What 
is the best technique of neurological examination to identify deficits in 
critically ill patients with diagnosis (or risk) of ischemic stroke - Sistematic Literature 
Review. 
Qual a melhor técnica de exame neurológico 
para identificar déficits no paciente crítico com diagnóstico (ou em risco) 
de Acidente 
Vascular Cerebral Isquemico - Revisão Sistematizada da Literatura.
Valquiria de Abreu Ramos Queiroz. Enfermeira. Aluna do Curso de Especialização em Enfermagem em UTI adulto e idoso 2013/Universidade Federal Fluminense (UFF). valkiriaqueiroz@hotmailcom
Profa. 
Dra. Isabel Cruz. Titular da UF. Isabelcruz@uol.com.br
Abstract: An ischemic stroke or other disabling disease with 
risk is of paramount importance in the lives of patients and their family. The 
nursing assisting quality can eliminate or at least reduce the risk of 
iatrogenic diseases .The objective of this work is a literature review based on 
published articles, to identify the best technique for identifying neurological 
deficits in critically ill patients with or at risk of diagnosis of ischemic 
stroke. The research instrument used was a systematic search methods tested and 
proven effective to evaluate the risk and / or minimize sequel of a stroke as 
well as iatrogenic complications that may arise resulting from this pathology .Search 
for these items PICO strategy where necessary and help ful descriptors Key words 
for this study was used.The results showed that the best method for this 
purpose is the scale NIHSS. The purpose of this is to assess the neurological 
deficits in patients with acute stroke to determine treatment and minimize 
iatrogenic, was also observed that assistance based on health education  covering 
the subject and also the family group in a multifactorial is a gain to minimize 
sequel and provide comfort to the patient . Conclude the importance of the 
nurse's role and his team to achieve noticeable results by developing techniques 
to minimize the consequences of a post ischemic stroke. Recommendations: 
early diagnosis and adoption of specific protocol in order to facilitate the 
development of significant therapeutic approaches to patients with ischemic 
stroke is recommended.
Keywords: stroke, Nursing, intensive care unit
Resumo: Um acidente vascular encefálico isquêmico 
ou qualquer outra patologia com risco incapacitante é de suma importância na 
vida do paciente e seus familiares. Desta forma a atuação da enfermagem 
prestando assistência de qualidade pode eliminar ou, ao menos, reduzir o risco 
de iatrogenias. O objetivo desse 
trabalho é uma revisão de literatura baseado em artigos publicados, para 
identificar a melhor técnica de exame neurológico que identifique déficits no 
paciente crítico com diagnóstico ou em risco de Acidente Vascular Cerebral 
Isquemia. O instrumento de pesquisa utilizado foi uma busca sistemática de métodos 
comprovadamente testados e eficazes que avaliam o risco e  
ou minimizam as sequelas de um Acidente Vascular Cerebral assim como 
iatrogenias que podem surgir decorrentes dessa patologia. Para a busca destes 
artigos foi utilizada a estratégia PICO onde se achou os descritores e Key 
words necessários para este estudo. Os resultados 
demonstraram que o melhor método para esse fim é a escala NIHSS, o objetivo 
desta é avaliar os déficits neurológicos em pacientes na fase aguda de AVE 
para determinar o tratamento e minimizar iatrogenias, também foi verificado que 
a assistência baseada na educação em saúde, abrangendo o sujeito e também o 
grupo familiar de forma multifatorial é um ganho no sentido de minimizar seqüelas 
e proporcionar conforto ao paciente. Conclusão: 
Conclui-se a importância da atuação do enfermeiro e de sua equipe para alcançar 
resultados evidentes desenvolvendo técnicas para minimizar as seqüelas de um pós 
Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. Recomendações: 
Recomenda-se o diagnóstico precoce e adoção de protocolo especifico a fim de 
facilitar a elaboração de abordagens terapêuticas significativas ao paciente 
com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico.
