular causam vários tipos de infecções, inclusive aquelas relacionadas ao local de inserção, se tornando mais grave quando atinge a corrente sanguínea.

Ao pensarmos as maneiras para reduzir o risco do paciente em adquirir infecção através do cuidado meticuloso da pele e do centro de inserção do catéter, podemos realizar um ótimo preparo da pele para diminuir ao máximo a flora transitória, utilizando os diversos tipos de soluções indicadas ao preparo; certificar-se que o catéter esteja bem fixado para não haver mobilização, já que facilita a entrada de microorganismos e infiltração; utilizar produtos que trazem novidades na redução de infecção, como por exemplo, catéteres que possuem soluções antimicrobianas em sua superfície.

Já sobre os efeitos da variação da concentração de heparina nos valores de padrões internacionais, não houve diferença significativa entre os parâmetros de coagulação da linha da artéria comparados com o da punção5.           Os valores de padrão internacional podem ser obtidos com acurácia e com menos custo através da linha as artéria após um minuto de iniciação da diálise5.

Por outro lado, em hemodiálise, há um contínuo contato do sangue com as paredes do circuito extracorpóreo (máquina). Por mais que se atribuam qualidades referentes à biocompatibilidade do material utilizado para a manufatura das linhas e dialisadores, estes ainda são trombogênicos, capazes, muitas vezes, de induzir a formação de coágulos dentro do circuito em questão de minutos. Assim, a anticoagulação, salvo contra-indicações clínicas, deve ser prescrita a todos os pacientes submetidos à hemodiálise. A anticoagulação visa não apenas evitar a obstrução do circuito, mas também reduzir a perda do volume interno das fibras dos dialisadores, ajudando a manter a eficiência destes, mesmo após sucessivos reusos.

Quanto maior o tempo de contato do sangue com as paredes do circuito, maior a ativação da cascata de coagulação. Por isso, o risco de coagulação é inversamente proporcional ao fluxo de sangue. Assim, os pontos mais críticos do circuito são o interior das fibras dos dialisadores e o cata-bolhas, onde o sangue passa mais lentamente devido ao maior diâmetro. Além disso, no interior do cata-bolhas, o sangue entra em contato com o ar, favorecendo a coagulação.

Sobre o conhecimento e a adesão às precauções padrão no procedimento de acesso vascular de 239 procedimentos, 84,4% das punções foram realizadas sem luvas 93,2% dos profissionais afirmou ser adequada à oferta de material. Mostrando que os profissionais expõem a si próprios e os clientes a riscos de infecção desnecessários6.

Daí a importância da educação continuada para a equipe de enfermagem e médica também, a fim de evitar contaminações no acesso temporário em hemodiálise.

Sobre o melhor produto para realizar a limpeza na saída do catéter de diálise, o produto mais indicado é o Povidine-iodine 10% utilizado antes de realizar a conexão. Existem diversos estudos relacionados a infecção sistêmica devido ao uso de catéter e a prática inadequada de sua  desinfecção7.

Diante disso, o mais importante também é estar atento ao preparo da pele e o cuidado na limpeza do centro de inserção do catéter durante a terapia intravenosa para prevenir complicações. E ainda, o enfermeiro deve estar atento ao tempo de permanência do cateter venoso, porque isso mostrou-se associado à infecção8. O local de acesso também têm suas peculiaridades, como a veia jugular interna, preferencialmente à direita. Entre as razões que explicam a preferência pelo lado direito encontram-se a posição mais baixa da pleura e a ausência de dutos linfáticos8, o que aumentaria a disseminação de bactérias.

No paciente renal crônico fazendo hemodiálise as infecções agudas ou crônicas podem causar anemia exacerbada, levando à diminuição na resposta à terapia com eritropoetina. Os enfermeiros podem ser fundamentais em minimizar as condições infecciosas e inflamatórias na diálise 9.

Por isso, conhecer a qualidade de vida das pessoas facilitaria a mudança de idéias quanto à prática assistencial do processo saúde-doença, resultando no autocuidado dos pacientes, evitando riscos de infecção no local de acesso vascular quando eles estão em casa10.

O enfermeiro também deve enfocar na prevenção de infecções porque as pesquisas mostram que ao analisar as complicações que ocorrem durante as sessões de hemodiálise e a assistência de enfermagem prestada a pessoas portadoras de insuficiência renal crônica, durante o processo desse tratamento, constatou-se que eram priorizadas a monitoração dos sinais vitais, administração de medicamentos e orientações quanto ao peso corporal. Contudo, observou-se durante a coleta de dados que assistência como: mudança de posição, aporte emocional, avaliação do nível de consciência e sensibilidade dolorosa são freqüentemente prestados, porém, não são registrados nos prontuários11. O cuidado para prevenção das infecções não foi mencionado.

