Acute
pain: Characterized by observational evidence of pain-systematic review of the
literature
Dor
aguda: Caracterizado por evidências observadas de dor– Revisão sistematizada
da literatura
Marta
de Lima Rezende. Enfermeira. Aluna do Curso de Especialização em Enfermagem
Cuidados Intensivos adulto e idoso / Universidade Federal Fluminense (UFF).
marta.enf14@gmail.com
Professora. Dra. Isabel Cruz. Titular da UFF. isabelcruz@uol.com.br
Abstract:
Objective:
To analyze published articles that answer the clinical question: for highly
complex client with acute pain, which is the most effective intervention or
protocol for its resolution. Method: literature review in national and
international nursing journals in the scientific search period March-April 2014,
articles published in 2009 and 2014. The following databases were used:
Scientific Electronic Library Online (SciELO) PubMed via PICO, Latin Literature
- American and Caribbean Health Sciences (LILACS), Nursing Database (BDENF). Results: It was observed that acute pain can arise in different ways,
so there was also the importance of nurses in choosing the best approach to
maintain pain control in hospitalized patients in intensive care units. Conclusion:
The nurse is the reference professional care team, so it's up to him to ensure
that the actions related to pain management are applied, and that the patient is
properly assisted. Recommendations: The
studies showed evidence of moderate strength. The recommendations addressed in
this research are beneficial, safe and economical, making it feasible to use and
incorporation into the routine of intensive care.
Key-words:
Acute-Pain, Intensive Care,
Analgesics
Resumo:
Objetivo:
Analisar
artigos publicados que respondam a pergunta clínica:
para o cliente de alta complexidade com diagnóstico de dor aguda, qual a
intervenção ou protocolo mais eficaz para sua resolução. Método: revisão
bibliográfica nos
periódicos de enfermagem nacionais e internacionais, no período de busca
cientifica de março a abril de 2014, artigos publicados em 2009 a 2014. Foram
utilizadas as seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (
Scielo ), PubMed via PICO, Literatura Latino – American e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS), Base de dados de Enfermagem (BDENF) . Resultados:
Observou-se
que a dor aguda pode surgir de diversas maneiras, assim, verificou-se também a
importância do enfermeiro em escolher a melhor conduta para manter o controle
da dor no paciente internado em unidades de cuidados intensivos.
Conclusão:
O
enfermeiro é o profissional de referência da equipe assistencial, por isso,
cabe a ele garantir que as ações relacionadas ao gerenciamento da dor sejam
aplicadas, e que, o paciente esteja devidamente assistido.
Recomendações: Os estudos apresentaram força de evidência moderada. As
recomendações abordadas nesta
pesquisa são
benéficas, segura e econômica, tornando viável a sua utilização e incorporação
à rotina dos serviços de terapia intensiva.
Palavras-chave:
Dor Aguda, Terapia intensiva, Analgésicos
INTRODUÇÃO
As unidades de terapias intensivas
(UTI`S) são ambientes destinados a clientes com risco potencial de morte, e,
que necessitam de maior tempo de assistência multiprofissional para manter-se
vivo. Assim sendo, por não conseguir verbalizar sua dor, seu sofrimento poderá
passar sem ser notado pela equipe de
enfermagem. Desse modo, a assistência
e manutenção da vida têm por base os três pilares: físico, orgânico e biológico[1].
As dores intensas podem influenciar de forma negativa a evolução dos
pacientes em estado crítico, com isso, retardando sua recuperação. Vale
destacar que, a dor é também considerada como um dos principais estressores
que influenciam a qualidade de vida dos pacientes, portanto, o tratamento
inadequado da dor, continua sendo um problema crítico em pacientes internados
em terapia intensiva[2].
Nesse
sentido, o conceito geral de
dor; é uma experiência sensitiva e emocional das mais profundas e subjetivas,
experimentadas pelo ser humano, de caráter desagradável e associada a uma lesão
tecidual real ou potencial. É definido também, como o quinto sinal vital e,
por conseguinte, deve ser avaliado logo após aferição da temperatura, pulso,
respiração e pressão arterial. A queixa de dor por parte do paciente deve ser
sempre considerada e valorizada, visto que, essa é uma experiência individual
e intrasferível[3].
Sendo
assim, a dor aguda é um diagnóstico inegável. Reconhecendo isto, a Associação
Norte Americana dos Diagnósticos de Enfermagem (NANDA), através do seu sistema
de classificação de diagnósticos, propõe o diagnóstico de Dor Aguda
definida como: experiência sensorial e emocional desagradável que surge de lesão
tissular potencial real ou potencial ou descrita em termos de tal lesão com início
súbito ou lento, de intensidade leve a intensa, com término antecipado ou
previsível e duração de menos de seis meses6.
