Health education to the patient with knowledge deficit about hemodialysis – evidenced basead nursing practice
Educação em saúde ao cliente com déficit de conhecimento relacionado à hemodiálise – prática de enfermagem baseada em evidências
Bruna Pinheiro Pascotto. Enfermeira. Aluna do Curso de Especialização em Enfermagem em Métodos Dialíticos e Transplante / Universidade Federal Fluminense (UFF). brunapascotto@oi.com.br
Isabel Cruz. Doutora em Enfermagem. Titular da UFF. isabelcruz@uol.com.br
Abstract The aim of this review is to identify the scientific production in Nursery related to health education to patients in hemodialysis, from 2002 to 2007, analyzing its applicability in the daily practice. The methodology used was the bibliographic search using both manual and computerized way, which occurred in the period between June and August 2007. The inspiration for this theme came from the daily experience of nurses in Nephrology Unities and from the contact with patients and theirs familiars. The patient with chronic renal insufficiency must have his daily life as normal as possible and nurses are those which must orient them in this way. They must be oriented in relation to nutrition, to the cares needed in their vascular access, medicines, their main diseases and also in relation to their rights. We know that all the process of health education must be well structured, and, moreover, the quality of life of patients in hemodialysis and the efficiency of the dialytic method used depend on these factors, and nurses represent the links between this knowledge and the patients.
Key-words Nursing, health education, renal dialysis.
Resumo O objetivo desta revisão bibliográfica é identificar a produção científica de enfermagem relacionada à educação em saúde aos pacientes em hemodiálise, no período de 2002 a 2007, analisando sua aplicabilidade à prática. A metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica computadorizada e manual, no período de junho a outubro de 2007. Vivenciar o processo de trabalho do enfermeiro em Unidade de Nefrologia e o contato com os clientes/familiares foi o despertar para o tema do presente estudo. O paciente com insuficiência renal crônica pode ter a sua vida o mais próximo possível da normalidade e cabe ao enfermeiro orientá-lo para que isso aconteça. Estes devem ser orientados quanto à alimentação, cuidado com os acessos vasculares, medicações, doenças de base e em relação a seus direitos. Sabemos que o processo de educação em saúde deve ser bem estruturado, além disso, a qualidade de vida do cliente em hemodiálise e a eficácia do método dialítico usado dependem desses fatores e o enfermeiro é a ponte entre o conhecimento e o cliente.
Palavras-chave Enfermagem, educação em saúde, diálise renal.
Introdução
A hemodiálise é o processo de filtragem e depuração de substâncias indesejáveis do sangue como a creatinina e a uréia. É realizada em pacientes portadores de insuficiência renal crônica (IRC) ou aguda (IRA), já que nesses casos o organismo não consegue eliminar tais substâncias devido à falência dos mecanismos excretores renais. Além disso, é o método dialítico mais comumente utilizado. Sua aplicação clínica teve início há mais de meio século.
A popularização da hemodiálise se deveu a avanços tecnológicos que incluem o aprimoramento de máquinas e a fabricação de dialisadores mais eficientes e seguros, e também, ao desenvolvimento de técnicas cirúrgicas de confecção de acessos vasculares permanentes. Hoje, mais de um milhão de pessoas no mundo têm sua vida mantida na ausência de um órgão vital, graças à terapia renal substitutiva 1.
Minha passagem pela Unidade de Treinamento Profissional Especializada, fez nascer uma inquietação relacionada à importância da educação em saúde no contexto dos clientes em hemodiálise. Sabemos que o enfermeiro é um educador por excelência e vivenciando a realidade dos clientes renais crônicos em hemodiálise, pude perceber como a educação em saúde é importante e que se realizada de forma efetiva, traz muitos benefícios para o cliente. O paciente com insuficiência renal crônica pode ter a sua vida o mais próximo possível da normalidade e cabe ao enfermeiro orientá-lo para que isso aconteça. Sabemos que esses pacientes devem ser orientados quanto à alimentação, cuidado com os acessos vasculares, uso de medicações, doenças de base (hipertensão arterial sistêmica, diabetes, doenças auto-imunes) e em relação a seus direitos. A eficácia do método dialítico usado depende da compreensão desses fatores e o enfermeiro é a ponte entre o conhecimento e o cliente.