PALAVRAS-CHAVE: Acidente vascular cerebral, Enfermagem, 
Escala NIHSS.
Introdução
O 
acidente vascular cerebral (AVC) revela-se como a principal causa de mortalidade 
no Brasil, tornando-se um grave problema de saúde pública. A taxa de 
mortalidade hospitalar é uma medida do resultado do cuidado, utilizada como 
indicador da qualidade do cuidado para procedimentos cirúrgicos e condições médicas 
específicas, incluindo o AVC. O pressuposto é que melhores processos de 
cuidado estão relacionados à redução da mortalidade de curto prazo, o que 
fortalece a validade causal entre a medida de resultado (mortalidade hospitalar) 
e o processo de cuidado. Muitos autores sinalizam que o cuidado na fase aguda 
deve ser oportuno no tempo e efetivo para impedir a morte do tecido cerebral. 
Para que o cuidado ao AVC seja efetivo, é necessário um conjunto mínimo de 
tecnologias disponíveis no tempo correto.
O 
objetivo desse trabalho é uma revisão de literatura baseado em artigos 
publicados de 2008 até 2013, para identificar a melhor técnica de exame neurológico 
que identifique déficits no paciente crítico com diagnóstico ou em risco de 
Acidente Vascular Cerebral Isquemia. O instrumento de pesquisa utilizado foi uma 
busca sistemática de métodos comprovadamente testados e eficazes que avaliam o 
risco e ou minimizam as seqüelas de um Acidente Vascular Cerebral assim como 
iatrogenias que podem surgir decorrentes dessa patologia. 
O 
Acidente Vascular Cerebral isquêmico (AVCi) se dá através de uma obstrução 
da artéria, impedindo a passagem de oxigênio para as células cerebrais 
,levando-as a morte. A obstrução da artéria pode ocorrer devido a um trombo, 
que é um coágulo que se prende na parede do vaso sanguíneo, ou por um êmbolo 
que é quando o trombo se desloca na corrente sanguínea e fica preso em um vaso 
de menor calibre1.
Um 
Acidente Vascular Cerebral Isquemia ou qualquer outra patologia com risco 
incapacitante é de suma importância na vida do paciente e seus familiares. 
Desta forma a intervenção da enfermagem prestando assistência de qualidade 
pode eliminar ou ,ao menos, reduzir o risco de iatrogenias. Exames físicos e de 
capacidade neurológica podem identificar complicações e alterações no nível 
de consciência2. 
Estudos 
demonstraram que o melhor método para esse fim é a escala NIHSS, ao qual tem o 
objetivo de avaliar os déficits neurológicos em pacientes na fase aguda de 
Acidente Vascular Cerebral Isquemia e determinar o tratamento minimizando risco 
de iatrogenias. É através da Sistematização de 
Assistência de Enfermagem que se identifica os fatores 
de risco que levam a outras patologias pós Acidente Vascular Cerebral 
Isquêmico. Essa Sistematização é baseada em 
escalas de avaliação neurológica (NIHSS) e medidas de independência 
funcional1. 
Contudo 
verifica-se a importância da atuação do enfermeiro e de sua equipe para alcançar 
resultados evidentes através do uso das escalas de avaliação que valorizam o 
caráter agudo do Acidente Vascular Cerebral, prevê tamanho e gravidade da lesão. 
Assim é possível determinar tratamento, previsão e prognóstico da doença 
minimizando sequelas e proporcionando qualidade de vida para o paciente.
Pergunta Clínica
Qual a melhor técnica de exame neurológico 
para identificar déficits no paciente crítico com diagnóstico (ou em risco) 
de Acidente 
Vascular Cerebral Isquêmico?
O 
estudo objetiva buscar evidências para garantir uma prática segura para a 
enfermeira, enquanto profissional e para o cliente sob seus cuidados baseados em 
resultados de pesquisas.