Desse modo, esta pesquisa teve por objetivo identificar a produção
científica de enfermagem, utilizando a estratégia PICO para determinar melhor
evidência disponível para o cuidado do cliente em relação ao diagnóstico de
dor aguda e qual intervenção ou
protocolo de enfermagem mais eficaz para sua resolução,
que será melhor definida na
tabela 01.
Pergunta
clínica:
Para o cliente de alta complexidade com o diagnóstico de Dor Aguda, qual a
intervenção (ou protocolo) de enfermagem mais eficaz para sua resolução?
Quadro
1:
Estratégia PICO, Niterói, 2014
ACRÔNIMO |
DEFINIÇÃO |
DESCRIÇÃO |
|
P |
Paciente
ou diagnóstico de enfermagem |
Paciente
adulto e idoso internado em UTI. |
|
I |
Prescrição |
Realizar
avaliação sistemática da dor aguda no paciente em UTI. |
|
C |
Controle
ou comparação |
Não
se aplica |
|
O |
Resultado |
Controle
da dor no cliente internado. |
|
|
|
|
|
Justificativa:
esta pesquisa é baseada
nas necessidades dos pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI).
Com isso, pretende demonstrar a importância da atuação do enfermeiro na
intervenção e no cuidado diante do diagnóstico de enfermagem de dor aguda,
amparado por evidências cientificas[4].
Dessa forma, o enfermeiro deve perceber os sinais e sintomas de dor aguda
que o cliente venha estar apresentando, a fim de promover ao mesmo conforto e
dignidade3.
METODOLOGIA
Pesquisa bibliográfica computadorizada, no período de
Foram utilizados os critérios de inclusão: artigos científicos
publicados no período de
Critérios de exclusão: Artigos de periódicos que não fossem
de enfermagem, gestante, artigos publicados abaixo de 2009, crianças,
adolescentes, recém-nascidas.
Os
termos empregados para a busca (descritores/Keywords operadores booleanos
delimitadores). Combinação dos componentes da estratégia Pico: (P) Adulto e
idoso AND (I) Avaliação sistemática da dor aguda em UTI AND (C) controle ou
comparação AND (O) foram: Adulto e
idoso + cuidados de enfermagem, Controle da dor + terapia intensiva, Avaliação
da dor, Dor
aguda, Cuidados intensivos, acut pain, Nursing,
Intensive and care.
Quadro
02: Combinações de palavras-chave/descritores, número de artigos encontrados
baseando na estratégia PICO. Niterói
2014
PICO |
Descritores/palavra
chave |
BVS |
BDENF |
SCIELO |
PubMed |
LILACS |
P=
adulto e idoso em UTI |
Adulto
e idoso + cuidados de enfermagem |
1925 |
0 |
02 |
0 |
397 |
I=
avaliação sistemática da dor |
Controle
da dor+ terapia intensiva |
0 |
0 |
11 |
03 |
736 |
C=
não se aplica |
Avaliação
da dor |
735 |
183 |
983 |
08 |
952 |
O=
Controle da dor aguda |
Dor
aguda |
121 |
47 |
269 |
02 |
10 |
|
Cuidados
intensivos |
1350 |
1184 |
1526 |
1277 |
736 |
Total
de artigos encontrados |
4131 |
1414 |
2791 |
1290 |
2831 |
Obedecendo aos critérios de inclusão,
foram selecionados publicações completas de artigos na íntegra, recorte
temporal de 5 anos, disponíveis na
internet ou na biblioteca de estudo, descritos em português e inglês,
abordando o tema dor aguda: caracterizado
por evidências observadas de dor. Assim sendo, foram escolhidos 06 artigos
estrangeiros, especificamente na língua
inglesa e 04 artigos na língua portuguesa que se aplicam à população alvo
referenciado a questão clínica da pesquisa.
Assim, baseado na estratégia PICO conforme estudo descrito acima,
foram feitas combinações de palavras extraídas dos descritores MeSh
e DECS, realizando busca bibliográfica conduzida através do Portal de Revistas
de Enfermagem da Biblioteca Virtual de
Saúde (BVS) e banco de dados, BDENF,
SCIELO, PubMed e LILACS. Realizando leitura e resumo das publicações.
Selecionando aquelas que se adequassem ao viés da questão representado no
quadro 02.