As alterações no atual ambiente de cuidados de saúde impõem a utilização de uma abordagem organizada para a educação da saúde, de modo que os pacientes possam satisfazer suas necessidades específicas de cuidados de saúde. Os fatores significantes para a consideração da enfermeira quando planeja a educação do paciente incluem a disponibilidade do cuidado de saúde fora do ambiente hospitalar convencional, o emprego de diversos profissionais de saúde para alcançar as metas do controle do cuidado e do uso aumentado de estratégias alternativas em lugar das condutas tradicionais para o cuidado. A consideração cuidadosa desses fatores pode fornecer aos pacientes informações abrangentes, as quais são essenciais para tomar decisões informadas a respeito dos cuidados de saúde. As demandas originárias dos consumidores por informações abrangentes sobre suas questões de saúde por todo o ciclo da vida acentuam a necessidade da ocorrência da educação holística de saúde em todo o encontro paciente-enfermeira 2.
Este estudo justifica-se pela necessidade de discutir e ratificar a importância do enfermeiro como educador no contexto dos clientes em hemodiálise, já que a adesão dos pacientes ao tratamento hemodialítico perpassa pela educação em saúde. Na Unidade de Treinamento Profissional Especializada pude constatar que o processo educativo se construído sobre bases sólidas, de acordo com as necessidades do cliente, torna-se a chave para o sucesso da terapia em questão, contribuindo para uma melhora na assistência de enfermagem. Além disso, o estudo traz contribuições para o ensino e pesquisa em Enfermagem.
O objetivo desta revisão bibliográfica é identificar a produção científica de enfermagem sobre educação em saúde, relacionada ao cliente em hemodiálise, no período de 2002 a 2007, analisando sua aplicabilidade à prática.
Desenvolvimento
A metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica computadorizada e manual, no período de Junho a Outubro de 2007, utilizando as palavras-chave/key words enfermagem, diálise, hemodiálise, educação em saúde, educação, nas seguintes bases de dados BDENF, LILACS e SCIELO. Dos 19 textos identificados nos últimos cinco anos, foram selecionados 10 para análise devido às implicações para uma melhor prática.
Resultados e discussão
Dos artigos identificados, 10 foram selecionados, por trazerem contribuições à prática de enfermagem relacionado ao tema deste estudo, sendo apresentados na tabela abaixo:
Tabela 1 – Publicações localizadas, segundo o tema “Educação em saúde ao cliente com déficit de conhecimento, relacionado à hemodiálise – prática baseada em evidências”, mencionados nas bases de dados. Niterói, 2007.
Autor(es), Data & País |
Objetivo da Pesquisa |
Tamanho da amostra |
Tipo de estudo & Instrumentos |
Principais achados |
Conclusões dos autor(es) |
Rodrigues MCS, Mar, 2005, Brasil.
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Contribuir para o fortaleci- mento e ampliação do conheci- mento na área de enferma-gem em nefrologia.
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Pesquisa bibliográfica. Revisão de literatura das publicações entre 1993 e 2003, em livros, artigos de revistas científicas nos bancos de dados LILACS, BDNEF, MEDLINE.
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O artigo foi estruturado em: IRC; fatores de risco, incidência e prevalência da IRC, aspectos fisiopatológicos da IRC; Política Nacional de Assistência aos portadores de doenças renais; cuidado ao portador de IRC no contexto biotecnológico da hemodiálise. |
O enfermeiro, componente da equipe multiprofissional à assistência integrada, integral e humanizada a portadores de IRC, desenvolve em sua prática profissional atividades relacionadas a funções de gerenciamento do serviço, cuidado ao paciente e sua família, bem como as de finalidade educativa e de pesquisa.
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Silva DMGV, Vieira RM, Koschnik Z, Azevedo M, Souza SS, Set/Out, 2002, Brasil.
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Conhecer os elementos que influenciam a qualidade de vida de pessoas com IRC, em tratamento hemodialíti-co.
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6 pacientes com IRC em tratamento hemodialítico.
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Pesquisa convergente assistencial. Os dados foram obtidos pela gravação em fitas cassete em treze encontros com o grupo. As temáticas discutidas foram definidas pelo próprio grupo.
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Identificadas quatro categorias que interferem na qualidade de vida: Assistência à saúde; Processo de aceitação e de enfrentamento da condição de saúde; Apoio recebido; Esperança de um futuro melhor. |
Qualidade de vida: conceito complexo, que envolve vários processos do viver. Os elementos externos que influenciam na avaliação da qualidade de vida são assistência e apoio recebido, os demais são decorrentes de condições internas das pessoas, satisfação e do bem estar com seu processo de viver. |
Richard CJ, Jul/Ago, 2006, Estados Unidos.
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Rever a literatura da pesquisa relacionada à gerência do autocuidado dos adultos com doença renal em hemodiálise.
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Pesquisa bibliográfica. Revisão de literatura dos textos publicados entre 1975 e 2005 relacionados à IRC. A busca foi realizada em Medline, CINAHL, saúde e bases de PsycINFO.