Quadro1: Estratégia PICO. Pós- 
Graduação em cuidados intensivos, 2013
|     
        Acrônimo | Definição | Descrição | 
| P | Paciente ou diagnóstico de enfermagem 
        ou diagnóstico médico | Paciente 
        Crítico | 
| I | Prescrição | Realizar exame 
        neurológico | 
| C | Comparação | Realizar 
        comparação entre os melhores resultados | 
| O | Resultado | Melhor técnica de 
        exame neurológico para identificar déficits no paciente com ou em 
        risco AVCi | 
| T | Tempo | Não se 
        aplica | 
Metodologia
Para 
este estudo foi utilizada uma pesquisa bibliográfica computadorizada e manual, 
no período de 
O 
atendimento ao paciente com suspeita ou diagnóstico de Acidente Vascular 
Cerebral Isquemia deve ser rápido e eficiente. Para tanto, dentre os vários métodos 
para diagnóstico, a escala NIHSS mostrou-se bastante oportuna para classificação 
de um possível ou iminente dano. A abordagem diagnóstica ou terapêutica pode 
prevenir danos maiores caso o paciente esteja com suspeita ou diagnóstico 
confirmado de Acidente Vascular Cerebral Isquemia3.
 Utilizou-se 
a estratégia PICO (Quadro1) para desenvolver a pergunta clínica e realizar as 
devidas combinações dos descritores. Os termos de busca controlados baseados no DeCs/MeSh.
Quadro2: 
Descritores e Key words. Pós graduação em Curso de Cuidados Intensivos, 
2013.
| Paciente | Intervenção | Comparação | Resultado | 
| Descritor 
        1: Acidente 
        Vascular Cerebral | Descritor 
        1: testes | Descritor 
        1: Lesão 
        Cerebral | Descritor 
        1: Unidade 
        de Terapia Intensiva | 
| Descritor 
        2: Apoplexia 
        Cerebral | Descritor 
        2: Protocolo | Descritor 
        2: Tomografia 
        de Crânio | Descritor 
        2: Hemorragia | 
| Descritor 
        3: Enfermagem | Descritor 
        3: Oximetria | Descritor 
        3: Exames 
        Médicos | Descritor 
        3: Isquemia 
        Cerebral | 
| Keyword 
        1: Stroke | Keyword 
        1: Tests | Keyword 
        1: BrainInjures | Keyword 
        1: IntensiveCare 
        Unit | 
| Keyword 
        2: Apoplexia | Keyword 
        2: Protocol | Keyword 
        2: Cranial 
        Tomography | Keyword 
        2: Cerebral 
        Hemorrhage | 
| Keyword 
        3: Community 
        Health Nursing | Keyword 
        3: Oximetry | Keyword 
        3: Medical 
        Examination | Keyword 
        3: BrainIschemia | 
Foram 
selecionados artigos em inglês e português relacionados especificamente à 
acidente vascular cerebral, a partir da combinação dos descritores/key words 
nas bases de dados PubMed, Portal de Revistas de Enfermagem e BVS (Quadro 3).
O 
quadro a seguir sintetiza a combinação de palavras e número de artigos 
encontrados na busca bibliográfica no portal BVS fazendo uso de filtros.