SÍNTESE
DA EVIDÊNCIA CIENTÍFICA
No
presente estudo, foram escolhidos 10 artigos para análise e posterior discussão
dos dados obtidos. Foram selecionados, por atenderem aos critérios de inclusão
desta pesquisa e por apresentar relevância com o tema proposto. Os artigos
selecionados serão apresentados no quadro abaixo, onde são destacados
suas principais características. Os resultados obtidos encontram-se
sumarizados no quadro 04.
Quadro
3: Publicações localizadas nas bases de
dados virtuais. Niterói,
2014.
|
Autor(es),
Data e País |
Objetivo
da pesquisa |
Força
da evidência |
Tipo
do estudo e instrumentos |
Principais
achados |
Conclusões
do(s) autor (es) |
1 |
da
Silva AdS, Nov;2013-Brasil |
Avaliar
as evidências da melhor intervenção da dor aguda. |
Nível
IV |
Revisão
integrativa da literatura. |
A
equipe de saúde se faz necessária
em cada passo do tratamento do paciente. |
Conhecimento
é produzido diariamente, mas nem todos os estudos possuem dados ou estatísticas
de qualidade. |
2 |
Ribeiro
MdCd, Pereira C, Sallum AM, Alves JA, Albuquerque M, Fujishima P. Nov/Dez;2012-Brasil. |
Avaliar
os principais indicadores para percepção da dor do cliente internado em
UTI. |
Nível
IV |
Estudo
transversal e analítico com coleta de dados. |
Pontuou-se
que 63,3% das
mulheres conheciam escalas de
dor e 16,6% afirmaram existir protocolos de analgesia. |
Os
médicos e enfermeiros a respeito das escalas de avaliação e métodos da
dor ignoram. |
3 |
Doorenbos
AZ, Juntasopeepun P, Eaton H, Rue , Hong , Coenen. 2013- EUA |
Manter
cuidados pleno no paciente gravemente doente. |
Nível
IV |
Método
de coleta de dados. |
As cinco intervenções
de enfermagem mais importantes para promover a morte digna,
foram: (a) manter a dignidade e privacidade, (b) estabelecer a
confiança, (c) a controlar a dor, (d) estabelecer rapport, e (e)
gerenciar dispnéia |
Esta
pesquisa identificou as intervenções de enfermagem cuidados paliativos
consideradas mais importantes pelos enfermeiros na Tailândia |
4
|
Kwekkeboom
LK, Anderson AK, Wanta B. Maio-2010-EUA.
|
Proporcionar
conforto ao paciente em situação de vulnerabilidade. |
Nível-IV |
Método
de coleta de dados, utilizando questionário. |
Nossa descoberta de que pacientes com câncer avançado estavam
dispostos a usar uma intervenção cognitivo-comportamental para o
tratamento do sintoma é consistente com pesquisas recentes. |
Se
eficaz, a intervenção pode ser implementado de forma
fácil, o tratamento dos pacientes, sem aumentar de forma
significativa a carga de trabalho enfermeira |
5
|
Sallum
AM, Garcia , Sanches. Mai.2012-Brasil.
|
Perceber
a dor no cliente através de avaliação sistemática. |
Nível-
IV |
Revisão
de literatura. |
As
repercussões orgânicas mais frequentes nos quadros álgicos agudos. |
Esses
achados possam ser de grande valia para as equipes de saúde. |
6
|
Flores
PV, Sobrinho Nd, Vernaglia TV. 2013 out/dez. Brasil.
|
Saber
perceber a Dor do cliente em situação critica. |
Nível-
IV |
Descritivo
qualitativo. |
Das
vinte e sete possibilidades de intervenções
descritas na Nursing Intervention Care (NIC), seis são reconhecidas,
pautadas na administração de analgésicos, baseada no modelo biomédico |
É
preciso que o enfermeiro reflita sobre
as necessidades individuais do cliente, valorizando um cuidado que envolva
um complexo conjunto de ações, além da atenção
biomédica. |
7
|
Rose
, Smith , Gélinas , Dale, , Fechar , Burry.
Julho-2012 -Canadá.
|
Percepções
de pratica da avaliação da dor em CTI |
Nível-
IV |
Método
de questionário auto-administrado |
As
enfermeiras foram significativamente menos propensos
para usar uma ferramenta de avaliação da dor. |
Uma
parte substancial dos enfermeiros de UTI não utilizam instrumentos de
avaliação da dor. |
8
|
Rose
L, Haslam , Dale , Knechtel , McGillion. Maio- 2013- Canadá.
