Quais
as implicações práticas do construtivismo e socioconstrutivismo para o Design
Instrucional?
Profa. Dra. Isabel Cruz - titular da Universidade Federal Fluminense
Breve
descrição do contexto:
No momento sou aluna de um curso de especialização em Design Instrucional (DI) a distância. E quando num fórum o docente fez esta pergunta para @s alun@s, eu constatei que foi esta questão que me motivou a buscar este curso após uma década de ensino online. Constatei ainda que não poderia esperar até a conclusão do curso para começar a respondê-la. Afinal, se já atuo em ensino a distância faz-se urgente refletir em como estas teorias referenciam o ensino online e, principalmente, quais os modelos pedagógicos que são adequados a este contexto.
Descrição do problema:
Se (ou quando) as teorias pedagógicas críticas (construtivismo, sociconstrutivismo, etc) são o referencial do processo ensino-aprendizagem-avaliação como as teorias pedagógicas críticas são (ou podem ser) representadas no desenho instrucional de um curso?
Processo de obter dados:
Uma busca no Google Acadêmico, no período 2010-15, utilizando como keywords “instructional design” and “socio constructivism approach”, presente no título do artigo, resultou em nada. A mesma busca ampliando para “qualquer parte do artigo” resultou em 2.120 referências. No sentido de focalizar a busca, incluí “online” como descritor e restringi o período a apenas 2015. Isto resultou em 98 referências.
Ainda que neste momento não seja possível avançar na análise destas 98 referências, os números encontrados nos permitem considerar que o problema inicial é também compartilhado por um número substantivo de pesquisadores que estão se ocupando da representação do socioconstrutivismo no DI para ambientes online.
Uma outra busca no Google Acadêmico, no período 2010-15, utilizando como keywords “instructional design” and “constructivism approach”, presente no título do artigo, resultou em uma única referência.
Análise e interpretação:
Construtivismo
Em sua tese de doutorado, BOOYSE (2010) propôs um modelo teórico para o DI no qual o/a aprendiz pode “aprender a aprender como aprender” e que por meio deste modelo pode-se modificar a estrutura subjacente de sua cognição.
A autora compartilha o entendimento de que o ensino deve ser centrado n@ aprendiz, isto implica em envolvimento, direcionamento e apoio para @ aprendiz encontrar o caminho do processo de construção do conhecimento e de significação dos conceitos. E ressalta que ensino centrado n@ aprendiz não significa em absoluto deixar @ aprendiz com à sua própria sorte ou com seus próprios recursos.
BOOYSE argumenta também que a essência do ensino é promover o entendimento autêntico de modo a propiciar para @ aprendiz oportunidade de sequenciar suas próprias atividades ou de descobrir e organizar os conteúdos por ele/a próprio/a no processo de aprendizagem. Consequentemente, para BOOYSE, no que se refere ao DI (processo de identificar a estratégia, desenho ou plano mais adequado para criação de uma experiência de ensino-aprendizagem efetiva), a escolha da estratégia de ensino (preleção, simulação, projeto, fórum, etc) pode influenciar o caminho lógico que @ aprendiz pode seguir na construção de significado e entendimento de conteúdos e conceitos.
BOOYSE conclui que na condução deste processo de ensino-aprendizagem-avaliação a linguagem e o conhecimento prévio, bases do construtivismo, são pivôs para a capacitação d@ aprendiz quanto a um entendimento maior dentro de diversos contextos. BOOYSE recomenda ainda que tanto docente quanto aprendiz estejam metacognivamente envolvid@s, ou seja, aprendiz ciente do processo de equilibração e docente atuando além do ensino e mediando o processo de avaliação junto com @ aprendiz.
Medidas chaves para a mudança (ou melhoria):
Com base no material didático e no texto obtido a partir da busca online sobre construtivismo e socioconstrutivismo, concluo que, embora um tanto óbvio, @ aprendiz deve ser o foco do trabalho de ensinar e de planejar o desenho instrucional, com a implementação de estratégias didáticas que promovam o aprendizado de forma individualizada, colaborativa e compartilhada.
Avalio ainda que uma medida chave para a mudança do paradigma comportamentalista para o construtivista é a inclusão da variável avaliação (formativa) ao binômio ensino-aprendizagem, tornando o processo integral: ensino-aprendizagem-avaliação, tendo em vista que a mediação da aprendizagem tem uma base formativa.
Estratégias para mudanças:
Conforme @ DI inclua no planejamento dos experimentos de ensino-aprendizagem tanto situações baseadas em problemas, casos ou projetos quanto a avaliação formativa, processual, poderá contribuir efetivamente para uma abordagem construtivista ou sociointeracionista nos cursos e disciplinas.
Próximos passos:
Em resposta à pergunta inicial sobre as implicações práticas do construtivismo e socioconstrutivismo para o Design Instrucional, especialmente online, concluo que os passos futuros para @ docente/DI é criar e manter um ambiente para a aprendizagem colaborativa & compartilhada baseada em problema/projeto no qual implemente a didática digital, bem como atue como facilitador/a e orientador/a d@ aprendiz.