Quadro 
3: Combinações dos descritores e key words. Pós Graduação 
| Palavra-chave | Artigos encontrados | Artigos filtrados | 
| Acidente 
        vascular cerebral | 267 | 120 | 
| Apoplexia 
        cerebral | 152 | 50 | 
| Enfermagem  | 21.088 | 100 | 
| Testes  | 7.132 | 0 | 
| Protocolo  | 1.619 | 0 | 
| Oximetria | 15 | 1 | 
| Lesão 
        cerebral | 169 | 102 | 
| Tomografia 
        computadorizada | 616 | 01 | 
| Exames médicos | 274 | 04 | 
| Unidade de 
        Terapia Intensiva | 1.455 | 133 | 
| Hemorragia | 321 | 49 | 
| Isquemia 
        cerebral | 31 | 20 | 
| Acidente 
        vascular cerebral + Apoplexia cerebral | 151 | 49 | 
| Acidente 
        vascular cerebral + Enfermagem | 45 | 10 | 
| Acidente 
        vascular cerebral + Testes | 18 | 03 | 
| Acidente 
        vascular cerebral + Protocolo | 08 | 01 | 
| Acidente 
        vascular cerebral + Oximetria | 0 | 0 | 
| Acidente 
        vascular cerebral + Lesão cerebral | 19 | 07 | 
| Acidente 
        vascular cerebral + Tomografia computadorizada | 09 | 05 | 
| Acidente 
        vascular cerebral + Exames médicos | 0 | 0 | 
| Acidente vascular 
        cerebral + Unidade de Terapia Intensiva | 04 | 03 | 
| Acidente vascular 
        cerebral + Hemorragia | 15 | 02 | 
| Acidente vascular 
        cerebral + Isquemia cerebral  | 15 | 04 | 
Principais 
pontos abordados nos artigos entre 2008 e 2013 de acordo com o tema acidente 
vascular encefálico, métodos de diagnóstico e prevenção de iatrogenias.
Quadro 
4: Síntese das evidências científicas. Pós 
Graduação 
| Autores, 
        data e país | Objetivos 
        da pesquisa | Força 
        de Evidência | Tamanho 
        da amostra | Tipos 
        de estudo | Conclusão 
        do autore(s) | |
| Gomes 
        SR,Senna M.2008. Brasil | Identificar os fatores 
        intervenientes na adesão ao tratamento anti-hipertensivo que contribuíram 
        para surgimento do acidente vascular encefálico (AVE) | IV | 75 pacientes com diagnóstico de 
        Hipertensão Arterial Sistêmica acometidos por um AVE | Estudo descritivo realizado  | Talvez a experiência 
        de um AVE seja um fator determinante para a maior adesão do paciente ao 
        tratamento antihipertensivo. É necessário que os enfermeiros realizem 
        acompanhamento ao hipertenso periodicamente, informando-o acerca da doença 
        e do tratamento, visando evitar complicações. | |
| Harrison 
        JK,Mc Arthur KS ,Quinn TJ .2013.Reino Unido | Avaliar 
        a eficácia de intervenções, para descrever  
        a recuperação daqueles que sobreviveram ao AVC | I | Descrição 
        de escalas de avaliação funcional ( Stroke Scale National Institute 
        sof Health , Escala de Rankin modificada e Índice de Barthel ) | Revisão 
        de literatura e discussão dos pontos fortes, limitações e aplicação 
        destas escalas | Um tema recorrente quando se considera a avaliação funcional é que 
        nenhuma ferramenta combina com todas as situações. Os médicos e os 
        pesquisadores devem escolher o seu instrumento de avaliação com base 
        na pergunta de interesse e a base de evidências em torno de 
        propriedades clinimétricas. | |
| Song 
        SS; Latour LL; Ritter CH; Wu O; Tighiouart M; Hernandez DA; Ku KD; Luby 
        M; Warach S. 2012. USA | Projetar 
        um ensaio clínico utilizando parâmetros de imagem para o tratamento de 
        pacientes com AVC  de início 
        desconhecido, investigando o momento de mudanças na ressonância magnética 
        em pacientes com AVC | II | Composta 
        de análise de imagens  hipotéticas 
        de AVC ( 85 casos) e de confirmação (111) | Estudo 
        de caso por análise de imagens | O SIR no DOM fornece uma ferramenta 
        quantitativa para identificar acidentes vasculares cerebrais isquêmicos 
        iniciais. No desenvolvimento de limiares senhor, lesão do hemisfério 
        direito pode confundir a estimativa precisa do curso latência. Imagem 
        co-inscrição para a matrícula julgamento trombolítica não é necessário. 