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Pacientes com IRC terminal requerem um cuidado contínuo. O autocuidado diário inclui controlar um regime de tratamento complexo de limitações dietéticas e fluidas, de medicamentos, e cuidado com o acesso vascular. Este cuidado cotidiano é de responsabilidade do paciente. |
O tratamento dialítico é problemático e complexo. Necessita de profissionais com energia, que percebam as necessidades de cada cliente para orientar quanto ao auto cuidado. O cuidado deve ser holístico. É importante entender os problemas dos clientes, metas, necessidades, e experiências de forma que possam ser apoiados para obter êxito em relação ao autocuidado. |
Barbosa DA, Gunji CK, Bittencourt ARC, Belasco AGS, Diccini S, Vattimo F, Vianna LAC, Set, 2006, Brasil. |
Identificar as causas de co-morbidade e de mortalidade dos pacientes em início de diálise. |
102 pacientes com IRC, em fase terminal, que no período iniciaram tratamento dialítico no Hospital São Paulo. |
Estudo epidemiológico descritivo, com delineamento de coorte controlado. Registro prospectivo de dados pessoais, laboratoriais, morbidade e mortalidade. |
A hipertensão e a infecção (relacionada ao uso do cateter central) constituíram as causas mais prevalentes de co-morbidade. O sítio mais freqüente de infecção foi a corrente sanguínea |
Sexo masculino, raça branca, uremia, HAS, infecção,foram os que mais contribuíram para o aumentar o risco de mortalidade. A educação continuada dos profissionais visando à prevenção de infecção deve ser adotada para redução da morbi-mortalidade. |
Pacheco GS, Santos I, Bregman R, Set, 2006, Brasil. |
Identificar característi-cas sociais e epidemioló-gicas dos clientes com IRC em tratamento conserva-dor e destacar a importância de sua abordagem educativa. |
51 clientes do ambulatório de uremia do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da UFRJ. |
Método descritivo e quantitativo, mediante pesquisa epidemiológica e análise documental para caracterizar os sujeitos do estudo quanto ao seu perfil social, econômico e nosológico. |
A doença renal crônica constitui hoje um importante problema de saúde pública. Reforça a atuação do enfermeiro como educador do cliente com doença renal crônica é indispensável, pois ele é responsável pelas orientações sobre o autocuidado, tornando o cliente membro ativo no processo saúde-doença.
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Abordagem educativa sobre a doença/adoção de hábitos saudáveis com uma linguagem acessível e forma dialógica, como estratégia para estimular a participação do cliente em seu tratamento, levando-o a entender seu estado e o direito de conhecer as formas do cuidar de si sem imposição ou dificuldades. Deve ser implementada pelo enfermeiro, em sua função de educador, como prática social, atendendo ao seu compromisso ético e profissional. |
White RB, Jul/Ago, 2004, Estados Unidos. |
Examinar casos de não-aderência ao tratamento dialítico, razões, interven-ções que poderiam ajudar na melhoria da aderência.
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Revisão bibliográfica e estudo de caso. |
Causas da não- aderência: problemas médicos, problemas técnicos, afazeres diários, transporte e por decisão do próprio paciente. Conseqüências da não-aderência: faltar as sessões, aumento do peso seco e níveis de fósforo plasmático, aumento da hospitalização e mortalidade. |
Para melhorar a aderência: remoção de barreiras através de entrevistas e avaliação psicossocial dos pacientes e educação contínua, fazendo com que os pacientes se envolvem no autocuidado. A não-aderência traz impactos importantes sobre a morbidez e mortalidade. |
Rocha KPWF, Maio, 2007, Brasil.
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Avaliar o processo de educação de pacientes internados em um hospital geral, identificar a interação paciente-profissional de saúde e os fatores nela envolvidos.
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42 pacientes, internados em Clínica médica, Cirúrgica e Neurologia, de um Hospital Geral no Paraná.
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Pesquisa de campo, aleatória, de caráter não experimental, abordagem quantitativa. Instrumento: questionário com perguntas fechadas, termo de consentimento conforme Resolução 169/96 CNS.
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A deficiência/ inexistência de educação em saúde repercute negativamente de várias formas: não aderência ao tratamento, deficiência, incapacidade de autocuidado e de práticas preventivas e conseqüentes reinternamentos. .
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A educação em saúde permite ao paciente maior controle sobre si mesmo. Um paciente realmente instruído adere melhor ao tratamento, é participante ativo do seu próprio cuidado e tem a chance de evitar hábitos nocivos/fatores de risco. O autocuidado quando efetivamente realizado, ajuda a manter a integridade estrutural e o funcionamento humano, contribuindo para o desenvolvimento humano.
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Nietsche EA, Franchi ES, Lima FALJ, Pedro OC, Burg G, Jun, 2005, Brasil.