Referência
BOOYSE, C - A constructivist approach in instructional design and assessment practice. 2010. 200 pg. Tese (doutorado). University of South Africa, novembro, 2010. Disponível em http://uir.unisa.ac.za/handle/10500/4680
Profa. Dra. Isabel Cruz - titular da Universidade Federal Fluminense
No momento sou aluna de um curso de especialização em Design Instrucional (DI) a distância. E quando num fórum o docente fez esta pergunta para @s alun@s, eu constatei que foi esta questão que me motivou a buscar este curso após uma década de ensino online. Constatei ainda que não poderia esperar até a conclusão do curso para começar a respondê-la. Afinal, se já atuo em ensino a distância faz-se urgente refletir em como estas teorias referenciam o ensino online e, principalmente, quais os modelos pedagógicos que são adequados a este contexto.
Descrição do problema:
Se (ou quando) as teorias pedagógicas críticas (construtivismo, sociconstrutivismo, etc) são o referencial do processo ensino-aprendizagem-avaliação como as teorias pedagógicas críticas são (ou podem ser) representadas no desenho instrucional de um curso?
Processo de obter dados:
Uma busca no Google Acadêmico, no período 2010-15, utilizando como keywords “instructional design” and “socio constructivism approach”, presente no título do artigo, resultou em nada. A mesma busca ampliando para “qualquer parte do artigo” resultou em 2.120 referências. No sentido de focalizar a busca, incluí “online” como descritor e restringi o período a apenas 2015. Isto resultou em 98 referências.
Ainda que neste momento não seja possível avançar na análise destas 98 referências, os números encontrados nos permitem considerar que o problema inicial é também compartilhado por um número substantivo de pesquisadores que estão se ocupando da representação do socioconstrutivismo no DI para ambientes online.
Uma outra busca no Google Acadêmico, no período 2010-15, utilizando como keywords “instructional design” and “constructivism approach”, presente no título do artigo, resultou em uma única referência.
Análise e interpretação:
Construtivismo
Em sua tese de doutorado, BOOYSE (2010) propôs um modelo teórico para o DI no qual o/a aprendiz pode “aprender a aprender como aprender” e que por meio deste modelo pode-se modificar a estrutura subjacente de sua cognição.
A autora compartilha o entendimento de que o ensino deve ser centrado n@ aprendiz, isto implica em envolvimento, direcionamento e apoio para @ aprendiz encontrar o caminho do processo de construção do conhecimento e de significação dos conceitos. E ressalta que ensino centrado n@ aprendiz não significa em absoluto deixar @ aprendiz com à sua própria sorte ou com seus próprios recursos.
BOOYSE argumenta também que a essência do ensino é promover o entendimento autêntico de modo a propiciar para @ aprendiz oportunidade de sequenciar suas próprias atividades ou de descobrir e organizar os conteúdos por ele/a próprio/a no processo de aprendizagem. Consequentemente, para BOOYSE, no que se refere ao DI (processo de identificar a estratégia, desenho ou plano mais adequado para criação de uma experiência de ensino-aprendizagem efetiva), a escolha da estratégia de ensino (preleção, simulação, projeto, fórum, etc) pode influenciar o caminho lógico que @ aprendiz pode seguir na construção de significado e entendimento de conteúdos e conceitos.
BOOYSE conclui que na condução deste processo de ensino-aprendizagem-avaliação a linguagem e o conhecimento prévio, bases do construtivismo, são pivôs para a capacitação d@ aprendiz quanto a um entendimento maior dentro de diversos contextos. BOOYSE recomenda ainda que tanto docente quanto aprendiz estejam metacognivamente envolvid@s, ou seja, aprendiz ciente do processo de equilibração e docente atuando além do ensino e mediando o processo de avaliação junto com @ aprendiz.
Medidas chaves para a mudança (ou melhoria):
Com base no material didático e no texto obtido a partir da busca online sobre construtivismo e socioconstrutivismo, concluo que, embora um tanto óbvio, @ aprendiz deve ser o foco do trabalho de ensinar e de planejar o desenho instrucional, com a implementação de estratégias didáticas que promovam o aprendizado de forma individualizada, colaborativa e compartilhada.
Avalio ainda que uma medida chave para a mudança do paradigma comportamentalista para o construtivista é a inclusão da variável avaliação (formativa) ao binômio ensino-aprendizagem, tornando o processo integral: ensino-aprendizagem-avaliação, tendo em vista que a mediação da aprendizagem tem uma base formativa.
Estratégias para mudanças:
Conforme @ DI inclua no planejamento dos experimentos de ensino-aprendizagem tanto situações baseadas em problemas, casos ou projetos quanto a avaliação formativa, processual, poderá contribuir efetivamente para uma abordagem construtivista ou sociointeracionista nos cursos e disciplinas.
Próximos passos:
Em resposta à pergunta inicial sobre as implicações práticas do construtivismo e socioconstrutivismo para o Design Instrucional, especialmente online, concluo que os passos futuros para @ docente/DI é criar e manter um ambiente para a aprendizagem colaborativa & compartilhada baseada em problema/projeto no qual implemente a didática digital, bem como atue como facilitador/a e orientador/a d@ aprendiz.
Referência
BOOYSE, C - A constructivist approach in instructional design and assessment practice. 2010. 200 pg. Tese (doutorado). University of South Africa, novembro, 2010. Disponível em http://uir.unisa.ac.za/handle/10500/4680
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BNN - ISSN 1676-4893
Boletim do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre as Atividades de Enfermagem (NEPAE)e do Núcleo de Estudos sobre Saúde e Etnia Negra (NESEN).