|
Avaliar
sistematicamente a dor. |
Nível
- IV |
Método
de questionário auto –administrado de protocolo de dor comportamental. |
Porque
um aumento na documentação de um escore de dor comportamental após a
implementação do protocolo foi antecipado, a frequência de documentação. |
A
implementação da ferramenta de aumento da frequência de avaliação da
dor, e apareceu para influenciar a administração de analgésicos em
ambas as unidades. |
9
|
Faigeles
, Esquivel , Miaskowski C, Hutt , Thompson , Branco , junho-2013- EUA.
|
Refletir
sobre a vulnerabilidade do ser humano em situação critica em sentir Dor. |
Nível
IV |
Revisão
bibliográfica. |
Dos
1.395 pacientes, 92,5% receberam pelo menos uma intervenção não-farmacológica.
|
As
intervenções não-farmacológicas são usados com freqüência
durante um procedimento de viragem. |
10
|
Stenner
, Carey , Courtenay. Julho- 2012- Reino Unido
|
Saber
identificar a Dor Aguda |
Nível-
IV |
Um
questionário on-line foi utilizado. |
Aqueles
com formação especializada prescrita uma ampla gama de medicamentos para
a dor, eram mais propensos a prescrever opióides fortes e foram mais
frequentemente em funções de gestão dor. |
Os
enfermeiros prescrevem para a dor em uma variedade de configurações, com
ênfase no tratamento de doenças menores e dor aguda. |
Níveis
de evidência de acordo com o tipo de estudo, segundo JBI
Discussão
A
dor é um evento comum na vida de qualquer pessoa. Sua manifestação independe
de raça, sexo, religião e nível sócio econômico, ela se faz presente em
muitos cenários de forma particular e único, envolvendo a doença e a saúde,
seu ínterim, vai desde o nascimento até a morte do ser humano, seja no
hospital ou fora dele5.
Dessa forma, a
avaliação sistemática da dor aguda, os aspectos relacionados com as condições
de ferimento ou doença, deve ser enfatizada, tais como localização, aparência,
evolução, as características da dor, como início, localização,
intensidade, qualidade, frequência, duração padrão de evolução, fatores de
piora e melhorar, os sintomas associados, o alívio obtido após conduta
farmacológica ou não farmacológica[5].
Desse modo, as implicações
para o enfermeiro especialista quanto ao PICO, se dá pelo fato do cliente
internado em unidade de terapia intensiva (UTI), serem adultos e idosos em
estado grave, por conta disso, se encontra impossibilitado de fornecer o auto
relato verbal de sua dor. Por isso, o enfermeiro e sua equipe, deve avaliar a
melhor conduta prática possível à assistência.
Nesse seguimento, a Associação Internacional para Estudo da Dor (IASP),
revela que uma ou mais dimensões devem fazer parte do cuidado do serviço de saúde.
Por estes instrumentos, são avaliados dados de comportamentos de dor na assistência,
ou seja, nenhuma escala, ou ainda, a combinação de duas ou mais escalas, podem
substituir o relato da dor do paciente, por
ser um fenômeno subjetivo
2.
Ressalta-se que, para promover o fim da vida de forma digna, é preciso
respeitar as cinco intervenções de enfermagem.
São elas: (a) manter a dignidade e privacidade, (b) estabelecer a confiança,
(c) a controlar a dor, (d) estabelecer rapport, e (e) gerenciar dispneia. Nesse
sentido, acerca das Intervenções de cuidados paliativos, também, apoia a crença
budista que se deve ajudar e respeitar os outros e tentar fazê-los se sentir
confortáveis. Este estudo mostrou, que muitas das mais bem cotadas
intervenções de cuidados paliativos estão focadas em dor e manejo de
sintomas3.
Assim sendo, as estratégias cognitivo-comportamentais, têm sido muito
recomendadas para facilitar o enfrentamento entre os indivíduos com sintomas
isolados, particularmente a dor. Portanto, numerosos investigadores têm
demonstrado que as estratégias como relaxamento, distração e as imagens,
podem efetivamente diminuir a reação negativa, físico e emocional à dor em
pacientes com câncer, bem como a
intensidade da dor diminuir 4.
Para melhor resolução e promoção do cuidado de enfermagem ao cliente
internado com dor aguda em unidade de terapia intensiva (UTI), o enfermeiro,
deve realizar avaliação sistematizada para saber o grau de intensidade da dor,
aplicando a melhor conduta disponível. Contudo, nota-se ainda, que na grande
maioria das vezes, o trabalho realizado em UTI`S, segue o modelo biomédico, ou
seja, a atenção está voltada para a estrutura física do doente e sua doença,
com isso, não se dá importância devida a outros fenômenos que fazem parte e
interferem no resultado do tratamento da doença
1
A sistematização da assistência de enfermagem contribui ainda para
melhores intervenções, para
o cliente com a dor, se faz necessário à observação de reações
comportamentais do paciente, tais como: como se expressa sua tristeza e
manifestar sua dor, falando, chorando, inclusive, a comunicação não-verbal
para esta condição pode influenciar a tomada de decisão de enfermeiros
nas escolhas dos fármacos terapias e / ou apoio emocional. As intervenções
sugeridas à aplicação de calor / frio, Imobilização, redução da
ansiedade, redução da flatulência não foram descritos como cuidados para a
dor apesar de ter sido aplicada, medidas farmacológicas é a mais utilizada[6].