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Construção de material didático pedagógico. |
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Revisão bibliográfica e construção de um protótipo do Sistema Renal sadio e outro doente.
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O processo educativo no ato de cuidar dos profissionais de enfermagem ao cliente renal e seus familiares deve ser eficaz do ponto de vista técnico-científico ao humano.
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Ao visualizar e/ou tocar um objeto, gravamos melhor aquilo que muitas vezes é visto como complicado e difícil. As atividades educativas oportunizam tranqüilidade, segurança e conhecimento ao cliente e familiar. |
Aldridge MD, Jul/Ago, 2004, Estados Unidos. |
Discutir estratégias a confecção de materiais educativos. |
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Revisão bibliográfica. |
Os materiais devem ser escritos de forma que os pacientes os compreendam.
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Bem projetados e adequadamente escritos, os materiais de educação em saúde podem melhorar o autocuidado.
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Schira M, Set/Out, 2004, Estados Unidos.
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Desafiar as enfermeiras a pensarem sobre a idéia do poder nos cuidados de nefrologia. |
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Revisão bibliográfica. |
O poder é a habilidade de influenciar outra pessoa. O enfermeiro fornece muito mais do que força braçal ao sistema de saúde.
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O poder dos cuidados é oriundo do conhecimento holístico e da assistência especializada prestada pela enfermeira.
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Fonte: UFF – Especialização Enfermagem em Métodos Dialíticos e Transplante, 2007.
Avaliação crítica dos artigos selecionados e implicações para a prática de enfermagem para o cliente de alta complexidade
A base do trabalho da Enfermagem é a educação em saúde. Uma das metas da educação do paciente é encorajar as pessoas a aderir a seus regimes terapêuticos. A adesão a um regime terapêutico geralmente exige que a pessoa faça uma ou mais alterações no estilo de vida para empreender atividades específicas que promovam e mantenham a saúde. Os exemplos comuns de comportamentos que facilitam a saúde incluem tomar os medicamentos prescritos, manter uma dieta saudável, aumentar o exercício e as atividades diárias, automonitorar quanto aos sinais e sintomas da doença, praticar medidas higiênicas específicas, procurar avaliações de saúde periódicas e realizar medidas terapêuticas e preventivas 2.
Sendo a Nefrologia uma área de atuação do enfermeiro de alta complexidade, o profissional especialista tende muitas vezes a se descuidar de um aspecto tão simples e importante como a educação em saúde dos clientes. Neste contexto biotecnológico não se deve focalizar apenas os aspectos relativos ao cuidado especializado, a educação não deve ser deixada de lado em detrimento das habilidades e tecnologias específicas que são esperadas do enfermeiro.
A partir dos artigos selecionados e posteriormente analisados, podemos afirmar que para montar um plano educacional para clientes em hemodiálise que objetive amenizar ou até mesmo extinguir o déficit de conhecimento, é necessário ao enfermeiro conhecer a realidade dos seus clientes/familiares que vivenciam o processo de doença renal e dialítico.
O enfermeiro precisa compreender o processo da Insuficiência Renal Crônica (IRC), fatores de risco, incidência, prevalência, aspectos fisiopatológicos. Através destes aspectos é que o enfermeiro desenvolve sua prática profissional relacionada às funções de gerenciamento do serviço, cuidado ao paciente e sua família, atividades educativas e de pesquisa. Assume grande importância o domínio pelo profissional de saúde dos diretos desses pacientes, através da Política Nacional de Assistência aos Portadores de Doenças Renais, do Ministério da Saúde 3.
O gerenciamento do serviço consiste estabelecer normas/rotinas de funcionamento e atendimento, escritas e atualizadas a cada quatro anos. As rotinas devem tratar dos processos envolvidos na assistência que contemplem desde os aspectos organizacionais até os operacionais e técnicos, incluindo avaliação dos clientes, medidas de prevenção de agravos e descrição das complicações mais comuns que podem surgir durante o tratamento, bem como estratégias de trabalho pela equipe 3.
A hemodiálise requer uma assistência de enfermagem altamente especializada e personalizada. A Sistematização da Assistência de Enfermagem constitui ferramenta para a prática profissional no cuidado prestado. O enfermeiro deve considerar fatores relacionados à capacidade funcional, às funções fisiológicas, às interações familiares e sociais, ao trabalho e à situação econômica do paciente – histórico clínico – a fim de traçar as etapas de análise e agrupamento dos dados válidos e pertinentes, Planejamento Assistencial, Implementação e Avaliação do Plano de Cuidados propostos3.