        A SIR <1,15 em FLAIR produz uma estimativa prática de AVC dentro de 
        4,5 horas. | |
| Undén 
        J; Strandberg K; Malm J; Campbell E; Rosengren L; Stenflo J; Norrving B; 
        Romner B; Lindgren A; Andsberg G.J Neurol;  
        2009. Sweden | Mostrar 
        importância de métodos simples e preciso que diferenciam hemorragia 
        intracerebral e AVCi  facilitando 
        o manejo terapêutico na fase aguda | II | 97 
        pacientes com acidente vascular cerebral,sendo que 86% deles  
        tiveram acidente vascular cerebral isquêmico | Estudo 
        de caso | Este estudo exploratório indicou que os níveis sanguíneos de GFAP 
        biomarcadores e APC-PCI, antes de neuroimagem, podem descartar ICH em 
        uma população mista derrame. | |
| Santos, 
        Nilce Maria de Freitas; Tavares, Darlene Mara dos Santos.2009.  
        Brasil | Descrição 
        das características sociodemográficas e qualidade de vida dos 
        pacientes com história de acidente vascular cerebral correlacionando o 
        número de morbidades com o escore de qualidade de vida | II | Entrevista 
        com  cuidadores utilizando 
        instrumentos: semi-estruturado; (World Health OrganizationQualityof Life) 
        ,  Multidimensional (FunctionalAssessmentQuestionnaire 
        ) e   análise 
        descritiva com correlação de Pearson (p<0,05). Resultado: sexo 
        feminino (93,5%), idade média de 55,4 anos, casados com 4| - 8 anos de 
        estudo (28,3%) e renda de 1 salário mínimo (34,8%). O maior escore de 
        qualidade de vida foi no domínio relações sociais (67,57) e, menor no 
        meio ambiente (54,82). | Estudo 
        de caso | Estes dados fornecem 
        subsídios à equipe de saúde para a proposição de estratégias em saúde 
        que visem a melhoria da qualidade de vida do cuidador e, por conseqüência, 
        qualificar o cuidado oferecido aos idosos acometidos por acidente 
        vascular encefálico | |
| Marin 
        Caballos, A. J; Murillo-Cabezas, F; Domínguez-Roldan, J. M; Leal Noval, 
        S. R; Rincón-FM. D; Muñoz-Sánchez, M. A. mar.2007. Espanha | Mostrar a importância de 
        monitoramento respiratório (oximetria ) para evitar lesões secundárias 
        pós AVCi | II | Análise de técnicas de monitorização, 
        sua eficácia, propondo um protocolo para a interpretação dos 
        resultados obtidos | Estudo de caso | Este algoritmo se destina a facilitar a identificação dos diferentes 
        tipos de hipóxia cerebral e escolha terapêutica correta no complexo 
        processo de tomada de decisão em pacientes neurológicos críticos em 
        risco de hipóxia cerebral. | |
| Rolim, 
        Cristina Lúcia Rocha Cubas; Martins, Monica. 2012. Brasil | Avaliar 
        o uso de exames de tomografia computadorizada em pacientes com Acidente 
        Vascular Cerebral | IV | Pacientes 
        internados pelo Sistema Único de Saúde dentro do período 2006 a 
        2007.Das 328.087 internações por AVC, 73,5% não foi realizado exame. 