Os cuidados feitos pelo enfermeiro e sua equipe para minimizar os riscos de infecção no acesso vascular temporário nos pacientes em hemodiálise são vários, todos visando minimizar a introdução de microorganismos e em aumentar a resistência à infecção, por exemplo: na lavagem correta das mãos; na técnica asséptica apropriada durante a troca do curativo do cateter venoso central; e outras. O enfermeiro é responsável pela prevenção e pelo controle de infecções relacionadas ao cateter venoso central12.

 

Conclusão

A conclusão que se chega após desenvolvimento do estudo em questão é que a lavagem das mãos é uma atitude de extrema importância, o qual requer treinamento, divulgação e método de controle. Através dessa revisão bibliográfica pode-se evidenciar que ainda existe um alto índice de infecção hospitalar transmitidas pelas mãos dos profissionais de saúde.  

Chama-se atenção pela escassez de pesquisa em métodos dialíticos, em especial, na hemodiálise em que, como todos nós sabemos, a cada dia vem aumentando o número de dependentes da hemodiálise, devido ao desenvolvimento dos casos de doenças crônicas não transmissíveis (como a hipertensão arterial sistêmica) e a melhoria dos recursos médicos (aumentando cada vez mais a expectativa de vida, terminando por tornar a população mais envelhecida e com mais problemas de saúde).

A capacidade profissional também irá melhorar a partir da educação continuada, programas de verão implantados para que se possa freqüentemente avaliar a equipe de enfermagem, sem conhecimento em relação aos fatores de risco e também sua atualização com novas técnicas e procedimentos.

E espera-se assim que futuras pesquisas definam melhores soluções para evitar a infecção a partir do catéter de hemodiálise o mais breve possível. E existe a necessidade de o enfermeiro atualizar-se sempre através de pesquisas, buscando melhorar o seu desempenho e o de sua equipe diminuindo dessa forma os riscos que os pacientes em diálise possuem de adquirir infecção.  

E também, a equipe de saúde multiprofissional que está em contato direto com o paciente renal crônico em hemodiálise deve atentar para prestação de cuidados físicos e a execução de procedimentos terapêuticos, visando também a prevenção, detecção e controle de infecção. O paciente renal crônico em hemodiálise necessita de tratamento com maior observação e dependem da técnica de inserção adequada, asséptica e a manutenção e vigilância de possíveis complicações relacionadas ao acesso venoso central.

 

Referências Bibliográficas

1- Alexandro E, Spencer T, Davidson P. Nursing central line service prevents catheter related infections. Austr Nurs J 2008; 15 (1):49.

2- Rodrigues MCS. A Atuação do Enfermeiro no Cuidado ao Portador de Insuficiência Renal Crônica no Contexto Biotecnológico da Hemodiálise. Rev Nursing 2005; 82 (8): 135-43.3- Barbosa DA, Gunji CK, Bittencourt ARC. Co-morbidade e mortalidade de pacientes em início de diálise. Acta Paul Enferm 2006; 19(3):304-9.

4- Dinwiddie L. Managing catheter dysfunction for better patient outcomes: a team approach. Nephrol Nurs J 2004; 31(6): 653-71.

5- Boyd A, Dunne A, Townsend K, Pai AB. Nephrol Nurs J 2006; 33(4):408-11.

6- Cirell MA, Figueiredo RM, Zem-Mascarenhas SH. Adesão às precauções padrão no acesso vascular periférico. Rev Latinoam Enferm 2007; 15(3): 74-81.

7- Dinwiddie LC. Cleasing agents used for hemodialysis catheter care. Nephrol Nurs J 2003; 29(6): 599-613.

8- Mesiano ERAB, Merchán-Hamann E. Infecções da corrente sanguínea em pacientes em uso de cateter venoso central em unidades de terapia intensiva. Rev Latinoam Enferm 2007; 15(3): 79-86.

9- Breiterman-White R. Infection and Inflammation in patients on dialysis: an underlying contributor to anemia and epoetin alfa hyporesponse. Nephrol Nurs J 2006; 33(3): 319-23.

10- Vido MB, Fernandes RAQ. Quality of life: considerations about concept and instruments of measure. Online Braz J Nurs [online] 2007; 6(2): Available at: http://www.uff.br/objnursing Acesso em: 21 ago 08.   

11- Fava SMCL, Oliveira AA, Vitor EM, Damasceno DD, Libânio SIC. Complicações mais freqüentes relacionadas aos pacientes em tratamento dialítico.  REME 2006; 10(2):145-50.

12- Paula DHG, Cruz I. Literature review on Risk of Infection in Intravenous Catheter Related to the Dialysis Treatment. Online Braz J Nurs [online] 2004 3(1): Available at: www.uff.br/nepae/objn301paula.htm Acesso em: 21 ago 2008.





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