Atividade educativa do enfermeiro com o paciente urêmico em tratamento dialítico e sua família é outro aspecto relevante. A intervenção de enfermagem deve estar direcionada na busca de soluções quanto às limitações provocadas pela doença e à aderência ao regime terapêutico. As ações educativas têm a finalidade de promover o autocuidado e de controle terapêutico, reforçando a consciência reflexiva em relação à situação 3.
No bojo da concepção do planejamento da assistência prestada pelo enfermeiro há um corpo de conhecimento científico, alcançado por meio da pesquisa associada à prática investigativa, contribuindo para o avanço da enfermagem em nefrologia 3.
Em se tratando de qualidade de vida a esses clientes, o enfermeiro deve levar em consideração quatro aspectos muito importantes como a assistência à saúde, o processo de aceitação e de enfrentamento da condição de saúde, apoio recebido e esperança de um futuro melhor. A assistência à saúde e o apoio recebido são fatores externos aos clientes, nos quais o enfermeiro pode atuar seja através de estabelecimento de diálogo, ultrapassando o formalismo técnico habitual e prestando uma assistência de qualidade 4.
A hemodiálise altera o estilo de vida do paciente e da família. A quantidade de tempo necessária para a diálise, consultas médicas e o fato de estar cronicamente doente pode gerar conflito, frustração, culpa e depressão 2.
Os clientes com doença renal terminal requerem um cuidado contínuo. O autocuidado diário inclui controlar um regime de tratamento complexo de limitações dietéticas e fluidas, de medicamentos, e cuidado com o acesso vascular. Este cuidado cotidiano é de responsabilidade do cliente. O tratamento dialítico é problemático e complexo. Necessita de profissionais com energia, que percebam as necessidades de cada cliente para orientar quanto ao autocuidado. É importante entender os problemas de clientes, metas, necessidades, e experiências de forma que possam ser apoiados para ter êxito em relação ao autocuidado. O cuidado deve ser holístico 5.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e as infecções constituem as causas mais prevalentes de co-morbidade e a infecção é a causa mais freqüente de mortalidade 6. Os pacientes têm majoritariamente a HAS, entre outras doenças de base (lupus eritematoso sistêmico, nefropatia por HIV e diabetes mellitus, glomerulonefrites) como causadoras de co-morbidade. A deficiência ou inexistência de educação em saúde repercute negativamente de várias formas: não aderência ao tratamento, deficiência e até incapacidade de autocuidado, incapacidade de práticas preventivas e conseqüentes reinternamentos. O enfermeiro deve orientar esses pacientes em relação a essas doenças de base e cuidados para evitar infecções, cuidados com cateter para hemodiálise e/ou fístula arteriovenosa, com o intuito de prevenir infecções, além disso, a baixa renda familiar e baixa escolaridade influenciam no entendimento da importância do autocuidado 7. Nesse processo educativo, é essencial que o indivíduo seja respeitado em sua totalidade.
Em relação à aderência ao tratamento hemodialítico, entre as principais causas podemos citar problemas médicos, problemas técnicos, afazeres da vida diária, transporte e por decisão do próprio cliente. Como conseqüência da não-aderência estão as faltas às sessões hemodialíticas, aumento do peso seco e níveis plasmáticos de fósforo, aumento da hospitalização e mortalidade. Neste contexto, a conversa destaca-se como tentativa para a quebra de barreiras entre cliente e o enfermeiro, através de educação contínua para o autocuidado. Vale ressaltar que a não aderência causa impactos importantes sobre a morbidez e morbidade da doença 8.
Conhecido o contexto hemodialítico, é hora de se pensar na educação em saúde no ambiente hospitalar. O indivíduo que não conhece sobre seu estado de saúde, e tampouco sobre comportamentos e práticas saudáveis, não tem seu direito à cidadania respeitado. Educação para a saúde é um componente essencial do cuidado de enfermagem, e é direcionada para a promoção, manutenção e restauração da saúde; prevenção da doença; e assistência às pessoas para lidar com os efeitos residuais da doença. A educação para a saúde é a principal responsabilidade do enfermeiro, tendo a responsabilidade de apresentar a informação que irá motivar a pessoa quanto à necessidade de aprender. O diagnóstico deveria ser visto como informação de posse imprescindível, porém, ao falar-se de educação em saúde, espera-se que o paciente saiba também a fisiopatologia, cuidados, fatores de risco, hábitos recomendados, mudanças de comportamentos necessárias. A orientação deve ser clara, partindo de conhecimentos trazidos pelo indivíduo completada com termos que ele entenda 9.
O processo educativo deve levar ao cliente informações sobre o autocuidado, como a fisiopatologia da doença (IRC, doenças de base), cuidados (com cateter para hemodiálise/fístula arteriovenosa), fatores de risco, hábitos recomendados, mudanças de comportamentos necessárias.