        Além de subutilizado, o exame de tomografia computadorizada, quando 
        realizado, não trouxe melhora na codificação adequada do subgrupo da 
        doença. | Análise 
        descritiva para  o grupo de  
        Acidente Vascular Cerebral e para cada subgrupo separadamente. | O Acidente Vascular 
        Cerebral é um dos principais motivos de internação no Sistema Único 
        de Saúde. O exame de tomografia computadoriza tem sido indicado como o 
        principal método diagnóstico de imagem para a definição do 
        tratamento do Acidente Vascular Cerebral. | |
| Zöller 
        B; Li X; Sundquist J; Sundquist K. 2012.  | Verificar 
        se existe associação entre 32 doenças mediada por imunidade  
        e a  primeira 
        hospitalização por acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico | II | Pesquisa 
        com os moradores da cidade utilizando um questionário pré-estabelecido 
        onde verificou- se gênero e faixa etária de prevalência dessa 
        patologia | Estudo 
        de caso | Hospitalização por muitos IMDS é 
        associado com aumento do risco de acidente vascular cerebral isquêmico 
        ou hemorrágico. Os resultados sugerem que várias IMDS estão ligados 
        à doença cerebrovascular. | |
| Hoffmeister L; Lavados PM; Comas M; 
        Vidal C; Cabello R; Castells X. 2013.Chile | Descrever cuidados intensivos para 
        pacientes com AVCi, adesão às medidas de desempenho e resultados 
        desses eventos , em uma amostra de pacientes atendidos em hospitais públicos 
        no Chile | II | Análise  
        de prontuários de pacientes com AVCi de uma amostra de 07 
        hospitais públicos   Foi 
        analisado prontuários de 677 pacientes , dos quais 52,3% eram homens. A 
        média de idade foi de 69,8 anos nas mulheres e 66,3 anos nos homens. | Estudo 
        de caso | Para melhorar o atendimento ao AVC agudo, no Chile, a mudança 
        organizacional no serviço de saúde é uma necessidade urgente. | |
| Westphal, 
        Glauco Adrieno; Costa, Gerson; Gouvêa, Sérgio; Kaefer, Keitiane 
        Michele; Silva, Rodrigo Soares da; Caldeira Filho, Milton.jul.-set. 
        2010. Brasil | Associar 
        um caso de hemorragia subaracnóidea com disfunção miocárdica e 
        choque cardiogênico | II | 01 
        mulher de 45 anos  internada 
        com quadro de coma secundário a hemorragia subaracnóidea. Apresentou 
        Glasgow = 7, Hunt-Hess = 5 e classificação tomográfica de Fisher = 3. 
        O diagnóstico e a otimização hemodinâmica são essenciais para 
        minimizar os riscos de vasoespasmo e isquemia cerebral. | Estudo 
        de caso | O diagnóstico e a otimização hemodinâmica 
        são essenciais para minimizar os riscos de vasoespasmo e isquemia 
        cerebral. | |

Discussão
Acidente 
vascular cerebral isquêmico (AVCi) ou Derrame Cerebral Isquêmico são termos 
usados para definir uma situação em que uma isquemia cerebral, ou seja, a redução 
do fornecimento de sangue a uma parte do cérebro, acarreta uma “perda” de 
seu funcionamento5. O derrame isquêmico pode ser do tipo trombótico 
(causado por um coágulo sanguíneo – trombo – formado no interior das artérias 
cerebrais) ou embólico (onde o coágulo – êmbolo – é formado em outra 
parte do corpo, se desgruda e vai em direção ao cérebro pela corrente sanguínea) 
e causam um entupimento de uma artéria cerebral, já estreitada por placas de 
gordura (aterosclerose), bloqueando o fluxo de sangue para uma parte do cérebro3. 
Sem o suprimento de sangue adequado, as células naquela área do cérebro 
deixam de funcionar e podem morrer rapidamente. O AVCi pode afetar artérias 
grandes ou pequenas no cérebro. Quando ele acontece em artérias pequenas, eles 
são chamados derrames lacunares5. 