Lembrando que Intervenções educativas se fazem necessários [7].
A avaliação da dor sistemática melhora os resultados dos pacientes, reduzindo
o tempo de ventilação mecânica e tempo de permanência em UTI`s, assim, a dor
jamais pode ser negligenciada, e para
ter bons resultados , depende de uma boa estratégia de atuação por
parte do enfermeiro[8].
Estudos apontaram que as intervenções não-farmacológicas
utilizadas durante a mudança de decúbito do paciente internado em UTI, trazia
alívio da dor aguda. Entre as alternativas mais frequentes relatadas estavam
voz calma, informações, respiração profunda, toque suave / exploração de mão,
distração, travesseiro, talas e humor. Um pouco menos utilizados e não
menos importante a massagem, presença de familiares / amigos, toques terapêuticos,
relaxamento progressivo, gelo, e "outros". Outras Intervenções
pouco usadas eram músicas, calor, imaginação guiada, acupuntura e
hipnose9. Em suma, a contribuição da
equipe de enfermagem para a resolução da dor, deve ser reconhecida dentro de
atitudes para melhorar a avaliação da dor. De modo que o acesso a educação
continuada é necessário para apoiar o
desenvolvimento do enfermeiro neste campo de prática
a fim de maximizar os benefícios10.
Na prática, o que estudos apontaram foi que as
terapias medicamentosas são as mais utilizadas com administração de analgésicos
IV, IM, SC ou VO. Por outro lado, as terapias não farmacológicas já citadas
anteriormente, são menos utilizadas, porém, são eficazes no tratamento de
pacientes com dor aguda, que se encontram internados em unidade de terapia
intensiva (UTI), impossibilitados de verbalizar sua dor. Embora esta prática
seja importante, é preciso que o enfermeiro contribua de alguma forma para
tratar a dor aguda do doente hospitalizado, isto porque, tratar a dor é tão
importante quanto tratar a doença.
Portanto, estudos mostraram que as intervenções precisas na dor aguda, melhora
o processo de evolução do paciente além de diminuir seu tempo de internação6.
Para que na prática apareçam os
verdadeiros resultados, é preciso que, seja mantido pelo sistema de educação
e formação, o compromisso de preparar profissionais de enfermagem numa
abordagem científica, organizada,
sistematizada e humanizada. Enfim, esta pesquisa foi de grande importância para
aprimoramento e valorização tanto da saúde quanto do doente. Com isso, não
menos importante, deve-se repensar a prática da equipe de enfermagem, em
especial do enfermeiro, no preparo técnico científico, a fim de que venha
demostrar alternativas para tratar a dor aguda em pacientes críticos.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, conclui-se que o enfermeiro, dado o seu trabalho
essencial no cuidado em saúde, deve estar comprometido com a promoção, proteção,
prevenção e recuperação da saúde, seja nos processos de assistência,
gerenciamento, ensino e investigação. Dessa forma, a assistência prática
baseada em evidência é a principal aliada na tomada de decisão, assim como a
escolha da melhor conduta do enfermeiro, para melhor assistir o paciente com dor
aguda. Contudo, esta pesquisa contribuiu para auxiliar a equipe de enfermagem na
prestação de um melhor cuidado ao paciente hospitalizado, isto porque, muitas
das vezes não consegue verbalizar a sua dor.
Nesse
seguimento, as pesquisas realizadas mostraram força de evidência moderadas.
Contudo, as recomendações
descritas possuem positiva indicação na prática de enfermagem. Cumpre
destacar que, a
estratégia PICO foi de grande valia para conhecimento científico, facilitando
a busca para a prática assistencial. Assim, por intermédio da técnica, foi
possível responder a situação problema buscando as recomendações de
melhores evidências no meio cientifico, favorecendo o aperfeiçoamento
profissional e a atualização frente à demanda da assistência.
Não esquecendo, ainda, que há necessidade de algumas referências científicas
terem mais estudos realizados a cerca do assunto em questão, sem deixar de
serem aplicadas na pratica
assistencial.
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