Para que o processo educativo seja eficaz é necessário compreender o outro, identificar suas necessidades de aprendizado, além das limitações que possam surgir durante o processo. Ações educativas não têm um momento certo para começar a se desenvolver. O enfermeiro deve possuir sensibilidade para se dispor de estratégias e usá-las da melhor forma possível.
Diversos tipos de linguagem podem ser usados: oral, escrita e visual. São muitos os recursos que podem ser usados de forma a favorecer o aprendizado.
O enfermeiro deve usar da criatividade que dispõe para tornar o processo educativo prazeroso. Os meios e abordagens comumente utilizados carecem de riqueza quanto a aspectos informacionais e motivacionais. A função de educar também consiste em conduzir essas pessoas no sentido de aproveitar sua experiência, incentivando-as para o crescimento pessoal e dos outros colegas que fazem o tratamento de diálise. As atividades de enfermagem devem buscar proporcionar aprendizado, troca de experiências e bem-estar por meio de alegria, da diversão e do restabelecimento da saúde física, mental e espiritual das pessoas envolvidas nesse processo, procurando também descontrair seus rostos desvitalizados, sem brilho, em um novo olhar cheio de esperança e luz 10.
Em relação a materiais escritos, o enfermeiro pode utilizar algumas estratégias para sua confecção. É desperdício de tempo o criar materiais que não poderão ser usados por todos os pacientes. Uma dica importante é aproveitar as experiências pessoais dos clientes nos processos educativos. Devem conter linguagem escrita, figuras, fonte 14, ser de fácil entendimento, frases curtas, palavras acessíveis, linguagem adequada ao nível de compreensão dos pacientes, figuras para explicar conceitos complexos, e as informações importantes devem aparecer mais de uma vez. Se preciso, testar os materiais antes de usá-los. Os materiais devem ser precisos e incluir informações comuns relacionadas ao tema 11.
Para que o processo de educação seja eficiente, deve abordar o paciente em seus aspectos psicológicos, sociais e culturais, procurando envolver também a família e a comunidade. Seria certamente uma maneira de suavizar o impacto e diminuir o estresse causado pela doença e tratamento, proporcionando assim um meio favorável ao surgimento de respostas adaptativas que promovam a integridade do paciente, conferindo-lhe melhor qualidade de vida 12.
O enfermeiro nefrologista enfrenta muitos desafios em seu trabalho diário. Esses desafios vão desde a descoberta das necessidades de cada paciente para fornecer um cuidado de elevada qualidade, não apenas nefrológico.
O cuidado é um fenômeno social e seu poder vem do reconhecimento da sociedade em relação aos cuidados como um serviço essencial. Os programas de cuidados aos pacientes em diálise não poderiam funcionar sem enfermeiras. Apesar da entrega e da importância das enfermeiras no cuidado ao paciente, estas parecem incapazes de reconhecer o poder que possuem 13.
O cuidado é comparado ao poder, e está ancorado ao conhecimento. Poder é a habilidade de influenciar outra pessoa. A força desse poder está no conhecimento que a enfermeira possui e é através dele que as mudanças de comportamento dos clientes são atingidas. O trabalho do enfermeiro é fundamental para manter o sistema de saúde. Na execução dos Cuidados de Enfermagem o enfermeiro deve reconhecer, cultivar, e usar o poder para assegurar segurança ao paciente, além de fornecer um cuidado de qualidade, promovendo as mudanças de comportamentos necessárias para beneficiar a saúde dos pacientes. O reconhecimento e o uso do poder são um desafio para o trabalho das enfermeiras. O poder dos cuidados é oriundo do conhecimento holístico e da assistência especializada prestada pela enfermeira. Toda enfermeira tem o poder mudar vidas e deveria fazê-lo diariamente 13.
Conclusão
Por tudo o que foi lido e exposto, pode-se perceber que a hemodiálise requer uma assistência de enfermagem altamente especializada e personalizada. A Sistematização da Assistência de Enfermagem constitui ferramenta para a prática profissional no cuidado prestado. O que leva a uma melhora na qualidade da assistência prestada aos pacientes.
As prioridades do trabalho do enfermeiro nefrologista em relação aos clientes em IRC são manter a homeostase; prevenir complicações; proporcionar informação sobre o processo da doença/prognóstico e necessidades de tratamento; apoiar a adaptação às mudanças no estilo de vida14.