Como 
as diferentes áreas do cérebro são responsáveis por diferentes funções 
(como a movimentação, visão, fala, equilíbrio e coordenação), os sintomas 
de um derrame cerebral variam dependendo da área do cérebro afetada. De acordo 
a leitura o acidente vascular cerebral é a primeira causa de incapacitação 
funcional no mundo ocidental e constitui a terceira causa de morte, atrás 
somente das cardiopatias em geral e do câncer6. Nesse sentido o 
profissional de enfermagem assume importância vital em situações de emergência 
no diagnóstico de pacientes com risco de AVCi e pode agir de a minimizar 
sequelas e eliminar possíveis iatrogenias7. A reabilitação desses 
pacientes já acometidos por um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico minimiza o 
impacto causado por alterações nas funções motora e sensorial deixadas pelo 
AVCi. Assim, é de suma importância a observação dos resultados obtidos na 
recuperação desses pacientes. O atendimento do paciente com AVCi deve ser rápido 
para um melhor prognóstico, assim a consulta de enfermagem é capaz de 
identificar medidas que podem contribuir para promoção, proteção ou 
reabilitação do paciente com AVCi.
A 
assistência de enfermagem deve ter ações preventivas de cuidados com 
monitoramento de funções e testes neurológicos. Nesse sentido, o profissional 
especialista deve ser capaz de reconhecer os sintomas neurológicos que indicam 
um possível AVCi e correlacioná-los com o início dos sintomas8.A 
imperícia na interpretação de sinais e sintomas de um possível AVCi impede o 
diagnóstico preciso e pode acarretar danos permanentes no paciente9.  
No 
sentido de minimizar riscos, o método utilizado que tem sido utilizado com êxito 
são as escalas de comprometimento neurológico, estas quando bem utilizadas são 
úteis no acompanhamento da evolução do AVCi e mostra a melhor decisão terapêutica. 
Dentre as escalas estudadas, três delas apresentaram bastante confiabilidade: 
Escala de Rankin (ER), Índice de Barthel (IB) e a National Instituteof Health 
Stroke Scale (NIHSS).Estas escalas dimensionam o comprometimento e acompanham a 
evolução do quadro clínico do paciente e assim antecipam um prognóstico. Uma 
escala é capaz de mensurar o dano neurológico, perda ou anormalidade de uma 
função, podendo indicar uma incapacidade10.
A 
National Instituteof Health Stroke Scale (NIHSS) é uma escala padrão e segura 
que quantifica a severidade e magnitude do déficit neurológico após o 
Acidente Vascular Cerebral (AVC).Ela é baseada em  
11 itens do exame neurológico que são comumente afetados pelo AVCi, 
sendo eles: nível de consciência, desvio ocular, paresia facial, linguagem, 
fala, negligência/extinção, função motora e sensitiva dos membros e ataxia. 
A NIHSS varia com pontuação de 0  (sem 
evidência de déficit neurológico pela esfera testada na escala) a 42 
(paciente em coma e irresponsivo)10. Ela é capaz de detectar piora 
ou melhora neurológica em resposta a certa terapia e também está associada ao 
prognóstico pós-AVC. A desvantagem da escala é que não é muito sensível 
para os Acidentes Vasculares Cerebrais da circulação posterior11. 
A 
escala de Rankin (ERm) é um instrumento de mensuração da incapacidade , que 
tem sido amplamente utilizado na avaliação da recuperação neurológica e 
como prognóstico em estudos clínicos para o tratamento do AVCi. Existem evidências 
de sua confiabilidade e sensibilidade. A versão atual da escala modificada de 
Rankin publicada em 1988 consiste de 6 categorias que vão do 
O 
Índice de Barthel é uma escala de incapacidade que mensura 10 aspectos básicos 
da atividade diária relacionados a mobilidade e aos cuidados pessoais: alimentação, 
higiene pessoal, controle dos esfíncteres vesical e intestinal, independência 
no banheiro ,transferência da cadeira, marcha e capacidade para subir escadas. 