Quando damos o seguinte diagnóstico de enfermagem “déficit de conhecimento”, queremos dizer que há por parte do cliente uma compreensão inadequada das informações ou incapacidade de realizar as atividades necessárias à prática dos comportamentos relacionados à saúde. Devemos avaliar a idade, sexo, nível cultural, crenças, valores, atitudes acerca da saúde e da doença, condição psicossocial (capacidade de aprender – domínios afetivo, cognitivo, psicomotor), nível de instrução, capacidade de tomar decisões, estágio do desenvolvimento, recursos financeiros, crenças e atitudes acerca da saúde, interesse de aprender, conhecimento e habilidade relacionados com o problema de saúde atual, obstáculos à aprendizagem, sistemas de apoio, padrão habitual de enfrentamento, função neurológica (consciência, memória, estado mental, orientação), condições de saúde incluindo doença atual e seu efeito sobre o estilo de vida, restrições às atividades, fármacos prescritos, resposta do paciente ao tratamento 15.
O déficit de conhecimento não representa uma resposta humana, uma alteração ou um padrão disfuncional, mas um fator relacionado. Todos nós temos déficits de conhecimento. Quando essa falta de conhecimento causa ou pode causar problema, a enfermeira age com um diagnóstico de enfermagem. A falta de conhecimento pode contribuir para uma variedade de respostas, como por exemplo, ansiedade, déficits de autocuidado, recusa 16.
As características definidoras do déficit de conhecimento, presentes nos clientes são: verbalização da deficiência de conhecimento ou habilidade, solicitação informação; expressão da percepção incorreta acerca do estado de saúde; não desempenho correto de um comportamento de saúde prescrito ou desejado. Além dessas, outras características podem estar presentes como falta de integração do plano de tratamento às atividades da vida diária e exibição ou expressão de alteração psicológica (ansiedade, depressão) resultante da falta de informação ou de informação incorreta 16.
A educação em saúde é uma prescrição de enfermagem, por si só, segundo NIC, ou seja é uma intervenção de enfermagem 17. Outras intervenções usadas pelo enfermeiro para vencer o déficit de conhecimento dos clientes são 14:
→ Estabelecer um ambiente de confiança mútua e respeito para promover a aprendizagem;
→ Selecionar estratégias de ensino (tais como discussão, demonstração, desempenho de papel e materiais visuais) adequadas para o estilo de aprendizagem próprio do paciente;
→ Revisar processo de doença/diagnóstico e expectativas futuras;
→ Revisar as restrições dietéticas;
→ Encorajar a ingestão adequada de calorias, especialmente as provenientes de carboidratos em pacientes não diabéticos;
→ Discutir a terapia medicamentosa, incluindo o uso de suplementos de cálcio e quelantes do fosfato;
→ Enfatizar a importância de ler todos os rótulos de produtos (medicamentos e alimentos) e não tomar medicações sem aprovação prévia do profissional de saúde;
→ Revisar as medidas para prevenir sangramento/hemorragia (escova de dente macia, barbeador elétrico, assuar forçadamente o nariz, exercício atenuante/esportes de contato);
→ Instruir quanto à auto-observação e à automonitorização da pressão arterial, incluindo a programação de períodos de repouso antes da verificação da pressão, utilizando sempre o mesmo braço/posição;
→ Acautelar-se quanto à exposição a extremos de temperatura externa (calor direto/frio extremo);
→ Estabelecer um programa rotineiro de exercícios dentro dos limites da capacidade individual, intercalar com períodos adequados de repouso com as atividades;
→ Abordar aspectos sexuais;
→ Enfatizar a necessidade de acompanhamento clínico e laboratorial;
→ Identificar sinais/sintomas que exigem avaliação clínica imediata (febre baixa, calafrios, alterações nas características da urina/escarro, edema/drenagem tissular, ulcerações orais; dormência/formigamento dos dedos, câimbras abdominais/musculares, espasmos carpopedais; edema/sensibilidade da articulação, força muscular reduzida; cefaléia, visão turva, edema periorbital/sacral, “olhos vermelhos”);
→ Observar o nível de ansiedade/medo e alteração dos processos de pensamento;
→ Revisar o processo específico da doença, os procedimentos e o propósito da diálise em termos compreensíveis para o paciente. Repetir as explanações, conforme necessário;
→ Reconhecer que certos sentimentos/padrões de respostas são normais durante o curso da terapia;
→ Encorajar a proporcionar oportunidade de perguntas;
→ Discutir o significado de manter os hábitos alimentares nutritivos, prevenindo uma grande flutuação de equilíbrio hidroeletrolítico; evitar multidões/pessoas com processos infecciosos;
→ Instruir o paciente sobre a eripoetina humana, quando indicado;
→ Identificar os recursos de cuidados de saúde/comunitários (grupo de apoio à diálise, serviço social, clínica de saúde mental);
→ Dar explanações simples, reorientar freqüentemente;
→ Explicar procedimentos/cuidados, conforme prestados;
→ Avaliar o nível de conhecimento da paciente sobre o distúrbio e o tratamento e a ansiedade relacionada à situação atual;
→ Apoiar a busca ativa de informação pelo paciente;
→ Encorajar a verbalização dos conflitos pessoais e de trabalho que podem surgir. Ouvir ativamente as preocupações;
→ Ajudar o paciente a incorporar o gerenciamento da doença no estilo de vida.