Tem sido bastante utilizada como medida de prognóstico pós-AVC, porém também 
é utilizada para avaliação de outras desordens neurológicas. O escore normal 
é de100 (máximo), com pontuações indicando o grau de dependência. Possui a 
capacidade de predizer o tempo de internação, custo (tanto direto como 
indireto) como a capacidade de viver independente, porém sua limitação está 
em não incluir a avaliação de muitos aspectos da independência funcional, 
domiciliar e social tais como: cognição, linguagem, função visual, 
incapacidade emocional e dor10.
Nesse 
sentido, alguns autores relatam que o escore final encontrado no NIHSS na data 
da admissão do paciente a terapia pode ajudar no planejamento da recuperação 
do doente, indicando a necessidade de cuidados a longo prazo que esse paciente 
necessitará. De acordo com estes autores, mais de 80% dos pacientes com pontuação 
inferior a 5 pontos no momento da admissão receberão alta rapidamente sem 
maiores intercorrências. Já aqueles com pontuação entre 6-13 pontos costumam 
exigir um programa de reabilitação mais elaborado e, por fim, os demais 
pacientes com pontuação de 14 ou superior frequentemente precisam de cuidados 
reabilitativos mais intensivos e por um período de tempo mais prolongado10. 
Diante de pacientes com tais níveis de comprometimento neurológico, a questão 
cognitiva se evidencia, pois a gravidade do Acidente Vascular Cerebral parece 
relacionar-se com a tendência a disfunções cognitivas e, reconhecendo a 
necessidade da integridade cognitiva para o sucesso terapêutico, tal problema 
se evidencia2.
O 
diagnóstico precoce juntamente com o prognóstico do potencial de recuperação 
cognitiva, podem ser de grande importância para determinar a melhor conduta a 
ser realizada nesses pacientes, uma vez que intervenções objetivando restaurar 
e/ou compensar os comprometimentos cognitivos poderiam ter início na fase aguda 
do AVCi, que seria importante para efetividade do tratamento7,1.
Resposta baseada em 
evidência científica
            
Diante do estudo realizado, pode-se 
afirmar que o enfermeiro pode mudar esta realidade que não é tarefa fácil, 
mas o seu reconhecimento fornece subsídios para os profissionais de saúde 
elaborar estratégias visando superar as dificuldades encontradas. A equipe de 
enfermagem pode auxiliar o cuidador, acompanhando suas atividades, identificando 
suas necessidades de aprendizagem, desenvolvendo educação em saúde e ajudando 
na prevenção de erros.
Conclusão
A estratégia 
PICO é importante para que possamos consultar artigos científicos com rapidez 
e eficácia quando surgir uma dúvida no dia-a-dia. A combinação dos 
descritores e key words facilitaram o estudo, tornando-o mais eficaz. 
De 
acordo com os achados encontrados neste estudo, pode-se concluir que o nível de 
severidade neurológica encontrado na avaliação inicial dos pacientes é de 
suma importância na prevenção de iatrogenias e avaliação de extensão da 
lesão facilitando a escolha da melhor terapêutica. O protocolo NIHSS, e outras 
escalas estudadas facilitam essa ação de forma rápida e precisa. Portanto, 
esperamos que os resultados encontrados possam contribuir para estudos futuros 
que contemplem o nível cognitivo, sensitivo e motor de paciente pós AVCi, 
visando a elaboração de abordagens terapêuticas condizentes com este aspecto 
clínico. 
Esse 
trabalho também demonstrou que a prática assistencial da enfermagem contribui 
de forma eficaz na reabilitação. No sentido de incentivar o autocuidado e 
melhoria da qualidade de vida das pessoas com AVCi. A enfermagem tem atuação 
multifatorial levando a uma troca de saberes entre as demais profissões do 
setor saúde. Disso resulta uma assistência integral e de qualidade. A 
compreensão da patogenicidade e patogenia de um AVCi, proporcionam aos 
profissionais de saúde técnicas para atuar no indivíduo acometido, 
proporcionando maiores oportunidades de redução dos danos e incapacidades, 
promovendo uma melhor qualidade de vida.
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