Os resultados de enfermagem esperados pelos pacientes são divididos em dois blocos 14:
→ Conhecimento: processo da doença – o paciente deve ser capaz de verbalizar compreensão sobre distúrbio/processo da doença e complicações potenciais.
→ Conhecimento: regime de tratamento – o paciente deve verbalizar compreensão sobre as necessidades terapêuticas; realizar corretamente os procedimentos necessários e explicar as razões para as ações; demonstrar/iniciar as necessárias alterações no estilo de vida; participar no regime de tratamento.
O enfermeiro deve estabelecer um clima de confiança e respeito mútuos, para facilitar a aprendizagem. Negocie com o paciente metas de aprendizagem, pois o envolvimento do paciente no planejamento da metas significativas estimula a sua adesão. Escolha estratégias de ensino (conversas, demonstração, dramatizações, materiais visuais) apropriadas ao estilo de aprendizagem individual do paciente, para aumentar a eficácia do ensino.
Em relação à hemodiálise, esperamos resultados a longo prazo, quando o paciente demonstra capacidade de assumir comportamentos novos relacionados com a saúde, à medida que lhe são ensinados.
A partir do diagnóstico de enfermagem citado no título deste trabalho e usando-se a educação em saúde como estratégia prioritária para reverter o déficit de conhecimento, de acordo com o que foi observado na análise crítica dos artigos selecionados e com as demais intervenções descritas acima, cito os resultados esperados após as intervenções de enfermagem para os clientes em hemodiálise, segundo a Classificação de Resultados de Enfermagem – NOC 4.
→ Ajuste psicossocial: mudança de vida;
→ Ambiente familiar: interno;
→ Autocuidado: alimentação;
→ Autocuidado: atividades da vida diária;
→ Autocuidado: medicamento não-parenteral;
→ Auto-estima;
→ Bem estar espiritual;
→ Comportamento de aderência;
→ Conhecimento: dieta;
→ Conhecimento: regime de tratamento;
→ Controle de riscos: infecção e doenças transmissíveis;
→ Controle de peso;
→ Enfrentamento: pessoal/ familiar;
→ Equilíbrio de líquidos;
→ Estado de coagulação;
→ Função sensorial: cutânea;
→ Habilidades e interesse social;
→ Integridade do acesso á diálise;
→ Sexualidade;
→ Sono;
→ Termorregulação;
→ Tolerância à atividade.
Como solução para o problema do déficit de conhecimento, vale ressaltar que o ambiente hospitalar hemodialítico pode favorecer o processo de educação em saúde. O paciente em hemodiálise, normalmente se submete ao tratamento hemodialítico três vezes na semana, por um período médio de quatro horas. Aproveitar o tempo em que o cliente fica conectado á máquina de hemodiálise, pode ser uma estratégia para atividades educativas. Sabemos também que o trabalho de enfermagem nessas unidades é pesado e que muitas vezes há um déficit de pessoal nas unidades de tratamento, mas mesmo assim, se a equipe quiser, pode utilizar esse espaço para desenvolver as atividades educativas.
Como perspectiva futura, relacionada ao tema deste estudo – déficit de conhecimento, uma aspecto muito importante dentro de Enfermagem Nefrológica é o treinamento dos pacientes, familiares e cuidadores para realização da Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (CAPD). Este tipo de educação em saúde merece também, um aprofundamento teórico, já que os pacientes são preparados para realizar a modalidade dialítica em casa.
É importante destacar que não se pretende, com este estudo, esgotar o assunto e nem buscar "soluções prontas" para o paciente renal crônico em tratamento hemodialítico. Pretendo, sim, contribuir para a atividade educativa dos enfermeiros, na busca de uma melhor compreensão do paciente renal crônico e conseqüentemente, de um processo de ensino-aprendizagem que permita o desenvolvimento de uma consciência crítica desses pacientes, criando condições para uma intervenção transformadora dessa situação, visando a melhoria na sua qualidade de vida.
Com esse trabalho, reitero meu propósito de contribuir para o desenvolvimento da enfermagem e de oferecer subsídios para o ensino, à prática e pesquisas relacionadas ao paciente renal crônico em tratamento hemodialítico e, sobretudo, para proporcionar a tais pacientes não uma prática de orientação prescritiva, autoritária, mas uma educação libertadora, dentro da realidade dos participantes.
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